O Santos está disposto a conversar outra vez com a advogada Marisa Alija Ramos, representante de Robinho. O assunto agora não é mais a contratação do jogador. Segundo o vice presidente César Conforti, o clube quer discutir como vai pagar a quantia de R$ 3 milhões que deve desde o ano passado. ''Queremos honrar todas as nossas pendências e vamos fazer isso'', disse ao Blog do Boleiro.

Será uma conversa longa porque os dirigentes garantem que só poderão pagar a longo prazo. ''Claro que esta administração não faz loucuras e então vamos negociar'', reforçou Conforti.

O dirigente garante, no entanto, que esta dívida não foi motivo da recusa de Robinho em aceitar a proposta santista. ''É como está na nota oficial do Santos: não conseguimos fazer uma proposta que chegasse onde ele queria'', falou. O Santos ofereceu R$ 200 mil de salários e um patrocinador entraria com mais R$ 400 mil. O que este parceiro quis em contrapartida não agradou ao jogador.

''Este é o último grande contrato do Robinho. Por isso ele tem que pensar com cuidado''. A frase é da advogada Marisa Elija Ramos, representante do atacante que não aceitou a proposta do Santos para um novo contrato. Ela foi dita ao Blog do Boleiro antes no dia 3 deste mês. ''Ele terminou as férias e agora vai pensar o que é melhor para a carreira'', afirmou Marisa na mesma conversa, quando confirmou o interesse de outros clubes.

O Atlético Mineiro está na lista dos interessados. Quer uma definição, se possível, ainda nesta quinta-feira. A nota oficial publicada no site do Santos deixou claro que o clube encerrou o que o presidente Modesto Roma Junior chamou de ''sonho de uma noite de verão''.

A íntegra do comunicado é esta: ''A partir desta quinta-feira (11) o Santos Futebol Clube da como encerrada as negociações para o retorno do atacante Robinho. Apesar do desejo de repatriar seu ídolo pela quarta vez, o Clube não conseguiu atingir as pedidas do atacante, e desta forma mantém a nova política de teto salarial implantada pela diretoria. O Santos FC deseja ao Robinho o sucesso que sempre teve na sequência de sua carreira e sempre estará de portas abertas para seus ídolos''

O vice presidente repetiu em três ocasiões, na conversa por telefone com o Blog do Boleiro, que considera Robinho ''um ídolo do Santos, que é amado pelos torcedores e pelo clube''.

Não é bem o que os torcedores  andam escrevendo nas mídias sociais. Assim que a notícia do fim das negociações entre Santos e Robinho foi publicada, o jogador passou a ser o vilão da hora.

Mercenário, ex-jogador em atividade e traidor. Estes são alguns dos adjetivos e apelidos que o atacante vem recebendo dos santistas frustrados com o resultado das negociações que começaram logo quando Robinho retornou da China.

A comparação com as negociações ''vai e vem'' de Ronaldinho Gaúcho quando ele retornou ao futebol brasileiro, alguns aficcionados deram ao ídolo o apelido de ''Robinho Gaúcho''. 

O vice presidente do Santos pediu moderação à torcida. ''Este é um momento em que o torcedor fica passional, mas é importante lembrar que o Santos é a casa do Robinho'', falou.

Mas não se furtou em brincar com a situação: ''Robinho Gaúcho? Boa, mas deveria ser Robinho Mineiro'', disse lembrando da oferta do Atlético Mineiro feita ao jogador que, segundo o próprio Césa Conforti, é superior à dos santistas.

''O Robinho se encaixava perfeitamente no nosso grupo, mas não deu. Vamos tentar outro atletas, mas sei que o mar não está para peixe, no nosso caso o Peixe'', completou.