Chefe da Conaf ouve árbitros de Chapecó e diz: “Houve erro de procedimento”
Luciano Borges
O juiz Jailson Macedo Freitas (BA), o assistente Bruno Boschilla (PR) e o quarto árbitro Daniel Bins (RS) levaram uma bronca do chefe da arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa. Motivo: ''Houve uma demora. Disse para eles serem mais áticos, agirem mais rápido na próxima vez'', disse ao Blog do Boleiro.
O que aconteceu?
Aos 15 minutos do primeiro tempo, quando a Chapecoense já vencia o Palmeiras por um a zero, Jailson marcou uma falta de Egídio em Barbio, na entrada da área palmeirense. O árbitro mostrou o cartão vermelho para o lateral-esquerdo do Palmeiras, que na verdade tocou na bola. Minutos depois, Jailson foi informado por Bruno e Daniel que o lance tinha sido normal. O juiz voltou atrás e mandou chamar de volta Egídio que já tinha ido para o vestiário.
Corrêa falou com Jailson e Boschilla na noite deste domingo, depois da partida, quando os dois já estavam no hotel em Chapecó. A conversa foi por telefone. Na manhã desta segunda, o homem forte do apito na CBF, trocou mensagens com Daniel Bins. Ficou convencido de duas coisas: o trio agiu corretamente e não houve influência externa. ''Ninguém ligou para eles, ou informou ali no campo que a falta não tinha ocorrido. O quarto árbitro não tem telefone nem rádio com ele. Ele é sozinho na lateral do campo.'', afirmou.
Eis a história contada pelos envolvidos ao chefe deles:
''Jailson apitou a falta e correu na direção de Egídio. Neste momento, Bruno Boschilla disse pela comunicação: 'Foi só bola. Foi só bola'. Jaílson não ouviu o recado. Mostrou o cartão vermelho para o palmeirense considerando que Barbio estava na direção do gol. Nem olhou para o assistente. Bruno então, considerou que o juiz estava convicto. O bandeirinha então se encaminhou para o meio de campo, enquanto Jailson era cercado por jogadores das duas equipes. A Chapecoense queria a penalidade máxima. Os palmeirenses diziam que Egídio nada tinha feito. Daniel Bins caminhou até Bruno e disse: 'Para mim foi na bola'. Bruno concordou e explicou que tinha avisado o árbitro. Daniel então chamou Jailson. Os três conversaram e o juiz voltou atrás. Daniel garante que não ouviu de ninguém a informação de que a falta não existira''.
Sérgio Correa confia nos comandados. Tomou os depoimentos dos três. Reviu na manhã de hoje o teipe do jogo. E está convencido: ''Eles fizeram o certo sem auxílio externo''.
O árbitro Jailson foi cobrado também por não ter relatado na súmula o que ocorreu, nem para citar o tempo gasto com a confusão.