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Palmeiras: Gabriel Jesus segue Messi e diz que “até” gosta de apanhar
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Luciano Borges

Há dez anos, Gabriel Jesus já apanhava dos adversários. A grande promessa de craque do Palmeiras garante que está se acostumando com as entradas violentas quando parte para o drible ou se livra dos marcadores. “Eu tinha sete anos e jogava na rua com os marmanjos mais velhos e eles já batiam duro”, disse o atacante revelado na base palmeirense e que está entrando aos poucos no time titular.

Nesta temporada, o técnico Oswaldo de Oliveira colocou Gabriel durante as partidas contra Bragantino, Santos e XV de Piracicaba. No primeiro, ele entrou aos 26 minutos do segundo tempo, deu um chute perigoso e um passe que deixou Victor Luis em condições de fazer o gol.

Na Vila Belmiro, o jovem jogador entrou no segundo tempo, quando o time  santista vencia por 2 a 1. Logo na primeira jogada, ele se livrou de dois adversários e já levou o tranco do experiente Elano.

No Allianz Parque, no último domingo, Jesus escapou com habilidade e velocidade do lateral Edinei e foi derrubado pelo zagueiro Leonardo. Minutos depois, o armador Toni acertou uma entrada por baixo em Gabriel Jesus. O jogador do S+XV foi expulso. Não gostou, deixou o campo olhando para câmera de televisão dizendo “vergonha, vergonha, vergonha”. “O menino caiu. Eu fui na bola. Mas o cara tem a torcida toda a favor e juiz marca. Se ele deu o cartão naquele lance, deveria dar para todo mundo”, reclamou.

O saldo de Gabriel Jesus nos 37 minutos em que ficou em campo foi: dois chutes a gol, um de fora da área e outro perto da pequena área. “Ali, se eu estivesse na base, eu tentava driblar o zagueiro antes de chutar. Mas como estou começando no time principal eu chutei”, admitiu.

O atacante também correu pelos dois lados do campo, como gosta de fazer. Nas duas partidas em que jogou, ele se apresentou para receber bolas, fazendo gestos com a mão. “Eu gosto de jogar. Eu procuro o jogo. Sempre foi assim. No Sub-17, se fizemos 50 jogos, eu participei de 45”, falou.

Na conta, Gabriel sofreu duas faltas em jogadas individuais. Ele está preparado para encarar marcadores duros e sabe que será um alvo. Afinal, quando entra em campo, é saudado pela torcida como um ídolo pronto. “Eles estão me apoiando. Mas sei que jogador de futebol tem altos e baixos. Por enquanto estou por cima, mas preciso continuar jogando bem”, afirmou ao Blog do Boleiro.

Oswaldo de Oliveira tem elogiado Gabriel pela personalidade do menino. Ela se revela até na hora de escolher o “nome artístico”. “Queriam que eu fosse Gabriel Fernandes, mas eu queria o Jesus”, explicou o atleta que acatou uma sugestão da assessoria de imprensa do Palmeiras e escolheu o número 33 (“a idade de Cristo”) para a camisa.

Perguntado se prevê mais trancos e pontapés pela frente, Gabriel Jesus respondeu que sim. E contou um segredo. “Eu me inspiro no Lionel Messi. Vejo ele jogando na tevê e fico impressionado como ele apanha e levanta indo para o jogo. Eu também quero fazer assim. Estou até gostando de apanhar”, disse em tom de brincadeira.

 


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