Blog do Boleiro

Arquivo : junho 2015

Rodrigo Caio está perfeito, garante médico do São Paulo
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Luciano Borges

“Do ponto de vista médico, o Rodrigo Caio está perfeitíssimo”. A garantia é do médico do São Paulo, doutor José Sanchez, que estranhou a informação de que um dos motivos da frustrada transferência do volante são paulino para o Valência da Espanha seria por problemas físicos. “Essas avaliações médicas são peculiares e individuais. Mas ele está perfeito, não tem nada”, garantiu.

Rodrigo Caio passou por duas cirurgias no joelho direito. “A primeira foi há muito tempo, coisa de sete anos. Esta mais recente no cruzado anterior, está ótima. Eu aprovaria”, afirmou ao Blog do Boleiro.

Esta segunda-feira, o próprio São Paulo confirmou que a negociação entre Rodrigo Caio e Valência foi frustrada por problemas financeirosa.

O jogador teria descoberto que o salário e luvas prometidos pelo empresário não correspondiam o que lhe ofereceram ao chegar na Espanha. O volante está em Madri, conversando com o Atlético.

O doutro Sanchez garante que, se a saída de Rodrigo Caio não se concretizar, ele volta e joga. “Ele vai fazer o que estava fazendo. Vai treinar e jogar pelo São Paulo e pela seleção brasileira”, falou o médico.

Já a diretoria torce para que o jogador acerte com um clube espanhol. O negócio com o Valência renderia mais de R$ 40 milhões ao clube brasileira que anda atrasando os direitos de imagem dos jogadores.

 


Último dia de contrato. Robinho vai ao Santos e pode definir o futuro
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Luciano Borges

Robinho vai aparecer no CT do Rei Pelé nesta terça-feira. É o último dia de contrato com o Santos. E o presidente santista, Modesto Roma Jr. espera por uma boa notícia. “Nós já falamos tudo o que havia para se falar. Agora falta a resposta dele. Espero que seja boa”, disse ao Blog do Boleiro. Há a possibilidade de uma reunião entre o atacante e seus representantes com a diretoria santista.

A  advogada Marisa Alija Ramos, representante do atleta, confirmou o interesse de Santos, Cruzeiro e Querétaro que formalizaram propostas. Quando à informação de times dos Estados Unidos e do mundo árabe, ela se limitou a dizer: “Preciso saber quais os times, porque nenhum me procurou”. No entanto, no próprio Santos, fala-se em uma oferta tentadora do futebol chinês. “Só posso dizer que a procura tem sido grande”, disse Marisa que já se queixou do assédio de empresários e intermediários querendo participar de negócios para venda de Robinho.

O jogador quer decidir este próximo contrato com muita calma, porque pode ser -para ele – a última grande oportunidade de faturar bem e garantir o futuro.

 

 


Feliz no Flu, Antonio Carlos quer saber porque foi demitido pelo São Paulo
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Luciano Borges

Antônio Carlos em 'selfie' para o Blog do Boleiro: "Estou feliz"

Antônio Carlos em ‘selfie’ para o Blog do Boleiro: “Estou feliz”

Antonio Carlos está feliz no Fluminense. Diz que voltou para casa. Ele foi formado na base tricolor. Já no profissional, fez o gol do título do estadual de 2005. Saiu neste ano para jogar no Ajaccio, da França, Retornou ao Brasil. Foi capitão do Atlético Paranaense. Se firmou no Botafogo. Despertou o interesse do São Paulo onde jogou 63 partidas e anotou 12 gols.

E, em fevereiro deste ano, foi dispensado sem maiores explicações.

“Tinham que ter um pouco de consideração comigo pelo pouco que fiz lá. Não ganhei títulos, mas ajudei o time as sair do risco de rebaixamento em 2013, e foi um esforço grande”, disse ao Blog do Boleiro.

Na semana passada, o zagueiro Antonio Carlos completou 32 anos. Desde abril, ele é titular do Fluminense. Forma dupla de zaga com Gum. O tricolor carioca anda bem no Campeonato Brasileiro. É o terceiro colocado com 17 pontos, ao lado do São Paulo.

O ex-clube anda vendendo atletas como Rodrigo Caio, Denilson e Paulo Miranda, enquanto trabalha para segurar zagueiros.

E Antonio Carlos ainda não tem a resposta: por que foi dispensado pelo São Paulo?

“Até hoje, os torcedores me param para perguntar. Eu sei a resposta. Sei faltaram com um pouco de respeito comigo”, disse em entrevista nesta segunda-feira.

Blog do Boleiro – Rapaz, parece que você se deu bem no Fluminense.
Antonio Carlos –
Ah, estou feliz aqui. Comecei aqui no Flu. Tenho amigos que trabalham na comissão técnica. Eu precisava jogar para estar feliz. Precisava de uma oportunidade num time grande. No primeiro jogo (derrota para o Atlético Mineiro por 4 a 1) não fui muito bem. Mas hoje estou mais solto e entrosado.

O Fluminense também melhorou. Já está no G-4.
A gente começou mais ou menos e agora estamos entrando no eixo. As vitórias ajudam a dar tranquilidade. O grupo está entrosado. Está ficando muito bom jogar aqui.

A chegada do Enderson Moreira ajudou?
Muito. Ele é bom treinador. Eu não conhecia o trabalho dele. É um cara correto com todo mundo. Fala nossa língua.

Retornar ao Fluminense traz qual sensação?
A sensação de que voltei para casa. Agora estou perto da minha família, de todos os amigos, de Madureira onde cresci. Em São Paulo eu ficava muito distante disso. Via muito menos minha filha Júlia, de 14 anos, que mora aqui no Rio de Janeiro com a mãe. Mesmo a Pietra, que estava com a gente em São Paulo e tem sete anos, já se adaptou à escola no Rio. Ela está no segundo ano do ensino fundamental. Estou perto de casa e isso é ótimo. Mas antes de me mudar para o Fluminense, eu já vinha para cá nos finais de semana. Não dava para ficar em São Paulo sem jogar ou treinar.

Você já absorveu sua saída do São Paulo?
Ainda não. Até hoje procuro entender porque me dispensaram. Houve um pouco de falta de respeito. Fui pego de surpresa. Afinal, se eles decidiram que eu não estava mais nos planos, poderiam ter me avisado no início do ano. Mas não. Eles esperaram até fevereiro para me dizerem isso. Ficou difícil encontrar outro clube. Foram dois meses treinando sem saber para onde iria.

Você ficou chateado?
Fiquei. Faltou respeito pelo que fiz para o clube. Foi pouco tempo, mas me dediquei ao máximo. Durante um ano e meio, entre 2013 e 2014, joguei como titular, marquei gols. Tive a lesão na panturrilha depois da parada para a Copa do Mundo e, quando voltei, senti outra vez. Mas eu voltei bem, fazendo gol na época.

Por que você foi dispensado?
É o que eu quero saber. Eu ficaria mais tranquilo se soubesse o motivo, onde errei. Quando você faz uma coisa errada, mais ou menos já espera uma punição. Mas cumpri meu dever. Até hoje, quando encontro torcedores do São Paulo na rua, aí ou aqui no Rio, eles me perguntam o que eu fiz, se eu chegava atrasado nos treinos, se eu estava na noite, se xinguei alguém. A verdade é que não fiz nada disso.

O que o São Paulo alegou?
Um dia me chamaram na sala da comissão técnica. O Muricy Ramalho e o Milton Cruz falaram comigo. Disseram que não era uma coisa deles, mas da direção e que eu estava livre para negociar com outro clube. Eu fiquei preocupado se teria que treinar separado do grupo, mas eles me mantiveram trabalhando com o resto dos jogadores. Foram dois meses muito chatos. Eu treinava até sexta-feira e viajava para o Rio, para ficar perto da família e não sentir a angústia de ver o time jogar e não poder participar.

O São Paulo deve algo para você?
Tem alguma coisinha ainda para acertar. Mas acho que deve sair o acerto. O São Paulo sempre foi muito correto neste assunto. Quem joga lá não pode reclamar de que que eles não correm atrás.

No Fluminense está tudo certo.
Está tranquilo.

Até onde este time pode chegar?
Nosso planejamento é ir jogo a jogo, sem almejar título ou vaga na Libertadores da América. O importante é continuar dentro ou perto do G4. No Brasileiro, as dez últimas rodadas são as decisivas. É quando os clubes estão mais fortes, estruturados. Aí é que se define tudo. Nosso time é mineirinho, vai comendo pelas beiradas.

Você ainda não marcou um gol desde que voltou.
Já cabeceei umas boas bolas. Está faltando fazer o primeiro gol. O primeiro é sempre mais difícil, mas vai sair.


Descobridor de talentos do São Paulo lamenta ter deixado Firmino escapar
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Luciano Borges

Em 2008, Bilu, na época volante do Coritiba, veio tratar de uma lesão no Reffis do São Paulo, no CT da Barra Funda. Amigo de Milton Cruz, auxiliar técnico do Tricolor, ele contou que tinha conhecido um atacante de 17 anos que jogava muito e pediu uma chance para o menino treinar na base.

Cruz perguntou se o garoto tinha onde dormir em São Paulo. Com a resposta negativa, ele conversou com o então presidente Juvenal Juvêncio e conseguiu uma semana de alojamento no Centro de Treinamento de Cotia.

O adolescente alagoano, que estava na base do CRB de Alagoas, se chamava Roberto.

 Depois da peneira, ele foi dispensado pelos homens da base do São Paulo. Bilu chegou a perguntar para Milton se não dava para esticar a “peneira”, mas ouviu que a decisão não era dele. “Então acho que vou levá-lo para o Figueirense, onde tenho amigos”, disse o volante que tinha sido titular do time catarinense entre 2003 e 2005.

Dois anos depois, Milton foi ao Estádio Orlando Scarpelli para acompanhar a partida entre Figueirense e Ponte Preta. Gostou muito de um atacante veloz e habilidoso que atuava pela direita. “Gostei dele. Era perigoso. Fiquei interessado”, conta o atual assistente de Juan Carlos Osorio, no São Paulo.

Depois da partida, no vestiário do Figueirense, Cruz conversou com o atacante Reinaldo (ex-São Paulo) e com o velho amigo Bilu. “Perguntei daquele atacante e o Bilu me disse: ‘aquele era o Roberto que eu indiquei e vocês não quiseram ficar’. Eu então perguntei se não dava para levá-lo para o São Paulo e ele me explicou que o jogador já tinha um empresário”, afirmou ao Blog do Boleiro.

O atacante Roberto é o Firmino, titular da seleção brasileira, contratado nesta semana pelo Liverpool pela bagatela de cerca de 140 milhões de reais (40 milhões de euros). Ele se tornou um dos jogadores brasileiros mais valiosos da história.

Milton Cruz procurou o empresário de Roberto Firmino. Era o alemão Roger Wittman, dono da Rogon Sport Management, que decidiu abrir um braço da empresa da Alemanha em Florianópolis. Afinal, ele gostou das praias da capital catarinense. A consulta do são paulino acabou sendo com Christian Rapp, diretor da empresa, que frustrou qualquer conversa: “Ele já está negociado com o Hoffenheim”.

O resto é história recente e bem sucedida do jogador nascido em Maceió que o São Paulo não quis e  que se transferiu para o time alemão quando tinha 19 anos. Firmino estourou na Bundesliga quando, na temporada de 2013/2014, marcou 16 gols e deu 12 assistências na temporada ajudando o Hoffnheim a ficar em nono lugar.

Ele foi chamado pelo técnico Dunga para a seleção brasileira e não negou fogo. Já marcou quatro gols e está se fixando no time titular. Para alguns amigos, Firmino já disse que acha que foi mal avaliado pelos olheiros tricolores. O tempo se encarregou de provar que ele está certo.

Mas dificilmente o atacante do Liverpool vai reclamar em público. Aliás, ele é econômico nas palavras e nas declarações polêmicas. Firmino é daqueles atletas que pagam assessor de imprensa para evitar entrevistas.

Trata-se de um jovem de 23 anos, casado com Larissa Pereira e pai de Valentina, que gosta de passar o tempo livre em casa com a família. Ele gosta de mimar a irmã Roberta. Adora massas e churrasco. Quando o Brasil jogou contra o México, na folga depois da partida, ele jantou num rodízio da zona oeste de São Paulo. Se foi reconhecido, contou com a discrição dos clientes.

O Liverpool é o primeiro time de massa, em escala mundial, da carreira de Firmino. A exposição e fama vão aumentar. Se pudesse  pular esta parte, ele agradece, mas quem foi fã de carteirinha de Ronaldinho Gaúcho vai precisar acostumar com o assédio. Não vai dar para sair correndo das entrevistas coletivas, como fez nesta semana no Chile.

Na trilha de Ronaldinho, Firmino fez estágio por três semanas no Paris Saint German. Isso aconteceu em 2009.

Milton Cruz acha que, se o jovem Roberto tivesse passado mais cedo pelo crivo dele, teria jogado pelo São Paulo. Orgulhoso de ter levado Kaká, Júlio Batista, Lucas e outros talentos da base para o profissional, o auxiliar técnico lamenta ter enviado o alagoano para Cotia, sem poder olhar mais de perto o potencial do atacante. “Cada um tem seu olhar”, disse.


Advogada de Robinho reclama de assédio de empresários
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Luciano Borges

A advogada Marisa Alija Ramos anda irritada. Nos últimos dias ela vem sendo assediada por empresários e intermediários que dizem representar clubes do exterior e do Brasil. Todos atrás de um bom negócio envolvendo a transferência  de Robinho, jogador que ela representa. “Diariamente eu recebo telefonemas, e-mails, mensagens no celular, sinais de fumaça. Todos querem autorização para negociar o Robinho. Não consigo fazer mais nada aqui no escritório”, disse ao Blog do Boleiro.

O cerco, às vezes, fica bizarro. “Num só dia, quatro empresários me ligaram dizendo que representavam o mesmo clube da Arábia Saudita. Imagine. Nesta semana, três falaram em nome do Querétaro. Não dá”, afirmou entre irritada e divertida com a situação.

A cada notícia de interesse de algum clube do Brasil ou do exterior, ela passa a ser procurada por vários empresários. “Eles dizem que representam aquele clube, me pedem autorização para falar em nome do Robinho, perguntam quanto ele quer ganhar, querem valores”, contou. “Eu respondo que as coisas não são feitas assim”, reforçou.

Desde que conseguiu a liberação do Milan e se tornou dono dos próprios direitos econômicos, Robinho passou a ser um atleta visado pelo mercado. Além de estar jogando bem no Santos, ele agora voltou a ser titular na seleção brasileira, graças à ausência de Neymar. “Ele aguçou o interesse. O Robinho virou o sonho de consumo de qualquer empresário”, disse Marisa.

O problema que não falta gente querendo ser intermediária de um negócio milionário. Daí o pedido de mais de um empresário para obter uma procuração e sair vendendo Robinho por aí.

Estas tentativas até agora acabaram frustradas.

Robinho só trata de negócios com sua advogada. Marisa esteve no Chile, no último final de semana, para passar os detalhes das propostas que o jogador já recebeu. Oficialmente foram duas, uma do Santos e outra do Querétaro do México, que acaba de liberar Ronaldinho Gaúcho. “Eu o coloquei a par de tudo. Aliás, não só de clubes interessados, mas também de assinaturas de documentais e até para ajeitarmos a vinda do filho que está para nascer”, disse a doutora Ramos.

O meia atacante da seleção acha que este será o último contrato de alto valor que vai assinar na carreira. Aos 31 anos, ele quer decidir sem pressa. Tem dito a Marisa que todas as transferências anteriores “foram tumultuadas, em cima da hora, na base do aceita ou não aceita”.

Agora, dono dos direitos econômicos, o jogador quer encontrar uma oferta que una dinheiro com qualidade de vida, num clube que lhe ofereça desafio e objetivos novos.“Não é conta matemática simples. Mas é contrato para garantir o resto da vida”, disse a advogada . 

Marisa já avisou aos dirigentes santistas que Robinho vai responder sobre a proposta feita pelo Peixe depois que retornar ao Brasil. “Eu li que tem gente dizendo que ele não respondeu nada. Ele respondeu sim. E foi isso o que ele disse: vai decidir quando voltar da seleção”, falou a doutora Marisa.

 

 


Plano de Rosenberg: ídolos dos adversários com a camisa “Somos Todos Lusa”
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Luciano Borges

Raí, Marcos e Ronaldo Nazário vestindo a camisa da Portuguesa de Desportos. O português Figo jogando pela Lusa. Intercâmbio com clubes portugueses. Apoio de grandes agremiações de São Paulo. Estes são alguns dos planos que o economista Luis Paulo Rosenberg está tocando como consultor de marketing da Lusa.

Ele planeja ajudar o clube a levar o time de volta à Série A do Campeonato Brasileiro no final do ano que vem. E aí anunciar a contratação de um craque português para jogar na temporada seguinte. “Seria algo como trazer o Quaresma para jogar”, disse ao Blog do Boleiro.

A participação dos ídolos do São Paulo, Palmeiras e Corinthians é mais imediata. Nos próximos dias, a Portuguesa lança as camisetas “Somos Todos Lusa”, que serão vestidas por atletas como Raí, Marcos e Ronaldo.

“Não só eles. Já falamos com a Sabrina Sato, o próprio Roberto Leal, gente de outros clubes. O presidente do Palmeiras Paulo Nobre vai aderir. O Andrés Sanchez (ex-presidente corintiano) também. A ideia é vender a camisa da Lusa como uma segunda pele. Afinal, a Portuguesa é o segundo time dos paulistas”, disse.

Essas camisas serão vendidas nas padarias de São Paulo. Parece piada de português, mas não é. O parceiro preferencial de Rosenberg neste início de trabalho para captar recursos são os cerca de 2.800 donos de panificadoras que têm origem lusitana. “Temos quatro mil estabelecimentos na cidade. Dois terços pertencem aos portugueses. Neste momento, conto muito com a participação deles. O Sindicato das Padarias está nos ajudando muito”, afirmou.

Esta estratégia vem sendo montada de acordo com a situação atual da Lusa.

Como a Portuguesa de Desportos está disputando a Série C do Campeonato Brasileiro, a avaliação é de que os tradicionais recursos vindos de patrocinadores, direitos de transmissão pela televisão e propaganda na camisa não são as melhores saídas.

“Temos que pensar fora da caixinha”, explicou Rosenberg. “Vamos procurar outras fontes de recursos e a campanha ‘Somos Todos Lusa’ é uma delas”, completou.

Para ajudar, o custo do futebol da Portuguesa é baixo. Hoje, a folha de pagamento está em torno de R$ 300 mil. O time, comandado pelo jovem treinador Lopes Junior (filho de Antonio Lopes) começou a jogar bem na terceira divisão. É o 4º colocado do grupo B com duas vitórias, um empate e uma derrota.

Vender camisetas foi um ótimo começo para Rosenberg quando assumiu o marketing do Corinthians em 2008, depois da queda do time para a Série B. Na época, o slogan foi “Eu nunca vou te abandonar”. Um sucesso de venda.

Mas os planos para o futuro são outros. Com a ajuda do empresário Fabiano Farah (que cuidou de Ronaldo, o Fenômeno e Marta), a Portuguesa está conversando com clubes de Portugal, especialmente Benfica, Porto e Sporting.

“Queremos trazê-los para jogar aqui. Estamos falando também em intercâmbio. A disposição dos dirigentes de lá e da Federação Portuguesa é muito grande de nos ajudar”.

Nesta quarta-feira, Rosenberg conseguiu o contato do ex-jogador Luis Figo. Quer trazê-lo para participar de um jogo amistoso vestindo a camisa da Portuguesa de Desportos.

Um outro projeto é mais polêmico porque prevê a extinção do estádio do Canindé. “A ideia é a de construir ali um empreendimento imobiliário em que a Portuguesa terá participação. O clube social poderá ter uma sede moderna, bacana, verticalizada, com quadras, teatro, piscinas, lugar para que os portugueses possam jogar sueca (um jogo de baralho) e outras comodidades”, disse Rosenberg.

Para isso, será preciso contornar entraves jurídicos. O Canindé está penhorado numa ação trabalhista. Além disso, é preciso concordância do Conselho Deliberativo.

Rosenberg acha este movimento viável. “Hoje, a oposição está num momento de grandeza e nos ajudando com ideias. O presidente da Portuguesa, Jorge Manuel Gonçalves, lidera uma diretoria extremamente jovem que quer inovar”, falou o homem que já foi vice de marketing do Corinthians.

O alvo principal destas campanhas é a torcida da Portuguesa. Segundo Rosenberg, trata-se de um contingente de apaixonados “extremamente fiéis” que recebem muito em troca. “O envolvimento deles é arraizado. Este amor não é correspondido há anos com alegrias. Eles não recebem nada em troca. É preciso dar a eles um time e uma marca que represente coisas boas”, afirmou.


Valdívia continua no Palmeiras? Investidor acha mais fácil ganhar na Mega
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Luciano Borges

O empresário Osório Henrique Furlan Jr. Jogou a toalha. “Já dei meu investimento como perdido. É melhor nem pensar sobre isso mais”, disse o investidor. Ele se refere ao meia chileno Valdívia, que ele ajudou o Palmeiras a contratar em 2010, pagando cerca de R$ 5,5 milhões e ficando com a fatia de 36% dos direitos econômicos do atleta.

Agora, ele acha que o jogador não vai permanecer no clube depois do final do contrato, em agosto. “É mais fácil eu ganhar na Mega-Sena acumulada do que o Valdívia renovar com Palmeiras”, disse.  

Até o último final de semana, Furlan tinha a intenção de ligar para Luiz Valdívia, pai e representante do atleta, para tentar saber qual possibilidade o Palmeiras teria de assinar novo contrato valendo até o final de 2016. Tentou esta conversa, mas não conseguiu.

No domingo, Luiz disse a jornalistas brasileiros que estão no Chile acompanhando a Copa América, que virá ao Brasil para uma reunião com dirigentes do Palmeiras. Não ligou nem agendou este encontro até o início da tarde desta terça-feira. Deve aparecer somente depois da campanha do Chile no torneio sul-americano.

Osório queria ajudar o clube a manter Valdívia por mais tempo na esperança de que o atleta jogasse e atraísse o interesse de clubes do exterior. Assim, numa venda futura, poderia recuperar parte do que investiu. Conseguiu até autorização do presidente Paulo Nobre para conversar com o pai do chileno. Mas, convencido de que não há interesse dos “Valdívias”, desistiu.

O curioso é que, quatro anos atrás, ele se ofereceu para ajudar o Palmeiras a repatriar Valdívia, que estava no futebol árabe. O ex-presidente Luiz Gonzaga Belluzzo estava montando uma engenharia financeira para conseguir o dinheiro da contratação. Conseguiu um empréstimo do Banif. Abordado por Furlan, Belluzzo disse para ele desistir da ideia. “O Valdívia não é jogador para dar retorno”, argumentou. “Eu não dei ouvidos e contribui do mesmo jeito. Entrei pelo cano”, afirmou Furlan.

O Palmeiras ainda está pagando por Valdívia. A dívida com o banco Banif gira em torno de R$ 7,5 milhões mais juros. O clube detém 54 por cento dos direitos econômicos.

Quanto ao sorteio da Mega-Sena desta quarta-feira, que vai pagar cerca de R$ 40 milhões, Furlan disse que pretende apostar ainda nesta terça-feira.

 

 


Sem rescisão do Corinthians, Fábio Santos viaja para exames no Cruz Azul
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Luciano Borges

O lateral esquerdo Fábio Santos embarca para a Cidade do México nesta terça-feira à noite. Ele vai passar pelos exames médicos e, se for aprovado, deve assinar um pré-contrato com o Cruz Azul. O jogador ainda não rescindiu contrato com o Corinthians e não pode firmar novo compromisso com outro patrão.

O Corinthians aceitou negociar Fábio com o Cruz Azul. Vai ficar com 40% da transferência. Mas precisa colocar no papel como vai pagar o que deve ao atleta. Os direitos de imagens estão atrasados. Assim, depois que voltar do México, ainda nesta semana, o lateral vai definir a saída dele oficial.

Aos 29 anos, Fábio Santos vai encerrar um vínculo com o Corinthians que começou em 2011. Para o técnico Tite, ele era um dos líderes positivos do grupo. Ele chama Fábio de capitão. Discutiu com os dirigentes quando sou8be que aceitaram a proposta do Cruz Azul.

Fiel ao clube, o lateral chegou a recusar o pedido de ex-atletas corintianos para ser testemunha em ações trabalhistas.


Líder do Brasileiro, Eduardo Baptista diz que Sport não é cavalo paraguaio
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Luciano Borges

Salário em dia, estrutura moderna, mesmo treinador há duas temporadas. Estes são alguns dos ingredientes que fazem do Sport de Recife o líder atual da Séria A do Campeonato Brasileiro. Quem diz isso é o técnico Eduardo Baptista, 43, que está no comando do time pernambucano desde o ano passado. Em entrevista ao Blog do Boleiro, ele admite que chegou a sofrer pressão no início de 2015, depois da Copa do Nordeste e do Pernambucano. “Tem que ter um sanguezinho de barata para aguentar essa pressão”, disse.

Filho do técnico Nelsinho Baptista, que está no Japão e comanda o Vissel Kobe, Eduardo foi jogador. Como zagueiro do Juventus, chegou a ser campeão da Copa São Paulo (1985). Como tinha um gêmio forte, andou expulso em algumas partida e o próprio Nelsinho o aconselhou a trabalhar em outra atividade no futebol.

Ele se tornou então preparador físico e, em 2002, foi trabalhar com o pai no Goiás. Os dois passaram quase dez anos juntos. Foi para o Sport em 2012, depois de passagem pelo Japão. No time pernambucano, assumiu o cargo de treinador em janeiro de 2014. No ano passado, o Leão terminou em 10º lugar na Série A do Brasileiro.

Agora, depois de oito rodadas, o Sport é líder com 18 pontos, cinco vitórias e três empates. Eduardo Baptista acumula 101 jogos no comando do time e acha que não está dirigindo um “cavalo paraguaio” e revela que está atento para evitar o êxodo de jovens talentos para o exterior.

Blog do Boleiro – O Sport líder da Série A. É uma surpresa?
Eduardo Baptista –
Quem diria no começo do Campeonato Brasileiro que o Sport iria estar em primeiro na oitava rodada? Tenho uma política de dizer que se nós ganharmos da Chapecoense (sábado que vem, em Chapecó) vamos continuar líderes. Isso é jogo a jogo. O importante é o time marcar bem, ter personalidade para jogar.

E ser uma equipe entrosada? Porque o Maikon Leite disse aqui no Blog do Boleiro que entrou num time montado e isso facilitou para ele.
Veja o André. Ele veio do Atlético Mineiro, já tinha jogado 15 minutos contra o Joinville e estreou entre os titulares contra o Vasco da Gama. Ele fez um gol e ia marcado outro, antológico. Eu estou aqui há um ano e meio. Temos um padrão de jogo bem definido. Isso facilita bastante. E contratamos com muito critério.

Como é esta política de contratação?
Não podemos contratar de baciada. Temos duas ou três balas na agulha para gastar e não podemos errar. Faltava um jogador de saída rápida, direta, fazendo o facão lá na frente. Esse cara é o Maikon Leite. Perdemos o Joeliton para o Hoffenheim. Chamamos o André porque acreditamos que ele vai suprir o papel do homem de área, definidor. Temos que ser criteriosos. Não podemos errar.

Quem decide estas contratações?
Temos o Nei Pandolfo (ex- gerente de futebol do Santos), o Pedro Gama (era analista de desempenho do Sport), Daniel Paulista (ex-jogador) e o Tiago Duarte (vindo do Grêmio). Junto comigo, a gente analisa o que vai fazer, como contratar, quem trazer.

Vocês têm elenco para aguentar todo o Campeonato Brasileiro?
Então, se você lembrar, no ano passado, chegamos a estar no G4. Mas no meio da tabela, tivemos oito jogadores contundidos e passamos quatro semanas sem ganhar. Fomos parar e ficamos no meio da tabela. Não temos hoje elenco de sobra. É preciso ter muito cuidado. Não podemos deixar de fugir ao controle de contusões, cartões, jogadores assediados pelo mercado exterior.

Só os times de fora?
Estamos tratando de cada atleta como filho único. Até a sétima rodada do Brasileiro, a gente rezou de pés juntos para que todo mundo completasse a sétima partida. Isso aconteceu e ninguém vai sair para outro clube da Série A. Agora vem o interesse do mercado exterior, a janela vai até agosto. Já ouvimos rumores e nesse mercado, onde há fumaça, há fogo.

Quais atletas têm sido alvo deste interesse?
O volante Rithely e o lateral Renê já tem os nomes especulados. Estamos de olho e, se acontecer, precisamos repor rapidamente.

O que o Sport tem de bom que atraiu e segurou Diego Souza, além de conseguir reforços vindos de times grandes como Palmeiras e Atlético Mineiro?
Até hoje ainda existe um certo preconceito com o Nordeste. O Sport tem uma estrutura muito boa. Se você conhece o CT do São Paulo e vier aqui conhecer o CT do Sport vai ver que não há diferença. Aqui, temos quatro campos com gramados perfeitos para treinar. Temos hotel, estrutura de fisioterapia, sala de musculação, tudo moderno e bem montado. É uma estrutura nova e funcional. Acho também que atletas como o Diego são atraídos também por salários em dia. Aqui no Sport não este negócio de receber salário em carteira e não receber direitos de imagens. Aqui está tudo rigorosamente em dia, incluindo as premiações. Isso é importante. Dá tranquilidade para o jogador em casa, com a família e isso reflete em campo.

Você faz parte de um nova geração de treinadores que os clubes estão investindo, como o Roger do Grêmio, Vinicius Eutrópio da Chapecoense, Marcelo Fernandes no Santos…
Tem o Doriva.

Que caiu na noite deste domingo.
Que pena. O Vasco da Gama fez a melhor partida dele no Brasileiro no sábado. Nós fomos dominados num determinado momento do jogo. Estava indo bem. Mas vencemos.

Qual o seu estilo, sua marca como treinador?
Venho de uma escola de dez anos trabalhando com meu pai (Nelsinho Baptista), como preparador físico. Aprendi muitas coisas como conhecimento tático e técnico. Ele era muito criterioso e detalhista. Acho que esta é minha marca. Estudo muito. Olho cada jogo em busca de coisas pequenas que fazem a diferença.

Taticamente, como joga o Sport?
Para marcar, meu time joga no 4-4-2, podendo varia para 4-1-4-1. Jogando com a bola, variamos de 4-2-1-3 ou 3-4-3. Mas acho que o importante é ser perfeccionista nos treinos. É repetição o tempo todo. Tento variar uma ou outra atividade para não cansar o elenco, mas tem que repetir. E depois, olhar os vídeos dos treinos e dos jogos, apontar detalhes que fazem a diferença.

Você tem um sonho como treinador?
Estou dirigindo meu primeiro time. Quero acabar este projeto em dois, três anos. Estamos com um projeto bonito com a base. Para você ter uma ideia, a última grande revelação foi o Juninho Pernambucano. Agora já temos jovens no grupo que são muito bons. Depois, quero ganhar o mundo, trabalhar na Europa ou no Japão.

É diferente?
É. Trabalhar nestes mercados é mais fácil para o treinador. Lá, ele tem que se prewocupar com o trabalho de campo. Aqui tem o extra campo. Se os resultados n}âo aparecem, a pressão aumenta. Não ganhamos a Copa do Nordeste e o Pernambucano e já pediram minha demissão. A direção manteve este trabalho. Às vezes você tem que ter um sanguezinho de barata.

O Sport é cavalo paraguaio?
Se engana quem pensa assim. Mas já tem pouca gente falando isso. Posso dizer que temos condições de fazer um grande Brasileiro. Falar em título é um projeto de três,quatro anos. Por enquanto, o que posso dizer é que vamos representar muito bem a região nordeste.


Empresário diz que “sinais” indicam separação de Danilo com Corinthians
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Luciano Borges

“Sabemos e os sinais mostram que não deve haver renovação do contrato”. A frase é de Álvaro Serdeira, amigo do meia Danilo que o ajuda na definição da carreira.

Em entrevista ao programa Primeiro Tempo, do Bandsports, ele confirmou a disposição do jogador em cumprir o contrato com o Corinthians até dezembro. “Na semana passada, tivemos conversas com amigos do Santos que queriam contratar o Danilo, mas ele preferiu ficar e cumprir o contrato dele”, afirmou Serdeira.

Ele disse ainda que, a partir de julho, pode iniciar conversas com outros clube, já que entra o período que permite a assinatura de pré-contrato. “No mês que vem, vamos conversar com clubes. O Danilo fez 36 anos agora e está bem, além de jogar numa função carente no mercado. Ele tem mais dois ou três anos de lenha para queimar”, falou.