Blog do Boleiro

Wendell Lira, finalista do Puskas: “Estou meio assustado. O gol foi normal”
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Luciano Borges

Wendell Lira estranhou quando o telefone celular dele começou a disparar. O atacante  do Goianésia, de Goiás, estava almoçando na casa da mãe. Foi aí que descobriu que é o único brasileiro a concorrer ao prêmio Puskas, dado ao gol mais bonito de 2015 pela Fifa. O lance, finalização com um voleio de costas, dentro da área, com velocidade, foi marcado na vitória sobre o Atlético-GO por 2 a 1, em partida  pela quarta rodada do returno do Campeonato Goiano.

Wendell Lira está numa lista que tem ainda Carlito Tevez (Boca Juniors), quando atuava pela Juventus da Itália,  e Lionel Messi (Barcelona). Outros escolhidos são: Carli Lloyd (seleção feminina dos EUA), Mexes (Milan), Ndjeng (Paderborn), Estaban Ramirez (Herediano), David Ball (Fleetwood Town) e Gonzalo Castro(Deportivo La Coruña).

Neymar é o único brasileiro que conquistou o Troféu Puskas, em 2011. Ele participou de duas outras finais. Grafite, hoje no Santa Cruz, também já concorreu ao prêmio.

O atual detentor do título é James Rodriguez, ´pelo golaço que marcou pela Colômbia contra o Uruguai na Copa de 2014.

Blog do Boleiro – Como você soube que está na lista do Troféu Puskas?
Wendell Lira – Eu soube há uns dez minutos. Estava almoçando na casa de minha mãe e meu telefone começou a tocar sem parar. Fiquei pensando 'o que é que esse pessoal todo quer comigo? Não estou acreditando. Nem vi na internet ainda. Fui escolhido mesmo?''.

Foi
Nossa senhora, é isso. Estou sem acreditar. Estou até meio assustado.

Bom, você já pode ir encomendando o terno para a cerimônia da Fifa.
Não. Agora é hora de pezinho no chão. Eu sei que ainda tem que ter votação. Mas mesmo assim estou muito feliz.

Como foi este gol?
Foi contra o Atlético Goianiense. E eu falo que foi um lance engraçado. Eu entrei na área e pedi a bola. Mas o passe veio meio forte e ia passar por cima. Eu até me voleti para ver onde estava a bola e aí dei o golpe que dava para dar ali. Saí para comemorar e sai do estádio sem saber da repercussão que o lance teve. Para mim tinha sido um gol normal.

Você viu os outros gols escolhidos?
Ainda não. Vou procurar ver na televisão e pela internet. Devem ser bonitos também. Só de ser o único brasileiro escolhido já é motivo de muita alegria.

 

 


PM de Minas responde às cobranças da Gaviões: “torcida ilegítima”
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Luciano Borges

Depois de quatro dias, a Polícia Militar de Minas Gerais respondeu às cobranças feitas pela Gaviões da Fiel, maior organizada do Corinthians. Os torcedores reclamaram, em nota oficial, do esquema montado para separar corintianos de atleticanos perto do Estádio Independência, em Belo Horizonte. Eles acusam a PM de levá-los a ruas apertadas, sem escapes, e de truculência contra eles.

A PM respondeu, via e-mail, dizendo que agiu ''dentro dos princípios da administração pública, ou seja, com observância à legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. A ação da PM foi proporcional, necessária e oportuna face ao comportamento adotado pelos mencionados torcedores''.

O documento tem ainda um espaço reservado para crítica à organizada: ''Por fim, ressalta-se que a Gaviões da Fiel Torcida é protagonista nacional e internacional de vários escândalos na área criminal, o que a torna completamente ilegítima e sem condições morais de se questionar quaisquer planejamento ou condutas operacionais adotadas pela gloriosa Polícia Militar de Minas Gerais''.

No final, a PM ainda colocou links de várias reportagens com integrantes da Gaviões citados em ações ilegais.

Leia a resposta na íntegra:

RESPOSTA À TORCIDA GAVIÕES DA FIEL

 

A Polícia Militar de Minas de Gerais acompanhou uma postagem no site da torcida Gaviões da Fiel (http://www.gavioes.com.br/index.php/2015/11/03/nota-oficial-sobre-o-jogo-entre-corinthians-e-atletico-mg/) e ressalta que a nota causou estranheza, já que as críticas apresentadas pela torcida não possuem legitimidade.

Na nota, a Gaviões da Fiel relata descontentamento com o tratamento recebido pela Polícia Militar durante a partida do último domingo, entre os clubes Atlético Mineiro e Corinthians.

 

A Polícia Militar de Minas Gerais agiu dentro dos princípios da administração pública, ou seja, com observância à legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. A ação da PM foi proporcional, necessária e oportuna face ao comportamento adotado pelos mencionados torcedores.

 

Em relação à utilização de becos e vielas como locais de passagens, está relacionado à geografia da cidade e não está sob o domínio técnico da PMMG, pois, quem determina, escolhe e assume os riscos gerais do local dos jogos é a Federação de Futebol juntamente com os clubes.

Os trajetos são selecionados sempre levando em conta a menor possibilidade de confronto. A PMMG ressalta que o fenômeno de violência fora dos estádios não tem nada a ver com o espetáculo futebol e sim com criminosos que têm de ser responsabilizados criminalmente pelas condutas praticadas.

É preciso uma legislação que seja forte para que essas pessoas sejam investigadas e punidas pelos crimes de formação de quadrilha, dentre outros.

Em relação à velocidade de deslocamento da torcida no retorno a São Paulo, quem possui a técnica apurada é a PMMG, portanto, se a velocidade do comboio foi estabelecida em 30, 40 ou 50 km/h é pelo fato de estar fundamentada em um planejamento específico, que não cabe à torcida conhecê-lo ou questioná-lo.

Por fim, ressalta-se que a Gaviões da Fiel Torcida é protagonista nacional e internacional de vários escândalos na área criminal, o que a torna completamente ilegítima e sem condições morais de se questionar quaisquer planejamento ou condutas operacionais adotadas pela gloriosa Polícia Militar de Minas Gerais.

 

Os links a seguir são exemplos recentes da conduta criminosa praticada por torcedores da Gaviões da Fiel e que justifica a elaboração da presente nota.

 

http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2015/07/lider-da-gavioes-da-fiel-e-preso-apos-confusao-no-aeroporto-de-natal.html

– http://www.folhavitoria.com.br/geral/blogs/livrepensar/2013/02/entendendo-o-caso-corinthians-como-o-direito-regulamenta-o-caso-da-morte-do-menino-kevin-na-bolivia/

http://g1.globo.com/bahia/noticia/2013/09/torcedor-preso-na-bolivia-e-ferido-em-troca-de-tiros-com-pm-na-ba.html

http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/04/morto-em-chacina-em-sede-de-torcida-do-corinthians-havia-sido-preso-na-bolivia-4743304.html

http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2013/09/1345546-torcedor-corintiano-preso-na-bolivia-fura-bloqueio-policial-e-e-baleado-na-ba.shtml 

 

 Veja abaixo o vídeo que mostra integrantes da uniformizada corintiana fugindo da PM num rua nas cercanias do Estádio Independência:

Abaixo, segue a nota da uniformizada do Corinthians:

''Os Gaviões da Fiel Torcida vem a público, por meio deste, expressar seu total descontentamento com o tratamento recebido por nós no último domingo, dia 01, em jogo disputado contra o Atlético-MG em Belo Horizonte.

Uma sucessão de fatos nos deixam preocupados e revoltados com o policiamento para lidar com jogos de tal grandeza, nos fazendo questionar se há o preparo devido por parte da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais.

A caravana Corinthiana, que estava em torno de 30 ônibus, chegou ao Horto com cerca de 1h30 de antecedência, onde a PM nos direcionou para uma rua específica.

Para nossa surpresa, a rua em questão dava direto para a entrada principal da torcida local, que foi igualmente surpreendida com o percusso imposto pelo policiamento.

Ainda assim, em momento algum houve confronto entre as torcidas.

Segundo depoimentos de diretores das torcidas atleticanas, os torcedores locais afirmaram nunca terem visto uma torcida visitante ser conduzida por tal caminho, o que colocava em risco tanto a torcida Corinthiana, quanto torcedores do Atlético-MG.

Em resumo, um encontro entre as duas torcidas, causado apenas pela vontade da Policia Militar do Estado de Minas Gerais, que poderia ter culminado em mais transtornos.

Passado isso, para chegar até nosso acesso no estádio, nos conduziram para um beco muito estreito, que não atendia a lógica da demanda de torcedores Corinthianos.

Com a demora no deslocamento de centenas de pessoas em uma rua absurdamente estreita, a PM passou a usar bombas de efeito moral, sprays de pimenta e balas de borracha, de maneira completamente injustificável, causando um enorme empurra empurra.

Além de atrasar a entrada de centenas de torcedores, tal ação violenta pôs em risco a saúde e vida de todos os Corinthianos ali presentes.

Por fim, mas não menos absurdo, após o término da partida, fomos obrigados a retornar para São Paulo em uma velocidade de 30 km/h, fazendo com que uma viagem prevista para 7 horas, durasse ao todo 12 horas.

Sendo que o maior problema, foi termos sido impedidos de fazer paradas que possibilitassem Corinthianos de comerem e/ou tomarem água.

O contexto do tratamento da PM para com a nossa torcida, não apenas foi absurdo e despreparado, como desumano.

Nos preocupamos com a forma em que a torcida visitante é recebida em Minas Gerais e cobramos um posicionamento por parte das autoridades locais, a fim de garantir a segurança e ordem para todos os torcedores, incluindo visitantes de outros times e também torcedores locais.

Em tempos onde Torcidas Organizadas são marginalizadas pela opinião pública e se vê uma verdadeira cruzada midiática para nos apontar como irresponsáveis, consideramos de suma importância que se passe a fiscalizar e denunciar as responsabilidades também do policiamento e organizadores oficiais das partidas.

Em prol de um futebol que respeite as torcidas, os Gaviões seguirá sempre desempenhando seu papel de órgão fiscalizador, denunciando sempre que houver desrespeito, opressão ou maus-tratos com torcedores.

Por hora, sem mais.

// GAVIÕES DA FIEL TORCIDA – DIRETORIA \\''


Aos 36, Índio quer jogar em São Paulo e angariar alimentos para a tribo
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Luciano Borges

Índio está em São Paulo foto: Ilde Apolinaryo

Índio está em São Paulo foto: Ilde Apolinaryo

Índio, 36, está em São Paulo e tem duas missões: promover um jogo beneficente no dia 6 de dezembro, em Diadema, e arrumar um time para disputar o0 Campeonato Paulista de 2016. De preferência, que seja uma equipe da Série A1. Mas se não der, pode ser da segunda ou terceira divisão. O lateral campeão do mundo de clube em 2000, jogando pelo Corinthians, ainda adora o futebol.

Por isso, ele não parou até agora. Depois de ser campeão brasileiro duas vezes pelo Corinthians e também campeão paulista em 1999, José Sátiro do Nascimento rodou o mundo e o Brasil. Jogou na Coreia do Sul (Daegu), na Grécia (PAOK) e no Peru (Alianza de Lima). Em terras brasileiras, o filho do cacique da tribo Xucuru-Cariri, atuou em várias equipes: Vitória, Francana, Noroeste, Remo, Andorinhas, Imbituba e Grêmio Osasco.

Em, 2015, ele foi campeão em Rondônia (Genus) e no Paraná (Cambé).

Agora quer voltar ao futebol paulista.

E quer ajudar a tribo dele, que se deslocou da Bahia para Minas Gerais (na cidade de Caldas). É para este índios que o jogo beneficente em Diadema foi organizado. A empresária Ilde Apolinaryo tem experiência em organizar e promover uma partida para angariar alimentos e roupas. Já faz isso há alguns anos com o ex-jogador Denilson, comentarista da TV Bandeirantes.

''Vai ser um jogo entre os amigos do índio e craques da bola de hoje e do passado. O ingresso será alimento que vai ser destinado para a tribo do Índio e para crianças carentes. Estamos ainda em fase de trazer parceiros. Precisamos, por exemplo, de um fornecedor de camisas para os dois times disse Ilde. Quem quiser ajudar é só procurar pelos perfis de Ilde Apolinaryo nas redes sociais.

Índio está em férias há 20 dias. Visitou a mãe e a família em Caldas e está hospedado na casa de um amigo. Ele conversou com o Blog do Boleiro por telefone.

Blog do Boleiro – Aos 36 anos, você ainda dá caldo?
Índio – Lógico que tenho caldo para dar. Com certeza posso dar conta do recado. Estou à procura de um clube aqui em São Paulo. Quero jogar o Campeonato Paulista da Primeira Divisão. Mas posso jogar também na segunda, terceira divisão. Quero jogar, gosto muito ainda do futebol.

Você está bem fisicamente? Ainda joga de lateral-direito?
Posso jogar na lateral e também no meio, de volante. E meu preparo físico é melhor do que muito moleque novo que está jogando.

Por que você quer continuar jogando?
Adoro jogar futebol. Queria ser mais moço hoje em dia. Futebol dá dinheiro e você ganha a vida fazendo o que gosta. Gostaria de jogar para sempre. Por isso vim para São Paulo e estou atrás de um time. Não posso ficar escondido.

Quem contratar o Índio, vai contar com que tipo de jogador?
Vai ter um cara que vai levar torcida para o estádio. Não vai estar perdendo nada. Vai ter um jogador que pode dar exemplos aos mais novos e que vai chegar lá para ser campeão. Nos clubes onde passei, fui campeão.

E neste ano, duas vezes.
Isso. Fui campeão estadual em Rondônia, no Genus e fui campeão da terceira divisão do Paraná com o Cambé. Lá, pude mostrar aos jovens como levar a profissão a sério e ainda brincava nos treinos e dizia que eles é que tinham de correr por mim.

A temporada no Paraná acabou. Você tem treinado?
Assim que terminou o campeonato, eu fui para Caldas ver minha família, minha tribo. Fui ver minha mãe, Josefa, que tem 50 anos de idade. Estou lá com eles. Vim para São Paulo para promover o jogo beneficente e também para aparecer um pouco enquanto minha empresária Ilde (Apolinaryo) faz contatos com clubes para ver onde posso jogar.

Você ganhou muito dinheiro no futebol?
Não ganhei. Ganhei mais em prêmios. Meu salário no Corinthians não era alto. Mas meu momentos mais emocionantes são aqueles em que joguei no time campeão Brasileiro de 1999 e no Mundial de Clubes, em 2000. Foi muito bom. Até hoje falo com amigos daqueles tempo, como o Dida, Gamarra e o Vampeta. O Vamp é meu amigo mais próximo.

Você é casado? Tem filhos?
Sou solteiro e tenho sete filhos. E ajudo todos eles quando me pedem e é preciso. Se não dá B.O. Eu não pago pensão. Quando precisam, meus filhos ligam pra mim e eu ajudo. Meu filho mais velho, o Patrick, trabalha em circo com malabares. É muito talentoso.

São todos da tribo Xucuru Cariri?
Três são: a Tainara, o Tamarildo e a Tainã.

índio com ca camiseta que promove o jogo beneficente

índio com ca camiseta que promove o jogo beneficente


Diego Lugano sobre volta ao São Paulo: “Depende deles”
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Luciano Borges

Lugano em seu tempo de São Paulo, comemorando o título mundial de 2005

Diego Lugano conversou com o Blog do Boleiro.

E, ao contrário do que disse na entrevista coletiva no Cerro Porteño, em Assunção, no Paraguai, ainda tem vontade de jogar no São Paulo. Mas não vai admitir publicamente, porque é um cara ético e respeita a camisa do clube onde trabalha. Mesmo assim, ele deixou claro que a bola está com o São Paulo.

Aos 35 anos, ele vem jogando bem no time paraguaio. Tem acompanhado pela internet o noticiário do Brasil. Leu que a direção do São Paulo vai decidir se tenta contratá-lo ou não. Na noite desta terça-feira, à Rádio Bandeirantes, o vice de futebol Ataíde Gil Guerrero confirmou que vai ter uma conversa com o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, Leco, sobre o assunto.

Ataíde vinha defendendo que o São Paulo tem jovens zagueiros com talento e que a vinda de Lugano poderia tirar o espaço deles. Mas já admite que, com as mudanças que o elenco tricolor vai sofrer, um zagueiro líder e experiente pode ajudar e muito.

Lugano contou que ofereceu seus préstimos ao São Paulo antes de assinar contrato até 2016 com o Cerro Porteño. Agora, ele não vai dizer que ainda quer voltar porque está jogando. Ao final do Campeonato Nacional do Paraguai, no dia 7 de dezembro, ele deverá se pronunciar, se for mesmo procurado pelos tricolores.

Blog do Boleiro – Olá Lugano. Tem muito são-paulino torcendo por sua volta.
Diego Lugano – Tem se falado bastante sobre isso, né? Vamos ver. Por enquanto estou focado aqui. No mínimo, por respeito ao Cerro Porteño.

Mas você gostaria de voltar ao São Paulo e ser a liderança que vai substituir Rogério Ceni?
Esta pergunta não é para mim. É para o São Paulo.

Você gostaria de jogar aqui no Brasil?
Quando terminar o campeonato aqui, poderei responder. Seria uma falta de respeito com o clube falar neste assunto. Temos que ser gente e ter código de ética de todos os lados.

Seu empresário Juan Figger falou alguma coisa sobre o São Paulo com você?
Aos 30 anos e tanto, já posso mandar em mim mesmo, sozinho não é (risos). O que você acha? Aqui quem tem que dizer é o São Paulo. Você sabe que sempre falei que, no Brasil, jogaria somente no São Paulo. E prometi que quando voltasse à América do Sul, o São Paulo sempre teria a prioridade.

Foi o que aconteceu, não foi?
Eu fui à Suécia para me recuperar de uma contusão dura (edema e micro fratura óssea no joelho) que sofri antes da Copa do Mundo (2014). Ainda tinha dois anos de contrato (com o BK Hacken) e me sentia muito bem. Mas tive que voltar Para a América do Sul por temas familiares. Como prometi, liguei para o São Paulo e dei a prioridade. Esperei sete, dez dias e assinei com o Cerro Porteño, já que eles estavam interessados há tempos e eu os estava fazendo esperar.

Alguma mágoa?
Nada de mal. É normal. O São Paulo tem o direito de saber quando precisa e quando não. Só quero dizer que depende deles.

 

 

 

 


Vídeo mostra torcedores do Corinthians acuados pela PM em Minas Gerais
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Luciano Borges

A torcida uniformizada corintiana Gaviões da Fiel protestou em nota oficial contra a ação da Polícia Militar de Minas Gerais no último domingo, pouco antes da partida entre Atlético Mineiro e Corinthians, no Independência, no último domingo. Um vídeo gravado pelo celular de um torcedor da organizada mostra uma sequência de explosões de bombas e barulho de disparo de armas com bala de borracha.

Nas imagens não é possível determinar se houve ou não briga entre corintianos e atleticanos, como argumentaram alguns soldados em entrevistas nas emissoras de rádio de Belo Horizonte. Para a Gaviões, este conflito não existiu.

O Blog do Boleiro, orientado pela assessoria de imprensa da PM mineira, enviou um e-mail pedindo a versão dos policiais. Até às 16h00, a resposta ainda não tinha chegado.

Abaixo, segue a nota da uniformizada do Corinthians:

''Os Gaviões da Fiel Torcida vem a público, por meio deste, expressar seu total descontentamento com o tratamento recebido por nós no último domingo, dia 01, em jogo disputado contra o Atlético-MG em Belo Horizonte.

Uma sucessão de fatos nos deixam preocupados e revoltados com o policiamento para lidar com jogos de tal grandeza, nos fazendo questionar se há o preparo devido por parte da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais.

A caravana Corinthiana, que estava em torno de 30 ônibus, chegou ao Horto com cerca de 1h30 de antecedência, onde a PM nos direcionou para uma rua específica.

Para nossa surpresa, a rua em questão dava direto para a entrada principal da torcida local, que foi igualmente surpreendida com o percusso imposto pelo policiamento.

Ainda assim, em momento algum houve confronto entre as torcidas.

Segundo depoimentos de diretores das torcidas atleticanas, os torcedores locais afirmaram nunca terem visto uma torcida visitante ser conduzida por tal caminho, o que colocava em risco tanto a torcida Corinthiana, quanto torcedores do Atlético-MG.

Em resumo, um encontro entre as duas torcidas, causado apenas pela vontade da Policia Militar do Estado de Minas Gerais, que poderia ter culminado em mais transtornos.

Passado isso, para chegar até nosso acesso no estádio, nos conduziram para um beco muito estreito, que não atendia a lógica da demanda de torcedores Corinthianos.

Com a demora no deslocamento de centenas de pessoas em uma rua absurdamente estreita, a PM passou a usar bombas de efeito moral, sprays de pimenta e balas de borracha, de maneira completamente injustificável, causando um enorme empurra empurra.

Além de atrasar a entrada de centenas de torcedores, tal ação violenta pôs em risco a saúde e vida de todos os Corinthianos ali presentes.

Por fim, mas não menos absurdo, após o término da partida, fomos obrigados a retornar para São Paulo em uma velocidade de 30 km/h, fazendo com que uma viagem prevista para 7 horas, durasse ao todo 12 horas.

Sendo que o maior problema, foi termos sido impedidos de fazer paradas que possibilitassem Corinthianos de comerem e/ou tomarem água.

O contexto do tratamento da PM para com a nossa torcida, não apenas foi absurdo e despreparado, como desumano.

Nos preocupamos com a forma em que a torcida visitante é recebida em Minas Gerais e cobramos um posicionamento por parte das autoridades locais, a fim de garantir a segurança e ordem para todos os torcedores, incluindo visitantes de outros times e também torcedores locais.

Em tempos onde Torcidas Organizadas são marginalizadas pela opinião pública e se vê uma verdadeira cruzada midiática para nos apontar como irresponsáveis, consideramos de suma importância que se passe a fiscalizar e denunciar as responsabilidades também do policiamento e organizadores oficiais das partidas.

Em prol de um futebol que respeite as torcidas, os Gaviões seguirá sempre desempenhando seu papel de órgão fiscalizador, denunciando sempre que houver desrespeito, opressão ou maus-tratos com torcedores.

Por hora, sem mais.

// GAVIÕES DA FIEL TORCIDA – DIRETORIA \\''

 


Muricy Ramalho sobre Neymar: “Sem o Messi, chegou o momento dele”
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Luciano Borges

Sem Lionel Messi em campo, a torcida do Barcelona está conhecendo o verdadeiro Neymar em campo. E está gostando. A constatação é do técnico Muricy Ramalho, que esteve na Espanha e, durante 12 dias, acompanhou por dentro como funciona o time catalão. ''Eu realizei um sonho oficial e vi tudo'', disse no programa Primeiro Tempo, no canal Bandsports.

E Muricy viu Neymar nos treinos e em campo: ''Chegou o momento dele. Ele cresceu muito sem o Messi. Está arrebentando'', falou.

Dentro de campo, o treinador que agora estuda onde vai trabalhar em 2016 disse que Neymar adotou uma estratégia perfeita. ''Ele sabia que o Messi é o cara. Então ele chegou com humildade e foi ganhando a confiança do argentino. Agora ele pode se soltar mais'', falou.

Na ausência do lesionado astro do Barça, a torcida passou a ver o que Neymar pode fazer. ''Você sabe que a torcida tinha mesmo esta expectativa de ver como o Neymar se sai sem o Messi em campo. E ele está mostrando. E os caras estão gostando'', contou.

Muricy contou ainda que o atacante brasileiro, astro da seleção brasileira, ainda mostra ser acessível aos torcedores. ''Depois dos treinos da manhã, ele ficava com o Daniel, comigo e outros brasileiros, conversando brincando e ele atendia aos torcedores. Lá não é assim. Os caras treinam e vão embora, mas o Neymar fica'', falou.

Além disso, o treinador – que foi convidado por Neymar para esta visita ao Barcelona – lembrou também que vários jogadores do time espanhol contratam preparadores físicos pessoais para fazerem reforço de tarde. ''O Neymar tem o Rafa, fisioterapeuta, e o Ricardo Roca, preparador físico. Os dois trabalhavam no Santos. É para ver como ele leva a sério este negócio'', afirmou.


Douglas Schwartzman prepara defesa no CD do São Paulo e alega inocência
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Luciano Borges

O empresário Douglas Schwartzman está preparando uma carta que pretende apresentar no Conselho Deliberativo do São Paulo ainda nesta semana. No documento, o ex-vice presidente de marketing do clube vai garantir que ''não houve um negócio com uma empresa sequer'' onde ele tenha levado dinheiro por intermediação ou mesmo propina.

Junto com a carta, o ex-dirigente tricolor vai anexar uma carta que ele recebeu do ex-presidente Carlos Miguel Aidar onde ele desmente ''tudo o que o Ataíde falou que ele disse''.

Douglas ficou indignado com as acusações que estão sendo feitas contra ele.

Desde que o vice de futebol Ataíde Gil Guerreiro afirmou, em um e-mail, que o ex-presidente Carlos Miguel Aidar teria dito – em gravação – que Douglas tinha participação em negócios escusos e que estaria pedindo comissões nas operações com patrocinadores.

Ele pretende acionar judicialmente quem afirmou ou insinuou sua participações em negócios ilícitos com contratos feitos entre o São Paulo e patrocinadores.

O nome do homem forte do marketing na gestão de Aidar está no e-mail escrito por Ataíde Gil Guerreiro e enviado a Carlos Miguel Aidar, com conhecimento do presidente do Conselho Deliberativo, o hoje mandatário do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva.

Ataíde conta que, numa gravação que ele fez escondido, Aidar negou participação ilícita no contrato com a atual fornecedora de uniforme do São Paulo. E envolveu Douglas na história, como afirma Ataíde: ''3- Quando abordei a Far East, você negou que participa mas denunciou como cabeça de uma operação fraudulenta o Douglas''. Em seguida Ataíde afirma ter gravado Aidar entregando outros ''negócios'' de Douglas: ''4- Você menciona em detalhes que o Douglas perdeu a noção do perigo e pede comissão em todas as operações''.

Schwartzman tem dito a amigos que estas citações o colocaram numa situação terrível perante a família e amigos. Ele garante que os negócios particulares na área de vestuário não foram afetados. Mas a ira contra Ataíde é grande. E a atitude diante do que Carlos Miguel, um velho amigo e aliado, ainda é de prudência. Especialmente, depois da carta escrita pelo ex-presidente desmentindo Ataíde.

Mas existe a fita gravada e ela está em poder do CD do São Paulo.

Assim que estes fatos vieram à tona através das denúncias de Ataíde Gil Guerreiro, Schwartzman optou pelo silêncio. Saiu do Brasil. Passou dez dias com a esposa numa ilha no Mar do Caribe. Retornou ao Brasil na última sexta-feira e foi a Mato Grosso do Sul onde cria gado nelore para engorda e abate. Este ramo de negócios era tocado com um irmão que morreu em setembro de 2014.

Nestes dias, Douglas cobrou Ataíde em uma conversa onde ele questionou porque o homem forte do futebol não levou o problema para ele ou para o Conselho Deliberativo antes de espalhar a denúncia publicamente.

Na carta que está preparando, Douglas Schwartzman vai dizer que não levou um tostão dos contratos que o Departamento de Marketing fez com os parceiros atuais do clube. Ele tem dito que executivos de empresas como a Copa Airlines já se colocaram à disposição para depor confirmando a ética dos negócios feitos. O ex-vide tricolor nega que tenha feito negócios com a LG, Sport Food e outras empresas citadas em denúncias posteriores às de Ataíde.


Em casa, Malcom festeja vitória sobre o Galo com pastel e videogame
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Luciano Borges

Família reunida: Roberto (esq), Malcom, Samuel Henrique, Flávia ew Davi Lucca

Família reunida: Roberto (esq), Malcom, Samuel Henrique, Flávia ew Davi Lucca

Pastéis de carne e desafio de vídeo game com o irmão Samuel. Foi assim que Malcom terminou a madrugada desta segunda-feira, depois de retornar de Belo Horizonte com a delegação do Corinthians. O atacante de 18 anos só pegou no sono às quatro da manhã.

Como sempre, cumpriu o ritual de chegar no apartamento no Tatuapé (ZL) que comprou para a mãe, Flávia de Oliveira, comer e conversar com a família. ''Ele falou do jogo contra o Atlético Mineiro. Disse que o estádio estava cheio e que nem ouviu o barulho dos fogos na madrugada'', disse Flávia.

Os rojões disparados durante a noite perto do hotel onde o Corinthians se concentrou deixaram a mãe de Malcom brava. Nas redes sociais, ela desabafou depois da vitória por 3 a 0: ''Agora solta fogos aí torcida do #%¥€^*#…Aqui é o Corinthians….'', escreveu. Ao Blog do Boleiro, Flávia explicou: ''Antes de ser mãe do Malcom eu já era corintiana. Tem hora que eu exagero''.

Flávia e mais 15 parentes se reuniram já na manhã deste domingo para ver o jogo entre Atlético Mineiro e Corinthians. O local marcado foi a casa dos avós de Malcom, Édson e Sônia. A família comprou a carne para o churrasco e se preparou para apoiar o atacante corintiano. Choveu no Vila Santa Isabel, na zona leste de São Paulo. Por isso, a festa mudou de endereço. ''Trouxemos tudo para cá, no apartamento'', disse Flávia.

Quando o filho mais velho de dona Flávia abriu a vitória corintiana, foi uma comemoração que incluiu até o mais novo integrante da casa. ''O Davi Lucca tem só seis meses, mas já faz festa quando o irmão marca um gol'', contou a mãe.

Malcom mora junto com o padrasto Roberto, a mãe, e os irmãos Samuel Henrique, 16 anos, e Davi. O jovem talento mosqueteiro se dá bem com Roberto. ''Eles são muito unidos. O Malcom conta coisas para ele que eu nem sei'', falou Flávia.

Durante a partida, já com o Corinthians em vantagem, Flávia conversou por telefone com a amiga Cintia Arana, mão do lateral Guilherme. As duas se conheceram há oito anos, quando os meninos ingressaram na base  do Corinthians. Malcom e Guilherme são amigos. ''São amigos de verdade. Eles vivem juntos'', contou Flávia.

O que as duas mães conversaram? ''A gente estava assim, meio emocionadas, comentando que eles serão campeões brasileiros com 18 anos. Eles são prata da casa do Corinthians. Nós ficamos muito felizes'', disse.

Para dona Flávia, o gol marcado por Malcom serviu também para ''tirar um peso'' que ela vinha sentindo. ''Sei da capacidade dele. Por isso, chateia demais ler os que escreveram dele quando ele passou umas rodadas jogando não tão bem. Ele só tem 18 anos. Se ele não tivesse talento, eu não teria alimentado com ele este sonho de ser jogador'', afirmou a mãe.

Afinal, Malcom jogador do Corinthians e da seleção brasileira, é um investimento de toda a família. Quando o menino decidiu tentar a sorte na base corintiana, a mãe tinha se separado do primeiro marido, pais de Malcom. ''Se eu tivesse que trabalhar, não ia dar para levá-lo aos treinos e acompanhar nos lugares'', contou.

Foi quando o avô Édson e os tios Carlos Eduardo, Rodrigo e Selma decidiram ajudar a irmã Flávia a investir na carreira do menino canhoto. ''Eles ajudaram como puderam, dando chuteira, comprando as passagens de ônibus, deram o maior suporte'', lembra a mão de Malcom.

Daí a festa em casa no domingo. O avô Édson anda de olho no pequeno Davi Lucca. Ele é canhoto, como o neto mais famoso dos Oliveira.

 

Malcom e Guilherme Arena, amigos desde os 10 anos, abraçam Gíl,

Malcom e Guilherme Arena, amigos desde os 10 anos, abraçam Gíl,


Chelsea contrata dois advogados para defesa de Piazon de denúncia de abuso
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Luciano Borges

Cartaz de "Procurados" irritou a família de Lucas Piazzon

Cartaz de ''Procurados'' irritou a família de Lucas Piazzon

Dois advogados contratados pelo Chelsea vão cuidar da defesa do atacante Lucas Piazon, acusado pela polícia de Toronto, Canadá, de terem abusado sexualmente de uma mulher de 21 anos, na noite seguinte ao jogo entre Brasil e Panamá, pelos Jogos Pan-Americanos. O atleta brasileiro, que pertence ao clube londrino e está emprestado ao Reading garante não ter feito nada do que foi acusado. ''Ele garantiu que é inocente. Não só ele como o Andrey. O Piazzon inclusive diz que nem ele, nem o Andrey fizeram alguma coisa ilegal'', disse o assessor de imprensa do jogador, Fabiano Souza, ao Blog do Boleiro.

Os advogados vão fazer uma declaração  pedindo à Polícia de Toronto os documentos do processo. Como Piazon é procurado apenas na província de Ontario, o governo canadense não poderá pedir a extradição dele junto ao governo da Inglaterra. Mesmo assim, a defesa quer tirar da frente este processo.

A maneira como a inspetora Joanna Beaven-Desjardins agiu ao dar a entrevista coletiva e distribuir um cartaz de ''procurados'', irritou a família de Piazon. ''Nunca recebemos nada. Nem um comunicado oficial'', afirmou o pai do atacante, Antonio Carlos Piazon em entrevista à ESPN. ''Isso é uma loucura. Alguma coisa está errada. Isso não ia ser divulgado três meses depois, se sabiam que ele é jogador da seleção brasileira'', completou.

Beaven-Desjardin é a mesma inspetora de polícia que cuida do caso de outro atleta, Thyê Mattos , goleiro da seleção brasileira de polo aquático, também acusado de abuso sexual de uma jovem canadense. O brasileira permanece no Rio de Janeiro. O governo canadense não pediu a extradição dele. A situação de Andrey, do Botafogo de Ribeirão Preto, é mais complicada porque o mandado de prisão dele é federal e assim o pedido de extradição pode ser feito ao governo brasileiro.

Piazon, 21 anos, estranha o fato de, apesar de ser um atleta conhecido e atuar na Inglaterra, viu sua foto num cartaz de ''procurados''. ''Levaram três meses para apurar o caso e não notificaram o jogador que ser pessoa pública e conhecida'', disse o assessor de imprensa.   

 

 


Presidente do Santos e o motivo para a final na Vila: “Hora de ser campeão”
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Luciano Borges

O presidente do Santos foi ao Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira, para acompanhar o sorteio dos mandos dos jogos finais da Copa do Brasil. No Aeroporto Santos Dumont, pegou um táxi e reclamou que o carro era pequeno. ''Não vou caber aqui'', disse. De lá seguinte para o hotel e, na sequência, se encaminhou para a sede da CBF na Barra da Tijuca.

Modesto Roma Junior garantiu que o Santos vai mandar seu jogo na Vila Belmiro. O motivo para nem sequer falar em Pacaembu ou Morumbi: ''Agora é hora de ser campeão''. Na Vila, a capacidade máxima é de 16 mil pessoas. Estádio pequeno. A renda virá do prêmio pela conquista do torneio e também pelo preço do ingresso, que vai subir para a decisão. O dirigente ainda não disse de quanto será o aumento.

Durante o Campeonato Brasileiro. Modesto Roma Jr. tentou convencer a comissão técnica – entenda-se Dorival Junior – a levar jogos do Santos para o Pacaembu, alegando que o time faturaria mais em um estádio maior em São Paulo. O treinador sempre se mostrou contra. ''O time joga melhor na Vila Belmiro'', argumenta. E ele tem o apoio dos atletas que ganham mais confiança quando do atuam em casa.  

Na única tentativa de trazer o Santos para São Paulo, Modesto Roma não gostou da despesa. Na vitória sobre o Figueirense por 3 a 2, no jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil, o Santos mandou a partida no Pacaembu. Foram vendidos 25.390 ingressos, numa arrecadação bruta de R$ 1.281.485,00. Mas o Santos ficou com apenas R$ 689.291,78 e o presidente reclamou muito com os preços cobrados pela Prefeitura de São Paulo. ''Se não baixarem o custo Pacaembu, não vamos mais jogar lá'', disse ao Blog do Boleiro.

Sobre a final entre Santos e Palmeiras, Modesto acha que serão ''dois jogos muito bons''. Bem humorado, ele respondeu assim às perguntas do Blog do Boleiro:

O que o Santos tem de melhor que o Palmeiras?
A camisa branca. Ela pesa.

E o que o Palmeiras tem de melhor que o Santos?
A camisa verde. Ela pesa.