Blog do Boleiro

Arquivo : março 2016

Para Zé Roberto, quem pichou muros não é torcedor de verdade do Palmeiras
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Luciano Borges

“Queremos elenco campeão”. “Cadê o futebol?”. “Acabou a paz, pilantras”. Estas são algumas da frases pichadas na entrada do Palmeiras, na sede social e onde fica a Allianz Arena. Os pichadores escreveram em branco sobre o muro verde que o apoio incodicional dado ao time nos dois últimos anos acabou. Para o lateral/volante Zé Roberto, este tipo de protesto é inédito na carreira.

E o jogador disse ao Blog do Boleiro: “Quando se chega a este ponto de pichar muros, de agredir, já não considero a pessoa que faz isso como torcedor do clube”.

Para ele, o apaixonado mantém o apoio nos bons e maus momentos. O Palmeiras está numa situação delicada na Copa Libertadores da América. É o terceiro colocado do grupo 2, com quatro pontos, e está atrás do Nacional de Montevidéu (8) e Rosario Central (7 pontos). Precisa vencer o time argentino jogando em Rosario, um verdadeiro caldeirão. E necessita derrotar, em casa, o River Plate uruguaio.

No final do ano passado, logo depois da conquista do título da Copa do Brasil, Zé Roberto chegou a deixar no ar que iria se aposentar. Mudou de ideia e decidiu jogar mais um ano pelo Palmeiras. Queria disputar e ganhar a Libertadores. Agora, mesmo diante da situação difícil do time, ele garantiu que não está arrependido daquela decisão: “ainda vamos ter conquistas neste ano. Poderia sair sem emoção, mas pelo jeito vai ser com emoção”.

 

Blog do Boleiro – Você viu as pichações e o protesto da torcida?
Zé Roberto –
Fiquei sabendo meio por cima. A gente nem comentou a respeito. Na verdade, nunca joguei em um clube onde uma coisa como essa tenha acontecido. Esta é a primeira vez. Mas acho que quando se chega a este ponto de pichar muros, de agredir, já não considero a pessoa que faz isso como torcedor do clube.

Como assim?
Eu vejo assim: não acho que esta conduta é de um torcedor apaixonado pelo clube. O torcedor que ama o clube está com ele nos tempos bons e nos momentos difíceis. Eles vão estar junto sempre.

Mas o que está acontecendo com a equipe que não consegue atuar bem?
Num momento difícil como esse é difícil pensar e ver o que está errado. É duro achar justificativas. O clube dispensou um treinador porque achou que não estava dando. Veio outro, o Cuca, que nem teve tempo de trabalhar. Ele ainda vai colocar a forma de trabalhar dele. Mas não sei porque as coisas não estão acontecendo. Se a gente for olhar o plantel do Palmeiras vai ver que ele tem muitos jogadores de qualidade.  O Cuca está fazendo trocas, experimentando.  A perspectiva de melhora é grande.

Dá tempo para melhorar antes de encarar o Rosario Central?
Temos a expectativa de engrenar. Serão quatro jogos antes das duas decisões na Libertadores. Vamos ter que treinar, jogar e engrenar até lá.

Na primeira partida de Cuca, contra o Nacional, ele colocou você no meio, mais como armador.
A ideia era para enfrentar o Nacional lá. O Cuca colocou três volantes, armou o time no 4-3-3. A ideia era fortalecer a marcação e quando a gente tivesse a chance de atacar, a gente sairia comigo na no lado esquerdo e o Arouca no direito. Mas no primeiro tempo, pela maneira como o Nacional Jogou, foi muito difícil. No intervalo, o Cuca decidiu mudar a forma de jogar.

Nesta terça-feira, você não participou do treino coletivo. O Egídio jogou de lateral esquerdo.
Como eu disse. O Cuca está testando. Estou aí para colaborar. Mas trabalhei fisicamente, num trabalho individualizado.

Qual a importância de vencer estes quatro jogos? Dá mesmo confiança?
Lógico. Traz a confiança de volta. Sempre é bom ganhar. Sem falar que vai nos ajudar na pontuação geral do Campeonato Paulista e pode nos dar uma vantagem no mata mata. Hoje estamos muito próximos dos clubes de cima e também dos de baixo. Por isso vencer será muito importante.

Dá para vencer o Rosario no campo dele?
Vai ser muito difícil, mas dá. Teremos que mostrar técnica, qualidade. Vamos nos preparar para jogar uma final. Mas teremos tempo para isso. E temos que jogar como jogamos no primeiro tempo da partida de ida: sem dar espaço, marcando bem e ocupando os espaços lá na frente.

No final do ano passado, você chegou a pensar em parar de jogar. Decidiu continuar para ganhar a Libertadores. Você se arrependeu?
Não, o que é isso? Se arrependimento matasse, eu teria morrido por outras decisões que tomei na vida. Esta não. Decidir continuar pela possibilidade que apareceu de brigar por mais um título, depois da conquista da Copa do Brasil. O clube conseguiu manter quase todo o elenco e trouxe peças pontuais. Acredito muito que ainda vamos ter conquistas neste ano. Poderia sair sem emoção, mas pelo jeito vai ser com emoção (risos).

Encerra a carreira quando?
No final do ano, mas antes quero ser campeão pelo Palmeiras pelo menos mais uma vez.


Jogador passa fome, tenta agredir presidente que não paga em dia e é punido
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Luciano Borges

O volante Roberto, do Rio Branco de Americana será punido. O jogador terá uma multa não estipulada no salário, que aliás ele não recebeu no último mês. Não só Roberto, mas também todo o time que é lanterna da Série A2 do Campeonato Paulista com 11 pontos.

No último sábado, depois da derrota em casa para o Sorocaba (1 a 2), Roberto soube por familiares que o presidente do clube, Valdir Ribeiro da Silva, tinha criticado a equipe durante a partida.

Irritado, o jogador decidiu tomar satisfações com o dirigente na tribuna de honra. Foi contido por seguranças.

O episódio começou, na verdade, na sexta-feira quando faltou comida para os atletas na concentração. Eles reclamaram que sequer tiveram pão para comer.

Nesta terça-feira, o presidente do Rio Branco emitiu uma nota onde admite o atraso de pagamento, a falta de comida e até as críticas que fez durante o jogo. Só não aceitou ter sido quase agredido.

Leia:

“Devido à repercussão do infeliz episódio que aconteceu após a disputa entre o nosso Tigre e o Atlético de Sorocaba, acredito ser necessária uma explicação aos torcedores do Rio Branco Esporte Clube.

Não é novidade que o Rio Branco passa por uma grave crise financeira. Grande parte dos nossos recursos está congelada em ações na Justiça e, se alguém do Tigre está sem receber o que merece, é porque simplesmente não há dinheiro. A atual gestão do Rio Branco tem mantido um constante diálogo sobre isso com toda a equipe do clube. Acreditamos ser importante manter as finanças do Tigre o mais transparentes possível, mas isso não muda o fato de que a situação está pior do que imaginávamos em janeiro.

Mesmo com a falta de dinheiro, temos conseguido manter a alimentação constante dos nossos atletas. Isso até o jantar da última sexta-feira e o café da manhã do dia seguinte. A falha na entrega dos alimentos aconteceu, não por falta de dinheiro, mas sim por culpa de um dos diretores, que ficou encarregado de entregar a comida e não o fez. Até então, o time do Rio Branco estava formado há 71 dias e, durante todo esse período, os jogadores receberam as três refeições diárias completas. É claro que isso não diminui a gravidade da falta de alimentos, que aconteceu um dia antes de um jogo muito importante. Eu, como presidente e torcedor, compartilho da revolta de todos sobre esse ocorrido, mas é preciso esclarecer que esse fato aconteceu apenas uma vez.

Além do respectivo diretor não ter entregue a comida, também houve uma falha de comunicação e não fui avisado sobre a falta de alimentos até o final da disputa de sábado. Portanto, assisti à partida como o torcedor que sempre fui. Cobrei mais empenho de alguns jogadores – sem utilizar palavras ofensivas, pois apenas gritei “joguem para frente, não para o lado” – e isso foi mal visto por alguns atletas.

Na hora, não entendi o episódio, mas depois tudo foi devidamente explicado. Os atletas tinham sim o direito de se manifestar, pois ficaram sem alimentos no dia anterior ao jogo, mas como tenho mantido um diálogo aberto com todos, não aceito que nenhum jogador se exalte e busque resolver os problemas com agressões.

As derrotas também têm contribuído para deixar o clima tenso entre a equipe, mas precisamos dedicar toda a nossa energia aos últimos jogos do Campeonato Paulista Série A2, que ainda a chance de escapar e que termina no próximo mês.

Valdir Ribeiro da Silva

Presidente Rio Branco”


Presidente de Tribunal da Conmebol diz que Nacional não deve perder pontos
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Luciano Borges

Gabriel Jesus foi alvo de manifestações racistas no Uruguai (Crédito: Reprodução)

Gabriel Jesus foi alvo de manifestações racistas no Uruguai (Crédito: Reprodução)

Jogar com estádio vazio, pagar uma multa ou perder mandos de jogo. Segundo o presidente do Tribunal de Disciplina da Conmebol, o brasileiro Caio César Vieira Rocha, estas são as prováveis punições que deverão ser impostas ao Nacional de Montevidéu por causa do gesto racista de um torcedor durante o jogo contra o Palmeiras (1 a 0), na última quinta-feira no estádio Gran Parque Central, na capital do Uruguai. “A tendência da penalidade é multa ou algum tipo de sanção relacionada à torcida, como portões fechados etc”, disse ao Blog do Boleiro.

A Confederação Sul-americana de Futebol ainda não puniu um clube cujo torcedor cometeu uma ação racista com a perda de pontos.

Até a noite desta sexta-feira, a entidade ainda não tinha recebido o material enviado pelo Palmeiras. Trata-se de um vídeo mostrando um torcedor do Nacional imitando um macaco na frente do jovem atacante palmeirense Gabriel Jesus. O fato aconteceu no segundo tempo da partida vencida pelo Nacional por 1 a 0.

O clube brasileiro informou que pediu que as imagens fossem enviadas à Conmebol pelo delegado da partida. Caio César não tinha sido informado deste material nem da denúncia dos dirigentes do Palmeiras.

A assessoria de imprensa do Palmeiras emitiu a seguinte nota: “A Sociedade Esportiva Palmeiras vem a público para repudiar os atos racistas cometidos contra o atleta Gabriel Jesus na noite da última quinta, em Montevidéu. O clube reitera que condena quaisquer práticas que discriminem seres humanos por sua raça, cor, etnia, religião, gênero ou procedência nacional. Informamos que, por meio do delegado da partida, encaminhamos as imagens para a Confederação Sul-Americana de Futebol a fim de que se tome as providências cabíveis”.

O caso vai parar no Tribunal de disciplina. Em tese, Caio César diz que é possível se punir um clube com perda de pontos em casos como o de racismo. “Mas nunca houve aplicação de perda de pontos em caso semelhantes”, completou o Caio, que é também presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. A Conmebol, em seu novo estatuto, acenou com a ideia de penas mais duras contra atos racistas.

Mas não é o que casos anteriores mostram.

Em 2005, o zagueiro argentino Desábato, do Quilmes, foi preso por ofender o atacante Grafite com palavras de teor racista durante um jogo da Copa Libertadores. O clube não perdeu pontos. O mesmo aconteceu com o Real Garcilaso, do Peru, cujos torcedores xingaram incessantemente o meia Tinga, do Cruzeiro. Até a CBF entrou no caso e fez a denúncia, mas o Tribunal da Conmebol limitou a pena a uma multa de, na época, cerca de R$ 50 mil.

Depois de ser ofendido com os gestos do torcedor do Nacional, Gabriel Jesus reclamou com o árbitro da partida Carlos Vera. Se o juiz colocar esta queixa na súmula, a abertura de processo será automática.

O presidente do Tribunal de Disciplina não poderá participar do caso. “Sou brasileiro e este fato envolve um clube brasileiro, no caso o Palmeiras”, disse Caio César. O órgão tem cinco participantes. O vice presidente Adrián Leiza Zunino é uruguaio e também está impedido de analisar esta denúncia do Palmeiras. Restam três nomes:  Alberto Lozada Añez(Bolívia), Carlos Tapia Aravena (Chile) e Orlando Morales Leal (Colômbia). Serão eles os julgadores.

 

 


Tricampeão da Libertadores, De Leon prevê Palmeiras perigoso com Cuca
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Luciano Borges

Uma equipe motivada com a chegada de novo treinador. Para Hugo de Leon, este é o motivo que faz do Palmeiras um adversário perigoso para o Nacional,  na noite desta quinta-feira em Montevidéu. O ex-zagueiro do time Uruguaio e da seleção nacional  acha que a equipe palmeirense será diferente daquela que foi derrotada em casa na semana passada.

“O Palmeiras estava em crise e perdeu para o Nacional. Não tinha começado bem o ano e vai mostrar mudança com o Cuca”, disse ao Blog do Boleiro.

De Leon, 58 anos, é tricampeão da Copa Libertadores da América. Em duas ocasiões, ganhou o torneio como capitão do Nacional. A terceira conquista saiu pelo Grêmio. Hoje, o ex-zagueiro é secretario de contratações do time Uruguaio. “É cargo de confiança. Ajudo a achar e ajudar na contratação de atletas”, contou.

Do elenco atual, De Leon participou da aquisição do brasileiro Léo Gamalho, Vitorino, Kevin Ramires e outros. “O time do Nacional foi montado há oito meses pelo Gustavo Munúa, o treinador. O grupo vem pensando jogo a jogo. Dentro ou fora de casa, cada partida mesmo nesta fase, é uma decisão”, afirmou.,

Por isso, ele considera o confronto com o Palmeiras uma partida “muito difícil”. “O Nacional tem que jogar concentrado nos 90 minutos. Não pode deixar de fazer o planejamento do treinador”, falou.

Hoje, De Leon divide moradia entre Punta Del Este, Monetvidéu e Porto Alegre. “Tenho grandes amigos em Porto Alegre, frequento a Arena do Grêmio e passo quase oito meses por ano lá”, contou. Mesmo com esta ligação, ele é torcedor do Nacional. “Temos boas chances de passarmos para  próxima fase. Mas é isso, somar pontos jogo a jogo”, afirmou.

Palmeiras e Nacional estão no Grupo 2 da Libertadores e brigam pela liderança da chave.


Auxiliar distraído, time sem teto e inimigos amigos: vida de Athirson no PI
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Luciano Borges

Athirson foi expulso.

O ex-lateral esquerdo formado no Flamengo do Rio de Janeiro é agora técnico do Flamengo do Piauí. E, na noite desta quarta-feira, ele comandou sua equipe na vitória por um a zero sobre o River, no jogo de ida da semifinal do Campeonato Piauiense. A partida foi disputada no estádio Albertão, em Teresina. Athirson recebeu o cartão vermelho.

Culpa do bandeirinha Francisco Nurisman Machado Gaspar , nível dois do quadro de árbitros da  CBF. Ele tirou o treinador do sério em dois lances.

No primeiro tempo, Nurisman estava, segundo relato de Athirson, “olhando para a arquibancada”, pouco antes de anotar o impedimento de Augusto, do Flamengo, num contra ataque que prometia ser mortal. “Ele estava lá olhando para o outro lado e até disse: ‘o jogo está aqui’, e ele não gostou muito. Mas quando ele olhou para o campo, viu o Augusto sozinho na frente e levantou a bandeira. Só que ele saiu de trás da zaga”, falou Athirson.

Na segunda etapa, o mesmo Francisco Nurisman não anotou um impedimento do ataque do River. Foi o suficiente. Athirson saiu do banco e reclamou com o assistente. Ele jura que até foi educado. “Não falei palavrões. Nunca fiz isso nem quando era jogador. Mas disse que ele errou porque o cara estava impedido”, contou.

Na súmula, o juiz Antonio Santos Nunes explicou que expulsou Athirson porque o técnico insistiu “em reclamar das decisões da arbitragem com gestos e palavras, dizendo ‘só marca contra a gente, vamos marcar para os dois lados’. Esclareço que já tinha chamado a atenção anteriormente”, explicou o juiz do jogo.

O rigor dos árbitros não é a única novidade que Athirson está encontrando desde que chegou no Flamengo em janeiro. Para começar, ele dirige um time que a imprensa de Teresina chama de “sem teto”. Isto porque o clube vendeu a sede e não tem um centro de treinamento próprio. “Todo dia, a gente espera para saber onde o Flamengo vai treinar”, disse o repórter Sidney Santos, da Rádio Antares. 

A atual diretoria está colocando as finanças em dia. Economiza onde pode. A casa destinada ao técnico não tem internet nem televisão a cabo. Mas Athirson só tem elogios: “Estou gostando daqui. A equipe está indo bem no estadual”, falou referindo-se à boa chance do Flamengo ir à final. Basta um empate com o River.

Athirson parece ter agradado. E ele foi pego de surpresa duas vezes. Na primeira, quando Zé Teodoro foi demitido do River, os torcedores do rival do Flamengo iniciaram uma campanha pela internet pedido a contratação do ex-lateral do Flamengo, Juventus (Itália), Santos, Cruzeiro e outras equipes, para ser o novo técnico.

Depois, durante a partida contra o Parnahyba, a torcida local começou a gritar o nome de Athyrson pedindo sua contratação. No dia seguinte ao jogo, o técnico ficou na cidade de Paranaíba para curtir uma manhã na praia e os boatos de que ele iria mudar de clube foi forte.

 

 

 

 

 


Grêmio deve assinar com TV Globo e Grenal fica somente para TV aberta
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Luciano Borges

O Grêmio adiou para a próxima sexta-feira a reunião do Conselho de Administração que vai anunciar com qual emissora de televisão (Globo ou Esporte Interativo) o clube vai assinar contrato de venda de direitos de transmissão dos jogos do Campeonato Brasileiro de 2019 a 2024. O presidente gremista, Romildo Bolzan Junior, disse ao Blog do Boleiro que a tendência é a de aceitar a proposta global: “A Globo avançou muito na proposta financeira e o Grêmio pensa no melhor negócio”. 

Se esta intenção for confirmada, o clássico Grenal ficará limitado apenas à televisão aberta.

O Internacional anunciou nesta semana que acertou com o Esporte Interativo por dois anos, com a possibilidade de prorrogar mais três temporadas. O acordo vale para televisão a cabo. Os colorados vão faturar entre 22 a 27,5 milhões de reais por temporada. E, ao assinar com o EI (que faz parte do grupo norte-americano Turner Broadcasting) o Inter vai receber R$ 13 milhões de luvas.

O Grêmio tentou convencer o EI a aumentar a proposta inicial. “Ela é muito boa, mas eles não puderam avançar mais”, disse Bolzan. O canal já havia avisado na semana passada que as negociações com o Grêmio pararam. O presidente do clube gaúcho insistiu ainda em apresentar a proposta para o Conselho.

Mas duas reuniões agendadas não puderam ser realizadas, ficando para esta sexta-feira.

O EI já acertou com  Santos, Atlético-PR, Bahia, Ceará, Joinville, Internacional e Paysandu. O canal quer pelo menos oito parceiros.


Luiz Gustavo e o sonho do Wolfsburg: “Queremos fazer história na Liga”
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Luciano Borges

15mar2014---volante-luiz-gustavo-vibra-com-gol-de-abertura-de-placar-do-wolfsburg-no-empate-por-1-a-1-contra-o-braunschweig-pelo-alemao-1394920534633_1920x1080
Fazer história. Este é, segundo o volante Luiz Gustavo, o objetivo do Wolfsburg na Liga dos Campeões da Europa desta temporada. O time alemão já está nas quartas de final do torneio, ao lado de Benfica, PSG e Real Madrid. Aguarda para saber quem vem pela frente depois dos jogos de volta das oitavas de final.
O brasileiro, titular da seleção nacional aos 28 anos, acha que é possível superar que o Wolfsburg encontrar pela frente: “Quem quer sonha alto, não pode escolher adversário”, disse em entrevista por e-mail ao Blog do Boleiro.
Nesta terça-feira, serão definidos mais dois classificados que vão sair dos confrontos PSV x Atlético de Madri e Dinamo Kiev x Manchester City. Na quarta, Barcelona, Arsenal, Juventus e Bayern brigam pela classificação.
Há três anos no clube, depois de uma passagem pelo Bayern de Munique, Luiz Gustavo diz estar à vontade no clube onde Grafite e Josué foram ídolos. Ele lembra que está atuando como segundo volante, mais adiantado e com chance de ir ao ataque. Em 88 partidas, ele já marcou 11 gols. Desempenho mais ofensivo do que no próprio Bayern (seis gols em 100 partidas).
Por isso, quando lembrado da intenção do técnico Dunga de utilizar Renato Augusto e até mesmo Oscar como volantes que armam, Luiz Gustavo reforçou: “Tenho me soltado mais”.
Blog do Boleiro – Até onde o Wolfsburg pode chegar na Liga? Quartas de final é o máximo?
Luiz Gustavo –Sabemos das dificuldades e da concorrência, mas brigamos para fazer história. Estamos trabalhando duro para surpreender mais uma vez e fazer história!
O quanto este time é competitivo? Dá para encarar Real Madrid que, por exemplo, já está classificado?
Quem quer sonhar alto, não pode escolher adversário. Temos que nos preparar para qualquer duelo. Lógico que estamos cientes da dificuldade que seria enfrentar o Real Madrid, pela qualidade de seu time e a força de sua equipe na competição. Jogamos uma liga complicadíssima e temos um elenco com jogadores experientes para lidarmos bem com tudo isso.
 
Qual a principal qualidade de sua equipe?
Equilíbrio. Não somos um time desesperadamente ofensivo, muito menos uma equipe retranqueira. Gostamos de controlar o jogo, valorizar a posse de bola e fazer as coisas na hora certa.
Você está no Wolfsburg desde 2013. Está em casa? O clube que já teve Grafite e Josué é identificado com brasileiros?
Sim, eles gostam muito de nós, brasileiros. Me sinto bem. O clube tem uma boa estrutura e sou feliz vestindo a camisa do Wolfsburg. Espero poder marcar meu nome na história do clube.
 Seleção brasileira: vc foi convocado para os jogos contra Uruguai e Paraguai. O que vc sabe destes dois adversários?
Dois times de muita pegada e força, sobretudo no meio-campo. O Uruguai ainda contará com o retorno de Suárez, o que nos causa uma preocupação extra. Já o Paraguai tem uma defesa bem sólida, e sai muito rápido em contra-ataques. Temos de ter atenção redobrada para não sermos surpreendidos.
Desta vez, Dunga chamou dois volantes de marcação – você e Fernandinho – e está levando o Renato Augusto como um volante mais de armação. Ele disse ainda que o Oscar também pode ser um volante com saída de jogo. Mas você, no Wolfsburgo, não é um volante só de marcação ou está só com esta função?
Tenho me soltado mais. O futebol alemão não te permite ser um volante só de marcação e, desde o meu início de carreira, sempre busquei ser um atleta dinâmico. Hoje, o futebol moderno não te permite ter um cabeça de área que só marque. O volante precisa fazer a transição ofensiva, verticalizar o jogo, chegar como elemento surpresa. Procuro ajudar ao máximo o time dessa forma.

 


Para Lugano, não basta pegada: “Temos que jogar bem na técnica e na tática”
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Luciano Borges

Lugano, a esposa Karina e os filhos no Pacaembu Fotos: Blog do Boleiro

Lugano, a esposa Karina e os filhos no Pacaembu Fotos: Blog do Boleiro

O clássico tinha terminado no Pacaembu. Diego Lugano, só com um segurança ao lado, desceu as escadas da numerada e caminhou na direção dos vestiários do estádio. O São Paulo tinha acabado de ser derrotado pelo Palmeiras por 2 a 0. O zagueiro, tratado pelos tricolores como El Dios, estava de cara fechada. Mas, deixou com que um torcedor andasse ao lado dele, criticando o time e a falta de garra dos jogadores. “Eles precisam ter pegada contra o Trujilo. Fala isso. Você é o único que se salva”, ouviu Lugano.

Acontece que, cerca de 50 minutos antes, ainda no intervalo do jogo, quando ainda estava zero a zero no placar, o próprio Lugano disse ao Blog do Boleiro: “Pegada só não adianta. É preciso jogar bem tática e tecnicamente. Pegada é só um elemento”.

O ídolo uruguaio acha que o São Paulo está evoluindo. Gostou do que a equipe mostrou contra o River Plate. “Está evoluindo. Marcou bem, tocou a bola e foi consistente”, avaliou. E olhe que Lugano considera o River Plate mais forte do que o Trujilanos, adversário do São Paulo nesta quarta-feira, 19h30, na Venezuela. “O River é melhor e é o campeão da Libertadores”, afirmou.

Mesmo assim, Lugano respeita o Trujilanos, time da cidade de Valera (Venezuela), que fica no estado de Trujilo.

“Eu vi o jogo deles contra o River Plate. O placar (4 a 0 para os argentinos) engana. O Trujilano jogou muito bem no primeiro tempo. O goleiro andou falhando e aí ficou mais fácil. Mas é uma equipe bem montada”, analisou.

Diego Lugano logo depois do segundo gol do Palmeiras Foto: Blog do Boleiro

Diego Lugano logo depois do segundo gol do Palmeiras Foto: Blog do Boleiro

O São Paulo é o terceiro colocado do Grupo 1 da Libertadores, com apenas um ponto ganho contra seis do The Strongest e quatro do River Plate. Nos próximos quatro jogos, a equipe brasileira precisa de vitórias. Todas. “Temos que fazer uma Libertadores perfeita daqui para frente. Não temos margem de erro. Precisamos ganhar estes quatro jogos”, falou Lugano.

Ele continua atuando como capitão sem tarja do São Paulo. Neste domingo, ele foi ao estádio. Ficou no vestiário antes do jogo. Voltou para lá no intervalo, sempre com a garrafa térmica prateada e a cuia com o mate. Na numerada, ele se encontrou com a mulher  Karina Roncio  e os filhos mais novos Thiago e Bianca. O quarteto sentou ao lado de um segurança. Mas havia uma cadeira vazia entre o zagueiro e o guarda-costas do São Paulo.

Resultado: foram 21 “selfies” com os são paulinos só ali no setor das cadeiras. No total, Lugano concordou em posar com os fãs até na hora de ir embora, na porta do carro que levou a família e ainda deu carona para o auxiliar técnico Milton Cruz.

Depois da derrota, Lugano não foi ao vestiário. A cara estava fechada. Ele sentiu o mau resultado. Nesta segunda-feira, o São Paulo vai à Venezuela. Serão dois vôos até Valera. Diego Lugano ouviu mais de uma vez os torcedores pedirem para ele comandar o time neste jogo contra o Trujilanos. E escutou um funcionário do Pacaembu perguntar: “Por que não jogou hoje?”. Ele respondeu: “Quarta-feira, quarta-feira”.

 

 

 

 

 


Grêmio decide nesta sexta se será parceiro da Globo ou Esporte Interativo
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Luciano Borges

O Grêmio decide nesta sexta-feira com qual emissora vai assinar contrato de direitos de transmissão dos jogos no período entre 2019 e 2014. “Já não há mais detalhes a serem acertados. Temos as propostas da Globo e do Esporte Interativo e vamos escolher uma delas”, disse o presidente do clube gaúcho, Romildo Bolzan Junior. Quem decidirá será o conselho de administração, composto por sete pessoas, incluindo o próprio Bolzan.

“Seja qual for a decisão, ela deverá ser unânime”, disse o dirigente.

Segundo Bolzan, o clube conversou com os dois lados, especialmente a TV Globo, que precisou mudar a proposta feita já no ano passado. “Na primeira proposta, eles dariam um adiantamento de R$ 30 milhões, num acordo até 2020. Com a entrada do EI na disputa, o valor subiu e não há mais adiantamento e sim luvas”, explicou.

Com a oferta do Esporte Interativo de R$ 550 milhões para transmissão apenas na televisão a cabo e as plataformas digitais do canal, o Grêmio – a exemplo do São Paulo – fortaleceu sua posição para subir e mudar a proposta da Globo, que era de R$1,1 bilhão por cinco anos. Hoje, o dirigente conta com a fórmula de 40% de preço igualitário entre os clubes da série A, mais 30% por participação em jogos e mais 30% por desempenho do time.

A mudança da proposta global provou também a reclamação do dirigente: “Agora estamos em outra condição, mas uma coisa me deixa muito agastado: se a Globo não podia oferecer o que oferece agora, por que não fez isso antes do aparecimento da Turner-EI”.

 

 


Máfia de resultados: inquérito policial investiga caso desde 2015
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Luciano Borges

Desde setembro de 2015, a polícia de São Paulo investiga denúncia de resultados fabricados nas diversas divisões do futebol paulista. Na época, a Federação Paulista de Futebol criou o Comitê de Integridade para investigar e levantar possíveis manipulações provocadas por apostadores. O primeiro levantamento foi entregue ao Ministério Público que requisitou abertura de inquérito. O caso corre em sigilo.

O promotor Paulo Castilho, do Juizado do Torcedor, é quem cuida do caso. Agora, com novas denúncias reveladas pelo jornal Folha de S. Paulo, cinco equipes do de divisões inferiores do futebol paulista foram procurados por representantes de apostadores para que as equipes visadas perdessem jogos. São elas: São José, Catanduvense, Assisense, América de Rio Preto e Barueri.

Estes casos serão levados ao Ministério Público. Pàulo Castilho estuda se pedirá para que eles entrem nas investigações já em curso ou se fará o pedido para outro inquérito.

A Federação descobriu casos que remontam de 2014. Em geral, os apostadores ganham em sites de apostas do exterior. O modo de operar lembra a “Máfia da Loteria Esportiva”, desmontada nos 70. Intermediários negociam com jogadores para que percam jogos. As spostas são descarregadas no jogos onde os resultados estariam garantido via propina.