Federação da Jordânia decide se obriga Al-Faisaly pagar o que deve a Kleyr
Luciano Borges
A Federação Jordaniana de Futebol decide nesta quinta-feira se o atacante brasileiro Kleyr tem ou não razão na disputa com o Al-Faisaly, clube que deixou de pagar cerca de 30 mil dólares ao jogador brasileiro, que se recusa a deixar o país enquanto não for pago. Ele já gastou cerca de 10 mil dólares para se manter e teve que sair correndo do apartamento onde morava para não ser preso. Está morando na residência do embaixador do Brasil em Amã, Francisco Luz.
Kleyr recuperou o passaporte que estava nas mãos do dono do apartamento onde morava. O clube não pagou o aluguel. A esperança do brasileiro é ter uma data definida para receber e assim quitar o débito do aluguel.
“Hoje foi julgado internamente a questão do meu contrato com o Al-Faisaly. Disseram que amanhã vão dar uma posição ao embaixador. Eles tem que definir o dia do clube pagar, de meu nome ficar limpo”, escreveu o atacante de 35 anos.
Os dirigentes jordanianos mostraram intenção de resolver a questão o mais rapidamente possível. O país está tentando trazer a seleção brasileira para um amistoso e ter um jogador do Brasil morando na casa do embaixador Francisco Luz, para fugir do risco de ser preso, chega perto de um incidente diplomático.
O Al-Faisaly contratou Kleyr – jogador com mais de 34 times de vários países no currículo – em outubro do ano passado para a disputa do campeonato nacional. O time terminou em segundo lugar. O jogador ficou sem receber nos últimos seis meses. Nos cálculos dele, a dívida com o clube de Amã chega a 30 mil dólares.
Além disso, o Al-Faisaly deixou de pagar os últimos seis meses de aluguel do apartamento onde o atleta morava. O proprietário do imóvel chegou a reter o passaporte de Kleyr. “Não fiz nada errado. Só joguei e cumpri com tudo à risca. Aliás, se estivesse com um por cento de dúvida sobre minha inocência, eu seria o primeiro a sair daqui”, falou.
No domingo passado, o embaixador Luz enviou uma carta ao dono do imóvel, alertando sobre a ilegalidade de segurar um documento emitido pelo governo brasileiro. O passaporte já está nas mão de Kleyr. “O embaixador está fazendo a diferença , só tenho a agradecer”, disse ao Blog do Boleiro.