Blog do Boleiro

Fabinho faz estágio no Corinthians e fica impressionado: “É um absurdo”

Luciano Borges

Fabinho, 35, passou três dias da semana passada acompanhando o trabalho da comissão técnica do futebol profissional do Corinthians. Está impressionado. ''O Corinthians hoje é um absurdo. O nível de organização e de trabalho é uma coisa que nunca vi'', disse o ex-jogador que está concluindo a formação para técnico de futebol.

O que mais chamou a atenção do volante que passou pelo clube paulista em duas oportunidades (2001/2004 e em 2008) é a mudança do técnico Tite, com quem trabalhou na primeira passagem.''Ele mudou muito. É mais um gerente que divide responsabilidades, planeja e determina o que cada integrante da comissão vai fazer'', falou ao Blog do Boleiro.

Fabinho viu Tite até mais comedido na preleção. ''Em 2004, ele era empolgante, baia no peito da gente, fazia uma motivação forte. Agora, ele usa mais o discurso mesmo. Mas ele tem a mesma influência: o time já bateu campeão e ele quer a equipe no mesmo nível de competitividade'', afirmou.

O ex-volante está se preparando para ser técnico de futebol. Participou do curso da CBF e agora faz estágios. Passou quatro meses acompanhando o trabalho na base corintiana dos técnicos Osmar Loss e Márcio Zanardi, campeões nesta temporada com os times Sub-20 e Sub-15. Vai agora acompanhar a equipe profissional, mas precisa antes acertar com o superintendente de futebol, Andrés Sanchez.

Mesmo assim, na semana passada, ele passou três dias acompanhando a preparação do Corinthians para o jogo contra o Sport (vitória do time pernambucano por 2 a 0). Logo na quarta-feira passada, pela manhã, ele descobriu que a comissão começa cedo. ''Cheguei uma 8h30 e os caras já estavam reunidos desde as 8 horas. Eles definiram como seria a atividade do dia'', contou.

Tite, depois de receber e analisar o material de vídeo preparado pelo Centro de Inteligência do Futebol, discute com os auxiliares Cléber Xavier e Fábio Carille como o trabalho de montagem do time será feito.

''O impressionante é que não se perde tempo. No campo, o Tite faz um trabalho com bola, movimentando o time. Depois, ele vai trabalhar bola parada e, automatricamente, os outros jogadores que não estão nesta atividade já se encaminham para outros trabalhos. Parece sincronizado. E o melhor é que ninguém fica de fora. Isso mantém a motivação'', falou.

Fabinho também gostou de ver como os jovens da base são levados para treinarem com os profissionais. Em 2004, quando foi comandado por Tite, ele viu o treinador subir uma geração de atletas promissores como Jô, Coelho, Fininho, Wendel e outros. ''Mas agora tem mais garotos da base trabalhando já em cima. Isso é muito bom'', comentou.