Paris Saint Germain faz proposta para atacante Cristiane jogar na França
Luciano Borges
Os zagueiros Thiago Silva, Marquinhos e David Luiz, o lateral Maxwell e o atacante Lucas podem ganhar a companhia de uma colega de profissão no Paris Saint Germain. A atacante Cristiane, de 30 anos, está negociando com o clube francês para fazer parte do time que foi vice-campeão da Liga Dos Campeões da Europa da temporada 2014/2015. ''Só me sondaram. Ainda não acertei nada. Meu agente está conversando com eles'', disse a atleta da seleção brasileira permanente que conquistou recentemente a medalha de ouro nos jogos Pan-Americanos. Ainda há uma diferença entre o que o Paris oferece de salários e o que Cris quer receber para deixar o Brasil.
A jogadora canhota está de folga em São Paulo. No dia 11, ela e as jogadoras chamadas pelo técnico Vadão vão retornar aos treinos com a seleção. A programação da CBF inclui um amistoso contra a França, em terras francesas, no dia 19 de setembro. Até lá, como espera até a comissão técnica, Cristiane já estará jogando pelo PSG. O time parisiense estreia no campeonato nacional no final deste mês (30/08) contra o Rodez.
O técnico Farid Benstiti indicou Cristiane para jogar no ataque que já conta com a norte-americana Lindsay Horan. Nesta semana, o PSG anunciou a extensão do contrato da zagueira Laure Boulleu, de 28 anos, que acertou compromisso até 2017. Ela é também titular da seleção francesa, que foi eliminada pela Alemanha nas quartas de final do último Mundial disputado no Canadá.
Cristiane sabe destas informações. Tem conhecimento também da estrutura do clube que mantém um centro de treinamento em Bougival. ''Eu acredito que as condições são boas sim'', disse a jogadora. Ela tem experiência internacional. Já atuou nos Estados Unidos, Suécia, Rússia e Coreia do Sul.
Se decidir ficar pelo Brasil, Cristiane fará parte da seleção permanente. As jogadoras serão sorteadas entre os times que vão disputar o Campeonato Brasileiro no segundo semestre, além de amistosos contra os EUA (fora) e Nova Zelândia (em casa), antes do torneio internacional de seleções em dezembro, provavelmente em Natal (RN). A partir de janeiro do ano que vem, as meninas escolhidas pelo técnico Vadão voltam a se reunir e treinar para a disputa dos Jogos Olímpicos do Rio.
O treinador gosta da perspectiva de ter jogadoras atuando em equipes fortes da Europa e EUA. ''Eu não me preocupo, porque as jogadoras estão indo para países onde se tem campeonatos de alto nível. Então acho uma experiência muito positiva, já que elas vão continuar jogando em alto nível o que as deixa em uma condição ainda melhor para servir a seleção'', afirmou ao Blog do Boleiro. Vadão acha que o bom desempenho do Brasil no Pan Americano e mesmo as atuações no Mundial (o time foi eliminado pela Austrália nas oitavas de final) despertaram o interesse de clubes de fora. ''Depois dos campeonatos que disputamos, houve uma valorização muito grande das atletas e, a saída é uma consequência natural'', falou.
Hoje, a melhor jogadora do Brasil – Marta – está atuando pelo FC Rosengard da Suécia.