Portuguesa: vitória contra o Vila Nova pode render R$ 6 milhões em 2015
Luciano Borges
A Portuguesa de Desportos faz as contas. Se vencer o Vila Nova no mata-mata das quartas de final da Série C, o clube prevê uma injeção de dinheiro que pode estimular o crescimento do clube. Na segunda divisão, a cota de participação gira em torno de seis milhões de reais.
Na terceira divisão, a Lusa nada recebe, além da ajuda de custo para as viagens em jogos como visitante. O marketing do clube teve que se virar para conseguir 1) viabilizar um time competitivo na Série C e 2) pagar as dívidas, especialmente os salários dos atletas.
A gestão do presidente Jorge Manuel Marques Gonçalves viu no marketing a saída da crise. Trouxe Luiz Paulo Rozemberg, ex-Corinthians, para ajudar na estratégia. O clube foi atrás de padarias, motéis e hotéis para atrair parceiros.
Hoje, 78 empresas associam o nome à camisa do time. Além disso, dois patrocinadores másters, uma empresa da área de panificação e uma fabricante de chocolate estampam o uniforme. Para o ano que vem, os alvos serão também os postos de gasolina e supermercados. A intenção é chegar a 200 parceiros.
A receita obtida com estes parceiros mais a propaganda no estádio do Canindé viabilizaram o pagamento dos salários atrasados dos atletas. “Hoje, temos patrocínios com valores de Série A”, disse o vice-presidente de marketing Antonio Carlos Castanheira.
Mas deixar a Série C para trás não tem preço.
A comissão técnica tem agora um dilema pela frente.
Fazer ou não fazer um retiro de quatro dias para concentrar o time?
Esta é a decisão que o técnico Estevam Soares deverá tomar ainda nesta terça-feira. A primeira partida decisiva contra o Vila Nova, em Goiânia, foi marcada para o dia sete de outubro. Até este jogo que vale vaga na Série B do Brasileiro, a equipe ainda terá oito dias de trabalho.
“Estamos a quatro pontos do acesso. É preciso um trabalho cuidadoso de preparação para esta disputa contra o Vila Nova”, disse o treinador ao Blog do Boleiro.
Enfrentar o Vila Nova no estádio Serra Dourada é considerado uma tarefa difícil. “Lá você enfrenta o calor, a umidade relativa do ar e o campo que é grande. O time terá que estar bem preparado para este primeiro desafio”, falou o treinador da Lusa.
A tendência, no entanto, é continuar em São Paulo até op dia 7. Depois, os atletas deverão ser levados para uma concentração de quatro dias antes da partida de volta, no dia 17 no Canindé.