Diego Lugano sobre volta ao São Paulo: “Depende deles”
Luciano Borges
Diego Lugano conversou com o Blog do Boleiro.
E, ao contrário do que disse na entrevista coletiva no Cerro Porteño, em Assunção, no Paraguai, ainda tem vontade de jogar no São Paulo. Mas não vai admitir publicamente, porque é um cara ético e respeita a camisa do clube onde trabalha. Mesmo assim, ele deixou claro que a bola está com o São Paulo.
Aos 35 anos, ele vem jogando bem no time paraguaio. Tem acompanhado pela internet o noticiário do Brasil. Leu que a direção do São Paulo vai decidir se tenta contratá-lo ou não. Na noite desta terça-feira, à Rádio Bandeirantes, o vice de futebol Ataíde Gil Guerrero confirmou que vai ter uma conversa com o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, Leco, sobre o assunto.
Ataíde vinha defendendo que o São Paulo tem jovens zagueiros com talento e que a vinda de Lugano poderia tirar o espaço deles. Mas já admite que, com as mudanças que o elenco tricolor vai sofrer, um zagueiro líder e experiente pode ajudar e muito.
Lugano contou que ofereceu seus préstimos ao São Paulo antes de assinar contrato até 2016 com o Cerro Porteño. Agora, ele não vai dizer que ainda quer voltar porque está jogando. Ao final do Campeonato Nacional do Paraguai, no dia 7 de dezembro, ele deverá se pronunciar, se for mesmo procurado pelos tricolores.
Blog do Boleiro – Olá Lugano. Tem muito são-paulino torcendo por sua volta.
Diego Lugano – Tem se falado bastante sobre isso, né? Vamos ver. Por enquanto estou focado aqui. No mínimo, por respeito ao Cerro Porteño.
Mas você gostaria de voltar ao São Paulo e ser a liderança que vai substituir Rogério Ceni?
Esta pergunta não é para mim. É para o São Paulo.
Você gostaria de jogar aqui no Brasil?
Quando terminar o campeonato aqui, poderei responder. Seria uma falta de respeito com o clube falar neste assunto. Temos que ser gente e ter código de ética de todos os lados.
Seu empresário Juan Figger falou alguma coisa sobre o São Paulo com você?
Aos 30 anos e tanto, já posso mandar em mim mesmo, sozinho não é (risos). O que você acha? Aqui quem tem que dizer é o São Paulo. Você sabe que sempre falei que, no Brasil, jogaria somente no São Paulo. E prometi que quando voltasse à América do Sul, o São Paulo sempre teria a prioridade.
Foi o que aconteceu, não foi?
Eu fui à Suécia para me recuperar de uma contusão dura (edema e micro fratura óssea no joelho) que sofri antes da Copa do Mundo (2014). Ainda tinha dois anos de contrato (com o BK Hacken) e me sentia muito bem. Mas tive que voltar Para a América do Sul por temas familiares. Como prometi, liguei para o São Paulo e dei a prioridade. Esperei sete, dez dias e assinei com o Cerro Porteño, já que eles estavam interessados há tempos e eu os estava fazendo esperar.
Alguma mágoa?
Nada de mal. É normal. O São Paulo tem o direito de saber quando precisa e quando não. Só quero dizer que depende deles.