“Trazer técnico do exterior é transferir responsabilidade”, diz Leão
Luciano Borges
''Eles estão transferindo a responsabilidade. Se o cara vem e deu certo, eles inovaram. Se der errado, eles tentaram''. A frase é do técnico Emerson Leão que, aos 65 anos, está no mercado da bola e nunca escondeu o desejo de assumir um cargo de executivo de futebol. Nesta quinta-feira, ele conversou com o Blog do Boleiro sobre a decisão do comando do São Paulo de substituir Muricy Ramalho por um treinador de outro país.
O presidente Carlos Miguel Aidar e o vice de futebol Ataíde Gil Guerreiro estiveram na Colômbia e conversaram com Juan Carlos Osório, que comanda o time do Atlético Nacional.
Como informou o repórter do UOL, Guilherme Palenzuela, Osório aceita comandar o time brasileiro, deixando de lado a proposta que recebeu do Cruz Azul, do México. O técnico ficou de acertar a situação dele com o Nacional e ligar de volta.
Leão defende que, antes de pensar em um treinador estrangeiro, os clubes deveriam contratar gerentes ou executivos de futebol que tenham sido jogadores. ''Está na hora de aproveitarem os caras que realmente entendem de futebol. Esquece de mim, não estou falando em causa própria, mas em qualquer profissão, o cara experiente que conhece o jogo pode contribuir com muito mais qualidade'', afirmou.
Desde 2012, Leão vem cuidando exclusivamente dos negócios que mantém, como uma fazenda no centro-oeste do país. O São Paulo foi um dos últimos clubes que ele dirigiu entre 2011 e 2012. Como treinador, Leão nunca escondeu uma certa rejeição a atletas estrangeiros.