Blog do Boleiro

Arquivo : janeiro 2016

São Paulo propõe novo contrato, mas Ganso espera por proposta chinesa
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Luciano Borges

O São Paulo já procurou o empresário de Paulo Henrique Ganso para falar sobre a renovação de contrato do jogador. O empresário Giuseppe Dioguardi ouviu do diretor executivo de futebol Gustavo Vieira de Oliveira que o clube quer ter novo vínculo. E respondeu que esta negociação pode esperar um pouco mais. O argumento: ainda há a possibilidade de Ganso atrair um clube chinês e aumentar salário seria inútil.

A janela de contratações na China se encerra na última semana de fevereiro (dia 26).

O estafe de Ganso foi procurado há cerca de um mês por um representante do Heibei China Fortune. O clube chinês estaria interessado em contratar Ganso. Mas até agora, este contato não avançou. Mesmo assim, o São Paulo decidiu agir em duas frentes: fez uma reclamação formal ao clube chinês advertindo que poderá levar o problema à Fifa com a acusação de aliciamento e chamou Paulo Henrique para uma conversa sobre novo contrato.

O compromisso atual de Ganso com o São Paulo vale até setembro de 2017. Em março do mesmo ano, o jogador poderá assinar pré-contrato com outra equipe.

Para os dirigentes do São Paulo, Paulo Henrique é jogador importante no elenco que perdeu Rogério Ceni, Luis Fabiano e Alexandre Pato. Já nesta pré-temporada, o técnico argentino Edgardo Bauza tem insistido para que o armador seja acionado com frequência para participar da jogada. Quando o treinador pede que passem a bola para Ganso e um companheiro responde que ele está marcado, Bauza insiste que a jogada seja feita.

O clube já recusou uma proposta de R$ 19 milhões, feita no ano passado pelo Orlando City. O clube norte-americano colocou na conta cinco milhões de reais mais o que ele alega ser uma dívida do São Paulo, de 13,8 milhões. Os tricolores não reconhecem este débito. E não vendem Ganso por menos do que R$ 20 milhões.

O Hebei é um dos novos times da primeira divisão do Campeonato Chinês. A cidade do clube, Qinhuangdao, fica no nordeste do país, na província de Hebei, numa região portuária. Na China, o time atende pelo nome de Hebei CFFC.

O volante/meia Elias foi o primeiro jogador a ser procurado pelo Hebei. Ele ainda não descartou definitivamente a proposta feita pelo clube chinês, mas permanece trabalhando e jogando pelo Corinthians.

 


Conselho Deliberativo pode vetar favores às uniformizadas do São Paulo
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Luciano Borges

O apoio que o São Paulo dá às torcidas uniformizadas fornecendo ingressos e apoiando financeiramente as escolas de samba destas organizações vai ser alvo de discussão na próxima reunião do Conselho Deliberativo. Ouvido pelo Blog do Boleiro, o presidente do CD – Marcelo Abranches Pupo Barboza  –  deixou claro que é contrário a esta prática.

“A posição do Conselho  é de profunda discordância de se patrocinar ou apoiar financeiramente este tipo de atividade. O CD deverá se posicionar contra e estamos prontos para apoiar o presidente e a diretoria da melhor forma possível para combater este problema”, afirmou.

O presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, presidente do São Paulo, disse em entrevista à Folha de S. Paulo que é praxe fornecer 1.500 ingressos a cada jogo para as uniformizadas e ainda R$ 150 mil para ajudar aquelas que participam do Carnaval de avenida de São Paulo. “Não tem como não conviver com elas. São concessões que temos que fazer”, afirmou.

Pupo levantou a possibilidade de se colocar no estatuto do clube um ítem que “reprima este tipo de iniciativa” admitida por Leco, apelido do mandatário tricolor. “Estamos numa fase do São Paulo que precede uma reforma estatutária. Estamos recebendo sugestões e ideias. Podemos alterar isso aí”, falou.

Se dar apoio em dinheiro e ingressos para organizadas for proibido por estatuto, o presidente do São Paulo estaria à vontade para fechar a torneira, porque afinal estará impedido pelo clube.

 

 

 

 

 


Em nova função, Coronel Marinho planeja ação contra violência
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Luciano Borges

Destituído do comando da arbitragem do futebol paulista, o coronel da reserva Marcos Marinho já está trabalhando como diretor de Prevenção e Segurança da Federação Paulista de Futebol. Ele pretende criar um plano de ação que será aplicado nos estádios no Campeonato Paulista. Trata-se de estabelecer procedimentos padrão para partidas consideradas de baixo, médio ou alto risco.

No último sábado, a FPF anunciou o desligamento de Marinho do setor de arbitragem. Ele admite que a escalação do árbitro Flávio Rodrigues Guerra no jogo entre Figueirense e São Paulo foi o episódio que acelerou ou facilitou sua saída. O juiz está suspenso desde 27 de novembro por ter expulsado erradamente o jogador David Braz na partida entre Corinthians e Santos, pelo Campeonato Brasileiro.

Blog do Boleiro – O que é este Plano de Ação?
Cel. Marinho –  Vamos estudar as características de cada estádio em termos de segurança. Vamos conversar com a Polícia Militar da cidade, falar com a Prefeitura, para planejar ações de acordo com os jogos. Podemos criar um planejamento que estabeleça procdedimentos de segurança para partidas de baixo risco, médio e alto.

Onde ele será aplicado?
No início, vamos começar principalmente com o interior de São Paulo. Na capital, o esquema de segurança nos estádios dão conta bem da segurança.

Esse investimento na segurança no Interior de São Paulo tem a ver com o que aconteceu entre torcedores do São Paulo e policiais em Mogi das Cruzes?
Também. Este episódio mostra a necessidade de um plano de ação. Sabemos que nessas partidas de ingresso grátis, muitos torcedores aproveitam para ir ao estádio e é complicado. Alguns com problemas de violência anteriores. É possível classificar uma partida como aquela do São Paulo como alto risco.

A cobrança de ingressos no jogo entre São Paulo e Flamengo inibe episódio como o de Mogi?
Inibe sim. Evita que estes torcedores, que vão ao jogo porque é de graça, possam entrar no estádio.

No início do ano, o senhor tinha deixado esta área de segurança e estava só com a arbitragem. Voltar é punição?
De maneira alguma. Estou trabalhando numa área que eu gosto.

Sua saída foi uma punição?
Eu já estava para sair da Comissão Estadual de Arbitragem . O episódio da escalação do Flávio Rodrigues Guerra criou o momento de aproveitar a chance.

Você foi afastado?
Foi mais uma conversa com o presidente (Reinaldo Carneiros Bastos). Meu ciclo já tinha esgotado. Agora é hora de outras cabeças darem uma melhorada boa na arbitragem. É hora de colocar pessoas que já estiveram no campo, que sentiram como são as coisas por lá.


Dia 31 é limite de Robinho; Grêmio nega interesse: “Não é para nosso bico”
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Luciano Borges

31 de janeiro. Esta é a data limite que o atacante Robinho deu para definir sua situação. Segundo a advogada Marisa Alita Ramos, representante do jogador, ele tem conversas com clubes do Brasil e do exterior. China está fora do mapa do futuro da carreira. Ele acaba de voltar de uma temporada de seis meses no Guangzhou Evergrande (time dirigido por Luiz Felipe Scolari). Sentiu falta da família.

Ficar ao lado de mulher e três filhos é agora um ponto importante para que Robinho escolha em qual clube vai jogar. Marisa não revela nomes dos times interessados, mas lembra que “a estrutura familiar é muito importante” para o atleta. Esta exigência limita algumas opções fora do Brasil.

O Santos já sabe o que Robinho quer. O presidente do clube, Modesto Roma Junior, resolveu não entrar em detalhes da negociação. Ao ser perguntado pelo Blog do Boleiro como está a conversa, ele respondeu: “Não estamos. Vamos ver o que acontece. Vamos esperar para ver como o negócio se encaminha”.

Modesto concorda com Robinho em um ponto: “Tem mesmo que resolver até o final do mês “.

O Grêmio, citado na semana passada como um dos interessados em Robinho, negou a informação. O presidente Romildo Bolzan Jr. usou uma frase que pode refletir o que outras agremiações pensam sobre a dificuldade de trazer Robinho. “O Robinho tem uma história com o Santos. O Grêmio não entra nessa. Não é pro nosso bico”, disse. 


Ceni acerta estágios com Osorio e Guardiola, mas antes passa férias nos EUA
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Luciano Borges

Rogério Ceni pretende acompanhar o trabalho de dois treinadores de quem se tornou amigo nos últimos tempos. Um dele é Juan Carlos Osorio que, durante a passagem pelo São Paulo, se tornou próximo do ex-goleiro. No período do colombiano pelo tricolor paulista, Ceni e Milton Cruz foram interlocutores próximos do treinador que hoje dirige a seleção do México.

Rogério tem falado com o amigo para ver como ele trabalha com os mexicanos. Assim, vai se preparando para a carreira de treinador.

O outro técnico que já garantiu a Rogério Ceni um estágio ao lado dele é o espanhol Pep Guardiola. Só não se sabe se será ainda enquanto ele estiver no Bayern de Munique. No final da temporada, no meio do ano, Guardiola deverá mudar de equipe. Já anunciou a saída dele do clube alemão e indicou seu interesse em trabalhar na Inglaterra.

Mas, enquanto não começa os estudos para se tornar técnico de futebol, Rogério Ceni passa férias com a família em Miami,  Flórida (EUA). Nesta semana, ele participou de um jantar no Isleworth Golf & Country Club, um condomínio de luxo que fica perto de Orlando. O meia Kaká e o golfista Tiger Woods moram lá.

Ceni foi convidado por Ricardo Villar, CEO da 2SV, empresa que organiza o Florida Cup, e pelos donos do Grupo Tavistock, empresa que trabalha com investimentos privados nos EUA.

No jantar, ele se encontrou com o ex-tenista Jaime Oncins e com o pentacampeão mundial Roque Jr. O evento era uma das ações de promocionais da Florida Cup, torneio que está sendo disputado com a participação de Atlético-MG, Fluminense, Internacional, Corinthians, Schalke 04, Shakhtar, Bayer Leverkusen, Santa Fe e Fort Lauderdale Strikers (franquia de Ronaldo Nazário).

O ídolo do São Paulo não tem data para encerrar a folga. A agenda para palestras e eventos de marketing envolvendo o São Paulo ainda está sem previsão.

 

O ex-goleiro do São Paulo e o ex-teminas Jaime Oncins durante jantar na Flórida Foto: Divulgação

O ex-goleiro do São Paulo e o ex-teminas Jaime Oncins durante jantar na Flórida Foto: Divulgação

 

Ceni posou no clube de golfe ao lado de Roque Junior, Jaime Oncins, o ex-jogador inglês Craig Johnston Foto: Divulgação

Ceni posou no clube de golfe ao lado de Roque Junior, Jaime Oncins, o ex-jogador inglês Craig Johnston Foto: Divulgação


Wendell Lira chega, pede para treinar e garante: “Fama não vai me mudar”
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Luciano Borges

Ainda em Cumbica, Wendell Lira distribuiu atógrafos e selfies com torcedores. Foto: Blog do Boleiro

Ainda em Cumbica, Wendell Lira distribuiu atógrafos e selfies com torcedores. Foto: Blog do Boleiro

Reconhecimento nas ruas, encontro com jogadores internacionais, promessa de uma estátua em Goianésia. A fama está chegando para Wendell Lira, o dono do gol mais bonito da última temporada, em votação popular na Fifa. Ganhador do Prêmio Puskas, o atacante desembarcou em São Paulo antes de seguir para Goiânia. E disse ao Blog do Boleiro: “Isso não vai me mudar. Vou lidar com a fama do meu jeito. Sou um cara tranquilo. Sou um goiano de pé rachado que tem um jeito mineirinho. Se cheguei até aqui desse jeito, não é hora de mudar”, disse.

Ele retornou ao Brasil com a sensação de que se deu bem entre astros da bola como Cristiano Ronaldo (“nossa conversa vai ficar marcada para mim”), Lionel Messi, Neymar e outros. “Fiz fotos, fiz vídeos com todos eles. Todo mundo me tratou muito bem”, contou. E estes encontros não tiraram os pés do chão. “Eu nem sonho em jogar na Europa agora. Tenho muita coisa para fazer antes. Primeiro quero jogar bem e ir evoluindo”, disse o atleta que já jogou em seleção de base do Brasil.

Wendell quer treinar a partir desta quarta-feira no Vila Nova. “Estou meio cansado da viagem. Mas preciso trabalhar”, afirmou. “Quero continuar trabalhando, sendo a pessoa mais correta do possível, fazendo aquilo que acho que é certo. Deus abençoa quem trabalha”, falou.

Wendell Lira quer estrear no Campeonato Goiano logo no clássico contra o Goiás, no final de janeiro. “Acho que o estádio vai estar cheio”, previu.

A volta para Goiânia foi atrasada por causa do tráfego aéreo e também por uma entrevista na TV Globo. A esposa de Lira, Ludmyla, permanceu sempre longe dos microfones.

Em Goiânia, ainda pela manhã, a mãe do dono do Prêmio Puskas disse o que o filho espera ter daqui para frente: “Ele só quer uma oportunidade de jogar. Porque uma coisa que ele sabe fazer bem é jogar futebol”, falou.

 


Como Lugano e Luganinho jantaram, conversaram e tiveram “a noite perfeita”
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Luciano Borges

Lugano e Luganinho durante o jantar no hotel Foto: arquivo pessoal

Lugano e Luganinho durante o jantar no hotel Foto: arquivo pessoal

Diego Lugano e Diego Lugano Almeida estavam conversando no restaurante do hotel onde o novo capitão do São Paulo se hospedou na noite desta terça-feira, depois de ter sido recepecionado por cerca de mil torcedores no desembarque no Aeroporto Internacional de São Paulo. O assessor de imprensa do São Paulo, Felipe Espindola, provocou a brincadeira e perguntou ao jogador: “Como você se chama?”. A resposta: “Diego Lugano”. Depois ele repetiu a pergunta para o menino de três anos que estava no colo do atleta. Resposta: “Diego Lugano, mas me chamam de Luganinho”.

Esta foi uma das cenas do encontro entre o zagueiro uruguaio Diego Lugano e o garoto que foi batizado com seu nome por insistência do pai, o fanático tricolor William de Almeida, um caminhoneiro de 32 anos. “Foi inesquecível. A família do Lugano é espetacular. Humildade 100 por cento. Foi tudo perfeito”, disse. E ele revelou: “Este encontro não partiu do fã. O Lugano se esforçou para nos conhecer. Desta vez, o ídolo quis conhecer o fã e não o contrário”, comemorou.

A história do encontro dos dois Luganos começou  na segunda-feira, quando William escreveu uma mensagem no perfil de Diego Lugano no Facebook. A esposa do jogador, Karina Roncio, mostrou o texto de um fã ardoroso que batiou o filho com o nome Diego Lugano. “Ela me contou que ele quis me conhecer”, falou William. Aí, Karina acionou a rede de fãs nas mídias sociais em busca de William e Luganinho. Vários internautas se envolveram e eles eram de diferentes lugares do Brasil. “Um rapaz de Mossoró (CE) foi quem colocou a gente em contato”, contou o pai.

Estabelecida a conversa, Karina disse que Diego Lugano queria conhecer o garoto pessoalmente. Propôs que William enviasse o número do telefone celular dele para que pudessem marcar o encontro. “Em São Paulo vou estar sem internet”, ela escreveu. William não resistiu. Decidiu ir até o aeroporto em Guarulhos. Levou Luganinho no caminhão junto com a mulher Érica Ferreira e um amigo sãopaulino. “Chegando lá, fiquei com o Lugano perto da van. Quando ele desembarcou, lá pelas 20h30, foi uma loucura total. Me mantive na parte da frente da van, protegendo meu filho”, contou William.

Assim que Diego, Karina e o filho Nicolas entraram no veículo, William bateu no vidro da frente para chamar a atenção da esposa de Lugano. Entre gestos e linguagem labial, Karina entendeu quem estava do lado de fora e insistiu muito com os policiais militares para que deixassem pai e filho entrarem na van. “O policial militar pegou a gente e nós entramos. Foi inesquecível”, disse o pai.

Houve troca de abraços e o casal Lugano fez o convite: “Venha com a gente. Vamos jantar juntos no hotel”. Do aeroporto, a van seguiu para o bairro das Perdizes, na zona oeste de São Paulo. No restaurante, William teve uma surpresa. “O Nicolas já tinha sido muito legal com a gente, especialmente com o meu filho. Mas no restaurante, ele contou que lembrava de mim. E lembrava mesmo”, afirmou William.

O filho mais velho do zagueiro do São Paulo conheceu William durante a Copa do Mundo de 2014.  William foi ao hotel onde a seleção do Uruguai estava concentrada para o confronto diante da Inglaterra. “Eu fui lá para ver se conhecia pessoalmente o Diego Lugano. Mas não foi possível. Fiquei das oito da manhã até o meio dia”, lembra. Na vigília, ele conheceu Nicolas e conversou com ele. Agora, no retorno de Lugano, Nico disse que lembrava de William.

Foto montagem feita por Karina Roncio com os dois Luganos e William

Foto montagem feita por Karina Roncio com os dois Luganos e William

O jantar, a conversa e as brincadeiras com Luganinho se estenderam até cerca de 23h30. Ficou a promessa de novo encontro. William já garante que neste sábado, ele vai com Luganinho ao CT da Barra Funda. “Pode ser que a gente não consiga entrar, mas se der vamos fazer mais umas fotos. Meu filho já perguntou quando vamos ver de novo “meu amigo”. Ele já chamava o Lugano assim. Agora então, não para mais”, falou.

É bom não duvidar. Afinal, William precisou passar em dois cartórios e gastou uma semana tentando convencer os oficiais e aceitarem o nome Diego Lugano Almeida. “Só na segunda tentativa que o escrivão aceitou. E isso porque ele era santista. Ele disse que se fosse corintiano não ia topar”, contou o são paulino que já acompanhou o time pelo sul e sudeste do Brasil.

E, depois da aventura com os Luganos, a dupla de pai e filho pegou um táxi de volta para Guarulhos. Afinal, a mão de Luganinho – Érica – ficou lá no aeroporto esperando a volta da dupla. “Peguei meu caminhão e voltamos para casa”, disse William.

 


Esposa de Lugano arma encontro com menino batizado com o nome do zagueiro
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Luciano Borges

William Santos posa com o filho Diego Lugano no Twitter

William Santos posa com o filho Diego Lugano no Twitter

 

Pouco antes de embarcar com o marido Diego Lugano, a esposa do jogador soube pelo Twitter que um torcedor doSão Paulo tem um filho cujo nome é o mesmo do zagueiro que volta ao tricolor depois de 10 anos. Utilizando a mídia social, Karina encontrou o perfil de William Santos. Os dois trocaram mensagens e ela pediu para que lhe enviassem por mensagem direta o telefone da família. “Eu te ligo chegando lá (São Paulo) e a gente marca de vocês conhecerem o Diego”, escreveu Karina.

Para encontrar William, a mulher de Lugano contou com a jura de outros torcedores do São Paulo. Numa mensagem ela pediu: “Se alguém conseguir o contato do cara me avisa eu chegando no Brasil não tenho internet!”.

Depois de verem que William conseguiu trocar mensagens, são paulinos comemoraram o feito do colega. “Parabéns. Lição de humildade”, escreveu um deles. “Que sorte, vai conhecer El Dios Lugano pessoalmente”, escreveu outro tricolor.

Karina postou a selfie com Lugano pouco antes do vôo para São Paulo

Karina postou a selfie com Lugano pouco antes do vôo para São Paulo

 


Boicote de uniformizada, festa de torcedores e dúvida de Lugano na chegada
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Luciano Borges

Reprodução da internet

Reprodução da internet

Diego Lugano ainda não sabe como vai aparecer na ala de desembarque do Aeroporto Internacional de São Paulo, nesta terça-feira por volta das 20 horas. Perguntado pelo Blog do Boleiro se pretende chegar já com a camisa do São Paulo, ele respondeu: “Não seria má ideia. Mas não sei ainda”. Problema: a única camisa que ele tem é a que ganhou do clube quando participou da festa de despedida do goleiro Rogério Ceni. O zagueiro de 35 anos está voltando e vai pensar se veste ou não aquele uniforme preto.

Afinal, Diego Lugano tem regras específicas para vestir o uniforme do time onde joga. Ele nunca troca a camiseta dentro de campo. Acha falta de respeito para com o torcedor. E, se o time dele perde, aí é que ele não troca mesmo. Há dez anos, ele contou: “Desde que eu era menino, achava feio um ídolo do Nacional, para quem eu torcia, deixar o campo depois de um jogo contra o Peñarol com a camisa deles nas costas”. Na cidade de Canelones, onde o mais recente reforço tricolor nasceu, metade da população é torcedora do Nacional e a outra metade gosta do Peñarol. “Eu sei o sacrifício que o torcedor faz e o amor que ele tem pelo clube e sua camisa. Não gostaria de decepcioná-lo”.

Diego é generoso. As camisas dos adversários que ganhava na primeira passagem pelo Morumbi, ele dava para um amigo de infância que era colecionador. As duas camisetas que usou na final do Mundial de Clubes de 2005, contra o Liverpool, foram dadas para Marco Aurélio Cunha, na época gerente de futebol do clube e hoje coordena o futebol feminino na CBF, e para o pai.

Como tudo na vida tem exceção, Diego Lugano abriu uma para um personagem especial do futebol brasileiro. Hoje, ele diz ter guardado algumas camisetas que trocou por aí. “Tenho várias. Por enquanto estão dobradas. Quando acabar o futebol vou arrumar direito”, disse.

Duas ele separa há anos, porque considera especial: a primeira que ele vestiu pelo São Paulo e outra da seleção brasileira, que trocou com Mario Jorge Lobo Zagallo. “Lembro claramente até hoje. Foi num jogo entre Uruguai e Brasil pelas eliminatórias da Copa do Mundo da Alemanha. Ele me pediu para trocar camisa. Fiquei surpreso e feliz. Ainda guardo ela”. Naquele momento, ele quebrou a regra de não trocar uniforme em campo. “Poxa, era o Zagallo”, justificou.

A torcida do São Paulo está se organizando para recepcionar o ídolo Lugano na chega em Guarulhos. Foi criada uma página no Facebbok que tinha mais de 550 adesões por volta das 12h40. O próprio clube está usando as mídias sociais para convocar os são paulinos para esta recepção. Afinal, o estádio do Morumbi passa por reformas e não foi possível organizar um evento para o retorno do jogador que encarna o que os tricolores e o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva chamam de “espírito guerreiro” do São Paulo.

Mas a maior uniformizada do São Paulo avisou na semana passada que não vai participar desta feste de boas vindas. Ela publicou o motivo do boicote no perfil nas mídias sociais.

Eis o texto?

NOTA OFICIAL: LUGANO A Torcida Independente, sempre presente onde o São Paulo está, maior voz de apoio da arquibancada, vem informar a nação tricolor que não comparecerá ao aeroporto para a recepção de Diego Lugano, pelos seguintes motivos: Acreditamos na raça do ídolo Lugano, porém, “uma andorinha só não faz verão”. Não podemos deixar a responsabilidade toda em um só jogador, que pode sofrer as consequências de uma diretoria que não mudou o time como deveria ter feito.

Sabemos das dificuldades financeiras que o São Paulo passa, mas não nos esquecemos que muitas dessas dívidas que ocasionam falta de dinheiro, foram em razão de escândalos, guerra política, ladroagem no clube.

Onde estão os punidos?!

Queremos respostas! Da gravação, das denúncias passadas e de agora, que o SPFC deve apurar e resolver.

Ataíde teve a segunda chance que pediu, o Gustavo ganha alto salário, onde estão os reforços? E as dispensas dos que não honraram a camisa tricolor?

A gigante celebração que promovemos pelo M1to Rogério Ceni, maior de todos, foi em agradecimento por uma vida dentro do São Paulo. Lugano já fez muito também, mas está ainda retornando para um elenco que passou pelas maiores humilhações na temporada passada.

Nos preocupamos com Lugano, sua história, sua imagem. O momento é de chegar na humildade, trabalhar, porque jogadores de peso não chegaram para justificar empolgação e confiança total. A cobrança depois cairá em quem?

O apoio ao Lugano estará presente na arquibancada, nos jogos, como a Independente sempre faz. Mas repetimos, pra nós, não é hora de festa!

Quando a diretoria apresentar um elenco que honre a tradição do São Paulo, punir seus dirigentes acusados, mostrar que realmente mudou, aí sim, teremos motivo pra festejar.

A DIRETORIA  


Um dia, David Bowie convidou a seleção brasileira para um show e levou cano
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Luciano Borges

11 de setembro de 1990. Pátio central de um hotel cinco estrelas onde a seleção brasileira estava hospedada em Oviedo, capital da Astúrias, Espanha. Depois do reconhecimento do estádio na cidade de Gijón, o “Municipal El Molinón”, os jogadores da seleção brasileira estavam descansando.

Quatro deles – o goleiro Velloso, o zagueiro Toninho Cecílio, o atacante Jorginho e o lateral Cafu conversavam, observados na sacada do primeiro andar por um homem magro, cabelo pintado de loiro bem claro, acompanhado de duas cantoras de origem afro.

Era David Bowie que iria se apresentar naquela noite em Oviedo e, no dia 13, no estádio municipal de Gijón.

O time brasileiro era dirigido por Paulo Roberto Falcão e iria disputar o primeiro jogo amistoso depois da campanha fracassada na Copa do Mundo da Itália. A partida foi organizada para comemorar os 75 anos de fundação da Federação Asturiana de Futebol. Falcão levou um grupo renovado para a Espanha.

O repórter brasileiro que estava na roda dos atletas reconheceu o astro do rock e, lá de baixo, mandou um “Hello, How are You?” para Ziggy Stardust.

Bowie sorriu, deu um tchau. Ouviu então o pedido, em inglês, vindo do pátio: “Posso falar com você por dois minutos?”. O líder da banda Tin Machine (já na segunda versão) que andava em excursão há dois anos promovendo os álbuns “Never Let Me Down”  e “Sound + Vision” (uma coletânea de clássicos da carreira desde 1969) fez um positivo. Já na sacada, o homem das notícias esportivas perguntou se Bowie gostava de futebol, se conhecia o futebol brasileiro e se sabia que a seleção brasileira estava no mesmo hotel que ele.

Bowie respondeu não para a primeira, sim (“I know Pelé e Rivellino”) para a segunda e não para a terceira. Ele perguntou em troca se os jogadores conheciam sua música. O repórter garantiu que sim, sem ter a menor certeza. E a conversa terminou ali com o até logo polido de Bowie e o lembrete de que ele iria tocar no Brasil dez dias depois.

Depois, perguntando aos boleiros do Brasil, o jornalista que hoje escreve o Blog do Boleiro constatou que o desconhecimento era mútuo. Poucos sabiam quem era David Bowie

Naquela noite, um assessor do artista chamou o jornalista na recepção e perguntou se os jogadores da seleção gostariam de ver o show de Bowie naquela noite. Ouviu que era impossível tirar os atletas da concentração na véspera do amistoso, mas que o selecionado poderia querer dar uma passada no dia 13, no concerto de Gijón. Ficou combinado então que a lista dos atletas e comissão técnica ficaria num portão que dava acesso aos camarins.

Bowie deixou uma autorização para que os brasileiros entrassem como convidados.

Só houve um pequeno problema: no dia 12, o Brasil foi derrotado pelo time da Espanha por 3 a 0. O primeiro tempo da seleção foi horrível. Os espanhóis Carlos Muñoz, Fernando Gómez e Michel fizeram os gols. A formação titular de Falcão em sua estreia como substituto de Sebastião Lazzaroni na seleção foi esta: Velloso (Palmeiras), Gil Baiano (Bragantino), Paulão (Cruzeiro), Márcio Santos (Novorizontino) e Nelsinho (Flamengo); Moacir (Atlético-MG), Cafu (São Paulo), Donizete Oliveira (Grêmio) e Neto (Corinthians); Charles (Bahia) e Nílson (Grêmio).

Com este time renovado e as entradas de Paulo Egídio (Grêmio) e Jorginho (Palmeiras), Falcão amargou a primeira derrota e, mas na frente perdeu o cargo depois da Copa América de 1991, disputada na Argentina.

O clima no dia seguinte foi terrível. O time viajou para Madrid e de lá voltou para o Brasil.

A lista com os nomes dos jogadores que ficou no acesso dos camarins do El Molinón ficou praticamente intacta. A exceção foi o repórter que mudou a passagem de volta, tinha incluído o nome dele como se fosse da delegação e assistou David Bowie ao vivo numa noite estrelada perto do mar e com performance de cerca de três horas inesquecíveis. Ele tocou as canções clássicas e também o repertório quase todo de Never Let Me Down.

Em tempo: o time da Espanha tinha o goleiro Zubizarreta, Rafa Paz, Michel, Nando e Emilio Butragueño, que foi ao mesmo show.

No dia 23 de setembro, no antigo estádio Palestra Itália, Bowie apresentou o mesmo espetáculo em São Paulo.