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Expulsos e sem tevê no doping. Geuvânio e Dudu sofrem durante a final

Luciano Borges

Geuvânio prepara finalização pelo Santos na decisão de domingo Foto: Danilo Verta / FolhaPress

Geuvânio prepara finalização pelo Santos na decisão de domingo Foto: Danilo Verta / FolhaPress

''Deu desespero''. Foi assim que o atacante Geuvânio, do Santos, se sentiu durante cerca de 50 minutos, na Vila Belmiro. Tudo porque ele e Dudu, do Palmeiras, foram expulsos de campo no final do primeiro tempo e descobriram que não podiam ir até o vestiário para acompanhar o segundo tempo da final do Campeonato Paulista pela televisão. ''O rapaz do doping me pegou e disse que eu tinha que ficar na sala da coleta até que o sorteio fosse feito'', contou.

Assim, sem banho nem TV, a dupla expulsa passou os 15 minutos do intervalo e 35 minutos de partida na segunda etapa tentando adivinhar o que estava acontecendo no gramado.

''Era assim, quando o barulho era grande, eu sabia que a jogada foi do Santos. Se o barulho fosse menor, o Dudu sabia que era a do Palmeiras'', contou o santista. Até a hora de serem liberados – os dois atletas não foram sorteados para o antidoping – apenas o Palmeiras marcou. O lateral-direito Lucas fez o primeiro gol do alviverde quando a aprtida ainda estava 2 a 0 para os santistas.

Os dois jovens atletas conversaram pouco no vestiário. ''A gente estava tenso com a expectativa do que acontecia no campo. Então, quase não falamos'', revelou Geuvânio.

Eles estavam de acordo sobre o cartão vermelho que receberam do árbitro Guilherme Ceretta de Lima: ''Foi injusto. A gente só se agarrou ali na entrada da área. Não era nem para a gente levar amarelo. Eu não fiz nada e ele se esquivou. Quando muito, o juiz poderia ter dado o amarelo. Mas era só'', afirmou Geuvânio.

Com a expulsão, o santista ficou fora da decisão por pênaltis. ''Nos treinos, cobrei várias vezes e converti todas. Eu estava preparado'', disse. Liberados, os jogadores foram cada um para seu vestiário. Geuvânio ficou lá, vendo os últimos minutos da decisão. quando a partida acabou, ele subiu e fez a corrente com os reservas, já no gramado.

Depois da conquista do título estadual, o jovem atleta do Santos comemorou com os amigos. ''Eu estava até perfumado porque, embora não tivesse tomado banho, suei pouco'', brincou.

A sensação de ser campeão?

''É muito boa. Quero mais. Minha história aqui no Santos começou a ser escrita ontem, graças a Deus'', afirmou o atleta que tem contrato até 2017.

Na tarde desta segunda-feira, ele voltou a treinar. Afinal, no meio desta semana, o time vai encarar o Maringá, pela Copa do Brasil. Depois, na abertura da Série A do Campeonato Brasileiro, o campeão paulista de 2015 vai visitar o Avaí, em Florianópolis. '' Vamos atrás destes dois torneios. Não podemos parar e ficar contentes com o Paulistão. Queremos mais'', disse.