Blog do Boleiro

Investidor desmente Valdívia: “Ele nem fez contraproposta ao Palmeiras”
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Luciano Borges

O empresário Osório Henrique Furlan Junior rebatou uma das críticas feitas por Valdívia à direção do Palmeiras, em entrevista ao Estado de S. Paulo. Segundo o jogador, ele não ficou no clube porque ''foi oferecido uma proposta (sic) que eu não aceitei e que não teve segunda chance de me oferecerem algo novo''. A intenção do chileno é mostrar que o presidente Paulo Nobre e o executivo de futebol Alexandre Matos diziam publicamente que queriam renovar o contrato do jogador e, internamente, não fizeram esforço para que isso acontecesse. Osório, que investiu R$ 5,5 milhões para ajudar na contratação de Valdívia, negou esta versão.

''Não é verdade. O Valdívia e o pai dele nunca apresentaram uma contraproposta ao que o Palmeiras ofereceu. Eles esperaram chegar ao prazo de seis meses quando poderiam negociar pré contrato com outras equipes. O valdívia foi empurrando até chegar este prazo. Ele não quer jogar mais no palmeiras'', disse o investidor que não teve retorno financeiro com a vinda de Valdívia. Agora, Furlan busca um acordo com Palmeiras para receber alguma compensação. O caso está sendo analisado pelo Conselho de Orientação e Fiscalização do clube.

Na entrevista publicada nesta segunda-feira, Valdívia deixou no ar que o departamento médico do Palmeiras poderia ser um dos culpados pelos longos períodos com problemas físicos. ''Mas será que a culpa é do Valdivia? Se é, por que está mudando toda a estrutura médica do Palmeiras?'', disse o jogador. O Blog do Boleiro apurou que os médicos do time preferem o silêncio. Não vão responder, a menos que sejam acionados pelo comando do clube. Desde a chegada de Alexandre Matos no departamento de futebol, o setor ganhou novos equipamentos e instalações, muitos solicitados pelos mesmo médicos e fisioterapeutas que trataram de Valdívia.

Antes mesmo da definição da saída de Valdívia, já era comentário corrente na Academia que o jogador parecia mais preocupado em se preparar para a seleção chilena que disputou e ganhou a Copa América. No torneio sul-americano, o meia atuou em todas as partidas. Ele alega ser melhor cuidado pelo fisioterapeuta cubano José Amador, que trabalha na comissão técnica chilena.

O executivo de futebol Alexandre Matos preferiu ficar em silêncio nesta segunda-feira.

 

 


“Migué”, rolinho, reza para descanso. As marras de Walter, herói do Furacão
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Luciano Borges

48 minutos do segundo tempo. O Atlético Paranaense está no ataque, gastando tempo para garantir a vitória sobre o Palmeiras por um a zero, no Allianz Parque. Walter já tinha disputado a bola contra três marcadores. Um jogo de corpo aqui, uma dividida ali e ele cavou um escanteio.

De novo com a pelota em seu domínio, o atacante do time de Curitiba ficou de costas para o volante Andrei Girotto e mandou um “rolinho” humilhante entre as pernas do adversário. A torcida do Palmeiras odiou, vaiou e xingou. A partida terminou e o jogador nascido em Pernambuco, foi o herói do Furacão.

“O rolinho é minha marra de todo jogo”, disse ao Blog do Boleiro, lembrando que esta jogada em que coloca a bola entre as pernas do inimigo é sua marca registrada.

A história de Walter neste jogo, que seu ao Atlético a entrada no G4 da Série A do Campeonato Brasileiro foi feita assim: com marra, malandragem e vontade..

WALTER PEDIU PARA JOGAR

Para começar, Walter pediu para viajar até São Paulo e ficar pelo menos na reserva. Ele sofreu uma lesão muscular há três semanas. Passou sete dias sem treinar forte. Ganhou mais peso. “Eu já sofro com este problema de peso quando estou treinando. Imagine parado”, afirmou.

Ele foi liberado para treinar na semana passada. O técnico Milton Mendes estava em dúvida se levaria o atacante para ficar na reserva. “Ele está numa fase de recuperação. Ele não tinha condições de jogar os 90 minutos”, contou o treinador.

Walter, 26, pediu para acompanhar o time. “Pedi ao professor para ir ao jogo. Sem esse grupo de jogadores eu não sou nada. Precisava estar com eles. Pouca gente acreditou que eu poderia jogar”, falou o atleta que tem formas redondas. Milton Mendes decidiu levar o Walter e o deixou na reserva.

O atacante entrou em campo aos 14 da segunda etapa, no lugar de Crysan. O sol era de meio dia. “Estava calor, mas não atrapalhou. Posso estar acima do peso, mas posso correr bem”, garantiu.

COLOCAÇÃO ESTILO “MIGUÉ”

Walter fez o gol da vitória aos 31 minutos do segundo tempo. Perdeu outro, pouco antes. As duas jogadas foram parecidas: ele iniciou a jogada na direita, mandando o passe para a esquerda e buscou o segundo pau. “Eu sempre faço isso. Fico ali, meio fora da jogada e tento a conclusão. No primeiro lance eu errei e mandei a bola para o alto. Mas no segundo eu conferi”, contou.

O goleiro Fernando Prass disse que este “migué” (jargão de boleiro para fingir alguma coisa) do Walter foi fundamental. “Ele ficou ali, esperando a sobra. E ela apareceu”, falou o palmeirense.

Rafael Marques repetiu em mais de uma entrevista que o tento de Walter nasceu de uma cobrança de escanteio, jogada de bola parada. “Mas esta é minha arma forte nestes lances”, disse o atacante atleticano.

REZA E DESCANSO

Depois de mandar a bola para a rede, Walter chamou os colegas de time e falou para todo mundo ajoelhar, fazendo uma roda.

O que eles fizeram lá?

“Nós rezamos e ficamos um tempo enrolando porque correr com este calor estava matando todo mundo. Foi uma malandragem”, contou sorrindo.

Para ganhar mais tempo, Walter deixou a roda e se dirigiu até a linha de fundo, procurou um cinegrafista e fez gestos para a câmera. Aí foi trotando pela lateral direita até encontrar o técnico Milton Mendes. Ele, que tem 1m78 de altura, abraçou o professor e levantou o homem que ouviu o pedido dele de jogar. Milton ficou com os pés balançando no ar.

Só depois disso, ele voltou ao campo e o Palmeiras recomeçou o jogo. Detalhe: o gol foi marcado aos 30 minutos e a saída foi aos 31’30.

FESTA E TRABALHO DOBRADO

Depois da partida, além de comemorar com os torcedores que estavam no alto da arquibancada, no espaço reservado aos atleticanos, Walter deu entrevistas ainda no gramado.

Nelas, lembrou o episódio com Milton Mendes, repetiu mais uma vez que esta tendência a engordar é como uma praga: “Desde os 16 anos luto contra isso. Quem é gordinho sabe. Sofro com o peso. Faço tudo para jogar com o peso certo, mas é uma dificuldade”.

No vestiário, Walter foi recebido com abraços. O goleiro Weverton ganhou um agradecimento especial. “Ele me disse ainda na concentração: você vai entrar no segundo tempo e aos 32 minutos vai fazer o gol de vitória. Ele acertou a previsão”, disse o centroavante que não citou um pequeno erro: o gol saiu aos 30 minutos.

Agora, Walter sabe que vai ter uma semana daquelas até o jogo contra o Sport. “Eu vou treinar de manhã e de tarde, todos os dias até no sábado. Não vai ter jeito”, contou. “Todo mundo vai trabalhar muito”, disse o técnico Milton que garantiu: “Nós gostamos do Walter do jeito que ele é”.        


Denílson gosta mais do Palmeiras do que do São Paulo. Ele conta a história
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Luciano Borges

Foto: Blog do Boleiro

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''Eu estou aqui nesta mesa. Se tiver uma mesa do lado esquerdo cheia de são paulinos e, do lado direito, tiver uma mesa de palmeirenses, eu serei mais bem recebido pela direita''. Sentado do lado de fora de uma lanchonete na sede da TV Bandeirantes, o ex-jogador  e atual comentarista esportivo explica que até hoje é tratado como traidor por torcedores do São Paulo. E recebe tratamento de ídolo pelos fãs do Palmeiras.

Esta história começa em 2007.

Denílson tinha retornado ao Brasil depois de jogar uma temporada no Al Nassr, de Riad (Arábia Saudita). Como fez nas férias do Real Betis e do Bordeaux, em anos anteriores, Denílson procurou o Reffis do Centro de Treinamento do São Paulo, para trabalhar fisicamente. ''Fui jogador do São Paulo. Fui formado lá. Sempre aproveitava as férias para manter a forma com o pessoal de lá.'', contou. Desta vez, apareceu um problema. O atacante já tinha se exercitado durante dois dias quando um dos fisioterapeutas, Ricardo Sasaki,  chegou, meio constrangido, e informou que Denílson precisava falar com alguém da direção sobre este ''estágio''. ''Eu perguntei ao Sasaki com quem deveria falar. Ele me disse que era para procurar o João Paulo de Jesus Lopes. Ele me atendeu, disse que eu tinha uma história no clube, que era ídolo, mas que infelizmente eu não poderia treinar lá'', disse Denílson.

Chateado, Denílson ficou dois dias parado. Desta vez, ele não estava empregado e de férias. Depois do Al Nassr, ele teria que arrumar um novo clube. Chegou a ouvir do técnico Muricy Ramalho uma brincadeira: ''E aí? Desta vez você fica com a gente?'', perguntou o treinador que, em 1994, subiu para o profissional o jovem talento de 16 anos. ''Na verdade, eu não fui treinar lá com o objetivo de conseguir atrair o interesse do São Paulo. Muita gente disse isso na época, mas eu estava mesmo querendo me manter em forma'', garantiu

Numa conversa com o advogado e amigo Breno Tanuri, o jogador que, em 1998, foi vendido pelo São Paulo ao Bétis por US$ 32 milhões, contou o ocorrido e lamentou o que achou ser um descaso com ele. ''O Breno me perguntou se poderia conversar com o Toninho Cecílio, na época no Palmeiras. Eu ainda perguntei se não iria pegar mal com o São Paulo. E ele ainda me falou: 'Com o São Paulo que acabou de fechar as portas para você?'. Eu até ri da ironia. Mas falei para ele tentar lá no Palmeiras'', contou.

No dia seguinte, Tanuri telefonou de volta para Debnilson e disse para ele ir à Academia de Futebol porque estava tudo acertado. ''Eu cheguei lá e foi realeza. Do porteiro da Academia ao roupeiro, todo mundo me tratou com carinho e respeito. O Toninho me levou ao vestiário, me mostrou um armário. 'Este é o seu', me falou. Aí treinei lá no Palmeiras'', falou.

Três semanas depois, na saída do centro de treinamento palmeirense, Denílson foi abordado por um empresário. ''Ele me esperou do lado de fora e me mostrou uma proposta para ir jogar no Dallas. Era sério. Marquei uma reunião para o dia seguinte. E fui jogar no time do Texas'', lembrou.

Denílson jogou oito partidas na temporada 2007/2008 da MSL. Fez apenas um gol pelo Dallas. Aí retornou ao Brasil.

Desta vez, ele nem passou pelo São Paulo. Foi direto à Academia do Palmeiras para manter a forma. Chegou a participar de coletivos com os jogadores da base. O técnico Vanderlei Luxemburgo decidiu ter uma conversa séria. ''Ele chegou em mim e perguntou se eu queria continuar jogando bola. Eu disse que sim. Ele perguntou de novo se eu estava a fim de continuar a ser jogador. Eu respondi que sim. Aí, ele me propôs um contrato de produtividade. Eu ganharia mais se jogasse mais. Eu topei e joguei no Palmeiras'', afirmou.

Em 2008, Denílson foi campeão paulista pelo Palmeiras. Jogou 55 partidas. Marcou sete tentos. Virou ídolo do vizinho de CT do São Paulo. ''Aconteceu então uma coisa estranha. Eu passei a ser chamado de traíra e traidor pelos são paulinos que encontrava na rua ou nos restaurantes. Já os palmeirenses me tratam como ídolo'', constatou.

No ano seguinte, Denílson foi jogar no Ibumbiara (GO). Lá sofreu lesão no joelho. O atacante teve que bancar a cirurgia e o tratamento de recuperação. Aí, a dor da artrose já incomodava. Foram mais dois anos atuando na China e na Grécia antes do encerramento precoce da carreira em 2010.

O assistente técnico do São Paulo, Milton Cruz, ainda tentou fazer uma reconciliação de Denílson com o clube. Armou um encontro entre o ex-jogador e o ex-dirigente que o barrou em 2007. ''O João Paulo de Jesus Lopes me disse então que não se tratava de uma decisão dele, mas sim de outras pessoas e que ele era apenas o responsável por me comunicar esta restrição'', disse.

Esta conversa mudou alguma coisa?

''Hoje eu sei que não foi a instituição São Paulo que me fechou as portas. Mesmo assim, reconheço a importância do que o clube fez por mim no início da minha carreira. Mas posso falar? Não é mais aquela paixão. Hoje, gostou mais do Palmeiras que me tratou e me trata muito bem'', afirmou.

Hoje, aos 37 anos, Denílson é comentarista da TV Bandeirantes. Ele recusou, nesta semana, um convite para atuar na nova liga de futebol da Índia.

Nesta sexta-feira, ainda na lanchonete da emissora, ele cruzou com um guitarrista de blues chamado Nicolas Simi, que faz parte da banda da cantora Dani Montuori (ex-The Voice). Ao ver Denílson, o músico não se conteve: ''Vem aqui meu ídolo. Você fez muito pelo meu Palmeiras'', disse.

Nicolas estava sentado à direita de Denílson.

 

 


O Avaí vai deixar de ganhar R$ 450 mil contra o Fluminense. Saiba o motivo
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Luciano Borges

O Avaí recebeu uma oferta de R$ 700 mil para levar o jogo contra o Fluminense da Ressacada, em Florianópolis, para o estádio Mané Garrincha, em Brasília. O clube catarinense recusou. E fez mais: emitiu nesta quarta-feira uma nota oficial explicando os motivos e chamando a torcida para que consiga vender 15 mil ingressos para a partida que será disputada no dia 8 de agosto.

Quais os motivos que levaram o Avaí a deixar de ganhar algo em torno de R$ 450 mil?

O presidente Nilton Macedo Machado, magistrado e desembargador de justiça aposentado, explicou os motivos para o Blog do Boleiro:

SÓCIOS TORCEDORES PRIMEIRO
''Estamos fazendo uma campanha intensa para atrair sócios torcedores. Já temos um pouco mais de 10 mil. Queremos tratar bem nosso cliente. E tirar de casa um jogo importante como este contra o Fluminense seria deixar de privilegiar nosso torcedor e dar este privilégio ao torcedor de outro clube, em outra cidade''.

EQUILÍBRIO NO BRASILEIRO
''Se formos jogar em Brasília, o Fluminense acabaria sendo o mandante duas vezes porque terá mais torcida lá. Para o equilíbrio do Campeonato Brasileiro, isto não é bom. Sem mudar o mando, jogando aqui na Ressacada, o Avaí terá o apoio da torcida e fica mais forte para conseguir pontos''.

FUGIR DO REBAIXAMENTO
''Estamos em 14º lugar com 17 pontos, quatro a mais do que a zona de rebaixamento. Queremos fazer pelo menos mais seis pontos até o final do primeiro turno. Achamos que a margem de corte no final será de 44 ou 45 pontos. Por isso queremos terminar o turno com 23 pontos. Por isso precisamos jogar em casa com apoio a torcida''.

E A COBRANÇA?
''A torcida nunca iria nos perdoar se perdêssemos este jogo em Brasília e os pontos fizessem falta no final. Seríamos malhados pela mídia e por todo mundo. Dinheiro neste momento não é importante. O momento não é de pensar só em dinheiro. Estamos com os salários em dia. A dívida fiscal está parcelada. Estamos atrás de um patrocinador manter, o que está difícil. Já readequamos os valores e temos quatro patrocinadores em potencial, mas ainda não conseguimos faturar. O jeito é fazer bons jogos em casa e vamos conseguir equilibrar as contas com a renda''.

A Ressacada tem capacidade para 17.800 pessoas. A média de público do Avaí neste ano é de nove mil pagantes por jogo. Contra o Fluminense, o clube catarinense vai liberar 2.800 ingressos para os torcedores do visitante. A ideia é vender 15 mil ingressos e faturar algo em torno de R$ 250 mil.

A campanha para atrair sócios torcedores tem sido intensa. ''É um trabalho contínuo. Estamos dando benefícios em lojas, laboratórios, faculdades e cadeias de lojas. A realidade é que é uma luta intensa para atrair estes torcedores'', disse o presidente avaiano.

Abaixo, leia a nota oficial do clube Avaí recusando vender o mando de campo.

Sim, vamos vender o jogo!

28 DE JULHO DE 2015

Você, torcedor do Avaí, já deve estar sabendo sobre a proposta que recebemos de transferir o jogo do dia 8 de agosto, contra o Fluminense. Caso não saiba, foi oferecido quase R$ 700 mil para o nosso clube permitir que a partida mudasse de endereço, da Ressacada para o Mané Garrincha, em Brasília.

Se nós vendemos? Sim, vendemos.é

Mas não para quem nos fez a proposta. Resolvemos vender para os 15 mil torcedores que esperamos no nosso estádio. Para os 15 mil torcedores que estarão onde esse jogo deve acontecer: na nossa casa, no nosso campo.

Sim, o jogo continuará na Ressacada. Se enchermos o estádio vamos arrecadar no máximo R$ 250 mil, mas nada vale mais para o nosso time, nada motiva mais nossos jogadores que o seu grito vindo da arquibancada.

Por isso, avaianos, mais do que nunca, todos estão convocados para esta partida.

#JuntosSomosMaisAvaí


Marcos pede Ricardo Oliveira na seleção; matador do Santos torce por chance
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Luciano Borges

O ex-goleiro Marcos deu a sugestão: o técnico Dunga não precisa investir apenas em novos talentos para disputar a eliminatória sul americana da Copa do Mundo. O ídolo palmeirense, pentacampeão mundial com o Brasil em 2002, acha que o treinador pode buscar quem está bem no momento.

E apontou um candidato para o comando do ataque: Ricardo Oliveira. ''O treinador também tem que convocar aquele que está melhor no momento. Você não tem que pensar num time para a Copa do Mundo, mas sim num time para se classificar para a Copa do Mundo. E pra isso você tem que ver o momento de cada um. Por exemplo, o Ricardo Oliveira, artilheiro do Brasileirão. Não estou falando pra convocar ou não. Mas o Ricardo Oliveira serve para aquele jogo, para dois jogos. Você tem que levar o Ricardo'', disse ao Blog do Boleiro.

O atacante do Santos, artilheiro do Campeonato Brasileiro com oito gols, Ricardo Oliveira agradece o amigo. ''Fico muito feliz de receber este elogio do Marcos, que tem uma grande história no futebol e na seleção brasileira. Um exemplo de profissional, que teve uma carreira de sucesso'', afirmou. Ele espera ter uma chance, embora ache que não será fácil. ''Achar que tenho chance ne seleção é difícil, pois não tenho domínio disso. Mas sempre sou esperançoso em um dia poder, ainda que com 35 anos, ter uma oportunidade. O que tenho que pesar é o que tenho feito e sei que tenho ido bem, já que os próprios números mostram isso'', completou o atleta que foi artilheiro do Campeonato Paulista, com 11 gols.

Ricardo sabe que a política de convocações de Dunga não tem levado em conta atletas que já rodaram no futebol. Mas o ataque tem sido um dos problemas do selecionado, que ainda não achou um matador de ofício. O que o santista pode fazer é lembrar que ele anda bem em campo. ''Se tenho chance ou não, não depende de mim. Mas faço meu trabalho para estar no melhor lugar da carreira e a seleção é sempre uma grande alegria. É um momento que estou mais experiente, fisicamente muito bem e tecnicamente os números estão aí'', falou.

Marcos entende que o importante é primeiro levar o Brasil a uma vaga na Copa do Mundo da Rússia, em 2018.  '''Eu acho que a seleção tem um bom time. Você vê grandes jogadores que jogam em grandes times da Europa. A pressão é muito grande hoje em dia, todo mundo tem pressão, mas a pressão em cima da seleção é muito grande por resultados. Até mesmo porque o Brasil está mal colocado no ranking da FIFA. Não tem conseguido fazer boas atuações, tanto na Copa do Mundo como na Copa América agora. Mas isso só arruma com trabalho. Tem que trabalhar '', afirmou.

No próximo dia 13, Dunga convocar os jogadores que pretende levar para os amistosos contra a Costa Rica e Estados Unidos, nos dias 5 e 8 de agosto, nas cidades de Nova Jersey e Boston. É uma primeira indicação de quem o técnico pretende usar nas duas primeiras partidas eliminatórias, contra Chile (fora) e Venezuela (em casa).

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Santos ainda não foi avisado pelo STJD da denúncia de atraso de salários
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Luciano Borges

Nesta quinta-feira, o Sindicato dos Atletas Profissionais de Futebol de São Paulo vai consultar o STJD sobre o andamento da denúncia feita dia 20 dando conta do atraso de salários de junho do Santos. Segundo Luis Eduardo Pinella, vice presidente da entidade, o Superior Tribunal da CBF precisa informar quais passos está tomando no caso, o primeiro dentro do que determina o artigo 18 do regulamento da competição.

Nove dias depois de ter denunciado o Santos ao STJD, o Sindicato ainda não foi informado sobre o que está sendo feito. O Santos alega que também não foi notificado oficialmente.

O presidente santista Modesto Roma Junior admite que ''existem alguns atrasos nos vencimentos de 5 de julho''. Mesmo assim, disse ao Blog do Boleiro que o clube ainda não mandou nenhuma documentação que mostre o fim deste débito a fim de evitar a perda de três pontos de cada jogo disputado desde a denúncia. ''O STJD não nos enviou nada. Por que deveríamos enviar documentação para eles?'', afirmou o dirigente.

O vazio de informação criou a seguinte situação a CBF criou o FairPlay trabalhista, ameaçando tirar pontos do clube que não pagar os salários em dia. É preciso que os atletas, ou as entidades que os representam façam as denúncias. E elas devem ser encaminhadas ai Superior Tribunal de Justiça Desportiva da CBF.

O problema é que não estão definidos os prazos para que o clube denunciado apresente a defesa e quando o tribunal vai decidir ou não pela punição.

Segundo Pinella, o Sindicato enviou ao STJD e ao Santos uma cópia do documento de denúncia no dia 20 deste mês. Modesto Roma Jr. se reuniu com o presidente Reinaldo Martorelli e com o próprio vice Luis Eduardo. ''Nós conversamos sobre este atraso de salários do Santos. O Modesto admitiu as dificuldades que vem enfrentando para pagar em dia. Nós o avisamos que a denúncia já tinha sido feita'', lembrou o vice do sindicato.

O Sapesp está elaborando denúncias de atraso de salários contra outras três agremiações. Elas deverão estar prontas no início da semana que vem. Nenhum clube é da Série A.


Técnico do Palmeiras tem quatro substitutos para preencher vaga de Dudu
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Luciano Borges

O técnico do Palmeiras tem pelo menos quatro alternativas para o caso de não poder contar com o atacante Dudu, que vem jogando sob efeito suspensivo de uma pena determinada pelo TJD de São Paulo que o afastaria dos campos por seis meses. Em troca de mensagens com o Blog do Boleiro, Marcelo Oliveira citou os possíveis substitutos: ''Na ausência do Dudu, essa função pode ser cumprida também pelo Kelvin, Gabriel Jesus, Pablo Mouche e até o Cristaldo, num apelo mais ofensivo''.

O treinador palmeirense, no entanto, disse que espera boas notícias do STJD: ''Acho que deveria ter uma punição menor''.  Mas se Dudu, numa visão mais otimista, pegar de dois a três meses e uma pena alternativa, Marcelo sabe que precisa contar com o elenco: ''Se não acontecer, vamos valorizar os substitutos com toda confiança'', disse Marcelo Oliveira.

Desde que foi expulso na partida final do Campeonato Paulista contra o Santos, Dudu tem vivido tempos difíceis. Depois do julgamento e da punição de seis meses, o atleta passou a atuar com esta ameaça permanente. Em campo, tem jogado bem. Fora dele, tem se mostrado preocupado com o futuro. No julgamento do recurso, na semana passada, os advogados do clube decidiram não levar o atleta para o plenário. Dudu acompanhou a sessão pelo celular, desejando boa sorte aos homens que o defenderam.

O TJD-SP confirmou a pena. O Palmeiras então recorreu ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva, da CBF, e pediu a concessão de efeito suspensivo até o caso ser julgado pelo Pleno do STJD. Não há uma previsão de data. Vai depender da agenda de julgamentos e da disponibilidade dos auditores. Não ficou decidio ainda se desta vez, Dudu irá se defender pessoalmente.

A cada partida que ganha graças ao efeito suspensivo, Dudu tem mostrado que é peça importante para o esquema tático adotado por Marcelo Oliveira. É titular do time. Tem feito gols e participado de lances que resultaram em tentos. É visto na lateral-esquerda, ajudando Egídio na marcação. Ele é um dos atacantes mais dedicados na tarefa de bloquear os laterais adversários.

''Da forma que jogamos, os atacantes dos lados de campo precisam marcar o lateral adversário. O Dudu e o Rafael Marques têm feito isso muito bem'', elogiou Marcelo Oliveira. É esta aplicação que os candidatos a substitutos de Dudu precisam mostrar em treinos e nas oportunidades que terão de jogo.

 

 


W. Peres diz que Seleção de 82 perdeu para Itália porque Batista não jogou
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Luciano Borges

A seleção brasileira de 1982, considerada uma das melhores de todos os tempos, não foi eliminada na segunda fase da Copa do Mundo da Espanha, por causa de problemas entre os atletas. Esta é a opinião do ex-goleiro Waldir Peres, titular do time de Telê Santana, ao comentar sobre as recentes declarações do atacante Serginho de que “o ambiente não estava legal”.

“O Serginho não se dá bem com um zagueiro de jogava no Fluminense”, disse Waldir referindo-se a Edinho, ex- Flu e hoje comentarista da Sportv. “Ele nunca escondia que achava que deveria jogar no lugar do Luizinho”, completou ao Blog do Boleiro citando o zagueiro que, na época, pertencia ao Atlético Mineiro.

Peres acha, no entanto, que a desclassificação da seleção brasileira se deu por um motivo pontual: a falta de um volante pegador contra os italianos.

“O Batista tinha sido escalado pelo Telê Santana contra a Argentina para ir pegando entrosamento porque ele estava sendo preparado para enfrentar a Itália. Faltava um jogador de marcação para proteger a zaga. Mas o Diego Maradona acertou uma pancada nele e ele não pode jogar”, falou o goleiro do Brasil.

O Brasil encarou a Itália com Toninho Cerezo e Falcão de volantes. Zico e Sócrates completam o rodízio na armação, com ajuda de Éder, um falso ponta-esquerda. Serginho Chulapa era o centroavante de área, de referência.

O Brasil foi derrotado pelos italianos por 3 a 2. O selecionado brasileiro tinha a vantagem do empate. Começou perdendo aos 5 minutos, com um gol de Paulo Rossi, de cabeça. Aos 12, Sócrates empatou. Treze minutos depois, Toninho Cerezo tentou um passe cruzado. A bola foi interceptada por Rossi que avançou e fez: 2 a 1.

Na segunda etapa, Falcão empatou.  Mas aos 39 minutos, Rossi fez o terceiro tento dele e da Itália. O goleiro italiano Dino Zoff ainda evitou um gol de cabeça de Oscar. O Brasil foi eliminado depois de quatro vitórias e uma derrota.

“A seleção tinha um ambiente bom. O Telê Santana, nas palestras, sempre pedia a opinião da gente sobre como deveríamos jogar. Os italianos sabiam que nosso time era ofensivo demais: Falcão, Zico, Sócrates e Éder iam para cima. Sem falar nos laterais Leandro e Júnior que subiam bastante. A seleção da Itália sabia disso e se aproveitou”, avaliou Peres.

Waldir Peres admitiu que a postura de Edinho não foi das melhores e que também havia uma tendência de atletas do futebol carioca se unirem. Mas afirma: “Estes dois focos não foram determinantes para nossa derrota. A falta do Batista na frente da zaga é que pesou”.

Toninho Cerezo, por causa do passe errado no segundo gol de Paolo Rossi foi tratado como o vilão da derrota. Ele mesmo sentiu o peso da falha, chegando a chorar em campo no Estádio Sarriá, em Barcelona, ainda no final do primeiro tempo. Levou bronca de alguns companheiros, como o lateral Junior.

O trauma desta derrota e eliminação durou – para o grupo – cerca de oito anos. Em 1990, depois de um jogo de ex-atletas na Itália, a turma de 1982 com Telê Santana jantou em um restaurante e lá foi feito um “mea culpa” geral.

Mais uma vez, os colegas de seleção – Serginho não estava – choraram e isentaram Cerezo. “Foi bonito. Acabou esta coisa de caça às bruxas. Jogamos bem, tinhamos um belo futebol, mas perdemos. Ponto”, disse Telê Santana, hoje falecido, numa fila para obter a credencial de comentarista do SBT em 90.


Mudança de hábito: Alex Silva vira atleta, abraça a fé e procura clube
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Luciano Borges

Alex anda sempre com Maurício (esq), Marcelo e Eric, amigos da comunidade religiosa em Amparo Foto: Blog do Boleiro

Alex anda sempre com Maurício (esq), Marcelo e Eric, amigos da comunidade religiosa em Amparo Foto: Blog do Boleiro

Alex Silva, 30, está mudado. As baladas acabaram. Hoje, o zagueiro frequenta células de oração na cidade de Amparo (SP), onde mora com os pais. Sambista inveterado, ele só escuta música gospel. Bebida alcoólica, só mesmo um dia por semana. “Tomo uma taça de vinho e só”, garantiu. Ele diz que deixou de ser boleiro. “Hoje, sou atleta”, falou.

Alex Silva está atrás de um clube para jogar.

Ele mesmo vende o produto: “Hoje, eu estou em forma, sou muito mais atleta. Treino duas vezes por dia. De manhã, trabalho com bola. De tarde vou a uma academia de Amparo. E de noite, treino a parte espiritual. Posso ajudar dentro e fora de campo. Tenho experiência e sei o que é certo e o que é errado. Posso ajudar o grupo com orientações”.

Segundo o jogador, os erros acabaram há cerca de um ano, depois que foi detido pela polícia quando voltava de Campinas, dirigindo embriagado.

Como fazia com frequência, Alex tinha participado de uma festa no bar Seu Rosa, onde cantou samba de raiz e bebeu cerveja. Na volta para São Bernardo, onde estava jogando, ele furou uma barreira policial e parou cem metros depois. Foi detido.

“Eu estava lá na delegacia esperando chegar o dinheiro da fiança (sete mil reais), quando me dei conta de que precisava mudar. Tinha que ter uma vida nova. Fui procurar uma igreja no outro dia, lá mesmo em São Bernardo”, contou.

Assim começou a entrada do irmão de Luisão, zagueiro do Benfica, em outra vida. “Faço coisas do agrado de Deus e não as coisas do mundo”, disse com ar determinado.

Falando em ar, Alex postou uma montagem com duas fotos no perfil dele no Instagram.

alex2ok

À esquerda, o homem antigo que virava a noite na balada, chegando a gastar R$ 30 mil numa noite, namorando e tendo relacionamentos rápidos com mulheres diferentes. Um cara que se garantia: “Se vou para a noite e de manhã treino forte e bem, ninguém tem nada com isso”, disse há oito anos, quando formava no São Paulo uma defesa quase intransponível com Miranda e Breno.

À direita da foto, está o Alex novo, mais magro e orgulhoso do modo de olhar. “Repara como minha expressão de antes era meio sem brilho, cansada. Agora estou com os olhos mais vivos. Estou feliz”, disse o pai de dois meninos, Miguel (5 anos) e Matheus (2 anos), frutos de uniões diferentes.

Alex Silva acha que pode voltar a jogar na elite do futebol brasileiro.

Depois de passar por Vitória, Rennes, São Paulo, Hamburgo, Flamengo e Cruzeiro, Alex Silva entrou em um processo de decadência. Em 2013, disputou a Série B com o Boa Esporte. No ano seguinte, atuou no São Bernardo. Em 2015, no primeiro semestre, disputou o estadual no Brasiliense.

Agora está no mercado. Ele não tem empresário. Acha que enfrenta uma barreira: a imagem do Alex Silva de antes. “Eles me veem pelo meu passado e acabam não dando oportunidade. Dentro de campo, nunca deixei de jogar”, afirmou o atleta que garante estar plenamente recuperado das quatro cirurgias, duas em cada joelho. “Estou zerado”, cravou.

Financeiramente, Alex Silva diz ter uma posição confortável o suficiente para quando parar de jogar. Tem dinheiro a receber de um empresário que, segundo o zagueiro, o lesou em quase R$ 3 milhões. Era a quantia paga pelo Flamengo quando o defensor saiu do clube carioca.

Alex enviou ao Blog do Boleiro esta foto com o Pastor Francisco de Moraes

Alex enviou ao Blog do Boleiro esta foto com o Pastor Francisco de Moraes

Enquanto faz contatos – e está inclusive tentando conversar com o São Paulo, onde foi ídolo – Alex Silva toca a vida e se prepara. Segundo os amigos da igreja Sara Nova Terra, fundada pelo Bispo Rodovalho, de Brasília, ele tem se destacado pela leitura de livros e textos sobre liderança.

“Ele é totalmente disciplinado. Nas reuniões de oração, que chamamos de célula, damos dicas de leitura não religiosa para o auto-conhecimento, motivação e liderança. E ele é um bom aluno”, disse o diretor comercial Marcelo Beltrami que, ao lado de Eric Moreira e Maurício Ricardo, forma o trio de amigos.

Marcelo e Maurício nem sabiam que Alex Silva era zagueiro de seleção brasileira campeã da Copa América de 2007, bicampeão brasileiro pelo São Paulo e eleito o melhor da posição no Brasil em 2010. “Para nós, ele era o Alex. E ele é muito humilde. Nunca fica falando sobre isso”, afirmou Beltrami.

Alex Silva mudou e não faz muito tempo. ''Mas hoje estou muito diferente. Ainda sou o cara brincalhão, que faz amigos. Acho que ainda posso jogar em alto nível'', disse.

 


Caso Héverton: coronel denuncia “Operação Abafa” para Flamengo não cair
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Luciano Borges

Capa do livro do coronel Paúl que será lançado nesta quinta-feira

Capa do livro do coronel Paúl que será lançado nesta quinta-feira

Uma estranha coincidência que tem ares de conspiração. Nesta quinta-feira, o coronel Paulo Ricardo Paúl, da PM carioca, lança o livro ''O Escândalo do Brasileirão 2013 – Como o Flamengo Foi Salvo do Rebaixamento'' em uma festa na sede da Associação dos Militare sEstaduais (RJ). O livro é fruto de mais de 400 textos escritos pelo autor – um declarado torcedor do Fluminense – no blog que mantém na internet. Em cerca de 200 páginas, Paúl defende que o Flamengo teria sido beneficiado no ''Caso Héverton'', que custou à Portuguesa de Desportos o rebaixamento para a Série B.

''Eu me baseio em dois fatos. O primeiro é o caminho que o Ministério Público de São Paulo adotou na investigação: existe alguma coisa errada na escalação do jogador Héverton contra o Grêmio, no dia 7 de dezembro de 2013.  O prejuízo que a Portuguesa teve é imensurável'', disse o coronel. ''E existe um ponto que não está sendo abordado neste caso e que, para mim, é um escândalo. No dia 6 de dezembro, sexta-feira, três sites grandes noticiaram que o lateral André Santos tinha sido punido pelo STJD com mais um jogo e não poderia enfrentar o Cruzeiro no dia seguinte. Esta informação foi repetida por um quarto site no próprio sábado. Pois bem: André Santos jogou e, no mesmo dia ou até no domingo, nenhum destes sites ou outro qualquer registrou que o jogador foi escalado e jogou irregularmente. Os sites se calaram. Pergunto: por quê?'', falou o autor do livro.

O coronel Paúl trata este episódio de ''Operação Abafa''. Ele fez um levantamento na internet para ver como os sites se comportaram neste caso. ''Somente na terça-feira, depois que estourou o caso do Hevérton na Portuguesa, é que começaram a falar da escalação irregular do André Santos'', falou.

O autor do livro quer que o caso ganhe de novo importância. Ele quer levar esta denúncia para que sejam apurados os motivos do que ele chama de ''silêncio em volta do Flamengo''. ''Isso tem que ser investigado pelo Ministério Público do Rio, pela CBF e até pela Polícia Federal''.

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O Fluminense foi o beneficiado imediato pela punição à Portuguesa, imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Com a perda de quatro pontos, a Lusa caiu de 48 para 44 pontos indo para a 17ª colocação da Série A de 2013, a primeira do rebaixamento. O Fluminense era quem encabeçava os quatro rebaixados porque tinha 46 pontos e subiu para a 15ª posição. O Flamengo, que somava 49 pontos, também foi castigado com perda de quatro pontos e caiu para 45, ficando em 16º com 45 pontos. No cálculo do coronel Paúl, se comprovado um complô pró Flamengo, a Portuguesa subiria e o Fluminense também.

Ele diz que apresentou estes dados para o promotor Roberto Senise Lisboa. O Blog do Boleiro tentou em vão entrar em contato por telefone com Lisboa. Mas em entrevistas anteriores, o promotor já disse que trabalha com a hipótese de que alguém na Portuguesa foi favorecido para ''esquecer'' de avisar à comissão técnica que Héverton, julgado na sexta-feira, dia 6 de dezembro, não poderia sequer ficar no banco de reserva diante do Grêmio. O Gaeco (grupo especializado de combate ao crime organizado) ainda rastreia e cruza mais de uma dezena de contas bancárias de dirigente e funcionários da Portuguesa, além de nomes do Rio de Janeiro.

O livro do coronel Paúl custa R$ 25 reais o exemplar. ''É preço de custo. Quero mais é que ele ajude a esclarecer o que realmente aconteceu'', disse o autor que promete desconto para sócios do Fluminense e da Portuguesa. ''É só fazer a solicitação pelo blog do coronel Paúl'', completou.