Chamados de “gigolôs”, agentes de atletas querem processar Modesto Roma Jr.
Luciano Borges
''Os gigolôs estão brigando pelas propriedades''. Foi este o comentário que o presidente do Santos, Modesto Roma Junior, sobre a ''guerra de empresários'' que se estabeleceu entre representantes de atletas jovens do time da Vila Belmiro. Na última quarta-feira, o dirigente protestou no depoimento que prestou na audiência da CPI da CBF no Congresso Nacional, contra a influência e a disputa por atletas jovens. ''É ruim para o futebol. É preciso ter uma legislação para limitar a ação destes gigolôs, que ficam rondando a Vila Belmiro'', falou ao Blog do Boleiro nesta sexta-feira.
Esta atitude de Modesto pode parara na Justiça. A Associação Brasileira Agentes de Futebol ameaça processar o presidente santista. ''Muita gente não aceitou as declarações dele. Vou levar esse assunto para uma assembleia para conversarmos a respeito e decidirmos o que vamos fazer'', disse à reportagem o presidente da entidade, Jorge Moraes.
O ambiente no Santos anda explosivo. A novela de renovação do volante Thiago Maia, de apenas 18 anos foi o começo de uma série de acusações de aliciamento contra o agente Augusto Castro, que é pastor evangélico e cuida da carreira do atacante Ricardo Oliveira. Há a acusação de que Oliveira use a influência que tem sobre os mais novos para apresentá-los a Augusto.
Thiago tem contrato com o grupo Juan Figer, cujo representante de atletas – Alexis Malavolta – iniciou um movimento via ''whatsapp'' com outras empresas como a NB Sports, EMS e a Elenko, que administram as carreiras Léo Citadini, eca, Marquinhos Gabriel e outros.
''Estão falando no mercado que já estão trabalhando com o Thiago Maia. É antiética uma atitude dessas, sabendo que temos contrato com o atleta e uma gestão de carreira transparente com ele e sua família'', disse Malavolta que, nos bastidores, fala até em um carro de presente que teria sido oferecido ao jogador.