Blog do Boleiro

Investidor tenta convencer pai e Valdívia a permanecerem no Palmeiras
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Luciano Borges

Nesta sexta-feira, o empresário do ramo de importação de vinhos Osório Henrique Furlan Jr. vai tentar conversar com Luis Valdívia, pai de Valdívia, para saber exatamente quais as intenções do jogador. ''Quero saber se ele tem interesse em continuar no Palmeiras ou não'', disse Furlan que é conselheiro vitalício do clube paulista e também investiu cerca de R$ 5,5 milhões para ajudar na contratação do meia chileno.

Furlan garante ter sido autorizado pelo presidente Paulo Nobre a fazer este contato, que será por telefone.

O dirigente, em reunião realizada na quarta-feira, o dirigente admitiu ter feito duas propostas de renovação. Ambas foram rejeitadas por Luis Valdívia. ''Para mim está claro que a dupla (pai e filho) quer esperar até o dia 17 de agosto e negociar como dono dos seus direitos econômicos'', avaliou Furlan. Há a possibilidade de um pré-contrato já assinado com outra agremiação, o que Valdívia poderia ter feito desde fevereiro.

O empresário acha possível discutir mais uma vez o valor do salário. ''Dá para contornar'', afirmou. Ele prevê dificuldade na hora de conversar sobre as luvas. ''Aí pode tornar tudo impossível'', completou.

Entre os argumentos que ele vai utilizar nesta conversa, um deles tem tom mais duro com relação à condição física de Valdívia que, vira e mexe, apresenta lesão na coxa esquerda. ''Nem todo mundo quer o jogador com o histórico dele'', lembrou.

Osório tem interesse na renovação do contrato do jogador para que, até o final de 2016, os dirigentes palmeirenses possam negociar Valdívia com outro clube. ''Mas já botei no fundo perdido'', admitiu. Nesta vinda para o Palmeiras, Valdívia já custa mais de R$ 20 milhões. Para o Banif, o Palmeiras ainda deve R$ 7,5 milhões mais juros.  O clube é dono de 54% dos direitos econômicos. Furlan detém 36% e o próprio atleta é dono de 10%. A partir do final do contrato, o chileno fica com cem por cento.

Além disso, os dirigentes do Palmeiras admitem que exista o interesse do Flamengo. Um diretor do Cruz Azul, do México, negou ao Blog do Boleiro que o clube mexicano esteja interessado no jogador.


Promotor vai intimar ex-presidente da Lusa para explicar suborno e senador
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Luciano Borges

O promotor Roberto Senise Lisboa, que comanda o inquérito civil instaurado pelo Ministério Público de São Paulo para apurar o ''Caso Héverton'', vai intimar o ex-presidente da Portuguesa de Desportos, Ilídio Lico. Ele quer ouvir o ex-dirigente sobre a informação que ele deu em entrevista ao jornalista Jorge Nicola, dizendo ter ouvido de um senador que a Unimed – então patrocinadora do Fluminense – teria pago uma quantia milionária para gente da Lusa não informar da suspensão do atacante Héverton e colocá-lo em campo contra o Grêmio.

''Finalmente soltaram alguma coisa'', comentou Senise ao saber do teor das declarações de Lico. Ele está em Orlando, nos Estados Unidos,  com a família. O promotor pediu uma cópia da entrevista. Nela, o ex-presidente da Portuguesa diz ter sido informado por um senador sobre o possível suborno. Lico não quis revelar o nome do parlamentar. E disse ainda que não fez esta revelação para Senise, quando foi chamado a depor, porque iria se complicar.

Dentro da Lusa, existe a suspeita de que gente do departamento jurídico da época, final de 2013, teria recebido dinheiro em troca do ''esquecimento'' da situação de Héverton. Nada foi provado, no entanto. O GAECO, grupo de combate a organizações criminosas, ainda investiga o caso, cruzando contas bancárias de mais de uma dezena de nomes ligados à Portuguesa, Fluminense e Flamengo.

Em dezembro de 2013, dois dias antes da última rodada do Campeonato Brasileiro, o meia/atacante Héverton  foi punido com dois jogos de suspensão. Como já tinha cumprido uma partida, ele deveria ficar de fora do confronto contra o Grêmio. Mas o departamento jurídico do clube não informou à comissão técnica desta pena e Héverton foi inscrito, ficou na reserva e até entrou nos minutos finais do jogo que terminou empatado. A Portuguesa de Desportos escapou do rebaixamento e, com este resultado, mandou o Fluminense para a Série B.

Mas a escalação irregular de Héverton levou a Lusa a julgamento no STJD. O clube foi punido com a perda de quatro pontos, o que decretou o descenso. De lá para cá, a Portuguesa decaiu. Está na Série C e enfrenta graves problemas financeiros. O Fluminense permaneceu na Série A.

O presidente atual da Portuguesa, Jorge Manuel Marques Gonçalves, também foi informado das declarações de Lico pelo Blog do Boleiro. Ele foi cauteloso: ''Vamos chamar o promotor Roberto Senise Lisboa para nos contar o que está acontecendo. Temos que ter cuidado com este tipo de acusação. Já tivemos outras no passado e nada foi provado'', disse.

A Unimed e o Fluminense não só negaram a informação de Lico como ainda ameaçam processar o ex-dirigente.

 

 

 


Com sequência e gols, Maikon Leite mostra eficiência que Palmeiras não viu
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Luciano Borges

Sequência de jogos num time encaixado. Maikon Leite acha que esta é a razão para estar jogando bem no Sport de Recife, nas últimas quatro rodadas do Campeonato Brasileiro. ''Qualquer atleta precisa jogar. Não adianta jogar um jogo, não jogar outro, entrar 15 minutos no terceiro, depois não jogar outra vez. Jogar é o que eu estava precisando'', disse o atacante de 26 anos ao Blog do Boleiro.

Mais uma vez, o jogador revelado no Santo André mostra serviço quando é emprestado pelo Palmeiras a outra equipe.

No início desta temporada, quando retornou aos treinos na Academia de Futebol, Maikon tinha a esperança de se tornar titular no time que seria montado pelo técnico Oswaldo de Oliveira. O treinador o colocou pouco em campo. ''Não tive como mostrar meu trabalho. Não joguei dois jogos seguidos. Joguei um, fiquei fora no outro, comecei o clássico contra o Corinthians, saí no meio e nunca mais joguei'', lembra.

Maikon Leite tinha retornado de uma  temporada jogando no México. Ele se tornou ídolo no Atlas. No Palmeiras, encontrou ainda residência de parte da torcida. ''Por uma parte eu não era bem aceito, mas por outra sim. Este não foi o problema. A questão é que o Palmeiras contratou muitos jogadores e não pude trabalhar'', afirmou.

Como não se fixou como titular, Maikon Leite foi emprestado ao Sport de Recife. Disputou quatro partidas pelo time pernambucano, fez três gols. Um deles garantiu a vitória sobre o Goiás (1 a 0). No último sábado, ele anotou outros dois e deixou o Sport em vantagem (2 a 1).  Foi eleito como o jogador da rodada pela Sportv. Soube disso através do clube. ''Estou muito feliz aqui'', falou.

Além de ganhar a vaga de titular, o atacante acha que entrou num time já encaixado. ''Faz muita diferença. Aqui eu jogo onde rendo mais, na ponta, jogando aberto e partindo para cima. Achei meu espacinho aqui'', comemora. Além disso, ele conhece ex-santistas como ele: Durval, Rodrigo Mancha, André (contratado recentemente) e mesmo Diego Souza. ''Fui muito bem recebido''.

Ele ainda mora sozinho num apartamento em Boa Viagem. Maikon conhece Recife. Foi jogador do Náutico em 2013, quando jogou 23 partidas e fez oito gols. ''Conheço aqui. Estou me alimentando bem. Gosto da cidade. Falta só a vinda de minha mulher e do meu filho'', disse.

O Sport anda bem no Campeonato Brasileiro. Dirigido pelo técnico Eduardo Baptista, o time está em terceiro lugar na Série A do Campeonato Brasileiro com 15 pontos (quatro vitórias e três empates) e está invicto. Aliás, se contar as rodadas finais do Brasileiro de 2014, a sequência de partidas sem derrotas chega a 14.

No próximo sábado, o Sport recebe o Vasco da Gama. Com Maikon Leite em campo. Sem mágoa do treinador que não deu sequência de jogos para ele no Palmeiras. ''Não tenho nada contra o Oswaldo. Ele chegou num momento de mudança total no palmeiras. Lógico que não fiquei feliz de não jogar, mas há mágoa nenhuma'', garantiu o atacante que se diz feliz. ''Demais. Se eu chorar é de alegria'', afirmou.


Incitação à violência? STJD estuda se acusa Corinthians por frase no placa
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Luciano Borges

reprodução / Twitter

reprodução / Twitter

O procurador geral do STJD, Paulo Schmitt, vai pedir as imagens do jogo entre Corinthians e Internacional, disputado neste sábado na arena em Itaquera. Ele quer ver se foi brincadeira, provocação  ou incitação à violência a frase colocada no telão do estádio com os dizeres ''#poenodvd'', uma referência a uma coleção de imagens que o clube gaúcho reuniu anos atrás para mostrar como o time paulista era ajudado pelos árbitros, especialmente nos confrontos entre as duas equipes.

Somente na terceira possibilidade é que o Corinthians poderá ser indiciado no código 243-D do Código Brasileiro de Justiça Desportiva e corre o risco de multa entre 100 e cem mil reais, além de suspensão de um a dois anos.

Mas o próprio procurador acha que este não é o caso. Afinal, a frase não causou briga entre torcidas.  Ficou a irritação do presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, que mandou apurar o autor da façanha para puni-lo dentro do clube. O técnico Tite também se posicionou contra a frase. ''Já estive do lado de lá. E falta de respeito'' disse.

Se não incitou a violência ou o ódio dentro da Arena Corinthians, a frase iniciou um debate acalorado nas redes sociais. Os torcedores colorados, entre eles a apresentadora Renata Fan da TV Bandeirantes, torcedora declarada do Internacional.

Em 2009 e 2010, em partidas pelo Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil, a direção do Inter decidiu reclamar oficialmente na CBF e compilou imagens de erros da arbitragem em favor do time paulista. Daí a frase provocativa.

Em contato com o Blog do Boleiro, o diretor de futebol Carlos Pellegrini disse que apenas o presidente Vitorio Piffero pode decidir reclamar oficialmente ou mesmo pedir punição ao Corinthians por conta desta ''brincadeira''. Por sua vez, Piffero não esteve em São Paulo neste sábado porque está acometido por forte gripe. Ele deve se posicionar nesta segunda-feira.

 

 

 

 

 

 


Cota maior de TV. Internacionalização. Mais torcida. A Ponte pensa grande
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Luciano Borges

Vice Giovanni Dimarzio anuncia projeto com a Juventus de Turim Foto: PontePress/RodrigoCeregatti

Vice Giovanni Dimarzio anuncia projeto com a Juventus de Turim Foto: PontePress/RodrigoCeregatti

A Ponte Preta é o clube que recebe a menor cota de direitos de transmissão de televisão, menos de R$ 30 milhões. O clube tem 14.500 sócio-torcedores cadastrados e apenas seis mil que pagam em dia. Com esta  realidade, os dirigentes estão trabalhando para conseguir manter a equipe na Série A e tentar a classificação para a próxima Copa Sul-Americana ou mesmo até para brigar por um lugar no G4.

E é preciso aumentar a entrada de receitas.

A Macaca vem insistindo junto ao presidente da CBF para que a ajude na negociação com a TV Globo. ''Temos a promessa do Marco Polo Del Nero de nos ajudar neste sentido. Nos últimos seis meses, nos encontramos umas seis vezes. Nossa cota é a menor'', disse o vice presidente ponte pretano, Giovanni Dimarzio.

Sem ainda conseguir este aumento de cota dos direitos de TV, resta à agremiação de Campinas buscar outras fontes de faturamento.

 

Para isso, foi criado um um novo programa para atrair torcedores fidelizados, o ''TC10 Mais'' que apresenta várias promoções para quem aderir ao projeto. Além disso, as crianças de Campinas são alvo preferencial em duas ações de marketing.

Numa delas, instituições que trabalham com menores carentes podem inscrevê-los para acompanhar os jogos da Macaca no estádio Moisés Lucarelli, além de fazer visitas monitoradas ao clube. ''Essas crianças frequentam o Majestoso e a gente proporciona brindes e lanches. A ideia é despertar o amor pela Ponte nestes torcedores do futuro'', disse o dirigente.

Outro projeto, o Macacos do Futuro, prioriza as crianças sócio-torcedoras que participam de promoções como a de almoçar com jogadores, ganhar camisas autografadas e ter privilégio na entrada em campo de mãos dadas com os atletas.

''Nós precisamos criar estes diferenciais porque não temos a mesma atenção da mídia que os clubes da capital, como Palmeiras, Corinthians, São Paulo e até o Santos. Precisamos aumentar nossa base e investimos no futuro'', afirmou Dimarzio.

A Ponte Preta perdeu para o Orlando City. Cajá fez um golaço de falta. Foto: Orlando City

A Ponte Preta perdeu para o Orlando City. Cajá fez um golaço de falta. Foto: Orlando City

Em outra ponta, a Ponte Preta dá os primeiros passos em busca da internacionalização de sua marca, tarefa destina a uma comissão do clube que já levou a Macaca para enfrentar o Orlando City, com Kaká e companhia. O time perdeu por 3 a 2, mas deixou boa impressão e o meia Renato Cajá marcou um golaço de falta, que pode lhe render um convite na próxima temporada da Major League Soccer.

Na semana passada, o clube campineiro confirmou realização de outra partida, no dia 11 de agosto,  contra uma equipe dos EUA: Fort Lauderdale Strikes, franquia que tem Ronaldo Fenômeno com um dos sócios proprietários. O amistoso servirá para a comemoração dos 115 anos de fundação da Ponte e manterá o time em atividade porque depois da partida deste domingo de manhã contra o Goiás, a Ponte ficaria parada por 10 dias.

Dimarzio anunciou também uma parceira com a Juventus de Turim que vai organizar  um ''acampamento de futebol'' (training camps) durante cinco dias de julho em Campinas. A Juve vai enviar treinadores que vão orientar e observar cerca de 230 meninos da seis a 16 anos. O garoto que se destacar vai treinar na ''Vecchia Signora'' por uma semana.

O jogo contra o Goiás marca o retorno da torcida da Ponte ao Moisés Lucarelli. A ponte foi suspensa pelo STJD por brigas de torcedores em Joinville, pela Série B do ano passado.  O time venceu o São Paulo (1 x 0) e a Chapecoense (3 x 1) com os portões fechados.

O técnico Guto Ferreira terá o time titular à disposição.

Depois de duas semanas de assédio de clubes como Cruzeiro, Flamengo e São Paulo, a Ponte Preta segurou o meia Renato Cajá, que já tem quatro gols no Brasileiro, três deles considerados colaços. Além disso, atletas como Rodinei, Pablo, Fernando Bob e Diego Oliveira também foram sondados e ficaram na Macaca.

''É parte do nosso projeto manter o mesmo time que subir da Série B para a Série A, além de ir reforçando aos poucos o elenco'', disse Dimarzio que acertou a contratação do lateral Jeferson Recife, ex-Campinense.

O vice presidente, quando perguntado até onde a Ponte Preta quer chegar na atual temporada, respondeu assim: ''Se eu disser que a Ponte pode ser campeã brasileira, vão me chamar de lunático. Se eu disse que queremos a vaga da Sul Americana, vou ser taxado de pensar pequeno. Ficamos assim. Vamos primeiro buscar a Sul Americana, que é uma competição que o torcedor da Macaca gosta, Mas o que ciar acima disso, vamos correr para conquistar''.

A Ponte Preta é hoje a terceira colocada da Série A com 12 pontos, três a menos do que o líder Atlético Paranaense.

 

 

 


Dirigente do Atlético-MG desmente Levir Culpi sobre dívida: “Tá equivocado”
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Luciano Borges

''O Levir Culpi se equivocou. Não sei de onde ele tirou esta informação. Por isso que ele é técnico e não administrador do clube. Ele 'tá' equivocado''. Com esta frase, o executivo de futebol do Atlético Mineiro, Eduardo Maluf, desmentiu em parte a revelação do técnico Levir Culpi de que o time mineiro está devendo três meses de salário para os jogadores. ''Está atrasado três meses. Só três meses. Uma maravilha'', disse em entrevista ao programa Primeiro Tempo do canal Bandsports.

Maluf disse que o Galo está com os salários em carteira devidamente pagos. ''O mês de maio, que deveria ser quitado no dia 5 de junho, já foi pago no dia 2. Os 600 funcionários de carteira já receberam'', disse. Ele admitiu, no entanto, que há uma pendência entre parte dos jogadores e ''alguém da comissão técnica''.

Em alguns casos, o Atlético deve dois meses de direito de imagem, normalmente a maior fatia dos vencimentos dos atletas. ''Tivemos um bloqueio judicial que nos impediu de quitar. O presidente Daniel Nepomuceno conversou com estes atletas e garantiu que vai pagar um mês nos próximos dias'', revelou.

Maluf afirmou ainda que todas as premiações foram pagas.

Levir Culpi revelou o débito quando comentou que achava o Atlético Mineiro um dos clubes favoritos ao título do Campeonato Brasileiro. ''É um pensamento lógico. Temos um elenco legal. Um CT muito organizado. E junto com outros clubes, anda mais bem organizado do que a maioria dos times da Série A. Eu me considero candidato a conquistar este título'', falou.

E, quanto à dívida do Atlético, o treinador ainda lembrou: ''Nenhum clube do Brasil paga em dia. Todos estão endividados''.


Presidente do Santos explica a permanência de Marcelo Fernandes
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Luciano Borges

Embora o noticiário desta sexta-feira desse como certa a contratação de Oswaldo de Oliveira, ex-Palmeiras, como técnico do Santos, o presidente Modesto Roma Junior desmentiu esta informação em conversa com o Blog do Boleiro. ''Decidimos esta manhã que o Marcelo Fernandes continua como técnico'', disse por telefone. E explicou: ''Ele tem condições de mudar o desempenho do time''.

No Campeonato Brasileiro, sob o comando de Marcelo, o Santos só conseguiu uma vitória em sete partidas até agora. Foram quatro empates e duas derrotas. O time vem de dois empates por 2 a 2, contra a Ponte Preta e Atlético Mineiro. Foram jogos onde o time chegou a estar em vantagem. O treinador que foi mantido chegou a perder a paciência quando perguntado se estava na corda bamba. Ele agora vai dirigir a equipe contra o Corinthians, no dia 20, sábado, na Vila Belmiro.

A conversa  foi curta e seguiu assim:

Blog do Boleiro – Presidente, o senhor confirma a contratação do Oswaldo de Oliveira para técnico do Santos?
Modesto Roma Junior – |Não, não confirmo. Marcelo Fernandes é o técnico do Santos.

Mas, e as notícias de hoje?
Quem deu, errou. Chegamos à conclusão de que o Marcelo deve continuar. A decisão foi tomada hoje de manhã pelo comitê gestor e foi uma decisão unânime. Nós inclusive já nos reunimos com o Marcelo e ele concordou em continuar dirigindo o time.

Qual o motivo da permanência dele?
A gente acha que ele tem condições de dirigir o time e que os maus resultados vão acabar. Ele é capaz de conduzir esta mudança.

 


Após vencer Del Nero, vice de SC diz estar apto até para governar o Brasil
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Luciano Borges

Delfim Pádua Peixoto Filho, presidente da Federação Catarinense de Futebol, continua sendo o primeiro nome da sucessão a Marco Polo Del Nero, na presidência da CBF. Para isso, ele fez um trabalho político que derrubou a intenção do atual mandatário da Confederação em mudar a regra de sucessão. Foi uma vitória de articulação nos bastidores.

“Esse tema sequer foi colocado em votação. O Marco Polo soube ontem à noite que eu tinha 17 federações a meu favor e ele iria perder”, disse Delfim, 74 anos, que comanda a FCF desde 1985.

Enquanto José Maria Marin, ex-presidente da Confederação, estiver preso na Suíça e afastado da CBF, o dirigente catarinense é o primeiro na linha de sucessão da entidade. O estatuto diz que, em caso de renúncia do presidente, quem assume o cargo é o vice mais velho.

Del Nero queria mudar esta regra. Mas nem tentou colocar o tema em votação. “Ele achou que eu não iria conseguir o apoio dos companheiros”, disse o advogado aposentado. “Eu sempre briguei pelo direito. Essa é a razão da minha vida. Por isso quero a manutenção do artigo que está em vigor. Num próximo mandato, podemos rever, mas não se pode mudar a regra com o jogo andando”, disse Delfim.

Ele repetiu a declaração que deu ao UOL logo depois da prisão de Marin e seis outros dirigentes da Fifa, acusados pelo FBI norte-americano de corrupção.

Delfim Peixoto garante estar preparado para suceder Marco Polo Del Nero, se for preciso. “Não anseio isso. Minha vontade é continuar meu mandato na FCF. Mas estou preparado. Fui político por 20 anos, tenho uma carreira acadêmica. Logicamente que estou preparado. Estou preparado para ser Presidente da República. Se o Lula foi, porque não posso ser?”, disse.

Na reunião desta quinta-feira na CBF, Marco Polo Del Nero voltou a discursar para os presidentes de federações, garantindo que nada tem a ver com as acusações feitas contra Marin. O dirigente da FCF, diz que acredita até que se prove em contrário. “Ele sabe se é inocente. Eu não”, disse. “José Maria Marin também é inocente até que se apresente provas”, completou.


Apesar de assédio, Ponte Preta garante a permanência de Renato Cajá
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Luciano Borges

Apesar do interesse e assédio de Cruzeiro, Flamengo e São Paulo, Renato Cajá vai ficar na Ponte Preta. Quem garante é Giovanni Dimarzio, vice-presidente do time de Campinas. ''Cajá não sai da Ponte. Só se for para o exterior com uma proposta muito boa. Ele já estava apalavrado conosco. Ele gosta da Ponte, é ídolo da torcida e vai ficar'', disse ao Blog do Boleiro.

O dirigente confirmou o interesse dos times grandes. Ele conversou com o presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, e ouviu do cruzeirense que o clube mineiro desistiria da tentativa. Carlos Miguel Aidar, do São Paulo, também fez uma consulta. Outras equipes falaram diretamente com o empresário de Cajá, o ex-lateral Claudio Guadagno que, por sua vez avisou à Ponte que havia sido procurado. ''Nós tivemos o cuidado de fazer contratos mais longos, com multa alta, que pudessem dificultar a saída dos atletas'', afirmou Dimarzio.

A estratégia da Ponte Preta para 2015 foi manter a base do time que disputou a Série B no ano passado. Contratou alguns reforços para o Campeonato Paulista e outros para o Brasileiro. Dimarzio afirmou que ainda não pode garantir a permanência de todos os atletas até sábado. ''Faltam dois dias para que vários jogadores que estão sendo sondados disputem a sétima partida. No futebol tudo pode acontecer'', falou referindo-se a atletas como o atacante Diego Oliveira, o volante Fernando Bob, o lateral Rodinei e o zagueiro Pablo.

Apenas Renato Cajá, de 31 anos, está fora desta lista. ''É garantido que ele não vai para outro time'', afirmou o vice-presidente. Aliás, a tevê virtual da Ponte Preta veicula uma chamada para o jogo de domingo contra o Goiás. Nela, Cajá garante que vai jogar. Assim, fará a sétima partida e não poderá mais disputar a Série A por outro time.

 


Rojas sonha em voltar ao São Paulo; ex-goleiro quer reparação do passado
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Luciano Borges

Roberto Rojas vive em São Paulo com a esposa Viviane Bruno Foto: arquivo pessoal

Roberto Rojas vive em São Paulo com a esposa Viviane Bruno Foto: arquivo pessoal

“Eu amo o São Paulo. É minha prioridade número um”. Vinda do ex-goleiro Roberto Rojas, esta frase pode parecer uma simples declaração de amor ao clube onde jogou por três temporadas (1987 a 1989), que o tirou do ostracismo no início dos anos dos anos 90 e que ele dirigiu como treinador em 2003. Mas aos 57 anos, Rojas acha que uma volta ao clube paulista vai reparar uma injustiça cometida contra ele.

Primeiro, a saúde.

O chileno, ídolo em seu país onde é conhecido pelo apelido de El Condor e foi eleito como o melhor goleiro da história do Colo Colo, se recupera de um transplante de fígado. A cirurgia foi feita no final de março deste ano, depois de cinco de espera.

Hoje, ele quase não sai de casa, na zona sul de São Paulo. “Ele não pode encarar aglomerações sob o risco de contrair algum vírus ou bactéria. No momento isso é muito perigoso porque ele está com pouca defesa no organismo”, diz Viviane Bruno, esposa de Rojas.

Roberto ingere 16 comprimidos por dia, alguns deles imuno supressores que tentam fazer com que o fígado transplantado não sofra rejeição do organismo. A coloração da pele já voltou ao normal. Ele está mais magro. Pesava 82 quilos, caiu para 65 e já tem 70 kg.  Segue uma dieta rígida.

O que motiva Rojas a lutar para se recuperar do transplante é uma conversa que teve ainda no Hospital Albert Einstein, logo depois da cirurgia. O ex-árbitro Olten Ayres de Abreu, hoje integrante do Conselho Deliberativo do São Paulo, fez uma visita e levou com ele um cartão e um recado.

O cartão de visitas era do presidente Carlos Miguel Aidar, que pediu para Olten colocar Rojas em contato com ele por telefone. “Eu falei com ele. Ele me desejou pronta melhora e pediu para mantê-lo a par da minha recuperação. Depois que eu estiver bem, e isto deve ocorrer no final do ano, ele me disse que vou exercer alguma atividade dentro do São Paulo”, contou ao Blog do Boleiro.

A função sequer está definida. “Não sei onde nem em que lugar. Vou cuidar da saúde primeiro”, afirmou Roberto.

Foi na gestão de Aidar em 1987 que o São Paulo trouxe Roberto Rojas – então principal atleta da seleção chilena – para ser titular da posição. Ele jogou 40 partidas e manteve uma disputa pela camiseta número um com Gilmar Rinaldi, hoje coordenador de seleções da CBF.

Dois anos depois, Rojas cometeu o maior erro da carreira, ao cortar a própria testa com uma lâmina durante o jogo entre Brasil e Chile, no Maracanã, pelas eliminatórias da Copa do Mundo disputada em 1990 na Itália.

Ele aproveitou que um sinalizador da Marinha, disparado da arquibancada do Maracanã por uma torcedora, caiu perto dele para simular o ferimento. A ideia era suspender a partida e levá-la para campo neutro.

A farsa foi descoberta. Rojas confessou o erro. Foi banido do futebol pela Fifa. Se tornou um pária no Chile, onde antes era ídolo. Só voltou ao trabalho no futebol depois que o técnico Telê Santana, então no São Paulo, conversou com ele em um hotel de Santiago, em 1994. “Ele me convidou para trabalhar no São Paulo e fui ser treinador de goleiros”, lembra Rojas.

Em 2003, depois da demissão de Oswaldo de Oliveira, Rojas e Milton Cruz assumiram o comando do time no Campeonato Brasileiro e, no final deste ano, levaram o São Paulo à vaga da Libertadores de 2004.

Roberto Rojas mostrou o desejo de ser efetivado como técnico. O presidente da época, Marcelo Portugal Gouveia, e o então diretor de futebol Juvenal Juvêncio decidiram contratar Cuca e não devolveram Rojas ao cargo de preparador de goleiros.

A HISTÓRIA DA INJUSTIÇA

A história da injustiça, segundo Roberto Rojas, começa aí.

“Acho até hoje que Cuca pediu minha saída. Não fui consultado para nada. Juvenal me chamou e ordenou que eu cuidasse da base em Barueri”, falou referindo-se a um Centro de Treinamento de propriedade de José Roberto Guimarães, técnico tricampeão olímpico de vôlei.

Na época, ir para Barueri era considerado castigo para qualquer jogador do profissional. Rojas conta que as condições de trabalho eram ruins. “Não havia estrutura para os garotos. Até o gramado do campo de treino era ruim. Segurei por dois anos e aí pedi demissão. Fiquei muito incomodado”, disse.

Na conversa com Carlos Miguel Aidar, Rojas contou esta história. Ouviu então a promessa de ter emprego no clube quando puder trabalhar normalmente.

Desde 2005, Rojas trabalhou na Ponte Preta, Comercial de Ribeirão Preto e no Sport Recife. Teve que abandonar o trabalho por conta dos problemas de saúde.

Se tudo der certo, as desventuras em série do ex-goleiro vão terminar.

Depoimento de Rojas passou no telão na festa dos 100 anos do Colo Colo

Depoimento de Rojas passou no telão na festa dos 100 anos do Colo Colo

DESVENTURAS EM SÉRIE

Há cerca de 20 anos, Rojas foi contaminado com o vírus da hepatite C numa transfusão de sangue. Em 2009, descobriu que o fígado estava condenado.

Ele entrou para a fila de transplante.

Em dezembro de 2014, teve outra surpresa desagradável: durante o sono ele sofreu uma torção do lóbulo medial do pulmão e teve que ser operado no dia de natal. Esta parte foi retirada depois de uma cirurgia invasiva. Até hoje, Rojas sente dores no peito. ''Mais até do que no fígado transplantado, que não dói”, diz Viviane.

Por conta desta intervenção cirúrgica, Rojas ficou internado por 45 dias no hospital. Chegou a perder a vaga na fila do transplante, quando apareceu um doador. Tinha que esperar para poder passar por outro procedimento invasivo.

Esta sequência de problemas impediu Rojas de aceitar o convite de uma emissora de televisão do Chile para ser comentarista na Copa América que começa nesta quinta-feira. “Queria muito estar lá, mas não posso. Tenho restrição dos médicos até para falar. Não posso ter complicação com o fígado”, disse.

Além disso, um troféu e uma placa do Colo Colo esperam por ele em Santiago. Rojas foi eleito o melhor goleiro da história centenária do clube mais popular do país. Na festa dos 100 anos, ele gravou uma mensagem que foi vista por outros ex-ídolos.

Rojas dorme cedo. Descanso é fundamental. Ele está motivado a seguir as determinações médicas ao pé da letra. Quer voltar a trabalhar. “Ele sonha com isso: ter uma atividade dentro do futebol. Se for no São Paulo então, será o máximo”, disse Viviane Bruno.

O Blog do Boleiro tentou falar por telefone com Juvenal Juvêncio e Cuca. Não foi atendido.