Valdívia: Palmeiras nega débito e investidor promete “não deixar barato”
Luciano Borges
Valdívia já viajou para os Emirados Árabes para se apresentar ao Al Wahda, fazer exames médicos e assinar contrato. Se nada der errado. Enquanto isso, no Brasil, ele continua pivô de uma disputa que deve mesmo parar na Justiça. Nesta terça-feira à noite, o empresário Osório Henrique Furlan Jr. soube pelo presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, que o clube não se considera obrigado a pagar qualquer tipo de ressarcimento pelo fato de não ter renovado o contrato do jogador chileno e, em consequência disso, perder os direitos econômicos.
''O departamento jurídico do clube fez um parecer que o clube não tem obrigação de pagar nada'', disse Furlan que investiu R$ 5, 5 milhões em 2010, ajudando o Palmeiras a repatriar Valdívia, que estava no Al Ahin. O investidor considera que merece uma indenização por um motivo: mesmo tendo 36% dos direitos econômicos do atleta chileno, ele nunca foi chamado para participar de conversas para renovação de contrato. Neste ano, ele até tentou intervir quando percebeu que Valdívia ia mesmo deixar o contrato vencer para ir embora. ''Eu poderia ajudar pagando uma parte do salário. Ele poderia jogar mais tempo e atrair clubes interessados em compra-lo'', disse Osório. Só assim ele poderia receber alguma quantia de volta.
Como não aconteceu, o empresário quer uma compensação. O Palmeiras não está disposto a pagar. Aliás, o clube ainda deve ao banco que emprestou os 64% por cento do dinheiro investido na contratação de Valdívia. Além disso, o contrato não deixa explícito que Furlan deveria se comunicado ou consultado nas conversas de renovação com Valdívia.
Nesta segunda-feira, o Comitê de Orientação e Fiscalização vai se reunir e deve discutir este assunto. Osório, conselheiro vitalício, vai esperar para ver se a decisão do jurídico será validadada. Se for, quer um documento oficial do Palmeiras comunicando o fato. E aí vai acionar judicialmente o clube. ''Não vou deixar barato'', disse ao Blog do Boleiro.