O zagueiro intercepta o lançamento pelo alto aos 21 minutos do segundo tempo. Mata mal a bola que espirra. Para tentar se livrar dos dois atacantes que o pressionavam, ele tenta colocar o balão entre as pernas do paraguaio Walter Gonzalez. Não consegue e o adversário acerta o gol.

O zagueiro fica ajoelhado no chão e alega ter sentido uma fisgada. Depois pede para sair de campo.

Não se trata de algum lance envolvendo o defensor do São Paulo, Lucão, central que falhou no primeiro gol do Corinthians neste domingo.

Trata-se da falha de Maicon, jogador do Porto. Ela aconteceu na partida contra o Arouca e determinou a derrota por 2 a 1. O jogo foi disputado no Estádio do Dragão, no Porto.

A diretoria do clube do norte de Portugal não comprou a versão da contusão. Ele foi castigado pelo erro e pela desculpa. Estava há uma semana afastado do resto do grupo.

Isto depois de seis temporadas no time. Os Dragões vão ter agora apenas três zagueiros para o resto da temporada.

Segundo os jornais portugueses, Maicon foi cedido ao São Paulo por empréstimo até o final de junho, com a mesma condição de Calleri: se os são paulinos chegarem à decisão da Libertadores, ele permanece até o final do torneio.

O técnico José Peseiro pesou na decisão de afastar o brasileiro. Não gostou nem um pouco do erro.

Neste domingo, a mídia de Portugal estampou nos sites o acerto entre São Paulo e Porto. Ao Blog do Boleiro o presidente tricolor, Carlos Augusto de Barros e Silva – o Leco – confirmou apenas que a diretoria de futebol “está tratando deste assunto”, admitindo a negociação.

O São Paulo precisa inscrever Maicon se quiser ter o jogador  na Libertadores, 48 horas antes da partida contra o The Strongest, início da fase de grupos. Isso se não quiser pagar multa de 100 mil dólares para fazer a inscrição na terça-feira.

Nota publicada pelo Mogi Mirim nas mídias sociais

O juiz, Fábio Rodrigues Fazuoli, da 3ª Vara Cível de Mogi Mirim, determinou a proibição de menores de idade na partida entre Mogi Mirim e XV de Piracicaba, marcada para este domingo, às 19h30, no estádio Vail Chaves.

A decisão causou estranheza nos dirigentes dos dois clubes. “É uma medida absurda. Estamos vendo como podemos derrubar esta determinação”, disse o presidente do XV, Rodrigo Boaventura. “Se é temerário menores de idade no estádio, então é temerário para todo mundo”, completou.

Boaventura conta que a proibição causou até um problema familiar. “Mau filho Tiago, de nove anos, está chateado. Ele tem até uniforme novo para entrar em campo com o time do XV

Neste domingo de manhã, Mogi e XV devem entrar com um pedido de liminar no Tribunal de Justiça de São Paulo para que a decisão seja suspensa.

O promotor Paulo Castilho, do Juizado do Torcedor e do Jecrim, diz que a determinação do juiz Fábio Rodrigues fere o Estatuto do Torcedor e também o Estatuto da Criança e do Adolescente. “Não há amparo legal para esta medida. Estou estarrecido. Fica cada vez mais difícil trabalhar o futebol”, afirmou.

Castilho defende que a presença das famílias e torcedores comuns vão ajudar na luta contra a presença de organizadas que ainda causam brigas nos estádios.

Apesar do interesse manifesto de Real Madrid e Manchester United, Neymar deverá mesmo continuar no Barcelona. O pai do jogador, Neymar  da Silva
Santos já dá como certa a prorrogação do contrato do filho com o clube catalão até 2020. “Está tudo certo”, escreveu para o jornalista Elia Jr., da Rádio Bradesco Esportes.

Ao Blog do Boleiro, o empresário Wágner Ribeiro disse que o acerto é quase certo, mas avisou: “Ele deve ficar. Mas ainda não está 100%”. Faltam detalhes como o valor da multa contratual para rescisão.

Na edição desta sexta-feira, o diário catalão “Sport” publicou que já há um acordo de renovação por mais quatro temporadas. A confirmação oficial do Barcelona ficaria para agosto. O clube quer estabelecer, ainda segundo a informação do jornal, a multa rescisória em 250 milhões de euros (cerca de R$ 900 milhões).

Com o novo contrato, Neymar passaria a ser o segundo atleta mais bem pago do Barcelona. Também de acordo com o “Sport”, Neymar receberá cerca de 12 milhões de euros por temporada, já descontando os impostos.

O UOL revelou que Real Madrid e Paris Saint German acenam com propostas milionárias para tirar Neymar do Barcelona. Os merengues estariam dispostos a pagar a multa rescisória (algo em torno de R$ 824 milhões)  e um salário que chega ao dobro do que o atacante brasileiro recebe atualmente.

Já o PSG tem uma oferta que chega perto dos 40 milhões de euros anuais.

Fotos: arquivo pessoal

“Quase morri ontem à noite”. O Wágner Ribeiro, empresário de Neymar, Lucas Moura e Lucas Lima está hospitalizado em São João da Boa Vista (SP) depois de sofrer um acidente de carro quando chegava na cidade da região leste do Estado para ver os filhos. Na volta, perdeu o controle do BMW branco, o carro derrapou, rodou e capotou. “Deus me ajudou. Ganhei cartão amarelo”, disse Ribeiro que está em observação no hospital municipal de São João. Deve ter alta no final da tarde.

O Santos está disposto a conversar outra vez com a advogada Marisa Alija Ramos, representante de Robinho. O assunto agora não é mais a contratação do jogador. Segundo o vice presidente César Conforti, o clube quer discutir como vai pagar a quantia de R$ 3 milhões que deve desde o ano passado. “Queremos honrar todas as nossas pendências e vamos fazer isso”, disse ao Blog do Boleiro.

Será uma conversa longa porque os dirigentes garantem que só poderão pagar a longo prazo. “Claro que esta administração não faz loucuras e então vamos negociar”, reforçou Conforti.

O dirigente garante, no entanto, que esta dívida não foi motivo da recusa de Robinho em aceitar a proposta santista. “É como está na nota oficial do Santos: não conseguimos fazer uma proposta que chegasse onde ele queria”, falou. O Santos ofereceu R$ 200 mil de salários e um patrocinador entraria com mais R$ 400 mil. O que este parceiro quis em contrapartida não agradou ao jogador.

“Este é o último grande contrato do Robinho. Por isso ele tem que pensar com cuidado”. A frase é da advogada Marisa Elija Ramos, representante do atacante que não aceitou a proposta do Santos para um novo contrato. Ela foi dita ao Blog do Boleiro antes no dia 3 deste mês. “Ele terminou as férias e agora vai pensar o que é melhor para a carreira”, afirmou Marisa na mesma conversa, quando confirmou o interesse de outros clubes.

O Atlético Mineiro está na lista dos interessados. Quer uma definição, se possível, ainda nesta quinta-feira. A nota oficial publicada no site do Santos deixou claro que o clube encerrou o que o presidente Modesto Roma Junior chamou de “sonho de uma noite de verão”.

A íntegra do comunicado é esta: “A partir desta quinta-feira (11) o Santos Futebol Clube da como encerrada as negociações para o retorno do atacante Robinho. Apesar do desejo de repatriar seu ídolo pela quarta vez, o Clube não conseguiu atingir as pedidas do atacante, e desta forma mantém a nova política de teto salarial implantada pela diretoria. O Santos FC deseja ao Robinho o sucesso que sempre teve na sequência de sua carreira e sempre estará de portas abertas para seus ídolos”

O vice presidente repetiu em três ocasiões, na conversa por telefone com o Blog do Boleiro, que considera Robinho “um ídolo do Santos, que é amado pelos torcedores e pelo clube”.

Não é bem o que os torcedores  andam escrevendo nas mídias sociais. Assim que a notícia do fim das negociações entre Santos e Robinho foi publicada, o jogador passou a ser o vilão da hora.

Mercenário, ex-jogador em atividade e traidor. Estes são alguns dos adjetivos e apelidos que o atacante vem recebendo dos santistas frustrados com o resultado das negociações que começaram logo quando Robinho retornou da China.

A comparação com as negociações “vai e vem” de Ronaldinho Gaúcho quando ele retornou ao futebol brasileiro, alguns aficcionados deram ao ídolo o apelido de “Robinho Gaúcho”. 

O vice presidente do Santos pediu moderação à torcida. “Este é um momento em que o torcedor fica passional, mas é importante lembrar que o Santos é a casa do Robinho”, falou.

Mas não se furtou em brincar com a situação: “Robinho Gaúcho? Boa, mas deveria ser Robinho Mineiro”, disse lembrando da oferta do Atlético Mineiro feita ao jogador que, segundo o próprio Césa Conforti, é superior à dos santistas.

“O Robinho se encaixava perfeitamente no nosso grupo, mas não deu. Vamos tentar outro atletas, mas sei que o mar não está para peixe, no nosso caso o Peixe”, completou.

Tardelli faz dupla de ataque com Aloísio Boi Bandido, que ainda está lesionado
Foto: Divulgação

Dois gols nos dois jogos que disputou até aqui pelas eliminatórias da Liga dos Campoões, um diante do Mohun Bagan (Índia) e outro nesta terça-feira sobre o Adelaide Unitedn Na Austrália. O desempenho recente de Diego Tardelli no ataque do Shandong Luneng tem, segundo o atacante, dois motivos: fim dos problemas físicos e uma pré-temporada completa. “Graças a Deus, estou me sentindo muito bem, já estou adaptado ao país e ao estilo de jogo daqui, que é muito competitivo, e as coisas estão indo bem.”, disse ao Blog do Boleiro.

Diego Tardelli não desistiu da seleção brasileira.

Por isso, ele quer manter atuações como a de Adelaide, onde foi eleito o melhor em campo. Nesta partida vencida pelo Shandong por 2 a 1, Tardelli atuou ao lado de outros brasileiros, dirigidos pelo técnico Mano Menezes: o volante Jucilei e o zagueiro Gil.

Este último é um dos motivos para Tardelli  aumentar a esperança de retornar ao time do Brasil que vai disputar as eliminatórias da Copa do Mundo. Gil e Renato Augusto foram destaques do Campeonato Brasileiro e chamaram a atenção do técnico Dunga. Ambos, além do meia Jádson e do atacante Luis Fabiano, estão no futebol Chinês. “Acredito que a comissão técnica está atenta”, falou.

Diego Tardelli chegou ao Shandong Luneng no início de 2015 e, desde então, jogou 31 partidas, marcou oito gols e deu oito assistências. Com Dunga no cmando do selecionado brasileiro, ele disputou amistosos contra Colômbia e Equador. Sua melhor atuação foi diante da Argentina, em outubro de 2014, quando marcou os dois gols da vitória por 2 a 0. O jogo aconteceu em Pequim. No ano passado, ele esteve no grupo que disputou e foi mal na Copa América disputada no Chile. Depois disso, não foi mais chamado.

Agora quer voltar.

Com esses gols, você volta a pensar em Seleção?
Eu nunca deixei de pensar na Seleção Brasileira. Sempre falei que era um sonho de criança representar o meu país e continuo com esse sentimento. Ano passado tive esse problema de lesão, mas já passou. Estou focado e trabalhando firme para ajudar o Shandong e, quem sabe, ser lembrando novamente. Meu maior sonho é conseguir disputar uma Copa do Mundo.

Os jogadores que estão na China precisam de um dia a mais para chegarem inteiros . Dá para conseguir a ajuda dos clubes?
Quando eu fui convocado em 2015, o clube me deu total apoio. Eles sabem a importância de jogar pelo Brasil e tenho certeza de que farão de tudo para me ajudar caso seja novamente convocado.

Com a ida de jogadores de Seleção, como Rernato Augusto, você acredita que Dunga e companhia vai olhar o futebol asiático com mais atenção?
Com a chegada desses jogadores, o futebol chinês  ganhará muito em qualidade e visibilidade e isso é bom para a evolução do esporte no continente asiático. Eu acredito que a comissão técnica observa todos os campeonatos e está sempre atenta, por isso eu tenho muita esperança e trabalho duro para um dia retornar à Seleção Brasileira.

Estevam Soares começou a temporada com cinco marcas de patrocinadores na camisa de técnico da Lusa. Alguns ainda são parceiros do clube. Foto: Divulgação

Estevam Soares está na área. Depois de sair da Portuguesa de Desportos na semana passada, o treinador se colocou no mercado. Iniciou uma negociação com o Tupi de Juiz de Fora (MG), mas o negócio não saiu. E ele tem um argumento de mercado interessante para atrair outros clubes: é um “técnico patrocinado”.

Desde o final do ano passado, quando renovou contrato com a Lusa para dirigir o time em 2016, Estevam e o empresário Nilton Ramos bolaram um plano para atrair parceiros que patrocinassem apenas a camisa do treinador. A temporada começou e cinco empresas toparam o negócio. AS Saúde, Sicredi, GT Foods e Perfoot estamparam suas marcas na camiseta. A Cachaça Seleta pagou pelos ombros.

Estes patrocínios foram autorizados pela diretoria da Portuguesa. Afinal, ao proporem a renovação de contrato a Estevam Soares, no final de outubro de 2015, os dirigentes disseram que não teriam como pagar o salários do técnico em novembro e dezembro. “Foi um jeito que eu criei para continuar na Portuguesa, com um rendimento extra”, disse para o Blog do Boleiro.

Nestes dois últimos meses de 2015, Soares investiu na formação do novo elenco. “Ajudei a buscar reforços. Usei meu telefone o que, na prática, significa dizer que paguei para trabalhar. O clube estava falido, sem dinheiro. Oitenta  por cento da equipe titular da Série C do Brasileiro foi embora. 70% do elenco teve que deixar o clube. Tivemos que remontar um grupo. Estava sendo um bom trabalho. Pena que nos sacanearam”, afirmou.

Estevam Soares ainda não engoliu a demissão depois de dois jogos na segunda divisão do futebol paulista (empate com o Barretos em 1 a 1, e derrota em casa para o Juventus por 1 a 0). “Um time novo que treinou em janeiro e fez amistosos com cinco vitórias e um empate. Estreamos com o Barretos, jogando lá, e não fomos mal. Depois, fizemos um primeiro tempo muito ruim contra o Juventus. Depois acertamos o time e dava para vencer com as oportunidades de gol que foram desperdiçadas”, lembra Soares.

Ele conta que foi para casa depois desta derrota no Canindé. Na manhã seguinte, um dirigente telefnou para comunicar a demissão. “Só pode ser por motivos políticos. Dispensar o técnico depois de dois jogos? Ainda tínhamos 19 partidas para classificar a equipe. O centroavante Bruno Moraes, que veio emprestado dos EUA, nem tinha estreado. Estou atônito com esta decisão. Foi uma puta traição”, desabafou.

O consolo é que Estevam já recebeu sinal verde dos parceiros da camisa que querem continuar apoiando o técnico. “Por enquanto vou vestir uma camisa e mostrar em programa de televisão. Mas vou dar um jeito de fazer acordo com o próximo clube que dirigir para que continue com esta ação de marketing que, sendo uma iniciativa minha, acho que é inédita”, falou.

Paulo Castilho, Promotor de Justiça do Jecrim (Juizado Espacial Criminal) e do Juizado do Torcedor, anda radical na luta ao combate às torcidas organizadas do futebol paulista. Ele defende que a Polícia Militar deve parar de fazer escoltas aos uniformizados quando 1) eles estão a caminho do estádio e 2) quando há risco de conflito contra torcidas adversárias.

“Não tem que ter escolta. O torcedor comum não vai para o estádio tranquilo? Então os caras têm que ir sozinhos. E se vão bater em outros ou entrar em brigas, eles serão presos e afastados dos estádios. Eles querem marcar para brigar? Eles que se matem. Metade vai para o cemitério e metade vai para a cadeia”, disse ao Blog do Boleiro.

Paulo aposta que os uniformizados contam com a atitude paternal da PM. “Você viu no meio de semana. Os caras falaram que seria arriscado ter jogo do Corinthians e do Palmeiras no mesmo dia, com uma diferença de pelo menos duas horas entre um jogo em Osasco (Audax x Corinthians) e outro no Pacaembu (Palmeiras x São Bento). Saíram dizendo que ia dar conflito no metrô. A PM não aumentou o aparato e o que acontece? Nada. Não aconteceu nada”, afirmou.

A confiança de que a Polícia Militar não precisa ser “babá” de uniformizados vem do fortalecimento do Juizado do Torcedor. No ano passado, o secretario de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, deu condições para atuação conjunta do Ministério Público com as polícias Militar e Civil e com o poder judiciário para combater as organizadas.

“Até o final do ano, o balanço mostrou que 141 torcedores foram presos ou cumprem transação penal ou foram afastados dois estádios. Temos vários inquéritos em andamento. Me atrevo a dizer que se incluirmos janeiro vamos chegar a 150 organizados punidos. O cerco está se fechando e as torcidas sabem disso. Eles sabem que terão que mudar porque estão sendo investigados”, falou o promotor.

Castilho aposta na instalação de um sistema de controle de vendas de ingressos. O Juizado, a Federação Paulista e os clubes estão estudando uma maneira de fazer venda online, pessoal e intransferível. “Será uma entrada por pessoal e ela não vai poder vender para outra pessoa”, reforçou.

O efeito pretendido é asfixiar as organizadas ao tirar delas uma fonte de renda importante: “A venda de ingressos clandestina é 90 por cento da renda deles. A partir daí eles fazem campismo e a lavagem de dinheiro. Estamos atrás deste crime. Já temos a autorização”, falou o promotor.

Mas deixar as organizadas brigarem livremente não é um exagero?

Castilho explicou: “Há dez anos que fazemos deste jeito ‘babá’. Não tem dado resultado. Este negócio de escolta, cordão de isolamento pode evitar brigas na porta do estádio, mas não tem feito para mudar a natureza destas torcidas. Se os caras forem ao estádio como gente civilizada, como aconteceu no último jogo do Corinthians, sou o primeiro a apoiar a festa. Eles que se comportem e respeitem a lei”, disse.

Desde a partida entre Corinthians e Audax, a Gaviões da Fiel está suspensa pela Federação Paulista de Futebol. Seus integrantes não podem entrar com roupas que os identifiquem como integrantes da uniformizada corintiana. Os dirigentes organizaram dois protestos na porta da nova sede da FPF. Em resposta oficial ao Blog do Boleiro, o presidente da entidade – Reinaldo Carneiro Bastos – não colocou restrições ao movimento: “A Federação Paulista de Futebol respeita todo tipo de manifestação pacífica, assim como aconteceu nos dois atos da Gaviões da Fiel, domingo (31) e quarta-feira (3)”.

Esta é a foto tirada pelo empresário Giuliano Bertolucci, com Jô ao lado de Alex Teixeira

O empresário Giuliano Bertolucci mostrou, nesta sexta-feira, uma foto com o atacante Jô vestindo a camisa do Jiangsu Suning.

Ele aparece ao lado de Alex Teixeira, do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, que foi negociado com o clube chinês por 51 milhões e 400 mil euros (algo em torno der R$ 225 milhões). É recorde desta janela de transferência.

Hoje pela manhã, Bertolucci enviou a foto com os dois atletas, dizendo a amigos que a ida de Jô também está acertada, faltando a assinatura de contrato. 

Alex e Jô estão em Londres, onde a fotografia foi feita. Outro brasileiro que já está jogando no Jiangsu é o volante Ramires. Ele foi vendido pelo Chelsea.

A transação de Alex Teixeira (formado no Vasco) é recorde da janela de transferências, ultrapassando os 42 milhões de euros da ida de Jackson Martínez para a equipe de Felipão. O negócio também é recorde de venda para uma equipe da Ucrânia.

Jô está no Al-Shabab, dos Emirados Árabes.

O atacante Wendell Lira, eleito o autor do gol mais bonito da última temporada em todo o mundo, fechou um contrato com um laboratório de Hortolândia, região de Campinas (SP), e vai ser o garoto propaganda de um complexo vitamínico, produto destinado para quem leva uma vida esportiva e agitada.

O dono do mais recente Troféu Puskas, dado pela Fifa, recebeu também uma proposta para ser personagem de uma campanha de publicidade de um montadora de carros. Ainda não fechou o negócio. Além disso, ele já é atleta da Puma, que fornece as chuteiras com que o jogador de 27 anos vai estrear no Vila Nova em partidas oficiais.

Ela está prevista para este sábado, no confronto em que o Vila será o visitante contra o Trindade. A expectativa do técnico Márcio Fernandes (ex-Santos) é de contar com ele a partir desta semana.

O jogo faz parte da terceira rodada do Campeonato Goiano. Nas duas primeiras, o Vila Nova perdeu para o Goiás por dois a zero. Lira esteve com a delegação e viu o jogo do lado de fora. Nesta última quarta-feira, a equipe de Goiânia conseguiu o empate em 1 a 1 com o Anapolina. Sem vencer ainda, o Vila é o quarto e penúltimo colocado do Grupo B, à frente apenas do Goianésia, time por onde Wendell jogou e fez o gol que o tornou um produto desejável fora e dentro de campo.

Por que ele ainda não estreou?

A explicação é de Márcio Fernandes: “Ele não estava bem fisicamente. Tivemos que fazer um trabalho para que ele entre bem condicionado”. 

Um dos motivos que atrapalharam o melhor condicionamento de Wendell Lira foi o mesmo que o deixou famoso: Prêmio Puskas. De um jogador que estava à procura de clube, ele se tornou em menos de um mês um nome procurado por empresas e patrocinadores.

Segundo Junior Pedroso, executivo da 4Comm Marketing and Career Management, as consultas não param. “Não é que a gente esteja indo atrás de parceiros. O que está acontecendo é o inverso. São várias empresas nos procurando para tentar ativações, patrocínios e projetos. É muita coisa”, disse ao Blog do Boleiro.

A empresa que também administra imagem e carreira de Lucas Moura (PSG), Gabriel Gabigol (Santos) e Gabriel Xavier (Cruzeiro) está tentando fazer o que Pedroso chama de “lição de casa”. Wendell Lira mora em Goiânia e precisa vir com mais constância para São Paulo e Rio de Janeiro. Os pedidos de entrevistas vindos do Brasil e do exterior são suficientes para obrigar a assessoria a montar uma agenda que seja racional e não atrapalhe o trabalho do atleta.

Para se ter uma ideia, na folga da segunda-feira dia 25 de janeiro, Lira foi homenageado pela CBF no Rio de Janeiro, no início da tarde. À noite participou do programa “Bem Amigos”, do canal Sportv. Dormiu em São Paulo e seguiu para Goiânia na manhã seguinte.

“Estamos ajustando todas estas ações de maneira que não atrapalhe o dia a dia dele no Vila Nova. Além disso, estamos estudando bem estas possibilidades de negócio porque queremos contratos com prazos maiores que fidelizem”, explicou Junior.

Em Goiânia, o acesso da imprensa já não é tão grande. “Aqui ficou normal”, garante a assessora Mariele.

Mesmo assim, Wendell Lira divide o tempo com mulher e filha, treinos e aparições públicas. Ele foi ao jogo do Vila Nova a pedido da direção do clube. Ele chama torcida.

Nesta semana, dirigentes do Goianésia estiveram na casa da mãe do jogador, Maria Edileuza. Queriam encontrar e convidar Lira para uma homenagem que o clube quer fazer para o ganhador do Puskas. “Nós explicamos para eles que o Wendell tem vindo pouco aqui. Por isso demos o endereço dele e os caras foram lá”, contou o irmão Paulo.

Ele conta que não vê Lira “há uma semana”. “Eu não consigo falar com ele”, afirmou.

Maria Edileuza sabe que o filho famoso anda mesmo ocupado. Costuma dizer que agora é a hora dele aproveitar.

Paulo, que foi jogador de futebol, acha que a falta de sequência de treinos, corta pela cerimônia da Fifa mais eventos que aconteceram na volta ao Brasil, atrapalharam a vontade de Wendell jogar logo: “Ele não entrou no ritmo. Não conseguiu estar bem fisicamente. Mas agora ele começa direito”.