Presidente do Flamengo sabia e apoiou entrada apressada do time em Manaus
Luciano Borges
Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo, negou nesta terça-feira que a entrada do time antes do jogo contra o Vasco da Gama, na Arena Amazônia, em Manaus, foi uma decisão dele e não somente dos jogadores. A atitude tem recebido críticas por falta de ''fairplay''. ''Não é verdade que os jogadores decidiram e entrarem em campo. Eu sabia, apoiei e apoiarei quando for necessário'', disse o dirigente ao Blog do Boleiro.
Com esta declaração, o presidente desmente informação dada pela assessoria de imprensa do Flamengo que a ação foi responsabilidade dos atletas. ''A responsabilidade é minha'', afirmou.
O time do Flamengo, ao contrário do protocolo estabelecido pela Federação Carioca, entrou no gramado correndo, passando pelos jogadores do Vasco da Gama, que esperavam para a entrada conjunta das duas equipes. Os rubro-negros passaram batido na frente das crianças mascotes, seguiram até o meio de campo onde fincaram uma bandeira do Flamengo.
Segundo Bandeira de Mello, este gesto foi uma homenagem aos torcedores do Flamengo, maioria dentro do estádio. ''As mães dos meninos agradeceram. Eles puderam entrar correndo e foram até os jogadores no meio de campo. Só entraram depois'', falou.
Para os críticos, o time do Flamengo desrespeitou o protocolo, o Vasco da Gama, os fãs mirins e poderia incitar a violência. Bandeira de Mello não viu nenhum outro significado que não fosse a homenagem aos flamenguistas na Arena.
O árbitro da partida, Eduardo Garcia Cavaleiro, não citou o episódio na súmula. O Tribunal de Justiça da Federação de Futebol do Rio não vai denunciar o Flamengo. Não há punição prevista por quebra de protocolo.
Faltou mesmo a vitória. No final, O Vasco da Gama venceu o clássico por 2 a 0 e passou para a final do Campeonato Carioca. ''Nosso gesto não tinha nada a ver com ganhar ou perder'', falou o dirigente. ''Foi uma homenagem à torcida. Claro que seria melhor ainda se tivéssemos vencido'', afirmou.