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Definidos juízes do sorteio das semifinais; FPF arma concentração com vídeo

Luciano Borges

* atualizado às 12:19

Luis Flávio Oliveira (Fifa), Rafael Klauss (Fifa), Vinicius Furlan e Thiago Duarte Peixoto. Estes são os quatro árbitros que vão entrar no sorteio dos trios da semifinal do Campeonato Paulista. Segundo o coronel Marcos Marinho, chefe da comissão de arbitragem da Federação Paulista de Futebol, misturou gente experiente e um novo nome, Peixoto, que vem sendo bem avaliado. ''Ele merece uma oportunidade'', disse.

Os sorteados vão se concentrar. Eles se apresentarão em um hotel no centro de São paulo, 24 horas antes das partidas. Serão orientados pelo Departamento de Árbitros, com vídeos mostrando como jogam os times, quais atletas reclamam mais, a forma de marcação que pode provocar impedimentos e faltas e outros detalhes do jogo.

O coronel, que se recupera de dengue,  teve que engolir uma ação do marketing da FPF que trouxe o patrocínio da mesma empresa que apoia o Palmeiras. A marca da Crefisa também foi estampada na camisa dos árbitros. O negócio deixava qualquer decisão errada em campo sob suspeita de favorecimento. ''Virou plêmica. Paciência. Mas os árbitros não iriam se influenciar por isso. Tem que saber trabalhar com este fato. Mas para eles, é só mais jogo'', disse antes da própria FPF anunciar o cancelamento deste patrocínio.

Marinho pretende utilizar os dois juízes não sorteados na final do torneio. Pode, no entanto, chamar também Guilherme Ceretta de Lima que, segundo o homem forte do apito paulista, ''Foi muito bem na partida entre Santos e XV de Piracicaba''.

Não é o que os jogadores do XV acham. Eles reclamaram das duas penalidades máximas, marcadas a favor do Santos. No primeiro, Fabiano derrubou Lucas Lima. No segundo, Leonardo Luiz cortou um chute na área e a bola bateu no braço dele. ''Ele acertou nos dois lances, sem dúvida. No lance do braço, o jogador do XV não estava se defendendo. Ele atacou o lance com braço aberto. Foi pênalti'', disse.

Já a reclamação dos atletas do Botafogo de Ribeirão Preto, que não gostaram do gol anulado de Bruno Costa. Ele subiu para cabecear e dividiu a bola com o goleiro Fernando Prass.  O juiz Marcelo Rogério marcou falta do botafoguense. ''O lance foi muito claro. Houve falta no goleiro. O Prass já estava com a bola'', afirmou Marinho.

Quanto aos lances de pênalti, reclamados pelo Palmeiras, o coronel admite: Dudu foi mesmo empurrado dentro da área. ''Eu daria, mas depende do ângulo do árbitro'', disse.

Marinho acha também que Marcelo Rogério falhou em não expulsar um atleta do Botafogo, que tinha dado ''uma entrada criminosa'' em Valdívia. ''Foi agressão. Mas aí conversei com o Marcelo e ele disse que, naquele momento, ele estava conversando com outro atleta e não viu o lance. O quarto árbitro informou que ele deveria dar o amarelo'', falou.

Marinho também avalia que o Corinthians foi beneficiado com o gol anulado da Ponte Preta, no sábado. Renato Cajá não estava impedido quando recebeu a assistência e mandou a bola para o gol. Seria 1 a 0 no primeiro tempo. ''Ali, o Vicente (Romano Neto, bandeira) fez a fotografia do primeiro chute e, na hora do passe, ele não fotografou o Cajá atrás da linha da bola. Paciência'', disse.