Blog do Boleiro

Arquivo : maio 2015

Saldo da “Blitz no Derby”: cinco condenados por ingressos falsos e cambismo
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Luciano Borges

A delegacia móvel instalada na Arena do Corinthians registrou a prisão de cinco torcedores – cambistas e portadores de ingressos falsos que foram autuados, condenados e terão que cumprir pena alternativa (ou substitutiva) nos próximos três meses. Nos dias de jogos de Corinthians ou Palmeiras, todos terão que se apresentar no Instituto Médico Legal ou em uma unidade do Corpo de Bombeiros. “Os que forem ao IML vão fazer trabalho administrativo. Quem for aos Bombeiros vai lavar as viaturas”, disse o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, diretor do Decap, Polícia Judiciária da Capital.

Cada um dos condenados teve que assinar um termo de compromisso que garante a presença deles nos locais designados nos dias e horários dos jogos. “Quem não aparecer irá para a cadeia’, disse Nico.

O promotor Paulo Castilho informou  ao Blog do Boleiro que “menos de 10 cadeiras foram danificadas” pelos uniformizados do Palmeiras que foram instalados atrás de um dos gols. “O policiamento reforçado dentro e fora da Arena Corinthians inibiu os caras”, falou Nico

Um torcedor do Corinthians arremessou uma letra de refrigerante no campo, causou tumulto e foi detido. Também foi punido com 90 dias de afastamentos dos jogos do time.

O clássico vencido pelo Palmeiras por dois a zero serviu para o lançamento efetivo do Juizado do Torcedor turbinado pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, com poderes para prender, indiciar, julgar e fazer cumprir a pena mais rapidamente nos dias de jogos de risco.

Quanto ao protesto dos torcedores corintianos uniformizados ao final do clássico, depois da derrota, o promotor não viu irregularidade. “Foi um protesto pacífico com cerca de 250 torcedores”, disse Paulo Castilho.


Torcedor que quebrar cadeira no Derby pode parar na delegacia
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Luciano Borges

“O torcedor que quebrar cadeiras ou destruir o patrimônio do estádio, vai ser levado para a delegacia e autuado”. A ameaça é do promotor Paulo Castilho que hoje está à frente do Juizado do Torcedor, órgão fortalecido recentemente pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo para combater a violência no futebol. Ele está de olho nas torcidas uniformizadas. Neste domingo, o clássico entre Corinthians e Palmeiras na arena em Itaquera será palco da primeira demonstração de força do JT. E o torcedor detido por quebradeira e vandalismo poderá ser afastado dos estádios por, no mínimo, seis meses. “Podemos puni-lo por até um ano”, afirmou Castilho,

Duas delegacias serão montadas na Arena Corinthians, uma dentro e outra fora do estádio. A Polícia Militar terá gente nos monitores do circuito interno de vigilância que poderão flagrar que andar fora da linha. Haverá soldados perto do setor onde os palmeirenses irão ficar. “A tolerância será zero. Ninguém vai quebrar cadeira e dar risada da justiça. Este torcedor não vai sair pela porta da frente”, disse Castilho.

Para esta partida, a cúpula da segurança paulista estará perto. O secretario Alexandre de Moraes, o Presidente do Tribunal de Justiça de, Renato Nalini,  o Procurador Geral de Justiça do estado, Márcio Fernando Elias Rosa,   e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Fernando Capez vão estar nas tribunas da Arena Corinthians.

Segundo  Castilho, as ações do Juizado do Torcedor serão ampliadas a partir do clássico de domingo. “O trabalho está engatinhando. Temos muitos inquéritos pela frente, muitos processos para abrir por lavagem de dinheiro, comércio ilícito de ingressos que permite a sonegação de impostos. Não estamos só atrás das torcidas violentas”, falou ao Blog do Boleiro. 

 


Santos faz 1ª proposta para renovar com Robinho; presidente está otimista
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Luciano Borges

Neste sábado, na Vila Belmiro, a diretoria do Santos apresentou pela primeira vez uma proposta de renovação de contrato para os representantes de Robinho. O pai do jogador, Gilvan de Souza, tomou conhecimento da oferta santista numa reunião que contou também com a presença da advogada Marisa Alija Ramos, que cuida da carreira do atacante. O presidente do clube, Modesto Roma Jr. também participou do encontro.

“Nós recebemos a proposta e fizemos algumas ponderações para eles. Foi muito tranquilo”, disse a advogada Marisa. Além do valor dos salários e luvas – que estão abaixo do que quer o jogador – há também o tempo do contrato a ser definido.

O presidente do Santos, Modesto Roma Junior, acha que a negociação caminha para um acordo. “A coisa está bem encaminhada”, disse ao Blog do Boleiro.

Na próxima quarta-feira, dia 3, foi marcado novo encontro para que as duas partes discutam os termos da renovação. Na segunda-feira, Robinho se apresenta à seleção brasileira que se prepara para a disputa da Copa América.


Crise na Fifa e CBF faz Bom Senso apostar na aprovação integral da MP
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Luciano Borges

A partir da semana que vem, o Bom Senso FC vai voltar ao corpo a corpo no Congresso Nacional. A crise desencadeada na CBF, depois da detenção de onze dirigentes da Fifa, Conmebol e Concacaf – incluindo aí o vice da Confederação Brasileira, José Maria Marin – criou ventos favoráveis para quem luta pela aprovação da Medida Provisória do Refinanciamento das Dívidas dos Clubes do jeito que ela foi enviada pelo governo federal. “O momento favorece a mudança da opinião e postura dos parlamentares que costumam apoiar a CBF”, disse o diretor executivo do BS, Ricardo Borges Martins.

Nos últimos dois dias, Ricardo tem falado com deputados por telefone. Percebeu que as denúncias de corrupção feitas pelo FBI e as ramificações que o caso pode ter no futebol brasileiro tem criado um constrangimento na defesa dos interesses da Confederação que, ao lado dos clubes, tem trabalhado a bancada da bola para alterar o texto da MP na parte em que falam das contrapartidas ao novo financiamento das dívidas fiscais e criam punições aos dirigentes que não seguirem à risca regras como a do fairplay financeiro.

Entre os presidentes de federações, o sentimento é o mesmo. Até oposicionistas do atual comando da CBF, com o presidente Marco Polo Del Nero, preferem o silêncio. “Não sei exatamente quais são as denúncias. Não vi o processo e prefiro esperar sem fazer nenhum comentário”, disse o presidente da Federação Gaúcha de Futebol.  No em tanto, ele mesmo conta que vem trocando telefonemas com colegas e os dirigentes ainda tentam entender o tamanho do problema.

Além disso, pegou mal entre os dirigentes, a entrevista dada por Delfim Pádua Peixoto Filho, de Santa Catarina, que disse estar pronto para assumir a presidência da CBF, caso Marco Polo Del Nero seja tirado do cargo por um suposto envolvimento nas acusações da polícia dos EUA. Há dois motivos: 1) Marco Polo Del Nero está no poder e não foi arrolado, além de ter avisado nesta sexta-feira que não pretende deixar a CBF tão cedo e 2) se Del Nero e Marin fosse afastados do poder, terá que ser organizada uma assembleia geral para votar um quinto vice-presidente que poderia tomar o lugar de Delfim no quesito idade.

O clima na CBF chegou ao Congresso. Na Câmara Federal, deputados que se mostravam favoráveis aos pleitos dos clubes e da CBF, estão falando em esperar para ver o que acontece antes de brigarem por alterações na MP.

“No momento atual, ficou clara a necessidade de mudança da estrutura do futebol brasileiro”, insiste Ricardo. A comissão que estuda a medida provisória tem mais 15 dias até enviar o tema para plenário. O prazo final para votação é 17 de julho.


Em 1990, CBF e Traffic fizeram 1° negócio e ele corroeu a seleção de 90
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Luciano Borges

A crise que culminou com o indigitamento ou prisão de 11 dirigentes ligados à Fifa, Conmebol e Concacaf acontece no ano das bodas de prata da relação de negócios entre o empresário J. Hawilla e o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Há 25 anos, a Traffic intermediou o patrocínio de uma marca de refrigerante para a seleção brasileira que ia disputar a Copa do Mundo de 1990.

E o primeiro negócio da dupla Teixeira-Hawilla causou uma crise que culminou com a pífia campanha do Brasil na Copa do Mundo na Itália, no mesmo ano. Motivo: falta de transparência no negócio.

A CBF teria vendido por US$ 3 milhões o direito do patrocinador colocar sua marca nas camisetas de treino do grupo convocado pelo técnico Sebastião Lazaroni. Além disso, foram instaladas placas ao redor dos campos da Granja Comary, em Teresópolis (RJ), onde fica o CT da Confederação Brasileira. A quantia estava no contrato que, no inicio da preparação, não foi mostrado aos atletas.

Os jogadores, liderados por quem já atuava no futebol europeu e tinha noção do valor dos direitos de arena (Careca, Alemão, Ricardo Gomes e Renato Gaúcho, entre outros), viram o tamanho da exposição na mídia que a Pepsi teria. Eles questionaram o valor estipulado pela CBF para cada atleta. Achavam muito pequena a fatia destinada aos artistas da bola.

O elenco brasileiro pediu a presença do presidente da entidade, Ricardo Teixeira, que se recusou a subir a serra num primeiro instante.

Como represália, os convocados boicotaram a marca do refrigerante na hora da foto oficial da delegação que seguiria para a Itália. Ela foi tirada perto dos alojamentos, no alto de um morro, apenas com a presença de fotógrafos e cinegrafistas. Depois de todo mundo ficar no seu lugar, dois atletas gritaram: “Agora vamos fazer a foto patriótica”. Todos colocaram a mão direita no lado esquerdo do peito, tapando a marca estampada na camisa.

A foto do boicote saiu nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo do dia seguinte. Na hora do almoço, Teixeira seguiu para Teresópolis e conversou com os jogadores. O clima aliviou depois de um novo acerto de grana para os direitos de arena. Uma parte foi paga no Rio de Janeiro. A outra seria quitada já na Itália.

Mas, dias depois, pouco antes do embarque da delegação para Madrid, onde o selecionado iria enfrentar um combinado de Real e Atlético de Madrid, alguns atletas ouviram de dois funcionários da CBF que o valor do patrocínio era o dobro do que estava no documento apresentado para eles.

Esta foi a grande saia justa que perdurou até a eliminação da seleção brasileira já na segunda fase do Mundial, quando o time foi derrotado pela Argentina de Diego Maradona e Caniggia por um a zero, no estádio Delle Alpi, em Turim.

A desconfiança de que foram enganados por Teixeira corroeu a unidade do grupo. Para se ter uma ideia, já em Asti, onde o Brasil se hospedou em um hotel, os atletas mandaram avisar que o dinheiro do direito de arena seria dividido entre eles e o treinador. E mais ninguém. Parte dos integrantes da comissão técnica não gostou e brigou para que todos recebessem sua fatia. Lazaroni saiu em defesa dos companheiros. Foi hostilizado.

Alguns atletas sabiam que a Copa do Mundo de 1990 seria a última chance deles serem campeões. Eles tentaram fazer um acordo. Mas o clima já estava acirrado e o problema se arrastou até à volta ao Brasil.

O primeiro negócio entre CBF e Traffic começou assim: os números do patrocínio nebulosos, um contrato que já tinha “dinheiro por fora” e gente ganhando para realizar a transação. De lá para cá foram 25 anos de negócios que se realizaram fora das fronteiras do Brasil. Jota Hawilla, mediante o acordo de delação premiada, tem muito a contar daqui para frente. A Justiça Americana começou investigando como foi feita a negociação para que os EUA organizassem a Copa América de 2016.

Os investigadores toparam com uma rede de corrupção, caixa 2, propina e outras irregularidades. Elas não param nos onze homens presos.

 

 

 


Muricy recusa sondagens e vai à Itália: “Não vou fazer p… nenhuma”
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Luciano Borges

Muricy Ramalho vai passear na Itália. O treinador, que decidiu não trabalhar até o final do ano, viaja nesta semana com a família. E garante que não vai visitar centros de treinamentos de clubes europeus nem conversar com treinadores. “Não vou fazer porra nenhuma”, falou ao Blog do Boleiro que o procurou para comentar sobre as recentes demissões de Vandelrei Luxemburgo (ex-Flamengo) e Luiz Felipe Scolari (ex-Grêmio).

Mais magro e feliz, o técnico que deixou o São Paulo disse que o futebol brasileiro ainda está nas mãos de dirigentes que não entendem o esporte. “As pessoas não têm consciência do que estão fazendo”, afirmou referindo-se às trocas de treinadores logo no início do Campeonato Brasileiro. Ele revelou que já foi procurado por alguns clubes grandes do país e que se recusou a passar das sondagens.

Blog do Boleiro – Muricy, estas demissões de treinadores de ponta é uma tendência? A vida vai ficar mais dura daqui para a frente?
Muricy Ramalho – Eu tive que parar por causa da minha saúde. Não tinha mais como continuar trabalhando no limite da dor. Mas acho que estas demissões fazem parte desta loucura do futebol brasileiro.

Loucura?
As pessoas não têm consciência do que estão fazendo. Demitir na segunda, terceira rodada, não dá para entender. Não há planejamento. Tem muita gente no comando que não entende de futebol. Não tem justificativa. Não se dá valor nem sem tem uma medida de quem trabalha no Brasil. Se perde um jogo é por falta de treinador.

O técnico do Palmeiras, Oswaldo de Oliveira diz que os 7 a 1 da Copa do Mundo causaram esta depreciação dos treinadores brasileiros.
É por isso que torcemos muito para que a seleção brasileira fosse bem na Copa do Mundo. Tudo o que acontece de ruim é culpa dos treinadores. Está tudo muito difícil porque os clubes não honram os compromissos. Sem dúvida, os 7 a 1 tiveram um efeito neste sentido.

Agora a concorrência aumentou. Você vai estar no mercado com o Luxemburgo, Felipão, Mano Menezes e, se não der certo o acerto no mundo árabe, o Abel Braga.
Eu não estou nessa concorrência. Já recebi sondagens, ou convites de clubes. Mas já disse que vou descansar até o final do ano. E acho que eles também receberam sondagens deste mesmos clubes.

Você está bem mais magro. Essa parada está fazendo bem?
Está. Tenho feito ginástica e me alimentado bem. Não tem jeito, para você ficar bem é uma combinação de comer menos e se exercitar mais. E as dores sumiram. É um alívio, uma beleza.

Não quer voltar agora?
Não tenho saudade nenhuma do futebol. Tenho saudade dos amigos, mas do dia a dia não. Estou super feliz. Faz muito bem conviver com a família. Tenho ido ao sítio e à praia. Agora vou viajar para a Itália.

Vai fazer curso ou aprender alguma coisa com outros treinadores?
Não vou fazer porra nenhuma. Vou lá passear.

 


Chefe do apito defende cartões no Brasileiro, mas pede “ternura” nos gestos
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Luciano Borges

Dos 20 clubes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro, apenas um pediu à Comissão Nacional de Arbitragem da CBF que enviasse um instrutor para explicar aos jogadores e comissão técnica as orientações que os árbitros tiveram na parte disciplinar em 2015.

Nesta terça-feira, o time do São Paulo ouviu explicações e tirou dúvidas com o general Nilson Monção (da CNC) e do instrutor Roberto Perassi (da FPF). “Os treinadores foram informados das mudanças no encontro que tivemos na CBF, mas só recebemos este pedido até agora”, disse o presidente da comissão, Sérgio Corrêa.

Na última rodada do Brasileiro, a terceira da competição, atletas e treinadores reclamaram muito da quantidade de cartões que foram distribuídos pelos juízes. Os homens do apito estão seguindo à risca o que foram mandados fazer: advertem quem reclama, o jogador que gesticula na hora de interpelar o árbitro, o treinador que entra no campo para falar e o jogador que vai até a escada das arenas para comemorar com a torcida. Todos foram punidos com cartões amarelos ou vermelhos.

Nos primeiros 30 jogos da Série A foram distribuídos 165 amarelos, 37 deles por reclamação. Dos nove cartões vermelhos, só um para jogador que discutiu com o juiz (Valter, do Atlético Paranaense). Outros dois foram dados para quem foi comemorar com a galera naquelas escadas que dão acesso à torcida nas novas arenas, construídas para a Copa do Mundo de 2014.

Nada que os boleiros não tivessem sido avisados.

Nas primeiras rodadas, antes dos jogos e ainda no vestiário, os árbitros levaram uma cópia da Circular 18, que esclarece o que não pode mais acontecer em campo, especialmente no item “Respeito ao Árbitro”. No próximo final de semana, os trios de arbitragem vão entregar este documento mais uma vez.

Depois, vai mudar.

“A partir da quinta rodada, vamos enviar nova circular, a número 26, onde resumimos todas as alterações na parte disciplinar. São três tópicos básicos: a aplicação dos cartões, a proibição de pessoas estranhas no vestiário dos árbitros e a criação da pré-súmula. A partir da quinta rodada, os clubes vão preencher as escalões na súmula eletrônica antes das partidas. Hoje isso é feito pelos trios de arbitragem. Agora, será online”, disse Sérgio Corrêa. 

A preocupação em punir quem acha legal ir até à arquibancada torcer tem como fundo a segurança. O presidente da Comissão tem em mãos fotos de jogadores vibrando no alto da escada e crianças, do outro lado do portão sendo prensadas por adultos. “É uma situação horrível. Se acontece algo pior vão dizer que a CBF não fez nada para evitar. Nós consultamos a Fifa e ir até aquelas escadinhas e subir para abraçar torcedores é o mesmo que ir até o alambrado, o que é proibido e passível de cartão”, falou.

Os árbitros cumprem as ordens à risca até porque estão avisados que, quem amolecer será punido e afastado dos jogos. Até aqui, Sérgio Corrêa acha que seus comandados estão trabalhando direito no aspecto técnico e disciplinar. Mas notou um exagero que vai ser cortado: “A maneira como alguns árbitros estão mostrando o cartão está muito exagerada. Cartão não é arma que fuzila jogador. O gestual tem que ser mais discreto, dado com tranquilidade. O árbitro pode ser duro, mas não pode perder a ternura”, disse.

Leia a circular 26 que esclarece aos jogadores, técnicos e dirigentes quais as orientações na área disciplinar que os árbitros vão seguir.

 

Prezados Senhores,

Considerando a existência de algumas dúvidas sobre as circulares 17 e 18, como, também, sobre possíveis restrições atualizamos como segue:

1 – RESPEITO AOS ÁRBITROS, JOGADORES, INTEGRANTES DE COMISSÕES E, PRINCIPALMENTE, TORCEDORES:

Todos os árbitros designados para as competições coordenadas pela CBF não devem tolerar desrespeito e atos de indisciplina de qualquer natureza às regras do futebol, aos árbitros, jogadores, integrantes das comissões técnicas e, consequentemente que tais atos inflamem aos torcedores.

 

As recorrentes e acintosas reclamações, individuais ou em grupo de jogadores, contra as decisões do árbitro e de qualquer oficial da arbitragem, tanto durante como após o encerramento das partidas, exigem adoção de medida disciplinar adequada, pois as regras do jogo o permitem e exigem.

 

A proximidade dos lances, critérios iguais para lances semelhantes, postura firme e destemida, o correto uso do apito e palavras firmes, mas respeitosas – nunca desafiando – são os meios mais eficazes para evitar atos dessa natureza.

 

Sendo assim, os árbitros que não atuem de acordo com as regras e que permitam, sem adoção das medidas disciplinares comportáveis, transgressões dessa natureza serão sumariamente afastados das programações, pois o futebol não pode ser vítima nem de árbitros fracos, nem de jogadores, treinadores ou dirigentes indisciplinados, que atentam contra a boa conduta esportiva, cujas condutas inflamem torcedores nas arquibancadas, além de uma conduta indisciplinada de verdadeiros ídolos do esporte contribuir para que jovens adquiram hábitos desrespeitosos contra autoridades de qualquer natureza. “É certo que as palavras movem e os exemplos arrastam!”

 

Tal fenômeno, que não é privilegio do futebol brasileiro, precisa ser freado imediatamente e com firmeza, tanto que a UEFA adotou, recentemente, punição semelhante a esta.


Qualquer pessoa, jogador ou substituto que, ao término do primeiro tempo ou ao final da partida, se dirija à equipe de arbitragem, ofendendo, ou aplaudindo de forma irônica, ou qualquer outra marcação deverá ser EXPULSO imediatamente.

Se for oficial de equipe, treinador, auxiliar, preparador físico, e etc utilizando a mesma conduta, deverá ser EXCLUIDO e citado pela INVASÃO DE CAMPO e/ou OFENSAS proferidas ou sinalizadas.

 

Em ambos os casos, os fatos devem ser registrados fielmente e em linguagem clara e objetiva no relatório da partida.

 

Se os exemplos citados ocorrerem fora do campo, no trajeto aos vestiários e, inclusive, na saída do estádio também devem ser registrados nos relatórios.

 

As entrevistas, acaso ouvidas pessoalmente, por qualquer dos integrantes da equipe de arbitragem, se ofensivas, devem ser encaminhadas à análise do STJD.

 

2 – VEDADA A PRESENÇA DE ESTRANHOS NOS VESTIÁRIOS

 

É terminantemente proibido que qualquer pessoa que não esteja relacionada na escala oficial acompanhe ou visite a equipe de arbitragem no vestiário da arbitragem.

Caso ocorra, o árbitro deverá registrar o fato no relatório da partida, indicando os motivos da visita.

OBS.: O EXPOSTO ACIMA VALE PARA QUALQUER DIRIGENTE DE CLUBES, FEDERAÇÃO E/OU DA CBF A não observância ensejará a inatividade da equipe de arbitragem até análise da Corregedoria.

Exceção: Delegados locais designados pelas Federações estaduais (item IV, do Art. 6o do RGC) estão autorizadas, não havendo a necessidade de registro, a não ser que sua conduta seja incompatível com os padrões esperados.

3 – RESTRIÇÕES DE JOGADORES


Reiteramos aos oficiais de arbitragem extrato do RGC sobre responsabilidade de controle de suspensão e condições de jogo:

 

Art. 62 – Se ao final de uma competição restar pendente penalidade de suspensão por partida aplicada ao atleta pelo STJD, seu cumprimento dar-se-á, obrigatoriamente, na primeira partida de competição subsequente coordenada pela CBF, dentre aquelas que estejam em andamento.

§1o-(…)

§ 2o – O controle de penalidades impostas ao atleta para fins de cumprimento é de responsabilidade única e exclusiva dos clubes disputantes da competição. (grifo nosso)

Art. 34 – A DRT publicará o Boletim Informativo Diário, disponível no site da CBF, no qual constarão os nomes dos atletas profissionais cujos Contratos Especiais de Trabalho Desportivo tenham sidos registrados pelo clube contratante e os atletas não profissionais devidamente registrados junto às suas respectivas federações.

Parágrafo único – É de responsabilidade das partes interessadas a observância dos prazos e condições de registro definidos no REC e os procedimentos e condições de registro e publicação contidos no Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas de Futebol. (grifo nosso)

Art. 51 – Perderá a condição de jogo para a partida oficial subsequente da mesma competição, o atleta advertido pelo árbitro a cada série de três (3) advertências com cartões amarelos, independentemente da sequência das partidas previstas na tabela da competição.

§ 1o – O controle do número de cartões amarelos e vermelhos é de responsabilidade única e exclusiva dos clubes disputantes da competição. (grifo nosso)

Em resumo, O ÁRBITRO DA PARTIDA NÃO TEM RESPONSABILIDADE DE AVISAR AS EQUIPES SOBRE QUALQUER RESTRIÇÃO.

Obs.: Caso surja uma restrição, a única orientação é que o árbitro, ou quem ele determinar da equipe de arbitragem, deverá INFORMAR ao Diretor de Registro e Transferências, Sr. Reynaldo Buzzoni – Celular (21) 99614-0659.

Ficam revogadas as Circulares nos 17 e 18, e os textos acima inseridos na Circular no 08 – Orientações para Arbitragem 2015 – Revisão 3.


Sheik se reúne com empresário para discutir onde vai jogar depois de julho
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Luciano Borges

Emerson Sheik vai se reunir na noite desta segunda-feira com o empresário Reinaldo Pita. Os dois vão traçar os próximos passos da carreira do atacante que não terá o contrato renovado pelo Corinthians. “Uma coisa é certa: não temos pressa. Ele vai cumprir o contrato dele até o final de julho. Temos tempo”, disse o representante do jogador.

Reinaldo garantiu do Blog do Boleiro, “com toda sinceridade”, que não está falando com interessados: “Não conversamos com nenhum clube. Vamos passar a falar a partir de agora. Uma coisa eu garanto: todo bom clube interessa”.

Quanto à decisão do Corinthians de não cumprir o que falou há cerca de três meses ao próprio empresário, Pita falou que os dirigentes corintianos foram corretos. “Futebol não é matemática. Não é uma ciência exata. Nada é definitivo”, afirmou.

Quanto a um possível interesse do Vasco da Gama, ventilado no final de semana, o empresário de Emerson Sheik disse que não foi procurado.

 

 


De olho em Guerrero, Palmeiras garante que não assediou jogador
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Luciano Borges

Mesmo depois do anúncio do presidente Roberto de Andrade, do Corinthians, de que está desistindo da renovação de contrato de Paolo Guerrero, o Palmeiras mantém a posição de que o atleta ainda pertence ao rival e não vai falar com ele ou mesmo o empresário dele. Mas os dirigentes não negam o interesse no jogador.

Ao Blog do Boleiro, um dos homens do futebol chegou a afirmar que o clube preferia fazer uma proposta ao Corinthians do que assediar Guerrero enquanto ele ainda é jogador do alvinegro. Não houve, segundo esta fonte, nenhuma conversa. Assim, a informação dada por um amigo do jogador peruano, de que ele já estaria falando com o Palmeiras, foi tratada como boato.

O Palmeiras quer um atacante de ofício. Está esperto e de olho no mercado. Paolo Guerrero é uma opção forte. As relações entre o presidente palmeirense, Paulo Nobre, e a diretoria corintiana é dos mais cordiais. Daí o cuidado em não ferir suscetibilidades. Mas que há interesse em ter Guerrero, isso há.

O cuidado em reforçar que não houve nenhum contato com Guerrero também se justifica porque, embora Roberto de Andrade tenha praticamente anunciado o fim do relacionamento entre Corinthians e o jogador, ainda há uma pequena margem de manobra para um acordo.


TRT nega recurso da Portuguesa que pode ter o estádio do Canindé leiloado
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Luciano Borges

A Portuguesa de Desportos ainda corre o risco de ter o estádio do Canindé leiloado. Uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo negou o pedido do clube de retirar a penhora determinada pelo juiz Maurício Marchetti, da 59ª Vara da Justiça do Trabalho, numa ação movida pelo ex-jogador Tiago Barcellos, um meia que atuou pela Lusa de 2000 a 2003.

Os advogados da Lusa dizem que o caso ainda vai ter novos capítulos. Segundo o José Eduardo Dias Yunes, da Yunes Advogados Associados, o clube ganhou sobrevida na luta para evitar este fim. “Sabe quando um time faz um gol aos 48 minutos do segundo tempo e leva a partida para a prorrogação? É como estamos”, disse o Dr. Yunes.

A decisão do TRT foi tomada no dia 12 de maio, mas o acórdão só foi publicado no início desta semana.

Segundo ele, os juízes acolheram um agravo de instrumento que permite que o clube possa recorrer no Tribunal Superior do Trabalho. “Foi uma vitória parcial da Portuguesa”, afirmou Yunes cujo escritório foi contratado pelo presidente Jorge Manuel Marques Gonçalves para cuidar dos cerca de 200 processos da área trabalhista que a Portuguesa enfrenta.

Os dois lados cantam vitória.

Para a advogada Gislaine Nunes que representa o Tiago, a sentença do TRT foi clara. “Ganhamos o recurso por 3 a 0. A decisão foi unânime. Agora o juiz da 59ª Vara irá determinar a data do leilão assim que o processo voltar do TRT até a Vara”, falou a advogada que é professora titular de Direito Esportivo de um curso de formação de executivos (CEOs) em Gestão de Esporte.

Segundo a avaliação de um perito judicial, o Canindé vale R$ 128 milhões, incluindo aí a parte social do clube e o estádio. Yunes vê erros nesta avaliação. “Ele coloca no documento que não foram feitas benfeitorias no terreno. As piscinas não são benfeitorias? O ginásio de esportes não é benfeitoria?”, perguntou o advogado.

Tiago Barcellos pede salários atrasados, FGTS, férias e outros direitos trabalhistas, numa ação que já beira os R$ 5 milhões. A Portuguesa acha um evidente exagero. “Não passa de dois milhões e meio”, disse Yunes. Só o escritório da doutora Nunes tem outros cinco processos, entre eles o do atacante Ricardo Oliveira, Rogério Pinheiro e Marcus Vinicius, que – juntos – chegam até R$ 50 milhões.

A Portuguesa não nega que deve e fala em pagar quando puder. A penhora do Canindé impede que o clube coloque o imóvel como garantia em caso de empréstimos bancários ou mesmo que tente negociar alguma parceria.