Comissão técnica controla ansiedade de Tite: 300 ideias e muito trabalho
Luciano Borges
Uma usina de ideias, uma ansiedade de quem não pode fazer o que mais gosta. O técnico Tite, há pouco mais de um mês no comando da seleção brasileira, ainda está se adaptando ao ritmo do novo trabalho. Nele, não há treino de campo. Ele só vai começar em setembro. Enquanto isso, os integrantes mais próximos da comissão técnica convivem com um ritmo acelerado imposto pelo treinador.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, o auxiliar e braço direito de Adenor – Cléber Xavier – contou como é trabalhar com Tite neste momento: ''Ele, cada vez mais, é um cara de 24 horas de trabalho, sempre exigente. Está muito ansioso pela questão que muda a rotina. Ele é um cara de campo, de dar treinamento e tem muito prazer nisso. A gente tem que segurar um pouquinho ele para que acalme um pouquinho neste momento. Se não ele fica trazendo 300 ideias. Se der ele trabalha sem parar'', disse.
Tite não esconde esta ansiedade. Nesta semana, na quarta-feira, ele foi à Granja Comary. Acompanhou o trabalho de Rogério Micale com a seleção olímpica. Depois falou em entrevista coletiva. A comissão desceu a serra e já no hotel, Tite armou uma reunião de trabalho.
Esta intensidade já provocou reclamação das esposas que vão ao Rio de Janeiro e, às vezes, têm que conviver com o trabalho. “A esposas têm vindo aqui. Às vezes, elas dizem: ‘Não vou vir mais porque a gente vem aqui, fica só um pouquinho com vocês e não tem atenção’. E se bobear o assunto é futebol'', comentou Xavier.
Até para dar um tempo ao chefe e a eles mesmos, os auxiliares e o coordenador de seleções, Edu Gaspar, tentam um respiro. “Domingo passado a gente conseguiu dar uma folga para ele. Neste sábado agora a gente está indo para Porto Alegre vai assistir o jogo do no domingo Grêmio com o São Paulo. A gente aproveita um pouquinho para ver se passa em casa também”, falou.