Amigos, trânsito, alegria do povo. Valdívia conta do que vai sentir saudade
Luciano Borges
A alegria do povo brasileiro. Esta é uma das boas lembranças que Valdívia vai levar com ele para os Emirados Árabes, país do Al Wahda com quem acertou contrato e vai para quem vai fazer exames médicos no dia 21 de agosto.
Na última semana, Valdívia tem dado várias entrevistas numa programação para atender os jornalistas antes de embarcar para Abu Dabi no dia 20. Em boa parte delas, um tom de amargor com a maneira como a história dele no Palmeiras está terminando: sem renovação de contrato, obrigado a treinar até o dia 17, quando o contrato termina.
Além disso, ele mostrou ter bronca do executivo de futebol do Palmeiras, Alexandre Matos, e do próprio presidente Paulo Nobre. Deu indiretas sobre a qualidade do trabalho dos médicos do clube. De quebra, confirmou a história de que brigou em 2012 com o volante Marcos Assunção, o que despertou a ira do desafeto.
Valdívia encerra seu segundo ciclo com o Palmeiras. No primeiro, de 2006 a 2008, foi campeão paulista. No segundo, de 2010 até esta temporada, ele ajudou o time a conquistar um Campeonato Brasileiro da Série B e uma Copa do Brasil. Sai do clube como ídolo de parte da torcida e vilão de outra.
Mas será que o meia chileno vai ter saudade de alguma coisa boa que aconteceu nas passagens pelo futebol brasileiro com a camisa palmeirense?
O Blog do Boleiro conversou rapidamente com ele sobre o assunto.
Blog do Boleiro – Você guarda boas lembranças do Brasil:
Valdívia – Guardo sim. Conheci pessoas que viraram amigos queridos. Gosto muito dos brasileiros. Apesar de terem que enfrentar os problemas que o país enfrenta, eles nunca perdem a essência da alegria.
Do futebol, o que você vai ter saudade:
Ah, acho que das amizades que fui criando a cada ano. Toive a felicidade de ter conquistado três títulos pelo Palmeiras, mas fiz amigos neste tempo também.
Da sua primeira passagem, de 2006 a 2008, quem ainda é seu amigo?
Ah, o Martinez, o Leandro Bochecha, o Cavalieri, o Bruno, o Marcos e o Kléber Gladiador são alguns destes jogadores que se tornaram meus amigos. E tem o Pierre também.
Da cidade de São Paulo, algo de bom que você vai ter saudade?
Hum (faz ar de pensativo)…vou ter saudades do trânsito (sorriso). São Paulo tem muita coisa legal: bons restaurantes, cafés, padarias. Tem coisas boas.
Você conhece os Emirados Árabes? O que espera encontrar por lá?
Eu conheço o país. Já joguei lá (Al Ain). Fiquei dois anos no país. É um lugar tranquilo para se viver, com muita segurança…muita segurança.