Chefe da arbitragem diz que não renuncia e elogia lance de Vuaden
Luciano Borges
Sérgio Côrrea não tem a menor intenção de deixar de ser presidente da Comissão de Arbitragem da CBF. ''É um cargo de confiança do presidente da CBF. Quem pode dizer para eu sair é Marco Polo Del Nero. Não vou renunciar. Eu não trabalho com um jogo, mas com 1.400, 1.500 jogos. Aponte alguém que terá 100% de acertos'', disse ao Blog do Boleiro.
Esta é a resposta de Côrrea ao presidente do Fluminense, Peter Siemsen, que reclamou e muito da atuação do árbitro Leandro Vuaden no jogo contra o Palmeiras. O juiz relatou na súmula que foi abordado e ofendido pelo dirigente.
Em entrevista coletiva, Siemsen disparou: ''Isso não está certo, é um absurdo. O Sérgio deveria renunciar. Se não renunciar, é uma vergonha. Acabou, Sérgio, desculpa. Hoje, foi escandaloso. Não tem solução. Você colocou o Fluminense com os brios lá em cima. Nós vamos dar a vida em São Paulo, mas que você, árbitro, prejudicou demais o Fluminense, você prejudicou demais. Mata-mata não pode ter árbitro ruim que favorece o adversário. Espero que ele renuncie, porque a cota dele acabou'', bradou.
Na manhã desta quinta-feira, Sérgio Côrrea disse que tomou conhecimento das declarações do presidente do Fluminense. ''O momento é de cabeça no lugar e tranquilidade'', disse. O homem forte do apito na CBF lembrou que Vuaden acertou ao marcar impedimento em um gol do Palmeiras: ''Foi um lance milimétrico, muito ajustado. O juiz acertou e foi em favor do Fluminense'', completou.
Sobre o pênalti marcado por Vuades de Gum sobre Zé Roberto, Côrrea evitou dizer claramente que discordou do árbitro. ''O jogador do Fluminense deu um encostão nas costas do atleta do Palmeiras. Pode ter ocorrido disputa de bola normal. Mas nem na televisão dá para se ter uma conclusão. Mesmo com vídeo, o lance seria polêmico'', falou.