Blog do Boleiro

Arquivo : março 2015

Meia que jogou no São Paulo campeão mundial move ação e penhora CT de Cotia
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Luciano Borges

 

Decisão da penhora em 2012

Decisão da penhora em 2012

O Centro de Formação de Atletas Presidente Laudo Natel, conhecido pelos são-paulinos como CT de Cotia, está penhorado desde maio de 2012. A decisão foi da juíza Cristina de Carvalho Santos, da 10ª Vara do Trabalho de São Paulo que, nesta quinta-feira, determinou também o registro da penhora em cartório competente. Na prática, ela torna público que o imóvel do São Paulo não pode ser usado como garantia em qualquer negociação financeira que o clube venha a fazer. Isto vale para empréstimos bancários ou outro tipo de captação no mercado financeiro.

A penhora foi pedida pelos advogados do meia Leandro Bonfim que moveu ação trabalhista em 2007, pedindo – entre outras coisas – direito de imagem, direito de arena e diferença salarial. Hoje, o valor da causa já atinge R$ 530 mil. O atleta ganhou em duas instâncias. O São Paulo recorreu. O processo está no Tribunal Superior do Trabalho que vai dar a sentença definitiva. “Enquanto isso, o CT de Cotia permanece penhorado e, se o São Paulo perder e não pagar, ele ir à leilão”, disse o advogado Fábio Luiz de Oliveira, do escritório de direito esportivo de Gislaine Nunes, que defende Leandro.

O valor do CT é muito superior ao montante da ação trabalhista. Mas no caso extremo em que o imóvel teria que ser leiloado, o clube ficaria com o dinheiro que ultrapassa o valor determinado pela justiça. Mas pode perder o Centro de Treinamento.

Leandro Bonfim está jogando no Al Wehda (Arábia Saudita). Ele foi atleta do São paulo em  2005. Tinha jogado o primeiro semestre pelo Porto e foi emprestado ao clube brasileiro no meio do ano. Disputou 13 partidas e não marcou gols. Foi contratado para fazer parte do grupo campeão do mundo de 2005, vestindo a camisa 18, mas não jogou nem foi inscrito. Aparece na galeria de fotos dos campeões segurando o troféu.  No ano seguinte, já estava no Cruzeiro.

Baiano, Leandro tem 31 anos e foi revelado pelo Vitória. Jogou em seleções brasileiras de base desde o Sub-15 até o Sub-20. Dividiu a carreira entre passagens pelo exterior (PSV Eindhoven, Porto, Nacional da Ilha da Madeira, Al Itihad e Al Wehda) e por clubes brasileiros (Vitória, São Paulo, Cruzeiro, Vasco da Gama, Fluminense, Bahia, Avaí e Audax-RJ).

O CT de Cotia foi inaugurado em julho de 2005, no mesmo período em que o São Paulo contratou Leandro Bonfim. Fica a cerca de 30 quilômetros da cidade de São Paulo. Possui uma área de 220 mil metros quadrados, com campos de futebol, um estádio, salas para aulas, um REFFIS novo, piscina com janelas panorâmicas,  É lá onde está a base tricolor. Possui um hotel-alojamento que foi utilizado pela seleção da Colômbia, durante a Copa do Mundo de 2014, o que rendeu cerca de R$ 2 milhões ao clube paulista. Foi a “menina dos olhos” do ex-presidente Juvenal Juvêncio.

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Com dólar em alta, empresários apostam em êxodo de jogadores para exterior
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Luciano Borges

A desvalorização do real diante do dólar vai provocar uma saída de talentos do futebol brasileiro na próxima janela da Europa, que vai de 1 de julho a 31 de agosto. Esta é a aposta de empresários da bola como o gaúcho Jorge Machado. “Depois de duas janelas meio frias, as coisas vão acontecer. Com o dólar a três reais, a tendência é a do mercado voltar a ser o que era há sete anos”, disse ao Blog do Boleiro. 

Segundo Machado, o interesse de clubes europeus cresceu na medida em que o real vem sendo desvalorizado. “Hoje, tenho sondagens de equipes da França, Itália e outros países que não falam em vir aqui para observar. Ele querem comprar. Até equipes do México andam interessadas depois do bom desempenho de Rafael Sóbis”, afirmou referindo-se ao jogador que ele empresaria e está no Tigres.

Jorge Machado cuida da carreira de quatro jovens promissores: Gérson (meia do Fluminense, 17 anos), Yuri Mamute (atacante do Grêmio, 19 anos), Carlos (atacante do Atlético Mineiro, 19 anos) e Clayton (atacante do Figueirense, 19 anos). “Dei sorte. Todos estão cotados lá fora”, comemora.

Em julho do ano passado, um dólar valia R$ 2,20. Na última sexta-feira, cerca de oito meses depois, o dólar comercial atingiu a cotação de R$ 3,24 para venda.Na economia, esta valorização do dólar ajuda quem exporta para fora do Brasil. Vale para a indústria e vale para o futebol.

“O impacto vai ser grande . Para os clubes e para os jogadores, uma oferta internacional passa a ser interessante”, atirou Marcelo Robalinho, da Think Ball & Sports Consulting Sports, empresa que cuida da carreira de Jadson, que recusou uma proposta da China para continuar no Corinthians. 

No próximo mês, Robalinho espera pela vinda de representantes de um clube francês. “Eles virão para observar e talvez realizar negócios”, disse ao Blog do Boleiro. Ele explica que, embora os clubes da zona do euro não utilizem o dólar para pagar salários, eles utilizam dólares na compra dos direitos, dependendo do que for exigido pelo vendedor.

Num vídeo gravado pela assessoria de imprensa e distribuído em português com legendas em inglês, para consumo da mídia europeia, o empresário mandou o recado: “Para os clubes do exterior, o valor das negociações permanece o mesmo. Se ele estava disposto a gastar 100 mil dólares de salário, vai continuar gastando esta quantia. Mas para o atleta, esta proposta vai de 100 para mais de 300 mil reais”, estimou. Na última janela, clubes chineses e do mundo árabe já mostram disposição em contratar brasileiros.

Este raciocínio serve também para os clubes vendedores. Em crise, com dificuldade para pagar salários, as agremiações como Corinthians, São Paulo, Grêmio, Internacional e Atlético Mineiro sempre apostaram na exportação de garotos revelados na base para equilibrar os orçamentos.

Hoje, eles pagam altos salários, estão em dificuldade para não atrasarem os pagamentos e precisam realizar negócios. O dinheiro de fora, valorizado, pode ajudar.”Os clubes estão quebrados, com o pires na mão”, falou Machado.

Esta situação deve inclusive dificultar o repatriamento de jogadores brasileiros que estão em clubes europeus mais estruturados. O Palmeiras conseguiu atrair o lateral-esquerdo Egídio, bicampeão brasileiro pelo Cruzeiro, que cansou dos atrasos de salário do Dnipro (Ucrânia) e rescindiu contrato. O jogador veio de graça. Mas esta é, segundo os empresários, uma exceção que foge à regra.

“A repatriação de jogador que está bem na Europa é impossível”, cravou Robalinho. “Hoje, os clubes europeus tentam primeiro encaixar no próprio continente o jogador brasileiro que não está bem. Se não consegue, aí busca o mercado brasileiro para que o atleta tenha mais tempo de jogo e possa retornar mais valorizado”, explicou.

Mas há quem discorde desta previsão de “novo êxodo” do pé de obra do futebol brasileiro. Wagner Ribeiro, empresário de Neymar e Lucas, que administra a carreira de Gabriel (Gabigol) do Santos, acha que o futuro imediato “será ruim para todos: jogadores, clubes e empresários”.

“Os salários dos jogadores serão achatados e as negociações serão feitas por valores menores de reais”, disse argumentando que o real fraco fará com que as ofertas em moeda estrangeira abaixem. Ao contrário da expectativa de Robalinho, Wágner acha que o clube disposto a pagar US$ 100 mil de salário, agora pode oferecer U$ 75 mil e ainda assim fará uma oferta atraente.

Isso não impede, no caso de Wágner Ribeiro, de achar que pode continuar realizando bons negócios ainda este ano. “Em janeiro, o Wolfsburg ofereceu R$ 35 milhões pelo Gabriel. Se ele continuar bem em campo, pode sair por até 90 milhões”, afirmou ao Blog do Boleiro.

Gabigol é um dos poucos talentos, ao lado de Gérson do Fluminense, que servem, de argumento para Reinaldo Pitta ser cauteloso sobre a perspectiva de negócios. “Além da variação da moeda, há um outro ponto: para exportar é preciso ter produto e não temos muitos aqui no Brasil hoje em dia”, disse. “Nem tudo é Ronaldo, que com uma perna só se paga e dá retorno”, falou referindo-se ao Fenômeno de quem foi empresário.

Sem ser responsável pelo jovem meia do Fluminense,  Pitta revelou que o Fluminense já recusou uma proposta da Europa de 10 milhões de euros. Ele acha que, para os poucos talentos que estão despontando no Brasil, poderá haver mercado lá fora. “Temos negócios para realizar pela frente”, disse.

 


Danilo quer ser titular do Corinthians na bola: “Não adianta forçar”
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Luciano Borges

*atualizado no domingo, dia 29 de março de 2015, às 18h45

Neste domingo, Danilo entrou em campo contra o Bragantino na função de armador do time considerado reserva. O Corinthians venceu por 1 a 0. E ele não tem vaga assegurada entre os onze que vão enfrentar o Danúbio, no meio de semana, pela Copa Libertadores da América. Alguma queixa? Nenhuma. O meia nascido em São Gotardo (MG) nunca tentou ser titular na base do grito. “No futebol, as coisas são assim. Não adianta forçar”, disse ao Blog do Boleiro. “O importante é você estar bem, trabalhar direito e aproveitar cada oportunidade”, completou.

Quem convive com ele, sabe que o discurso é sincero. “Nunca vi um cara tão gente boa”, disse o empresário Álvaro Serdeira que ajuda o atleta desde que o empresário dele, Gilmar Rinaldi se tornou coordenador de seleções da CBF. “Ele é tranquilo, não gosta de agito e acha que consegue tudo na calma”, contou.

Na temporada de 2015, o treinador Tite tem utilizado Danilo como reserva de Renato Augusto ou mesmo substituto do atacante Paolo Guerreiro. Foi como atacante, que ele fez gols contra Palmeiras e São Paulo. De 17 jogos oficiais, Danilo foi titular em sete e ficou de fora em seis.

Daria até para reclamar.

O currículo de Danilo é invejável. Aos 35 anos, o meia é bicampeão mundial de clubes e da Copa Libertadores da América, jogando pelo São Paulo e Corinthians. Já foi seis vezes campeão estadual, atuando no Goiás, São Paulo e Corinthians. Em três temporadas no Kashima Antlers, do Japão, acumulou cinco títulos nacionais. No total, em 15 anos de carreira, ele acumulou 22 conquistas locais, regionais, nacionais e mundiais.

Pelo Corinthians, ele tem ainda uma marca de respeito. É eficiente em clássicos. Já marcou 11 gols desde que chegou em 2010. Seis deles foram em cima do São Paulo, clube em que jogou de 2004 a 2006. Contra o tricolor, Danilo fez o tento do título da Recopa SulAmericana de 2013.

Para quem já trabalhou como serralheiro, ajudando o pai Gabriel na adolescência, Danilo acha que já realizou o sonho da vida: ser jogador de futebol e ter família formada. Fã de música sertaneja, ele conta que tem apenas uma mania: dirigir carros de modelos mais antigos. Ele vendeu há pouco tempo um Ômega 1998 e ficou apenas com o Opala 1978, prateado, que é conhecido pelos torcedores que visitam o CT Joaquim Grava. “Eu procurei em jornal, internet e com amigos até achar o carro. Sempre quis ter um. Foi influência de um tio que gostava destes carrões”, contou.

Contra o Bragantino, o meia que nunca jogou pela seleção brasileira, tenta mais uma vez convencer o técnico Tite que pode ser titular. Mas na bola, sem forçar. “Tenho que jogar bem e mostrar que estou no grupo”, disse.

Blog do Boleiro – Nesta temporada, você começou como reserva e ainda é considerado parte do time reserva. Isso não deixa você nervoso?
Danilo – No futebol ajuda ter este jeito tranquilo, sossegado. Eu procuro ter calma. As coisas são assim, não adianta forçar. No futebol todo mundo quer jogar. Não tem como forçar. Tem que respeitar o outro e seguir trabalhando. O importante ºe estar no bolo, mostrar que pode ajudar.

Como você avalia seu momento?
Acho que está muito bom. Tenho acertado passes, feito gols e dado assistências. O time está muito bem. Cada jogador tem sua autocrítica e sempre quero melhorar. Mas o momento está bom. Como o Corinthians está bem, todo mundo está jogando bem. Quem ganha é o Tite que pode fazer o rodízio. O grupo é muito forte.

Essa boa campanha do Corinthians na Libertadores e no Paulista surpreende?
Um pouco. Esse desempenho veio logo, não é. Mas precisamos ganhar títulos. No ano passado, passamos em branco, não ganhamos nada. Time grande é cheio de cobrança. Se ganha, melhor. Se perde, é ruim, um problema.

Você nunca perde a calma?
Às vezes perco sim. Mas é difícil. Procuro resolver as coisas de forma tranquila.

Jogando, você já se irritou?
Às vezes tem jogos que você fica nervoso com árbitros por algum lance não marcado ou até com coisas que acontecem no jogo. Mesmo assim, procuro ficar focado na partida e ficar tranquilo.

Você jogou no Japão. A experiência com os costumes e a cultura de lá influenciaram você?
Não digo que influenciaram. Lá foi o período mais difícil que passei em um clube porque não falava ao idioma, que é bem difícil. Depois de um ano, melhorou bem. No Japão, aprendi muito: todo mundo respeita todo mundo. É um traço da cultura deles que admiro.

No dia a dia, longe da bola, tem alguma coisa que tira você do sério?
Não. Sou de boa até no trânsito. Procuro estar bem tranquilo em tudo. Resolvo com calma as coisas.

Para você, o que é bom na vida?
Primeiro, jogar futebol. Este é um sonho que realizei. Depois, viver com minha família. Sou casado com a Miriam há 16 anos e tenho três filhos: Matheus, 13, Lucas, 9, e Davi, 4. Um churrasco nas folgas, quando dá – porque anda difícil agora com tantos jogos – é gostoso. Gosto de reunir amigos, a família, ouvir música sertaneja. Gosto de sertanejo mais antigo. Tenho discos do Teodoro e Sampaio, Rio Negro e Solimões, Ataíde e Alexandre, Gilberto e Gilmar, Gino e Geno. Eu escuto sertanejo a maior parte do tempo. Mas tempo livre é raro.

O que você fez nas últimas férias?
Passei uma semana na casa dos meus pais. Depois voltei para Goiânia, onde vivo hoje em dia, e fiquei quieto por lá.


Na Ucrânia, ex-corintiano conta porque foi barrado por clubes brasileiros
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Luciano Borges

Durante quase onze meses, Betão ficou sem mercado para jogar futebol no Brasil. Ele tentou: falou com dirigentes, procurou clubes e cuidou da forma física. Não adiantou. Depois de uma passagem pela Ponte Preta no segundo semestre de 2013, o zagueiro formado no Corinthians descobriu que ser agente livre é enfrentar uma barreira intransponível.. “Se você não faz parte dos ‘grupos de investimento’ ou se o seu empresário não for alguém influente, realmente fica mais difícil conseguir oportunidades. Muita gente achava que eu ainda estava na Europa”, disse em entrevista ao Blog do Boleiro.

O currículo de Betão é de respeito. No Brasil, ele ganhou o Torneio Rio-São Paulo e a Copa do Brasil de 2002. Foi campeão paulista de 2002 e brasileiro em 2005. Foi homenageado em 2007, quando completou 200 jogos com a camisa do Corinthians. Era ídolo da Fiel. Mas fez parte do time que caiu para a Série B no final do ano e perdeu prestígio. Foi para o Santos no início de 2008 e disputou a Copa Libertadores da América.

Na mesma temporada, o zagueiro central foi para a Ucrânia jogar no Dinamo de Kiev. Lá, atuou nas quatro posições da defesa e ainda jogou como volante. Foram 215 jogos, quatro edições da Liga dos Campeões da Europa, um título nacional e dois da Supercopa da Ucrânia. Nas cinco temporadas que passou em Kiev, ele teve dois filhos. Quis voltar ao Brasil, mas primeiro foi emprestado ao Evian e disputou a final da Copa da França contra o Bordeaux. O time de Betão foi derrotado por 3 a 2, com o terceiro gol marcado no minuto final.

Na sequência, Betão veio jogar na Ponte Preta. Não andou bem. O time campineiro foi rebaixado para a Série B. E, no final de 2013, ficou livre para arrumar outro clube. Em outubro do ano passado, ele entrou em contato com o Dinamo e perguntou se o clube teria interesse em contar com ele de novo. O contrato vale até o final da temporada. Ele ainda é reserva. Ingressou numa equipe que é líder do campeonato ucraniano.

Neste domingo, a família do jogador chega do Brasil em Kiev. Betão aperfeiçoou o talento de chefe de cozinha, uma atividade que adotou há anos para compensar a solidão. Está agora pensando em estudar para ser executivo do futebol. É uma das opções para o atleta de 31 anos que já se preparar para quando parar de jogar.

Blog do Boleiro – Betão quanto tempo você ficou parado aqui no Brasil?
Betão –Meu último jogo pela Ponte foi dia 8 de dezembro de 2013. Jogamos contra o Internacional, em Caxias (RS) pela última rodada do Campeonato Brasileiro. Fui o capitão do time. Cheguei em Kiev para começar a treinar no Dinamo no dia 31 de outubro do ano passado.

Como foi sua passagem pela Ponte Preta?
Não foi da maneira que esperava. A intenção era poder fazer um bom campeonato brasileiro para abrir outras portas no Brasil ou até mesmo prorrogar meu contrato com a Ponte. Porém, cheguei sem tempo para fazer a pré-temporada. Fiquei fisicamente abaixo do grupo que já estava em meio de temporada. Não consegui ter uma grande sequência de jogos.

Ficou difícil encontrar outro clube para jogar no Brasil? Como foi esta espera, essa procura?
Claro que não foi boa, pois não estava nos meus planos ficar parado todo o tempo que fiquei. A dificuldade aconteceu principalmente porque a maioria das pessoas acreditavam que eu tinha voltado para a Europa. Até mesmo quando eu participava de alguns programas de televisão, os próprios entrevistares ficavam surpresos quando eu dizia que estava sem clube.

O que você acha que provocou esta falta de informação?
Outro fato é, que estou cuidando da minha carreira sozinho e sem empresário  “a propaganda diminui” (risos). Cheguei a conversar com três treinadores no Brasil, porém não era o que queria para o momento. Tendo empresário, na maioria das vezes acaba facilitando as negociações. E quando você não tem, as pessoas criam um monte de questionamentos a respeito: “Porque está sem agente?”, “O que será que aconteceu” . Houve especulações para voltar para Europa. Os contatos não se concretizaram.

Neste tempo, mais de dez meses, como você manteve a forma?
No início, trabalhei com o Fabrício Pimenta, preparador físico do Corinthians. Treinei no Parque Ceret e na academia do prédio, mas depois continuei os trabalhos sem ele. Mas não jogar por muito tempo vira um problema. Como alguém já disse: “É preciso ser visto para ser lembrado”.

No final, como você avalia esta passagem pelo Brasil?
A princípio fiquei feliz em voltar ao Brasil depois de cinco anos. Senti evolução no sentido tático das equipes e isso é uma coisa que me fascina. Mas o futebol brasileiro ainda tem muito a evoluir de modo geral: estrutura, organização, calendário etc. O futebol no mundo infelizmente virou totalmente negócio. E isso não acontece no Brasil. É muito claro. No meu ponto de vista é o que  atrapalha, e muito, a evolução da modalidade. O imediatismo joga contra o futebol brasileiro. Desde querer o resultado imediato de uma jovem promessa até julgar a história de um jogador vitorioso por causa de um momento ruim. Hoje em dia no futebol brasileiro, se você não faz parte dos “grupos de investimento” ou se o seu empresário não for alguém influente, realmente fica mais difícil conseguir oportunidades.

Quando você decidiu tentar a volta para o Dinamo?
Em outubro. Como eu mesmo estou cuidando da minha carreira, entrei em contato com o clube para saber se eles tinham interesse em meu retorno. Tive uma resposta positiva quase que imediata. Falei com eles na sexta-feira e na terça eles me enviaram as passagens. Aqui é um lugar que eu tenho história. Eles respeitam muito isso. Tenho mais de 200 jogos com a camisa do Dinamo. Tenho títulos aqui, disputei três Ligas dos Campeões, cinco Ligas Europa. Tenho muito respeito de todos aqui. Acredito que isso acontece por eu ser muito profissional. Isso facilitou muito meu retorno.

Mas ainda está mais na reserva e brigando por vaga no time titular.
Não estou jogando como titular. O time está muito bem. Está liderando o campeonato com sete pontos a mais do que o Shakhtar, segundo colocado. Até agora, só sofreu  sete gols no campeonato todo. Além disso, a equipe está nas quartas de final da Liga Europa. Não tem porque o treinador me colocar como titular no momento. Peguei o bonde andando e por isso não posso sentar na janelinha (risos). Hoje estou feliz aqui, porque é muito bom voltar a fazer parte de um grupo, estar em lugar que te respeitam e que as pessoas gostam de você.

Como está o ambiente em Kiev por conta do conflito entre Ucrânia e Rússia?
Aqui em Kiev não mudou nada, não se nota a guerra por aqui. A economia do país e os comentários do dia a dia são as coisas perceptíveis do que está acontecendo. Inclusive nos estádios, as torcidas têm uma música com letra que ofende o presidente russo Vladimir Putin. No fim do ano passado, os camelôs vendiam papel higiênico com o rosto do presidente russo estampado. Mas fora isso, aqui na nossa cidade não se percebe que o país está em guerra.

Depois de encerrar a carreira, o que você planeja fazer? 
Não tenho nada concreto na minha mente, mas tenho algumas opções que passam pela minha cabeça. Executivo do futebol é uma delas. Gosto bastante dessas coisas dos bastidores do futebol. Acredito que, com o tempo, poderei acrescentar algo para o futebol. Não sou muito fã do trabalho de campo como treinador. Como auxiliar pode até ser, pois gosto muito de análises táticas. Penso também em gerenciar carreiras de atletas. Acredito que para isso já tenho experiência suficiente. E outra opção que vem bastante à minha cabeça é ir para área do jornalismo televisivo ou escrito. Gosto de falar, gosto de escrever, enfim, gosto de trocar idéias.

 


Empresário: “Corinthians seria burro se não fosse apaixonado pelo Sheik”
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Luciano Borges

O Corinthians quer renovar o contrato de Emerson Sheik. O jogador deseja permanecer com um novo acordo até o final de 2016. O empresário do atleta, Reinaldo Pitta, já teve uma primeira conversa com um dirigente corintiano que ele considera “um grande amigo”.

Ele acha que a renovação deve sair mesmo. “Já está apalavrado”. E crava: “O Emerson é apaixonado pelo Corinthians. O Corinthians seria burro se não fosse apaixonado por ele”.

Um dos argumentos de quem defende os interesses do atacante de 36 anos é este: “O melhor e maior jogador que eu vi jogar foi o Rivellino. Nem o Ronaldo, que foi meu atleta, jogou o que o Riva jogou. Mas ele não ganhou um título pelo Corinthians. O Emerson ganhou tudo. Foi campeão cinco vezes em quatro anos: Paulista, Brasileiro, da Libertadores, do Mundial e da Recopa Sul Americana”.

Outro ponto favorável é a disponibilidade de Sheik. “Ele só não joga no Corinthians se disserem que não querem ele. O mercado sabe disso. Por isso, nem o Emerson nem o Corinthians estão com pressa”.

Sheik está no Corinthians desde 2011. Somente no ano passado, sob a gestão do técnico Mano Menezes, ele deixou de fazer parte do elenco e foi emprestado ao Botafogo. Pitta elogiou o treinador para depois qualificar de “coisa meio burra” não contar com Emerson. “O Sheik pode ter errado, mas o Mano errou mais. Ele é um grande treinador, mas não poderia ter tentado afastar ele, Danilo, Renato Augusto e o próprio Elias, que agora está jogando muito”, falou o empresário.


Palmeiras segue Corinthians e pode treinar nos Estados Unidos em 2016
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Luciano Borges

A visita do presidente do Palmeiras aos Estados Unidos, no início de março, rendeu contatos e uma proposta. A exemplo do que fez o Corinthians na pré-temporada deste ano, o time palmeirense poderá se preparar para a temporada de 2016 na Florida. O convite partiu de dirigentes de franquias da MLS (Major League Soccer), depois de uma visita ao Orlando City, time do empresário brasileiro Flávio Augusto da Silva e do atacante Kaká.

Entre as possibilidades, o dirigente palmeirense ouviu a proposta de levar a equipe para disputar um torneio amistoso nos EUA no início do ano que vem, aproveitando o período de treinamentos por lá.

Nobre participou do “Sport Business Summit”,  encontro de líderes do esporte realizado em Nova York. O evento é organizado por uma entidade chamada Leaders in Sports e reúne profissionais mais influentes da indústria e negócios do esporte.

Um dos contatos feitos com dirigentes de clubes europeus abriu a possibilidade de uma parceria com o Manchester City, clube inglês. Uma troca de conhecimentos, modos de administrar e também intercâmbio de jovens valores são temas que entraram nas conversas, ainda em caráter preliminar.

O presidente viajou de olho no mercado da bola dos Estados Unidos e Canadá. Conversou com executivos da MLS e conheceu de perto também como funciona o New York Red Bulls.

 

 


Uniformizada do São Paulo elege os “vilões” e protesta domingo
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Luciano Borges

O vice presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro não entende de futebol e perdeu o comando do grupo. O técnico Muricy Ramalho precisa sair enquanto está em alta no clube. Jogadores como Paulo Henrique Ganso e Luis Fabiano não têm condições de jogar no São Paulo. Estes são os argumentos da maior organizada do São Paulo para protestar contra o dirigente, o treinador e os jogadores. Neste domingo, eles serão alvos de uma manifestação na entrada do portão 1 do estádio do Morumbi, onde chegam os ônibus das delegações do jogo entre São Paulo e Linense.

A derrota para o Palmeiras por 3 a 0 aumentou a temperatura e a impaciência dos uniformizados. A Torcida Independente decidiu não pressionar o elenco como já fez este ano na porta do Centro de Treinamento da Barra Funda. Mas vai ao Morumbi para avisar que derrota para o San Lorenzo em Buenos Aires, na próxima semana, será inaceitável. “A gente vai protestar lá mesmo no estádio do San Lorenzo”, disse o vice presidente conhecido como Baby.

Foi ele quem escreveu, depois da segunda derrota tricolor para o Corinthians em 2015, que Muricy Ramalho deveria ser demitido e o nome para substitui-lo é Vanderlei Luxemburgo, do Flamengo. “O Brasil ficou contra minha pessoa, mas agora as pessoas estão vendo que nosso time não tem padrão de jogo”, disse.

As uniformizadas do São Paulo tentam levar cinco ônibus para a Argentina a fim de apoiar o time em campo. O jogo contra o San Lorenzo é decisivo dentro do Grupo 2 da Copa Libertadores da América. O São Paulo tem seis pontos e é segundo da chave. O San Lorenzo soma três pontos e precisa vencer para tornar a briga igual. Uma vitória do time brasileiro praticamente classifica o São Paulo como segundo colocado. O primeiro, com nove pontos, é o Corinthians.


Clássico: São Paulo não pede ingresso mais barato e torcida boicota
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Luciano Borges

 

Reprodução da proposta de boicote publicada na internet

Reprodução da proposta de boicote publicada na internet

 

A Torcida Independente, uniformizada do São Paulo com maior número de integrantes, está tentando convencer os torcedores tricolores a não irem ao Allianz Parque na noite desta quarta-feira, quando Palmeiras e São Paulo jogam pelo Campeonato Paulista. O boicote é contra o preço cobrado pelo ingressos no setor dos visitantes: R$ 200,00. Até a manhã de hoje, haviam sido vendidas apenas 180 entradas. A organizada garante que vai ao estádio para protestar com o que chama de “abuso do ingresso”.

Os dirigentes tricolores não pediram ao Palmeiras que baixasse o preço. 

A diretoria do Palmeiras acatou o pedido Ponte Preta, no início do mês passado,  e depois de consultar a FPF, baixou pela metade este preço das cadeiras amarelas (R$ 100,00). O mesmo aconteceu no clássico contra o Corinthians. O presidente palmeirense Paulo Nobre acatou o pedido do então mandatário corintiano, Mario Gobbi, e baixou o ingresso de 200 para 100 reais.

No caso do São Paulo, isso não aconteceu. “Faltou bom senso ao fixar o valor de 200 reais para o ingresso da torcida visitante para o jogo de hoje. Fixado pelo mandante. Reciprocidade”, escreveu o vice-presidente Júlio Casares em seu perfil no Twitter. O comentário foi passado adiante pela Independente, que está “aconselhando” os tricolores que já compraram suas entradas que devolvem e peguem o dinheiro de volta.

No site oficial, a organizada emitiu uma nota explicando os motivos da ação:

Tendo em vista o preço abusivo dos ingressos no para visitante no jogo de hoje

Tendo em vista que o preço que o preço abusivo de rs 200,00 reais jamais foi praticado para o visitante, e inexplicavelmente teve majoração acentuada para este jogo;

Tendo em vista a omissão do poder publico, ministério publico, procon, etc.. Que já haviam se omitido no caso da ausência de transporte recentemente, como determina a lei.

Tendo em vista a grande massa de são paulinos e independente que sempre lotaram o seu espaço no estádio de hoje, mais que não poderão ir pelo preço abusivo;

A independente emite nota de repudio a omissão do estado e a elitização do futebol que ronda principalmente o estado de são paulo

Um grande clube pode perder um craque, diretor, técnico, até seu estádio, mais quando perde sua torcida quando não anda com seus torcedores começa a preocupar e caminha para um rumo perigoso, porque é a torcida o principal patrimônio é a torcida que faz o futebol ser o esporte diferente de todos.

A torcida independente não irá para o chiqueiro!
Não podemos abandonar nosso associado no paissandu
que não tem como pagar 200 reais no ingresso

Aconselhamos os 100 torcedores que foram ao morumbi comprar ingresso.. Devolva e pegue o seu dinheiro de volta.

Aqui somos uma família, um por todos e todos pelo são paulo futebol clube, se meu amigo não vai, nos também não iremos.

A Diretoria

 


Corinthians: Tite usa método dos “três discursos” para criar padrão de jogo
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Luciano Borges

Na noite desta terça-feira, o zagueiro Valdomiro, da Portuguesa de Desportos, deixou o campo do Itaquerão dizendo que não perdeu para os reservas do Corinthians. “Que reserva? O Corinthians tem esquema de jogo e joga igual com qualquer formação”, falou. Um time compactado, com forte marcação a partir do meio de campo, jogadas ensaiadas em faltas e escanteios, movimentação do ataque com opções de jogadas pelas laterais e pelo meio. O repertório corintiano não é pequeno e tem funcionado logo no início da temporada.

O técnico Tite anda surpreso com o desempenho da equipe. Acha que o acerto é precoce e avisa que o  time ainda vai oscilar neste primeiro semestre. “Não peguem um jogo que foi extraordinário e entendam que aquele ali é o futebol do Corinthians. Não peguem o pior e vejam como a realidade. Peguem a média, botem no liquidificador e aí vão saber. A média disso é o nosso time. O pico de performance foi contra o São Paulo (pela Libertadores), mas não serão todos assim”, completou.

De volta ao clube depois de um ano sabático, Tite retornou ao trabalho no Corinthians e foi impondo algumas novidades táticas que aprendeu no período em que esteve fora.

Para que o jogadores assimilassem as novas orientações, ele usou o método dos “três discursos”. Quando ele quer alguma coisa diferente de um atleta, o treinador primeiro fala. Depois, nos treinos, ele aplica e cobra correção em campo. E, por fim, prepara vídeos para reforçar a mensagem. “Das três, uma fixa na cabeça”, garante o técnico.

Isto vale individualmente e também na formação coletiva. O posicionamento que Tite quer do Corinthians é sempre repetido com estas três mensagens: pessoal, prática e reforço de imagem.

Para isso, é preciso também que os treinamentos tenham a intensidade observada por Tite no Real Madrid. Depois de dois jantares e uma conversa com o técnico Carlo Ancelotti, ele foi convidado para acompanhar dentro do campo como o time madrileno trabalha. “Eles brincam antes, no aquecimento, mas aí é pau dentro”, disse o brasileiro.

Nos primeiros dois meses de jogos, o Corinthians tem mostrado foco em campo. Hoje, ele já está classificado para a fase de mata-mata do Campeonato Paulista. Lidera também o Grupo 2 da Copa Libertadores da América com três vitórias e aproveitamento 100%.

Nesta semana, os alvinegros enfrentam uma maratona de jogos e já venceram dois confrontos em três dias. Nesta quinta-feira, o adversário será o Penapolense, com time considerado titular.

 

 

 


Violência: promotor quer proibição de venda de ingressos para uniformizadas
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Luciano Borges

A edição de uma resolução da Federação Paulista de Futebol, proibindo 1) a entrega de ingressos dos jogos para as torcidas organizadas; 2) proibição de camisas, faixas, bandeiras e outros símbolos que não sejam os oficiais dos times envolvidos na partida e 3) determinando um espaço de apenas 500 lugares para torcida uniformizada como já está previsto desde 2006 num acordo entre a FPF e o Ministério Público. Esta é uma das medidas propostas pelo promotor público Paulo Castilho, do Jecrim (Juizado Especial Criminal), num documento que já foi entregue à Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

Embora digam publicamente que não tem relações formais com as organizadas, os clubes grandes de São Paulo ainda liberam ingressos comprados em lotes para que estas torcida frequentem os estádios num mesmo setor. Proibir a venda de entradas é uma maneira de desarticular os uniformizados.

Na próxima sexta-feira, às 10 horas da manhã, o secretario Alexandre de Moraes vai comandar uma reunião com dirigentes de clubes, representantes das polícias militar e civil, do Ministério Público e da FPF para decidir o que fazer no combate à violência no futebol paulista.

O encontro não é mais para discutir o tema, mas sim deliberar sobre o que deve ser feito. Moraes tem conversado com outras esferas do governo estadual, incluindo o próprio governador Geraldo Alckmin. Na semana passada, o deputado estadual Fernando Capez, presidente da Assembleia Legislativa, se colocou a favor das medidas propostas pelo MP.

Os participantes do encontro de sexta-feira terão até um dia antes para enviarem as sugestões do que acreditam que deva ser feito para, principalmente, conter  a disposição bélica das torcidas uniformizadas.

Na lista de Castilho está o que ele considera o passo mais importante para atacar o problema: a criação de um Juizado do Torcedor na Capital que tenha um juiz de direito especializado em violência no futebol.

Além disso, um promotor de justiça ficará dedicado exclusivamente ao tema, trabalhando em contato com as polícias civil e militar, clubes e Federação Paulista de Futebol e CBF. Como apoio, a instalação de uma Delegacia Especializada que possa instaurar inquéritos policiais, identificar e monitorar líderes de torcidas organizadas. Ela terá poder de acompanhar as movimentações financeiras de presidentes e diretores.

Nos nove itens que compõem o documento, um deles é o da torcida única em clássicos. Desta vez, Paulo Castilho aponta uma alternativa: fãs do time visitante poderiam entrar se for criada uma “zona mista ou neutra” de torcida, misturando torcedores “devidamente cadastrados, identificados e monitorados”, dando prioridade aos sócios-torcedores.

Outra medida sugerida por Castilho é edição de uma lei municipal proibindo a venda de bebidas alcoólicas ao redor dos estádios de futebol em dias de jogos até duas horas depois do final das partidas. A multa prevista para quem não obedecer seria de R$ 50 mil e perda de alvará de funcionamento do estabelecimento. 

Por outro lado, o MP pede a volta da venda de cerveja dentro das arenas antes, no intervalo e depois das partidas. Fora destes três momentos, quem vender poderá ser multado em R$ 100 mil mais perda de alvará. E ot torcedor que exagerar e arrumar confusão terá que passar por teste de bafômetro e poderá ser autuado.

Paulo Castilho acha que estas sugestões darão resultado se foram adotadas. “Até o fim do ano, será possível ter o domínio da situação. É mais fácil do que se imagina. Dá para vencer esta batalha”, disse ao Blog do Boleiro.

Na semana passada, no Fórum de São Paulo, Castilho foi procurado por advogados da Gaviões da Fiel (Corinthians) e Mancha Alviverde (Palmeiras) que se mostraram preocupados com o cerco que está se fechando em torno destas uniformizadas. Na última quarta-feira, dia 18, a Justiça de São Paulo aceitou a denúncia de homicídio duplo qualificado, por motivo torpe, e por formação de quadrilha de 25 integrantes das duas torcidas, 14 gaviões e 11 manchas.

Eles vão responder o processo em liberdade. Mas oito deles, incluindo o atual e dois ex-presidentes da Gaviões estão proibidos de ir aos jogos do Corinthians. Nos dias de partidas, eles precisam se apresentar duas horas antes no Segundo Batalhão de Coque da PM, só saindo de lá duas horas depois do final da peleja. Quem desobedecer terá a prisão preventiva decretada. “Eu disse aos advogados que está é a ponta do iceberg. Vem mais coisa por aí”, falou Paulo Castilho.