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Barrado por problema cardíaco, Fabrício joga por prazer e agencia jogadores
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Luciano Borges

Fabrício dá entrevista antes do jogo Foto: arquivo pessoal

Fabrício dá entrevista antes do jogo Foto: arquivo pessoal

Estádio Vereador José Ferez, Taboão da Serra (SP). O jogo do time da casa, o Taboão, terminou com vitória por 2 a 1 sobre o ECUS (Suzano), na segunda rodada da 2ª divisão do futebol paulista. Os gols dos vencedores foram marcados por dois veteranos: Viola e Fabrício Carvalho. Os atacantes são a grande atração da equipe dirigida pelo ex-volante Rogério, aquele das pedaladas do Robinho que passou por Corinthians e Palmeiras.

Foi a estreia da dupla de frente. Viola, aos 46 anos, faz do futebol um meio de diversão. ''Poderia parar faz tempo, mas gosto disso tudo: treinos, vestiário e jogo'', disse ao Blog do Boleiro.

Fabrício Carvalho é mais novo. Tem 37 anos. E pensa em seguir longe. ''Eu penso em jogar até os 40 anos. Enquanto tiver clube me ligando, estou jogando. Tenho saúde e vitalidade para isso'', disse.

Nada mal para um atleta que ficou dois anos parado, proibido de jogar por ter uma arritmia cardíaca. Em 2005, a vida de Fabrício Carvalho parou. Ele estava no auge da carreira. Em 2004, tinha marcado 25 gols na temporada. Foi um dos principais jogadores da conquista do Campeonato Paulista pelo São Caetano. Foi sondado por Palmeiras e Corinthians. Mas a morte do zagueiro Serginho, vítima de uma parada cardíaca num jogo contra o São Paulo, mudou tudo.

''As pessoas falam que eu estava no lugar errado, no momento errado'', disse o jogador. Nos exames pré-temporada, feitos com muito cuidado, foi detectada a arritmia. Os médicos aconselharam que ele deveria parar. Fabrício, assustado, parou. ''Fiquei com aquela dúvida. Passei um ano e meio fazendo exames. Fui à Coritiba pegar outra opinião do cardiologista Constantino Constantini, que cuidou do Washington (outro atacante que teve problemas cardíacos e voltou a jogar), e depois, o patologista Beny Schmidt me disse quer eu poderia jogar'', contou.

Schimidt chegou a assinar um relatório onde confirmava seu diagnóstico. Nenhum clube aceitou porque o médico não é cardiologista. Em 2007, o Goiás decidiu dar uma chance para Fabrício Carvalho.

O atual presidente do clube, Sérgio Raci, era conselheiro do clube em 2007. Ele é médico cardiologista e planejou um retorno gradual. ''Eu estava sem jogar há dois anos, estava pesando 10 quilos a mais. Voltei treinando com um aparelho que acompanha o batimento cardíaco, tome remédios preventivos e fiz exames a cada três meses. Quando mais treinava, mais eu melhorava'', contou o atacante.

Fabrício Carvalho voltou a jogar pelo Goiás. Ficou lá por duas temporadas. Depois, iniciou uma peregrinação pelo mundo da bola: Portuguesa de Desportos, Bragantino, Ferroviária, Oeste de Itápolis, Guaratinguetá, Araxá, Cabofriense, Itapirense e agora, Taboão da Serra.

Enquanto esteve longe da bola, Fabrício voltou para Andradina, onde mora, e criou uma ONG para cuidar de garotos carentes e dar educação via futebol. A entidade atende jogadores desde os nove aos 17 anos. ''Lá, nossa preocupação é a inserção social. Não estamos atrás de talentos'', garante.

Fabrício abriu também uma empresa, a FC9, que agencia jovens talentos para clubes do Brasil e do exterior. ''Eu comecei indicando atletas para clubes da Polônia, Irlanda, Tailândia e outros mercados. Eles me pediam atletas e eu mandava vídeo. Foi dando certo e hoje temos um trabalho mais estrutura, junto com o empresário Carlos Eduardo'', falou.

Fabrício fechou acordo com o próprio Taboão. Vai gerir a equipe da próxima Taça São Paulo. Ao mesmo tempo, está fechando uma parceria para montar estrutura de formação de atletas de alto rendimento em Itapecirica da Serra, perto de Tabõao da Serra. ''Estamos começando este trabalho. Vamos ver onde ele vai dar'', disse.

Em meio aos negócios, o atacante faz o que mais gosta. ''Jogo futebol. É muito bom. Hoje estou mais confiante. Mas fiquei muito abalado pelo que passei. Por isso, jogar é sempre uma alegria'', disse.

 

 


Técnico do Santos desconfia da ausência de Valdívia: “Não acredito”
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Luciano Borges

Marcelo Fernandes não confia na versão do Palmeiras de que o meia Valdívia está fora do primeiro clássico decisivo do Campeonato Paulista, neste domingo no Allianz Parque. O treinador do Santos soube da notícia de um edema no joelho esquerdo do chileno. Não comprou. ''Não acredito não'', disse ao Blog do Boleiro. Ele desconfia que a comissão técnica do adversários está tentando confundir o trabalho dos santistas. ''Acho que é uma forma de pensar. Eu respeito todas as formas'', afirmou.

Marcelo Fernandes tem motivos para ser cético. Afinal, ele trabalhou com o técnico Oswaldo de Oliveira no ano passado, no próprio Santos. Conhece a forma de pensar do treinador. ''Faz parte do espetáculo, do jogo, trancar o treino, esconder escalação. Eu respeito isso'', falou.

Na noite desta sexta-feira, na rádio Bandeirantes, Marcelo garantiu que vem treinando o Santos com várias possibilidades: ''Estamos preparados para atuar caso o Valdívia jogue ou não jogue. Pode ter certeza que o Santos trabalhou pensando nas alternativas que o Oswaldo tem. Com certeza, treinamos uma com o Valdívia em campo''.

Marcelo e seu companheiro Serginho receberam vídeos do pessoal da comissão técnica que estuda os adversários. Eles já separaram formas de atuar do Palmeiras, incluindo a a presença de Cleiton Xavier em campo, com Valdívia fora. ''São dois jogadores de muita qualidade'', avaliou o técnico santista.

Por seu lado, Marcelo não garante se terá Robinho em campo. ''Ele tem um edema na perna e está fazendo tratamento intensivo. Aliás, ele não é o único. Passamos esta semana recuperando os jogadores porque a partida contra o São Paulo foi muito dura'', disse.

A lesão no joelho esquerdo de Valdívia existe. Foi constatada em exames de imagem. Ele não treinou nos últimos dias porque estava em tratamento. Mas é preciso esperar para ver se ele vai trabalhar com bola neste sábado.

 

 

 


SPFC: Vice assume erro por ingresso caro e espera 60 mil contra o Cruzeiro
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Luciano Borges

O vice presidente de marketing do São Paulo, Douglas Schwartzmann, admitiu que errou na política de preços de ingressos adotada na fase de grupos da Copa Libertadores da América. O dirigente assumiu a responsabilidade de outro diretor, que já não está mais no cargo e tinha definido os ingressos em R$ 120 cada, em pacotes para os três jogos no estádio do Morumbi. ''O esforço do torcedor comum teria que ser muito grande'', disse ao Blog do Boleiro.

Para atrair mais torcedores, a diretoria do São Paulo decidiu baixar os preços dos ingressos para o confronto contra o Cruzeiro, dia 6 de maio. Cada entrada custará R$ 60. Não haverá a promoção do acompanhante (um ingresso para duas pessoas). Segundo Schwartzmann, a expectativa da diretoria é de atrair 60 mil pagantes. Ele não garantiu ações como show de música antes da partida. E acha que o desempenho do time contra o Corinthians, na última quarta-feira, vai atrair mais fanáticos.

Blog do Boleiro – Por que vocês baixaram o preço dos ingressos?
Douglas Schwartzmann – A gente entendeu que a torcida quer pagar 60 reais. Com a promoção do acompanhante do último jogo, que estendemos para todos os teores, tivemos um preço médio do ingresso de R$ 70. A gente entendeu que a torcida quer pagar menos. Esperamos agora que a torcida mostre o apoio que o time do São Paula precisa.

Foi um erro cobrar R$ 120,00 reais na fase de grupo?
Foi um erro. Eu assumo. Nem estava no Brasil quando o diretor da época (Ruy Maurício Barbosa) tomou esta decisão. Eu estava fora, mas deleguei poderes. Quando voltei, como já haviam sido vendidos pacotes com os jogos todos, tive que respeitar. Agora sabemos que para o torcedor comum, o esforço para pagar R$ 120 era muito grande.

Quanto vocês pretendem arrecadar no jogo contra o Cruzeiro?
Espero que tenha 60 mil torcedores. Aliás, prefiro que tenhamos 60 mil torcedores pagando 60 reais do que 30 mil pagando 120. O preço de R$ 60 é esse, está fixado. Se a torcida corresponder, vamos manter até a final da Copa Libertadores da América.

O time se sente melhor com estádio cheio?
Jogador gosta de casa cheia. E nós da diretoria também. Eu gosto de ir para o estádio lotado, com clima de festa. Festa vazia ninguém quer. A gente vai corrigindo os erros. A gente quer acertar ao máximo e quer que a torcida esteja feliz. Às vezes a gente erra. No último jogo, contra o Corinthians, tivemos 39 mil pessoas. Foi uma demonstração de que o preço teria que cair pela metade. Além disso tivemos um evento bacana, com a turma do rock tocando uma nova versão do hino do São Paulo. Ela está sendo um sucesso nas redes sociais. Tudo isso ajudou.

Vocês planejam outras ações deste tipo?
Estas ações são feitas com custo alto. Desta vez, o São Paulo não gastou nada. Os músicos tocaram de graça. O palco foi bancado por um parceiro, um torcedor são paulino que quis ajudar. Além disso tem um trâmite para se fazer um evento antes e no intervalo do jogo. O Carlos Miguel Aidar precisou pedir licença para a Conmebol, que normalmente não autoriza estas ações. Para o próximo jogo, vamos ter as mesmas dificuldades. Em 10 dias, não se faz um evento assim. Se tiver uma oportunidade legal que dê para fazer, vamos fazer. Não temos nada previsto. Mas não vou enganar ninguém.

O erro do preço dos ingressos na fase de grupos fez com que o São Paulo deixasse de faturar quanto?
Faturamos metade do que teríamos faturado com o ingresso no preço que o torcedor quer. Mas não foi só o preço da entrada que fez com que tivéssemos poucos torcedores no Morumbi. A mudança da empresa que cuidou da bilheteria causou alguns transtornos na primeira partida. E o momento da equipe do São Paulo, que perdeu alguns jogos, veio somar a esta série de coisas. Mas depois do jogo contra o Corinthians, com a apresentação brilhante do time, acho que a gente terá 60 mil torcedores. A gente corrige e ganha. No São Paulo, a gente está sempre aprendendo.diretoria reduziu o preço dos ingressos para a próxima fase.

 


Sabella: “Procurem outro técnico”. Aidar e vice discordam sobre Luxemburgo
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Luciano Borges

Foi uma manhã de contra-informação do vice-presidente de futebol do São Paulo,  Ataíde Gil Guerreiro.

Em conversa com o Blog do Boleiro, no início da tarde desta quinta-feira, o dirigente contou que, na tarde da quarta-feira, ele conversou com o técnico Alejandro Sabella por telefone. Queria saber se o treinador estava ainda disposto a discutir sobre a possível vinda para o São Paulo. ''Falei com ele, que é um gentleman. Ele disse: 'Procurem outro técnico. Minha preferência é a Europa'', afirmou Ataíde.

O vice de futebol comunicou o presidente Carlos Miguel Aidar. Os dois decidiram desistir de contratar Sabella. ''Terminamos a negociação. O presidente disse que anunciaria nesta quinta numa entrevista coletiva'', falou. A informação vazou e foi dada pelo repórter Guilherme Palenzuela, do UOL Esporte, em primeira mão.

O curioso é que, cerca de três horas antes, Ataíde entrou no ar no canal Bandsports, dizendo que ainda estava interessado na contratação do técnico argentino. ''A produção do programa me ligou e pensei que era o telefone de minha filha. Atendi e quando fui ao ar, não poderia dar a notícia antes da coletiva do Carlos Miguel'', justificou.

A situação ficou assim: o dirigente defendeu Sabella, sabendo que o técnico já tinha pedido para o São Paulo procurar outro nome.

Algumas coisas não mudaram.

Para Ataíde, Alejandro Sabella estava sendo injustiçado e Luxemburgo não está nos planos do São Paulo. O vice-presidente  disse nesta quinta-feira que o técnico argentino não estava ''esnobando'' os são paulinos.

''Eu fui à Argentina para conversar com ele, que é um sujeito excepcional. Ele me disse: 'Eu tenho um projeto de vida e estou conversando com um grande clube inglês'. Então, ele me pediu para conversar com o São Paulo somente a partir do dia 24. Ele mesmo alegou que seria ruim para ele e para o São Paulo.  Eu é que insisti para que ele adiantasse alguma coisa'', disse ao Blog do Boleiro.

O que Ataíde não contava foi com o vazamento desta conversa. ''Era para ser total confidencialidade. Não sei como vazou. Agora ficou parecendo que o Sabella está esnobando o São Paulo. Mas não está'', afirmou.

O dirigente disse ainda que o treinador vice-campeão mundial com a seleção argentina ficou chateado com o barulho causado pela notícia do interesse do São Paulo. ''Ele está chateado com a exposição. Aconteceu o que ele não queria. Por isso, o Sabella não está falando com  ninguém. Só comigo''.

O dirigente garante que Sabella não estava irritado com o clube brasileiro. ''Isso não.  Ele está chateado com o jeito como as coisas vazaram'', afirmou.

De manhã, no programa Primeiro Tempo, do canal Bandsports, Ataíde Gil Guerreiro garantiu que não está conversando com Vanderlei Luxemburgo, treinador do Flamengo. Disse mais: ''Ele não está nos nossos planos. É um técnico ganhador, com currículo invejável. Mas não conversamos com ele'', afirmou.

Esta posição do dirigente continua. ''Eu não aceito o Luxemburgo'', repetiu ao Blog do Boleiro às 12h40. 

Mas, com as idas e vindas entre Aidar e Guerreiro, nada impede que o treinador do Flamengo seja procurado e contratado pelo presidente do São Paulo. ''O Carlos tem poder de decisão. E nossa relação não vai estremecer por causa disso'', falou.


Valdívia, “poko lindo”, diz que joga muito: “Eu tenho muita qualidade”
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Luciano Borges

Valdívia comemora gol diante do The Strongest foto: AFP Photo - Vinicius Costa

Valdívia comemora gol diante do The Strongest foto: AFP Photo – Vinicius Costa

Valdívia, 20 anos, é ''poko lindo''. Assim mesmo, com a letra ''k'' tomando conta de tudo o que ele escreve nas mídias sociais. O jovem atacante do Internacional de Porto Alegre ainda luta para ser titular do time dirigido pelo técnico Diego Aguirre. Vem fazendo a parte dele em campo. Contra o The Strongest, na noite desta quarta-feira, ele entrou aos 22 minutos do primeiro tempo no lugar de Jorge Henrique. Marcou o gol da vitória dos colorados (1 a )). O resultado classificou o time gaúcho para a fase de mata-mata da Copa Libertadores da América. Valdívia foi eleito o melhor em campo.

Valdívia é ''poko humilde''. Ele faz o tipo confiante. ''Tenho muita qualidade'', disse em entrevista ao Blog do Boleiro. Em 2012, na Taça São Paulo de Juniores, ele marcou oito gols jogando só na primeira fase. O Internacional foi atrás dele no Rondonópolis, encontrou um investidor gaúcho. ''Hoje ele vale muito mais'', disse o conselheiro Roberto Melo, diretor de futebol da época.

Jair Peixoto, o investidor, anda satisfeito. ''Ele tem muito mais para mostrar. Ele vai dar muitas alegrias para a torcida do Internacional. É um jovem sério e muito caseiro'', disse o empresário gaúcho. Ele contou que o meia só precisa de um video game na frente. ''Pode esquecer dele. Ele fica lá jogando''.

Valdívia é Wanderson, mas nem a mãe dele o chama assim. Ganhou o apelido por causa do Valdívia do Palmeiras. E diz que, na época, o original ''estava jogando bem''. O meia mato-grossense de Jaciara tem aproveitado a presença em instrumentos como o Instagram e o Facebook para espalhar um ''cult following'' (movimento de seguidores fiéis) na rede. Em campo, ele foi importante na semifinal do Campeonato Gaúcho. Contra o Brasil, fez um gol e deu uma assistência levando o time à final diante do Grêmio.

Agora ganha o status do Valdívia ''que funciona''.

Assim, tipo ''poko moral''.

Blog do Boleiro – Este tipo ''poko lindo'' das mídias sociais é seu verdadeiro eu?

Valdívia – É claro. Poko charme, poko lindo, poko gato. Eu sou assim para minhas fãs, as pomo piquetes.

Poko piketes?
É. As fãs do Valdívia. Eu sou pomo pika, mando bem. Não tem as Neymarzetes? As Damienetes (do Leandro Damião)? Então, graças a Deus, tenho muitas fãs nas mídias sociais e está crescendo.

E você se acha bonito?
Eu acho. Eu sou ''poko'' lindo.

Essa coisa do ''poko'', de onde vem?
Vem do futebol, mas eu inventei.

Você tem namorada?
Tenho. Ela se chama Sasha e é de Porto Alegre.

Sasha como o Sasha que fez a assistência para seu gol contra o The Strongest?
É. Engraçado né. Eles tem o mesmo nome. Eu conheci a Sasha pelas redes sociais. A gente trocou mensagens, eu marquei um encontro. Fiquei. E fomos ficando.

A bola ajudou?
Não. Foi o charme mesmo.

Você é bom de conversa?
Sou mais ou menos. Dá para mandar uns áudios. Mas não sou Don Juan.

valdivia piada

E esse aparelho nos dentes foi colocado para corrigir qual problema?
Há três anos que tenho este aparelho. Estou para tirar, mas não tenho tido muito tempo para ir à dentista. É para corrigir embaixo, uns dentes meio tortos. Todos colocam aparelho. Eu quis colocar também. Eu ainda vou usar um vermelho e um preto. Este de agora é roxo, mas ficou cinza porque faz um mês que não vou à dentista. Ele está brava comigo.

Como nasceu o apelido Valdívia?
Foi no Rondonópolis. Foi por causa do meu cabelo, que é parecido com o do Valdívia, do Palmeiras. Naquela época, em 2012, ele estava bem, jogando todos os jogos. Era para ser Puyol (referência ao ex-zagueiro do Barcelona), mas ficou mesmo o Valdívia.

Se alguém chamar você de Wanderson (lê-se ''uanderson''), você responde?
Difícil. Nem minha mãe me chama pelo nome mais. É só Valdívia.

Pela segunda partida consecutiva, você ajuda o Internacional a vencer com um gol contra o Brasil e agora diante do The Strongest. Merece ser titular?
Acho que mereço. Venho fazendo um grande trabalho. Tenho tido oportunidade de jogar e estou aproveitando cada oportunidade. Está dando certo. Estou mostrando meu futebol.

Onde você quer chegar no futebol? Dá para realizar grandes coisas?
Dá. Eu tenho muita qualidade e hoje faço uma coisa que não fazia antes: estou voltando para ajudar na marcação, participando mais do jogo. E tenho feito gols porque estou podendo entrar mais na área adversária.

Para o Grenal decisivo, você está pronto?
Estou preparadíssimo.,

valdivia selfie

 

 


Milton Cruz vai conversar com Centurión sobre declarações na Argentina
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Luciano Borges

Milton Cruz vai conversar com Centurión.  O técnico interino do São Paulo vai perguntar ao atacante argentino o que ele disse exatamente numa entrevista à Fox Sports da Argentina. “Antes de julgar, preciso falar com ele hoje para saber exatamente o que ele falou”, disse ao Blog do Boleiro.

Ao falar com a emissora argentina, Centurión admitiu ainda ter dificuldade para se adaptar e entender a forma de jogar dos colegas de time. “Faço a parede e não me entendem”, afirmou. Além disso, ele confirmou o que o técnico Muricy Ramalho já tinha dito:  ele enfrenta dificuldade para se adaptar. “Viver aqui é complicado. Vivo em uma bolha, vou de casa para o treino todo dia”, falou o argentino.

Cruz estranhou essas declarações. Desde a saída de Muricy, ele tem se aproximado de Centurión. “Tenho conversado bastante com ele. Joguei no Uruguai e no México, falo espanhol. Ele está mais solto”, afirmou.

Por isso, o treinador estranhou as queixas. “Todo mundo gosta muito dele lá no clube. Nunca ouvi uma reclamação dele”, afirmou Cruz que pretende colocar Centurión no time titular que enfrenta o Corinthians nesta quarta-feira, no estádio do Morumbi.

O São Paulo precisa vencer o Corinthians para não depender de tropeço do San Lorenzo diante do Danubio do Uruguai.

Além de Centurión, Milton Cruz quer colocar Luis Fabiano no time titular. “Ele está pegando ritmo de jogo. Nós o levamos para o jogo contra o Danubio, no Uruguai, ele jogou um pouco. Jogou mais contra o Santos. Se ele estiver bem, e vamos ver no treino desta terça-feira à tarde se ele pode começar contra o Corinthians”, falou.  

Os dois homens de frente podem ser a novidade de um time que foi eliminado do Campeonato Paulista pelo Santos e, segundo o técnico, “precisa recuperar o moral e levantar a cabeça”.

O argumento que Milton vai usar para animar os jogadores é este: “O grande objetivo deste semestre para os torcedores, para os dirigentes e para os jogadores é a Libertadores. A derrota para o Santos não muda isso”, afirmou.


Presidente do Santos garante R. Oliveira e fala em trazer mais 5 reforços
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Luciano Borges

*atualizada às 17h30 de 20 de abril de 2015

Ricardo Oliveira permanece no  Santos para a disputa do Campeonato Brasileiro. O clube quer contratar mais cinco reforços. A meta é colocar a equipe na Copa Libertadores da América de 2016.

Estas são algumas das revelações do presidente do Santos, Modesto Roma Junior, em entrevista ao Blog do Boleiro, quando se dirigia para São Paulo. O dirigente subiu a Serra do Mar pensando em levar o jogo final do Campeonato Paulista para a Vila Belmiro. “É o mais provável”, disse antes da reunião na Federação Paulista de Futebol. No encontro ficou definido que a porimeira partida será disputada no Allianz Parque e a segunda no campo santista.

No caminho, ele contou o que pretende fazer para reforçar o Santos. E garantiu: Ricardo Oliveira vai reformar contrato e ganhar um reserva à altura.

Blog do Boleiro – Para um time que estava quebrado no início da temporada, até que o Santos está indo longe.
Modesto Roma Junior –
É, mas nós sabíamos que este time chegaria às finais. Eu falei algumas vezes, até em entrevistas, que muitos estavam dizendo que o Santos iria disputar o Paulistão para não cair. Eu disse que iríamos chegar à decisão. Não era historinha. Era real.

Por que esta confiança?
Primeiro porque a gente já apostava nessa mescla de jogadores vindos da base com atletas de experiência, mas identificados com o clube. Acertamos nas contratações pontuais. E tem uma coisa que ajudou muito: a unidade do grupo. Ela tem se mostrado importante para dar confiança em campo. Trouxemos sete jogadores: Vanderlei, Werley, Chiquinho, Elano, Valença, Marquinhos Gabriel e Ricardo Oliveira. Acertamos em todas.

Falando em Ricardo Oliveira, quando vocês vão conversar?
Já conversamos. O Ricardo Oliveira fica para o Campeonato Brasileiro. Eu não tenho dúvida nenhuma. Você viu a entrevista dele ontem, depois do jogo? Então, ele só quer esperar o final do Paulistão para fechar. Não adianta forçar a barra.

Vocês contrataram Rafael Longuine, do Audax. Como está a formação do grupo para o Campeonato Brasileiro?
Precisamos nos reforçar. Para começar, precisamos de um centroavante para ajudar o Ricardo Oliveira. Ele não é jogador que possa atuar em cem por cento das partidas do Brasileiro. Ele não aguenta. Então precisamos de alguém com o nível dele.

Quais as posições que vocês pretendem reforçar?
Quero um meia e um volante. Um zagueiro será bem-vindo e um goleiro também. Não precisamos de titulares. Precisamos de jogadores em condições de disputar posição no time. Acho que com estas cinco contratações estaremos prontos para disputar o Campeonato Brasileiro.

E o time vai lutar para não cair?
(risos) É, vai falando isso. É até melhor que achem isso outra vez. Mas a gente tem que lutar para, no mínimo, garantir vaga na Libertadores da América de 2016. Com um pouco de sorte, vamos também brigar pelo título.

E a fórmula com dois treinadores (Marcelo Fernandes e Serginho Chulapa) vai continuar?
Vai. Está dando certo. Eles estão muito bem.

O fato dos jogadores mais experientes ajudarem a dupla de técnicos ajuda?
Ajuda. Vou contar. Contra o São Paulo, o Serginho foi expulso por um bandeirinha que deveria bandeirar avião no aeroporto. Sabe aquele cara que fica com as bandeiras dizendo onde o avião tem que parar? Então. Um destes. Aí o Serginho saiu de campo e foi para meu camarote, perto do banco de reservas. Mas antes, ele falou para o Elano ajudar o Marcelo. O Elano virou auxiliar técnico. Precisa ver como ele colaborou.

Qual seu palpite para Santos e Palmeiras?
Não vai ser fácil ganhar. Nunca é. Mesmo contra o São Paulo, o jogo foi bonito, agradável, divertido, mas não foi fácil. Ainda mais com o adversário jogando com dois bandeirinhas bem abertos pelas laterais e o juiz pelo meio. Temos de lutar contra tudo e todos. É como diziam na terra do meu pai: “Da dire al Fare, va mezzo male”. Entre falar e fazer, nem tudo sai como deve.


“Não adianta nada se não for campeão”, diz dirigente do Palmeiras
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Luciano Borges

O executivo de futebol do Palmeiras, Alexandre Matos, achou ''muito bom'' ver o time eliminar o Corinthians, neste domingo no Itaquerão. Mas o dirigente adverte: ''Vamos colocar nosso foco na final. Não adianta nada ter vencido o Corinthians se não for campeão'', disse ao Blog do Boleiro. O Palmeiras brigará pelo título contra o Santos. 

A conquista da vaga na final do Campeonato Paulista chegou antes mesmo do previsto. O time do Palmeiras vem sendo montado há pouco mais de três meses. Oficialmente, Matos jura que a decisão estava nos planos. ''A gente sempre acha que pode e vai buscando as coisas'', afirmou.

O Palmeiras terá uma semana para se preparar para o primeiro jogo diante do Santos. A preocupação é recuperar o lateral Zé Roberto. Ele está tratando de uma lesão no músculo posterior da coxa. Neste domingo, Zé acompanhou o time da concentração ao estádio do Corinthians. Viu o jogo num telão no vestiário. ''Fiquei lá fazendo tratamento e torcendo'', disse o jogador que, na estreia do estadual, fez um discurso inflamado para animar o time e o vídeo desta ''preleção'' correu as redes sociais.

Desta vez, quem falou aos jogadores na roda de oração antes do clássico diante do Corinthians foi o presidente Paulo Nobre. Ele repetiu o discurso que, para o dirigente é quase um mantra: o Palmeiras é grande e tem história. ''Ele lembrou as conquistas do clube e como este grupo precisa resgatar este passado glorioso'', contou um integrante da comissão técnica.


Juiz do Derby: “Vou tremer um pouco até o primeiro apito. Depois, jogo”
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Luciano Borges

O árbitro Thiago Duarte Peixoto, de Corinthians x Palmeiras (Crédito: Rubens Cavallari/Folhapress)

Thiago Duarte Peixoto será o árbitro do clássico entre Corinthians e Palmeiras, no domingo na nova arena corintiana. Ele foi sorteado na Federação paulista de Futebol, nesta quinta-feira. Mal viu o nome dele no site da FPF e já virou notícia por dois outros fatos: ele só apitou um clássico do Campeonato Paulista e apareceu na internet uma foto dele com o pai oferecendo uma camisa do Corinthians para a Santa Casa de Barretos.

O retrato foi tirado em 2011, depois que a mãe do árbitro, dona Neide, tinha morrido de câncer.  A camisa foi para um leilão do hospital. “Ele fez uma boa ação. A Santa Casa conseguiu um bom valor com aquela camisa autografada. Fico me sentindo mal ao ver que estão usando isso para duvidar do caráter dele. O Thiago é exemplar”, disse Ivo Duarte, responsável pela captação de recursos do hospital barretense.

O barulho da foto não fez com que o coronel Marcos Marinho mudasse de ideia. “Não há a menor possibilidade do Thiago não apitar o jogo”, disse o diretor da comissão de arbitragem ao Blog do Boleiro.

Melhor para Thiago, um personal trainer pós-graduado que decidiu se tornar árbitro de futebol em 1999, quando ainda cursava o segundo ano da faculdade de educação física. “Precisava de uma grana para pagar a faculdade”, disse o juiz. Aos 36 anos, filho do ex-jogador Carlos, zagueiro da Ferroviária, Thiago é uma das novidades do apito paulista.

Este é o quinto ano de Thiago Duarte Peixoto como árbitro da primeira divisão do futebol paulista. É elogiado por Marinho (“Foi a revelação deste ano”). No ano passado, já no quadro da CBF, ele apitou oito jogos da Série A do Campeonato Brasileiro.

Em conversa por telefone, ele lamentou a história da foto (“Não posso ser crucificado por uma coisa que não fiz”), garantiu que não torce para nenhum dos times envolvidos e promete um trabalho disciplinador, mas que deixa o jogo rolar.

Blog do Boleiro – Em qual circunstância foi feita a foto?
Thiago Duarte Peixoto –
  Rapaz, a gente quer fazer coisas nobres e não vê a maldade das pessoas. Minha mãe faleceu de câncer em fevereiro de 2011. Ela foi muito bem tratada pela Santa Casa de Barretos, onde mora minha família. Um dia eu conversei com o Ivo Duarte, que capta recursos para o hospital, e perguntei como poderia retribuir. Ele falou em um leilão que eles fazem. Aí o goleiro Rafael (ex-Portuguesa),  que é de Barretos e nosso amigo, nos conseguiu uma camisa do Corinthians autografada por jogadores. A gente doou. Foi muito legal na época. Eu nem fui atrás da camisa. Tenho várias que ganho, às vezes até no vestiário antes do jogos. Tenho do Palmeiras, Botafogo de Riberão e outros times.

Quando você soube que iria para o sorteio das semifinais?
Foi na segunda-feira, através do site da FPF.

Como você se sentiu?
Eu me senti muito, muito, muito feliz. É muita felicidade saber que o trabalho está sendo reconhecido. Eu fiz uma fase de classificação boa. Profissionalmente, é uma conquista a ser lembrada. E olha que era só por entrar no sorteio.

Pois é, e quando você soube que vai apitar Corinthians x Palmeiras?
De novo eu vi no site. Dei saltos, quase bati a cabeça no teto. Foi uma euforia, uma felicidade, uma emoção. Só não chorei porque árbitro não pode ser emotivo. Quis abraçar meu pai, minha mulher, minha irmão, todo mundo.

Foto tirada em 2011 quando o pai de Thiago, o ex-jogador Carlos, entregou a camisa para leilão da Santa Casa de Barretos

Foto tirada em 2011 quando o pai de Thiago, o ex-jogador Carlos, entregou a camisa para leilão da Santa Casa de Barretos

E depois?
Depois a ficha caiu. Tentei ficar comigo mesmo para refletir o que significa o jogo de domingo, o que esta missão significa para minha carreira. É um sonho realizado, mas é também uma grande responsabilidade. Se me deram esta tarefa é porque mostrei talento e o dom para ser árbitro. Quero apitar bem e que o jogo tenha um resultado justo.

Como você está se preparando?
Venho me alimentando bem, dormindo bem, ficando focado e, ao mesmo tempo, pensando que este é mais um jogo, um jogo importante. Mentalizo tudo o que me foi orientado na pré-temporada e na preparação. Amanhã (sábado) me concentro às 15h00 e vamos ter preleções, vídeos, como se fossemos jogadores.

Como é seu jeito de apitar?
Gosto de jogo bem jogado, jogo leal. As pessoas falam (e eu leio e escuto tudo) que sou árbitro que deixa jogar dentro do que se pode. Mas tenho autoridade para que a partida não descambe para a violência. Isso não é benéfico para ninguém. Gosto de disciplina.

O fato de você ter apitado apenas um clássico no Paulistão (Santos x Palmeiras) mostra algum tipo de risco?
Isso não é problema. No ano passado, apitei oito jogos na Série A do Campeonato Brasileiro. Não ouvi uma reclamação. Fui escalado até a 38ª rodada, o que mostra que fui bem. Só fiz um clássico estadual nesta temporada. Mas no ano passado apitei Flamengo e Internacional, no Maracanã, e Grêmio e Vitória, na Arena. Estes jogos me deram bagagem. Trabalhei em novos estádios, novas torcidas. E fui bem.

Você vai tremer?
Acho que até soar o apito, vou tremer um pouco. Mas depois do apito, jogo.

Seus parentes vão à Arena Corinthians para ver você trabalhar?
Não. Ir ao estádio não é prudente. Podem reconhecer alguém, meu pai, e pode ser perigoso. Eu tenho que me preocupar só com o jogo.

Você tem alguma superstição?
Tenho. Uma vez fui agredido num jogo de várzea em Barretos. Minha mãe queria que eu parasse de apitar. Mas não parei. Ela então me ensinou uma proteção que faço até hoje. Eu visualizo o anjo Gabriel e rezo assim: “Anjinho Gabriel me proteja. Me proteja na minha frente, proteja nas minhas costas, proteja no lado direito, proteja no lado esquerdo e por todos os lados”.

E funciona?
Nunca mais apanhei (risos). Pensei até em fazer uma tatuagem do anjo, mas acho que é uma violência com o corpo e não fiz.


Chutão e falta tática. Campeão mundial aponta erros de Dante e David Luiz
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Luciano Borges

O técnico Roque Junior, zagueiro titular da seleção brasileira campeã do mundo em 2002, viu pela televisão os jogos da Liga dos Campeões da Europa desta quarta-feira. Acompanhou todo o confronto de Porto 3 x 1 Bayern de Munique, além de checar os melhores momentos de PSG 1 x 3 Barcelona. Conclusão: os defensores brasileiros Dante e David Luiz cometeram erros básicos que prejudicaram suas equipes. “O segundo lance do David Luiz e do Suarez foi o pior”, afirmou ao Blog do Boleiro.

Roque, 38 anos, acha que no lance do terceiro gol do Barcelona, David Luiz tinha só um jeito de evitar o gol do atacante uruguaio. “Ali era para estourar a bola ou acertar o Luis Suarez. Não tinha outra alternativa. Mas o David chegou na bola querendo tirar com uma postura mais leve. Deu no que deu”, disse referindo-se à segunda bola entra as pernas que o zagueiro do PSG e da seleção brasileira levou. ''É o que chamamos de falta tática'', completou.

Na opinião do técnico que estreou na nova carreira dirigindo o XV de Piracicaba esse ano no Paulista, David Luiz levou a primeira “caneta” de Suarez por talento do adversário e um pequeno erro do brasileiro. “Acho que ele diminuiu muito rápido o espaço dele e do Suarez. Talvez tivesse sido o caso de esperar um pouco, fazer uma contenção. Mas ele foi para tirar o espaço e o Luis mostrou que é craque com aquela bola entre as pernas”, avaliou.

Roque Junior assistiu também ao confronto entre Porto e Bayern de Munique. Viu Dante perder a bola para Quaresma na intermediária e o português fez o segundo gol da vitória por 3 a 1. Ali faltou humildade. “Você vê que o Dante não dominou a bola direito e ele deveria ter dado um chutão com o pé esquerdo para aliviar a situação. Ele preferiu tentar o passe e perdeu a bola. Ali era para tirar a bola de qualquer jeito”, falou.

O dia seguinte de David Luiz e Dante, zagueiros titulares do Brasil na goleada por 7 a 1 sofrida diante da Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo do ano passado, não foi dos mais agradáveis. Além de gozações nas redes sociais, os dois brasileiros foram criticado por jornais alemães e franceses.

“Todo zagueiro, todo jogador tem que saber que o futebol é assim: não pode crescer quando recebe elogios nem pode afundar quando as críticas chegam. Eles têm que aceitar e tirar lições destas partidas”, afirmou Roque Junior que guarda elogios: “Eles são bons. Estão jogando em grandes clubes da Europa e disputando grandes torneios. Eles têm condições”, disse roque Junior que atuou em equipes da Europa como o Milan.