Titular no Lanús, Mouche avisa: “Rosario joga melhor futebol da Argentina”
Luciano Borges
O Palmeiras vai enfrentar o time que joga o melhor futebol na Argentina. Quem garante é o meia atacante Pablo Mouche, titular da equipe do Lanús, onde atua emprestado pelo Palmeiras. A pedido do Blog do Boleiro, o argentino nascido em San Martin há 28 anos falou sobre o que o clube brasileiro vai encarar quando jogar contra o Rosario Central, na noite desta quarta-feira. Para ele trata-se de um time que joga ''um futebol de muita qualidade e de posse de bola''.
O Rosario Central é uma das equipes que está na luta pelo título do campeonato argentino deste anos. O adversário do Palmeiras é o vice-líder do Grupo A com 18 pontos ganhos, dois a menos do que o líder da chave, o Godoy Cruz.
Já o Lanús, de Mouche, vem com um desempenho melhor. Lidera o Grupo A com 22 pontos. Nos últimos seis jogos, Pablo atuou como titular. Diz estar pegando ritmo de jogo e que se sente bem onde está. O empréstimo termina no meio do ano. O contrato dele com o Palmeiras vale até 2019. Sem dar indireta, ele deu a chave para voltar a jogar o melhor do seu futebol: ''O que eu preciso é sentir-me importante, ter as mesmas chances de todos os companheiros para lutar por uma vaga na equipe e demonstrar que posso ser importante''.
Blog do Boleiro – Como você está se sentindo aí no Lanús?
Pablo Mouche – Graças a Deus, me sinto muito bem na Argentina porque estou perto da minha família e dos meus amigos, que são pessoas que sempre estão ao meu lado e me dão muita força.
Você retornou da lesão no joelho e não acabou jogando como titular no Palmeiras. Aí você é titular. O que mudou?
A lesão no início de 2015 me deixou longe dos gramados por muito tempo e eu precisava de uma sequência de jogos para recuperar o ritmo e readquirir a confiança. O Lanús abriu as portas para mim, me ofereceu todo o apoio que eu precisava e, pouco a pouco, estou evoluindo e chegando ao meu melhor nível.
Você se sente bem aí?
Meu momento hoje é muito bom. Recebi diversas propostas e, antes de aceitar a do Lanús, me informei sobre o clube. Graças a Deus, cheguei aqui e pude comprovar que, realmente, ele é muito organizado e sério em todos os sentidos. O elenco me ajudou desde o começo e já estou bem à vontade, adaptado. Apesar de quase não ter jogado em 2015 e de ter chegado sem ritmo, essa boa atmosfera me ajudou e estou cada vez mais confiante.
O Lanús tem a melhor campanha do Campeonato Argentino nos dois Grupos. Briga pelo título?
A cada jogo que passa, a gente joga um futebol cada vez mais bonito e estamos conseguindo conquistar os objetivos. Nossa meta é brigar pelo título até o final e, se possível, conquistá-lo.
O futebol jogado aí na Argentina é muito diferente do que você viu no Brasil?
Eu acho que os dois países possuem jogadores de muita qualidade técnica. Talvez, a diferença seja que na Argentina o futebol é um pouco mais tático e o jogo em si é mais pegado, tem mais contato físico, se joga com mais intensidade.
Você tem visto os jogos do Palmeiras?
Sempre tento acompanhar, sim, o problema é que na Argentina os jogos não passam, então eu leio as páginas do Brasil para saber como foram as partidas. Já os jogos da Copa Libertadores dá para ver porque passam todos.
O Rosario Central, adversário desta quarta-feira do Palmeiras, é o segundo do Grupo A do Argentino. O time está jogando bem?
É o time que joga o melhor futebol na Argentina. Já demonstrou tanto no campeonato local como na Libertadores que pratica um futebol de muita qualidade e de posse de bola. É uma equipe que não sente muito a diferença de campo e tanto em casa como fora procura impor o seu ritmo de jogo.
O Estádio Arroyito é mesmo um caldeirão?
Jogar no Arroyito é muito difícil porque a torcida do Rosario é muito fanática e sempre comparece em grande número. Eles costumam apoiar durante toda a partida e a atmosfera é muito positiva para o Rosario Central. Mas acho que o Palmeiras está melhorando, vem de dois resultados importantes, incluindo uma vitória sobre o maior rival, e tem condição de sair com a vitória.
Seu empréstimo termina no meio da temporada. Você volta para provar que vale o investimento feito pelo Palmeiras?
Eu acredito que não preciso provar nada para ninguém. Eu sou a pessoa que mais me cobro e me esforço todos os dias para evoluir. Sei o quanto me dedico e as pessoas que trabalham ou já trabalharam comigo sabem o tipo de profissional que sou. O que eu preciso é sentir-me importante, ter as mesmas chances de todos os companheiros para lutar por uma vaga na equipe e demonstrar que posso ser importante. O Lanús me deu essa oportunidade e, graças a Deus, estou conseguindo retribuir a confiança com um bom rendimento dentro de campo. Estou tendo uma sequência e só tenho que agradecer ao clube, à comissão técnica e aos jogadores, que, desde o primeiro dia, me trataram com muito respeito.