Blog do Boleiro

Arquivo : setembro 2015

Presidente do Santos reclama do “Custo Pacaembu” e ameaça ser locutor
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Luciano Borges

O presidente do Santos, Modesto Roma Jr, anda pensando em ser locutor. No estádio do Pacaembu, onde o time vai enfrentar o Figueirense nesta quinta-feira à noite. “Eu vou lá ver se posso ser o locutor. Tenho uma voz boa”, disse ao Blog do Boleiro em tom de brincadeira. Na verdade, o dirigente critica os preços que a administração do estádio municipal cobra por diferentes serviços. Um exemplo: o sistema de som com a voz oficial incluída custará R$ 2.800,00.

Até o final da tarde desta quarta-feira, 36 mil ingressos já tinham sido vendidos antecipadamente. Já é um número bem maior do que os últimos jogos que o Santos mandou na Vila Belmiro. A diretoria santista vinha insistindo para que o clube mandasse suas partidas em São Paulo, em busca de mais receita. A estimativa é de que a renda chegue aos R$ 2 milhões.

Aí entra o “Custo Pacaembu”: cerca de R$ 600 mil. “Além do aluguel do estádio, temos que pagar pelos banheiros químicos, funcionários, seguranças, aluguel de lanchonete outros serviços. A Prefeitura deveria estudar um jeito disso tudo ser mais barato. Dá algo em torno de 30 a 35% do arrecadado”, calcula o presidente.

Modesto acha que, em campo, o Santos pode vencer o Figueirense ou mesmo obter a vaga na semifinal. A equipe de Dorival Junior venceu a partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil por um a zero. Tem a vantagem do empate. “Se o time jogar sério, dá para ganhar”, afirmou.


Portuguesa: vitória contra o Vila Nova pode render R$ 6 milhões em 2015
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Luciano Borges

A Portuguesa de Desportos faz as contas. Se vencer o Vila Nova no mata-mata das quartas de final da Série C, o clube prevê uma injeção de dinheiro que pode estimular o crescimento do clube. Na segunda divisão, a cota de participação gira em torno de seis milhões de reais.

Na terceira divisão, a Lusa nada recebe, além da ajuda de custo para as viagens em jogos como visitante. O marketing do clube teve que se virar para conseguir 1) viabilizar um time competitivo na Série C e 2) pagar as dívidas, especialmente os salários dos atletas.

A gestão do presidente Jorge Manuel Marques Gonçalves viu no marketing a saída da crise. Trouxe Luiz Paulo Rozemberg, ex-Corinthians, para ajudar na estratégia. O clube foi atrás de padarias, motéis e hotéis para atrair parceiros.

Hoje, 78 empresas associam o nome à camisa do time. Além disso, dois patrocinadores másters, uma empresa da área de panificação e uma fabricante de chocolate estampam o uniforme. Para o ano que vem, os alvos serão também os postos de gasolina e supermercados. A intenção é chegar a 200 parceiros.

A receita obtida com estes parceiros mais a propaganda no estádio do Canindé viabilizaram o pagamento dos salários atrasados dos atletas. “Hoje, temos patrocínios com valores de Série A”, disse o vice-presidente de marketing Antonio Carlos Castanheira.

Mas deixar a Série C para trás não tem preço.

A comissão técnica tem agora um dilema pela frente.

Fazer ou não fazer um retiro de quatro dias para concentrar o time?

Esta é a decisão que o técnico Estevam Soares deverá tomar ainda nesta terça-feira. A primeira partida decisiva contra o Vila Nova, em Goiânia, foi marcada para o dia sete de outubro. Até este jogo que vale vaga na Série B do Brasileiro, a equipe ainda terá oito dias de trabalho.

“Estamos a quatro pontos do acesso. É preciso um trabalho cuidadoso de preparação para esta disputa contra o Vila Nova”, disse o treinador ao Blog do Boleiro.

Enfrentar o Vila Nova no estádio Serra Dourada é considerado uma tarefa difícil. “Lá você enfrenta o calor, a umidade relativa do ar e o campo que é grande. O time terá que estar bem preparado para este primeiro desafio”, falou o treinador da Lusa.

A tendência, no entanto, é continuar em São Paulo até op dia 7. Depois, os atletas deverão ser levados para uma concentração de quatro dias antes da partida de volta, no dia 17 no Canindé.


Cartões, lesões, finais seguidas. As razões dos altos e baixos do Palmeiras
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Luciano Borges

O momento do Palmeiras é assim: jogar partidas decisivas na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro. Nos dois torneios, resultado negativo é proibido. Em jogo, a vaga na Libertadores da América do ano que vem e, se possível, um título de campeão neste ano. Mas o técnico Marcelo Oliveira tem um problema: ele não tem conseguido manter uma equipe titular em todos os confrontos.

O treinador palmeirense acha que a falta de sequência de uma mesma formação provoca as atuações irregulares. Contra o São Paulo, sem Arouca e Zé Roberto, o time esteve abaixo da crítica no primeiro tempo. “Não tem padrão fixo porque não repetimos a equipe”, disse Oliveira.

Marcelo já teve que montar a formação titular sem Arouca, Gabriel, Dudu, Zé Roberto e Cleiton Xavier. São cinco jogadores importantes na armação e proteção. Por isso, resta ao técnico conversar muito e torcer para poder repetir uma mesma formação em mais de uma partida.

Para esta quarta-feira, no Allianz Parque, o técnico do Palmeiras terá a volta certa de Arouca contra o Internacional. “Ele é importante porque desarma e sabe sair para o jogo”, avalia Marcelo. Dudu também poderá jogar e o treinador acha que, em Porto Alegre na partida de ida ele foi muito bem em campo.

Zé Roberto vai treinar nesta terça-feira e será avaliado se poderá encarar o adversário gaúcho. Gabriel e Cleiton Xavier continuam fora por problemas de lesão. Thiago Santos só poderá voltar contra a Ponte P`reta, no dia 14 de outubro. Alecsandro está fora da Copa do Brasil.

Na avaliação do técnico, o Palmeiras ainda é um time ”não montado”. Além da dificuldade em dar sequência a uma formação titular, existe ainda os altos e baixos de alguns atletas.

É o caso de Rafael Marques. A produtividade dele tinha caído, de acordo com a avaliação do treinador. Mas ele vem recuperando a posição no ataque porque tem entrado e jogado melhor.

Em tempo: Marcelo Oliveira gosta muito de Rafael Marques, quer que ele permaneça no Palmeiras porque tem o que o técnico mais gosta, “boa técnica”.

 


Técnico sai do Furacão, lamenta fim de projeto e é sondado por outro clube
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Luciano Borges

Entre 2001 e 2013, quando trabalhou como treinador ou auxiliar-técnico em times de Portugal (Machico, Bom Sucesso e Marítimo) ou do Catar (Qatar SC e Al-Shahaniya), Milton Mendes desenvolveu trabalhos com, no mínimo, duas temporadas de duração. No ano passado, quando voltou ao Brasil, descobriu um mercado de trabalho peculiar. “As coisas são definidas no Brasil de forma meio diferente. Quando se fala em projeto nem sempre se vê o que era pretendido”, disse ao Blog do Boleiro o treinador de 50 anos que foi demitido pelo Atlético Paranaense nesta segunda-feira. A saída foi definida numa conversa com o presidente Mário Celso Petraglia e integrantes da diretoria. “Construímos esta decisão mutuamente, juntos chegamos à conclusão”, disse Milton.

A diretoria do Atlético já tinha decidido pela troca de treinador depois da derrota para a Ponte Preta (1 a 2) na Arena da Baixada. Foi o quarto mau resultado do time em seguida, depois de ter sido batido por Vasco, Grêmio e Coritiba.

A posição de consenso era de que o grupo precisa de um “chacoalhão”. “Decidiram dar uma mexida e muito mais difícil demitir 30 jogadores. É mais fácil demitir o treinador”, falou Milton. Ele estava almoçando em um shopping de Curitiba antes de retornar ao CT do Caju para se despedir dos jogadores. “Tenho grandes amigos no clube. Eles são minha família”, afirmou o técnico cuja família ainda mora em Portugal.

Milton Mendes acha que foi desligado quando já estava do meio para o fim do projeto desenhado para este ano. Ele foi procurado em abril pelo presidente Petraglia quando dirigia a Ferroviária, onde começou a trabalhar em 2013. “Cheguei com a missão de tirar o time do torneio da morte do Estadual do paraná. Passamos. Depois chegamos a liderar a Série A do Brasileiro (por três rodadas) e houve um trabalho de resgate e crescimento. Lançamos vários jogadores jovens que têm futuro promissor. É o caso do volante Otavio, o atacante Nicão, Sidiclei, Marquinhos, o meias Bruno Mota e o garoto Evandro, canhotinho de 19 anos”, falou.

Por outro lado, o treinador acha que, nas últimas partidas, a juventude ajudou nos maus resultados. “Contra a Ponte Preta, o time do meio para frente tinha um jogador de 21 anos e o ataque entre 19 e 20 anos. Não é à toa que o Atlético tem a quinta equipe que mais constróis e não finaliza”, disse Milton. “Tivemos vários gols perdidos, talvez pela pressão por resultado”, afirmou. Foi o que Mendes explicou aos dirigentes atleticanos. Não adiantou muito. A demissão já estava decidida.

Milton Mendes sai do Atlético Paranaense com o time em 11º lugar no Brasileiro, com 38 pontos. Com Milton Mendes, o time curitibano passou sete rodadas dentro do G-4, três delas na liderança.

E ele deixou a sede do clube e recebeu sondagem de clubes interessados nele. “A mudança está mais perto do que parece. Já recebi telefonemas. São conversas que devem evoluir. Eu sempre disse que o projeto e não o dinheiro me interessa”, disse.

 

Veja a nota publicada pelo Atlético-PR:

O treinador Milton Mendes e a direção do CAP realizaram uma reunião nesta manhã, no CAT do Caju. Ficou definido, em comum acordo, que o técnico Milton Mendes deixa o comando técnico do Clube a partir desta segunda-feira (28).

A direção do CAP agradece Milton Mendes pelos serviços prestados e deseja sucesso na continuidade de sua carreira.


Federação Mexicana confirma contato, mas não garante Osorio na seleção
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Luciano Borges

A posição oficial da Federação Mexicana de Futebol sobre as conversas com o técnico Juan Carlos Osorio, do São Paulo, é esta: “Ele está entre os candidatos a treinador da seleção mexicana. A Federação entrou em contato com vários técnicos e Juan Carlos Osorio é um deles. Ele foi procurado sim. Não há ainda nenhuma data para a definição de quem será o novo técnico. Gostaríamos de que este assunto esteja definido antes das primeira partidas das eliminatórias, contra El Salvador e Honduras”.

Esta informação foi passada por telefone pelo chefe de imprensa da FMF, Israel Marques. Sem falar oficialmente, ele apenas disse que as conversas com o Osorio ainda terão que ser aprofundadas. Entenda-se: tempo de contrato, condições de trabalho e salários.

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Presidente do São Paulo não teme saída de Osorio: “É um homem de palavra”
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Luciano Borges

osorio
Uma risada. Esta foi a primeira reação do presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, ao ouvir a pergunta sobre a possível saída do técnico Juan Carlos Osorio. O treinador teria sido sondado pela Federação Mexicana de Futebol para  dirigir o selecionado nacional. Osorio garante que, por enquanto, não há nada.
Aidar, que participou do programa Primeiro Tempo, no canal Bandsports, disse que confia na palavra de Osorio.
O Osório tem contrato conosco até dezembro de 2016. Ele é um homem de palavra e eu acredito na palavra dele. Então, esse assédio que está tendo da seleção mexicana não nos assusta nem nos preocupa. Apenas, estamos observando porque acreditamos na palavra do Osório. Assim foi contratado, assim está escrito e assim haverá de ser cumprido, pelo menos da parte do São Paulo”, afirmou.
O dirigente confirmou que o contrato do São Paulo com Juan Carlos não prevê multa por rescisão.
“Não tem multa. É olho no olho, é fio de bigode. Foi assim que ele pediu, foi assim que nós fizemos. Eu não me lembro exatamente se foi ele que pediu ou nós, mas não há multa contratual. Há confiança recíproca. Ele é uma pessoa diferenciada, já mostrou isso. Tem uma formação acadêmica espetacular, prática muito boa. Está  correspondendo as nossas expectativas, ainda mais se você considerar que ele tem poucos meses de comando no São Paulo”, falou.
O canal Fox Sports do México tem garantido que, na próxima semana, Juan Carlos Osorio será anunciado como novo técnico da seleção.

 


Convidado pelo Cruzeiro, executivo já revelou atletas para futebol alemão
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Luciano Borges

Ao convidar o executivo Thiago Scuro para ser o homem forte do futebol, a diretoria do Cruzeiro ofereceu um projeto a médio e longo prazo, prevendo reestruturação de elenco e atenção para a base do clube. Mas esta experiência tem um limite mais curto: final de 2017, quando termina a gestão do presidente Gilvan de Pinho Tavares.

O contrato do novo diretor de futebol cruzeirense vai coincidir com o prazo do técnico Mano Menezes, também contratado até 2017. Os resultados vão determinar

Scuro deve aceitar o convite. O acordo está praticamente selado. O anúncio da contratação deve ser feito até o meio da próxima semana.

O novo executivo está há dois anos no Red Bull. Thiago cuidou dos times do Audax Rio e São Paulo durante nove anos e meio. Está no Red Bull há duas temporadas. Os resultados: acesso para a Série A1 do Campeonato Paulista em 2014 e sexta colocação no estadual neste ano. “Ficamos atrás dos quatro grandes e da Ponte Preta”, disse.

Outra missão de Scuro no Red Bull foi s de fornecer jogadores de qualidade para os times da marca na Europa. Na Alemanha, o zagueiro André Ramalho e o atacante Felipe Pires estão hoje no Bayer Leverkusen e no Hoffenheim, respectivamente. Ambos saíram do Red Bull de São Paulo e foram para o RB alemão.

Thiago Scuro tem 33 anos. É formado em Esporte. Tem especialização em Gestão e Marketing Esportivo pela Trevisan e MBA em Gestão Empresarial na FIA. Ele vai substituir Isaías Tinoco que ficou menos de três meses no cargo.

 


Homenageado pelo São Paulo, Aloísio Chulapa critica Osorio: “Inventa muito”
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Luciano Borges

Aoísio está em Sãio Paulo para ser homenageado Foto: Blog do Boleiro

Aoísio está em Sãio Paulo para ser homenageado Foto: Blog do Boleiro

O atacante Aloisio Chulapa, 40, será homenageado pelo São Paulo na noite desta quarta-feira no Morumbi, onde o time vai enfrentar o Vasco da Gama pelas quartas de final da Copa do Brasil. O jogador alagoano, tricampeão brasileiro e campeão Mundial pelo clube paulista, adorou. “Não sei o que vão fazer na homenagem, mas acho bacana. Todo mundo que ganhou aquele Mundial e os Brasileiros merece mesmo o reconhecimento”, disse ao  Blog do Boleiro.

Mesmo sendo alvo do carinho do São Paulo, Chulapa não deixa de criticar o comando atual do time: “O Osorio é bom treinador, mas inventa muito, demais. Ele acha que o São Paulo tem o elenco do Barcelona ou Real Madrid”. Ele cita como exemplo o último clássico contra o Santos. “Ele deixou o Michel Bastos de fora. Vai entender”.

Chulapa está em São Paulo desde segunda-feira. Foi homenageado pelo Tricolor na noite daquele dia em uma casa noturna, junto do técnico Muricy Ramalho e Amoroso. “Foi uma festona. Tinha uma banda de rock muito boa, a gente recebeu uma placa de agradecimento e eu pude tomar muitos “danoninhos” com o Muricy”, contou.

A referência à marca de iogurte é antiga. Vem dos tempos em que Aloisio e Adriano “Imperador” estavam juntos no São Paulo. Eles se conheceram na base do Flamengo. “O Adriano me abraçou e disse: vamos matar a saudade depois do treino e tomar um ‘danone’. Eu perguntei: ‘Oche você bebe iogurte agora?’. Ele respondeu: ‘Não. Danone é cerveja’. Até hoje eu falo assim. Lá em Atalaia os amigos só dizem que vão beber ‘danoninhos’. Virou moda”, contou.

Aloísio está jogando no Maringá, que disputa a terceira divisão do Paraná. Foi contratado para jogar meio período. “O presidente me ligou. Eu tinha parado há oito meses. Ele disse que eu poderia jogar só 45 minutos e depois poderia tomar meu ‘danonezinho’. Eu topei”, afirmou. Na estreia diante do Cascavel, o Maringá venceu por um a zero. Chulapa não fez gol. O próximo adversário será o Cambé. “Se o time subir, eu fico no ano que vem. Está no contrato”, contou o atleta que não gosta mais de treinar.

Enquanto joga no Paraná, o centroavante deixa a casa em Atalaia (AL) fechada. Aloísio nasceu na cidade que fica cerca de meia hora da capital Maceió. Foi lá que ele nasceu. Depois do final do último casamento, ele decidiu construir a nova morada, que é motivo de brincadeira dos amigos. “Eu não quero casar mais. Por isso construí uma casa com só um quarto. Fiz do jeito que eu queria. Tem bar no quarto, na sala, na garagem e na piscina”, falou rindo.

CHULAPA 2

A foto dele voando em busca de uma lata de cerveja sobre a piscina é um hit do perfil de Chulapa nas mídias sociais. Em casa, ele faz o que gosta: “Jogo futebol no time Amigos do Daniel (o fundador do grupo). Em outubro vamos inaugurar os novos uniformes, todos feitos por uma marca de cerveja”, disse. Além disso, ele fica de olho na escolinha “Meninos de Ouro”, fundada por ele, que cuida de 120 meninos que querem ser jogadores. Ele também é dono da Associação Aloisio Chulapa cuja sede pertencia à AABB (funcionários do Banco do Brasil). “Quando eu era criança, não podia entrar lá para nadar. Depois, com o dinheiro que ganhei, comprei o lugar e todo mundo pode frequentar”, garante.

Aloísio Chulapa espera ser recebido na homenagem por Rogério Ceni. No ano passado, o goleiro visitou Atalia e arrancou lágrimas do atacante quando apareceu na inauguração da “Meninos de Ouro”. “O Patrão é completo. É um p… líder. Eu lembro quando fomos eliminados da Libertadores em 2008, ele chamou o elenco e disse que o time tinha que ser campeão brasileiro. E fomos. Ele nos liderou”, contou.

Nesta quarta-feira, Aloisio será homenageado junto com o zagueiro Ronaldo, também campeão mundial.

 

 


Trânsito, calor, barulho. Time de RC conhece a Índia; treinador sente dores
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Luciano Borges

Roberto Carlos durante o draft da ISL Foto: site oficial do Dynamo

Roberto Carlos durante o draft da ISL Foto: site oficial do Dynamo

Roberto Carlos anda sentindo dores musculares. Tudo em nome da ISL, a Liga de Futebol da Índia, que contratou o pentacampeão mundial para ser técnico de um dos dez times do torneio, o Dehli Dynamos. No acordo com o dono da franquia, Sameer Manchanda, um empresário dono da uma rede de televisão, foi o de entrar em campo por um curto tempo e em alguns jogos, especialmente os disputados em casa. RC tem nome entre os indianos. É provavelmente o mais famoso integrante do grupo montado para esta temporada.

O time tem caras famosos como o francês Malouda e o norueguês John Riize (que jogou pelo Liverpool contra o São Paulo, no Mundial Interclubes de 2005). Possui também os brasileiros Chicão (ex-Corinthians), Gustavo dos Santos (ex-Alético Paranaense) e Vinicius (ex-Ponte Preta), além de quatro atletas da seleção da Índia. O selecionado indiano está disputando as eliminatórias asiáticas para a Copa do Mundo da Rússia. O time é o lanterna do Grupo D, depois de perder para Omã, Guam e Irã.

A tarefa de RC e sua comissão técnica não é das mais fáceis. Ele descobriu que os atletas locais correm atrás da bola, sem muita noção de posicionamento no campo. Nos treinos realizados na Suécia, Dinamarca e agora na Universidade de Nova Dehli, Roberto tem tentado inclusive descobrir novas posições para alguns jogadores que mostram melhor desempenho na nova função.

Fisicamente, o grupo chegou heterogêneo. O preparo dos indianos estava abaixo dos europeus e brasileiros. A exceção é o próprio Roberto Carlos que estava parado, dirigindo times na Turquia.

E estas são apenas as dificuldades do campo para dentro. Fora dos gramados, os desafios de adaptação são evidentes.

Trânsito em Nova Dheli Foto: Walmir Cruz

Trânsito em Nova Dheli Foto: Walmir Cruz

Barulho, trânsito caótico, pobreza nas ruas, calor e umidade no inverno. Para quem topou participar da ISL (Ligua de futebol da Índia) o choque de realidade no novo local de trabalho é grande. Os brasileiros que estão no Dehli Dynamos, de Nova Dehli convivem com as novidades de atuar num torneio que dura dois meses e meio, numa modalidade esportiva que sequer é a mais popular do país.

Para começar, o time foi reunido num mesmo hotel cinco estrelas. Qualquer deslocamento pela cidade que tem 250 mil habitantes que faz parte de uma área metropolitana de mais de 21 milhões, é uma tarefa árdua. Por isso, deixar todo o time num mesmo local, ajuda. Mesmo assim, o ônibus da delegação leva cerca de 40 minutos para deixar a concentração e chegar no campo de treinamento. O barulho nas ruas, com buzinas de carros, é ensurdecedor. “É impressionante”, disse o preparador físico Walmir Cruz que, ao lado do treinador de goleiros Leandro Franco, forma a trinca da direção do time.

Os treinamentos são feitos de manhã, às 8h30, para que os atletas escapem do calor. A temperatura anda em torno dos 36 graus, podendo chegar a 38 graus. Na parte da tarde, a turma trabalha na academia do hotel. Treino à noite, nem pensar. O custo da energia elétrica é caro e o Dynamos pediu para evitar o consumo de luz nos treinamentos. “Aqui a umidade é muito grande. O jogador mal corre e já fica todo molhado”, contou Cruz.

A alimentação também é diferente. O café da manhã segue o estilo continental dos hotéis. No almoço e jantar, o cardápio é dividido entre carboidratos (macarrão e purê de batata) e saladas. Para os indianos, pratos da culinária local, mais apimentados. Mas se um brasileiro sonhava em comer filés de carne bovina, ele descobriu que na Índia, ela terá de se contentar com peixes, frango ou porco.

Trânsito que o ônibus do Dynamos encara pelas manhãs Foto: Walmir Cruz

Trânsito que o ônibus do Dynamos encara pelas manhãs Foto: Walmir Cruz

No entanto, o elenco do Dehli Dynamos teve momentos de lazer. Nesta semana, o time lançou o uniforme em frente ao Taj Mahal, palácio que fica em Agra, a cerca de 200 quilômetros de Nova Dehli, considerado patrimônio da humanidade. A turma não entrou no mausoléu construído pelo príncipe Sha Jahan para a mulher Aryumand Begam. Depois, os atletas conheceram outro monumento indiano, em Nova Dehli, chamado Red Fort.

Time com novo uniforme no Taj Mahal

Time com novo uniforme no Taj Mahal

No dia 02 de outubro, Roberto Carlos e companhia estreiam na ISL jogando em Goa contra o time dirigido por Zico. RC ainda não decidiu se vai jogar ou não. Deve deixar sua estreia como técnico/jogador na primeira partida em casa. O estádio de Nova Dehli tem capacidade para 70 mil pessoas.

Veja abaixo um vídeo do Dynamos com a visita a Taj Mahal:


Lusa in Love. Em jogo fatal, clube sorteia jantar e noite no motel
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Luciano Borges

A diretoria de marketing da Portuguesa de Desportos vai se reunir nesta segunda-feira à noite para definir um pacote promocional para atrair torcedores ao Canindé. No próximo domingo, às 16h00, o time decide o futuro na Série C e precisa derrotar o Tombense em casa.

Entre as ações planejadas está a volta da “Lusa é Amor”. Para atrair esposas e namoradas dos torcedores, o clube vai sortear um jantar romântico e uma noite numa suíte master de motel. Esta iniciativa já deu certo uma vez, com um casal de idosos sorteados.

O prêmio será dado pelos parceiros da Lusa que estão apoiando o clube nas duas primeiras “ondas” de marketing.

No início, a Portuguesa foi atrás das padarias, através do sindicato patronal. Elas passaram a patrocinar jogadores individualmente, contribuindo com R$ 1.500,00 por mês e colocando o nome do estabelecimento na camisa do atleta escolhido.

Depois, foram acionados os donos de hotéis, motéis, restaurantes e bares. É daí que vão sair o jantar e a noite de romance para o casal sorteado.

Segundo o empresário Antonio Carlos Castanheira, 50, vice de marketing, a intenção é levar oito mil torcedores ao Canindé neste domingo. No último confronto como mandante, apenas a metade compareceu para torcer na vitória sobre o Guaratinguetá por 2 a 1.

Desde a vinda do técnico Estevam Soares, a Portuguesa anda invicta em casa. Foram cinco vitórias e um empate. Além disso, a Lusa tem o melhor ataque da primeira fase da Série C, com 29 gols.

Os jogadores notaram a diferença. O técnico promoveu oito jovens da base que compõem o elenco. O zagueiro Luan Peres é um deles e já está sendo observado pelo São Paulo. “Ele é uma grande promessa. É muito bom”, disse Estevam.

O treinador foi o responsável por algumas mudanças. A principal foi providenciar alimentação no centro de treinamento no Parque Ecológico. “Jogador de futebol precisa de três coisas: treino, alimentação e descanso”, disse Soares.

Há pouco mais de dois meses, o elenco treinava e era liberado para comer em casa.

O técnico da Lusa já tem na cabeça como vai trabalhar o grupo nesta semana de decisão. “Vamos blindar os jogadores. Primeiro temos que passar confiança e fazer uma semana boa de trabalho, sem necessariamente pensar no jogo o tempo todo. Isso fica para um pouco mais perto da partida. É preciso equilíbrio emocional”, disse.

Fora do campo, a diretoria corre atrás de mais parceiros, abrindo duas novas frentes com supermercados e postos de gasolina. É destes dois setores que devem sair os novos parceiros. Neles, como nas padarias, restaurantes, bares, hotéis e motéis, há uma parcela grande de proprietários de origem lusitana.

Hoje, a Lusa conta com 78 parceiros das duas primeiras “ondas”. A ideia é chegar a 100. Depois, a expectativa é dobrar este números com as ondas três e quatro.

Mas antes, é preciso atrair torcedores ao jogo de domingo. O Tombense é o sétimo colocado na Série C e afastou o risco de rebaixamento. O time é tocado pelo empresário Eduardo Uram. “É uma equipe forte, que está crescendo na competição”, alertou o técnico.

O time precisa da força. Uma vitória garante a vaga no octogonal final da Série C do Campeonato Brasileiro.