Flamengo é modelo de transparência a ser seguido, diz presidente Bandeira
Luciano Borges
O Flamengo é um modelo a ser seguido por outros clubes no Brasil. A opinião é do presidente do clube carioca, Eduardo Bandeira de Mello, ao comentar sobre a crise que o futebol mundial começa a atravessar com prisões de dirigentes ligados à Fifa e à CBF. “O momento é de transição e difícil dizer o que vai acontecer, mas é possível prever mais transparência, melhor governança, a exemplo do que o Flamengo vem fazendo”.
E o que esta experiência tem para contribuir?
“Tem esta disposição para expor o que está errado. Isto é um exemplo para outros clubes, para federações. Não a do Rio de Janeiro, que é um exemplo do que está errado”, disse o dirigente.
Bandeira de Mello, defendeu a mudança no texto da MP do Futebol feita pelo relator deputado Otávio Leite (PSDB-RJ). A versão preliminar do parecer, divulgada nesta terça-feira, desvincula o refinanciamento das dívidas dos clubes das contrapartidas se serem cumpridas pela CBF como, por exemplo, a limitação dos mandatos. “As contrapartidas continuam sendo exigidas”, garantiu o parlamentar.
O presidente do Flamengo acha que, no geral, o que propõe Otávio Leite “tem um formato mais inteligente”. “Ele coloca a questão de outra forma. Fica mais claro e definido que quem aderir ao refinanciamento terá as contrapartidas. Quem não quiser não vai aderir ao parcelamento da dívida”, afirmou.
O Flamengo aceita a proposta do refinanciamento de suas dívidas nos moldes propostos pela MP do governo. O clube passou por uma remodelação administrativa e financeira. “Estamos com o orçamento em dia e tem até uma sobra para reforçar o time. O que estamos fazendo, com a contratação do Paolo Guerrero”, afirmou o dirigente que não quis adiantar quais outros atletas estão na mira do rubro negro. “Isso é uma questão para o Cristóvão Borges (treinador) definir com o Rodrigo Caetano (executivo do futebol)”, afirmou.