O cotovelo direito de Fernando Prass foi operado na tarde desta quarta-feira, no hospital Albert Einstein. Cirurgia demorou cerca de três horas e terminou por volta das 17h30. O goleiro do Palmeiras deve ter alta em 24 horas. Aí inicia um trabalho de recuperação com prazo mínimo de cinco meses. Segundo o ortopedista Eduardo Benegas, o procedimento ocorreu como o esperado.

O goleiro vai agora descansar em casa, em São Paulo.

Ele pretende repetir o trabalho físico que fez em 2014, quando sofreu fratura e foi operado no mesmo lugar do cotovelo. Enquanto não pode acionar o braço direito, ele vai ganhar condicionamento físico.

“Vou fazer como fiz em 2014. Eu operei o mesmo cotovelo e como não podia trabalhar o braço, me condicionei fisicamente muito bem. Tanto que, em 2015, quando voltei, tive um dos melhores anos da minha carreira. Quero voltar voando e pagar esta dívida que tenho com a torcida”, publicou nas mídias sociais. 

O que Ingrid de Oliveira, atleta do salto ornamental, e a judoca Rafaela Silva têm em comum?

Ambas passaram por uma experiência traumática em competições internacionais, deram a volta por cima e hoje contam com a mesma profissional em coaching e motivação.

Nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, Rafaela foi eliminada logo na segunda luta, desclassificada por um golpe irregular de mão. No ano seguinte foi campeã mundial.

A participação de Ingrid no Pan Americano de Toronto, no ano passado, teve momentos de baixa. Uma foto dela sentada no trampolim, usando maiô, saiu nas redes sociais e a atleta ficou chocada com os comentários escritos por homens. “Do nada, começou a aparecer um monte de homens que nunca vi na vida comentando absurdos na minha foto. Já tomei a decisão de não postar mais fotos da minha bunda no Instagram por um bom tempo”, desabafou Ingrid na época,  ao Uol.

Para piorar, ela falhou no salto duplo e meio de costas carpado e tirou nota zero.

Depois, na competição de duplas ao lado de Giovanna Pedroso (Botafogo), Ingrid conseguiu a medalha de prata, aliviando a tensão.

A atleta do Fluminense e a judoca formada no Instituto Reação, projeto do campeão Flávio Canto na Cidade de Deus – onde ela nasceu – estão sendo orientadas por Nell Salgado, uma “coach esportiva”, especialista em desenvolvimento e motivação no esporte.

Ela tem no currículo trabalhos com lutadores de MMA e jogadores de futebol, como Willians (Cruzeiro) e o meia Carlos Alberto, do Figueirense.

Nesta quarta-feira, Nell esteve com as atletas (ela também orienta a judoca Mariana Silva, até 63 quilos) na Vila Olímpica. Ela faz parte de um grupo de profissionais que trabalham com a cabeça dos competidores brasileiros. Está credenciada e acompanha de perto.

O trabalho de coach tem importância tão grande para a Rafaela Silva , que ela colocou na ficha publicada pelo COB que a profissão que gostaria de seguir é “psicóloga esportiva”.

Nell garante que as três atletas estão focadas e motivadas.

Blog do Boleiro: Como está a Ingrid para esta Olimpíada? Afinal, no Pan, ela passou dois dissabores e terminou bem. E agora?
Nell Salgado – Está muito bem! A maior dificuldade era trabalhar o principal salto dela –aquele o que ela zerou no Pan- , mas essa questão já foi corrigida. Ela está com os cinco saltos preparadíssimos.

O que você trabalhou com ela?
Trabalhamos muita auto percepção corporal para os ajustes nos saltos e visualização para aumentar a segurança .

Assim como fechar os olhos, lembrar como o corpo deve se mover e aí fazer o movimento?
Exatamente! O cérebro recria com detalhes o ambiente, a movimentação, os movimentos a serem executados e os resultados. É uma ferramenta incrível para o atleta!

Rafaela Silva durante o Mundial de 2013

E as judocas, como estão do ponto de vista motivacional?
A Rafa e a Mari são mais experientes, estão na segunda olimpíada e estão com foco total. Fizemos um trabalho muito forte de base psicológica. Elas estão muito bem preparadas para esse momento.

Curiosamente, a Rafa também vem de um erro (mão errada), só que em Londres. Já é uma coisa do passado?
Com certeza! A Rafa é uma atleta especial. Além da força mental nata, ela cresce muito sob pressão, principalmente em casa. Competir no Rio de Janeiro só traz boas lembranças e a faz crescer em confiança e motivação.

Qual a estratégia para melhorar o desempenho destas meninas?
Meu trabalho como coach é dar ferramentas para que qualquer emoção das atletas seja transformada em combustível. Nesse caso é trazer ao consciente de cada uma delas o que as trouxe até o que as trouxe até esse momento, o que elas estão indo “buscar” na verdade, o que “uma medalha olímpica” vai trazer pra vida e para a história de cada uma delas.

Esta é a ideia principal?
A idéia é sempre a motivação e a confiança. O foco está nos ganhos.

Antonio Carlos Zago vai ter que esperar pelo desempenho do São Paulo diante do Santa Cruz, Botafogo e Internacional antes de montar a estratégia para enfrentar o tricolor paulista no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. O técnico do Juventude (RS) prefere nem analisar o adversário. “Eles vão trocar de treinador”, disse ao Blog do Boleiro.

Enfrentar o São Paulo com o mando de jogo na partida de volta é outro mistério no planejamento de Zago para seu time que é o quarto colocado do grupo B da Série C do Campeonato Brasileiro. Hoje, a equipe de Caxias do Sul estaria classificada para a segunda fase do torneio.

O Juventude vai mandar o confronto revanche no Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, que tem capacidade para 23 mil pessoas.

Blog do Boleiro: Que tal encarar o São Paulo nas oitavas de final de Copa do Brasil?
Antonio Carlos Zago: Qualquer um que nós pegássemos ia ser difícil

Você precisa estudar o São Paulo ou já vinha acompanhando?
Eles vão trocar de treinador, então o jeito de jogar deve ser diferente

Como anda o Juventude? Vocês estão em quarto lugar no grupo B e classificam quatro times?
Cresceu, faltam sete rodadas e acho que temos condições de classificação.

E jogar em casa a segunda contra o São Paulo, ajuda?
Até agora jogamos sempre a primeira em casa. Então não sei te dizer se é melhor.

A imagem do mosaico que a torcida do Palmeiras mostrou na final da Copa do Brasil, no ano passado, e o carinho que o jogador vem recebendo desde que soube que vai ficar parado por até seis meses são o motivo para que Fernando Prass deixe a tristeza de lado e passe a encarar o futuro com otimismo. “Este carinho me deu a motivação  e o ânimo para trabalhar neste tempo todo”, disse ao Blog do Boleiro.

Prass vai se internar no Hospital Albert Einstein nesta terça-feira. No dia seguinte, será submetido a uma cirurgia do cotovelo direto. Tempo estimado de recuperação: de quatro a seis meses.

O goleiro palmeirense faz planos e sabe como superar a tristeza de parar quando estava tendo a chance pela primeira vez de servir à seleção brasileira, aos 38 anos de idade.

MOMENTO DIFÍCIL
“É um momento difícil que estou passando. Mas faz parte da carreira do jogador. Eu vinha num momento muito bom no Palmeiras e cheguei à seleção brasileira olímpica quando muitos não acreditavam mais. Agora é focar na recuperação”

SELEÇÃO: SONHO NÃO MORREU
“Por que não sonhar em chegar à seleção aos 39 ou 40 anos? O mais difícil eu consegui: cheguei na seleção olímpica aos 38. Posso tentar outra vez”.

MOSAICO INSPIRADOR
“Agora é trabalhar a cabeça e lembrar de coisas boas, como visualizar a final da Copa do Brasil no dia 2 de dezembro de 2015, quando a torcida mostrou aquele mosaico com a minhas imagem. Assim vou trabalhar para a volta”

VOLTAR VOANDO
“Vou fazer como fiz em 2014. Eu operei o mesmo cotovelo e como não podia trabalhar o braço, me condicionei fisicamente muito bem. Tanto que, em 2015, quando voltei, tive um dos melhores anos da minha carreira. Quero voltar voando e pagar esta dívida que tenho com a torcida”

DÍVIDA E CARINHO
“Desde que disse que ia voltar para o carinho da família e superar este momento, não paro de receber manifestações de carinho da torcida do Palmeiras. Esta é um dos motivos que me dão asas”. 

A cirurgia do cotovelo direito do goleiro Fernando Prass foi marcada para esta quarta-feira no Hospital Albert Einstein. O jogador foi examinado hoje pelo ortopedista  Eduardo Benegas, ortopedista especializado em ombro e cotovelo, que já tinha cuidado de Prass há dois anos, quando ele sofreu fratura no mesmo local.

Ficou constatado uma refratura do cotovelo  nos exames que o arqueiro do Palmeiras fez nesta segunda-feira. Ou seja, ele sofreu uma fratura no mesmo lugar da anterior. Isso não muda ou piora a expectativa de retorno aos campos: de quatro a seis meses.

Este é o tempo para tirar Fernando Prass da disputa do Campeonato Brasileiro, além da decepção de ter ficado de fora da Olimpíada. Quando foi chamado para ser o goleiro do selecionado olímpico, Prass se tornou candidato a titular da posição na equipe principal que será dirigia por Tite.

Piscina para aquecimento do Centro Paraolímpico Brasileiro, no bairro do Jabaquara, zona sul de São Paulo. Atletas olímpicos se preparam para os Jogos do Rio, cinco dias antes de entrarem na Vila Olímpica. Thiago Pereira (nado medley), João Gomes (peito), Etiene Medeiros (costas), Nicolas Nilo Oliveira (livre) estão indo e vindo nas raias junto de Kaio Márcio (borboleta), Larissa Oliveira (livre), Daiene Dias, (borboleta) e outros. O ritmo é lento. E tem trilha sonora: ““See Me Feel Me/Listening To You”, faixa da ópera rock Tommy, do grupo inglês The Who, lançada em 1969.

O som sai de uma caixa acoplada ao “tablet” do técnico da equipe brasileira Alberto Pinto da Silva, o Albertinho. Já é quase uma tradição. Nas viagens de van, os atletas ouvem a lista de canções do chefe. E ela passa por clássicos do rock e de bandas mais recentes. “Tenho Guess Who, Bad Company, The Who, mas tenho também Rage Against The Machine, Artic Monkeys, Audioslave e Black Keys. É bem misturado”, disse Albertinho do Blog do Boleiro

Misturado, porém não tão junto. Afinal, os nadadores vão ouvindo músicas que não conheciam. “Eles até reclamam, mas tenho colocado coisas que eles gostam, como rap do Criolo, Tupac Shakur e Eminem”, contou. 

Nicolas Nilo até reparou: “Outro dia, o Albertinho pôs um rap que eu gosto. Está de parabéns”, disse o velocista que vai disputar medalhas em quatro provas (100, 200, 4×100 e 4×200). Ele acha a ideia de treinar com trilha sonora uma ótima ideia. E a explicação é bem sincera: “Deus me deu o talento de nadar, mas não é o que mais gosto de fazer. Treinar é chato, uma atividade silenciosa e solitária”, disse.

Por isso, Nicolas não se separa dos sons que gosta. “Digo sempre que minha bagagem é a touca, os óculos e o Ipod”, falou antes de listar os favoritos: “Jovelina Pérola Negra, Fundo de Quintal, Adoniran Barbosa, samba da velha guarda, hip hop e, antes das provas, reggae que me deixa mais relaxado. Adoro Bob Marley””,completou.

O gosto de João Gomes passa pelo samba e avança para outro som de raiz brasileira: “Por causa do meu pai, aprendi a gostar da velha guarda do sertanejo, como o Trio Parada Dura”, disse o especialista no nado peito que está entre os três mais rápidos do mundo na atualidade.

João e Nicolas acham que a ideia de Albertinho fornecer uma trilha sonora para o treino é bem vinda. “Fica mais descontraído e agitado. Nesta fase então, é só treino, treino e treino”, afirmou Gomes.

Alguns nadadores andaram testando outros meios de animar treinos no aquecimento e na hora de “soltar”, depois do trabalho. Ele apareceram com fones de ouvido que já reproduzem músicas e são à prova d’água. Não dá, no entanto, para eles se isolarem das orientações dos técnicos.

Na última quinta-feira, as meninas do revezando 4 x 100 treinaram largada e troca de nadadoras. A cada tiro, elas foram gravadas em vídeo e depois se reuniram com os analistas e treinadores. Um software chamado Dartfish mostra os movimentos das atletas a cada frame, o que ajuda a entender o que elas estavam fazendo de certo ou errado nos movimentos.

No período em que a equipe do Brasil passou no hotel no bairro da Vila Olímpia, numa rua chamada Olimpíadas, o trabalho mais pesado foi feito na parte da manhã em uma academia de ginástica onde Albertinho já orientou uma equipe formada por César Cielo no passado.

Esta rotina veio acrescida de novidades como o óculos que emite uma luz verde e tem por objetivo manter o metabolismo do corpo como se ainda fosse dia, mesmo às 22h00. Meia hora de aplicação adia o sono e engana o organismo para manter os nadadores espertos e prontos para as finais, todas programadas para o final da noite para atender os interesses das emissoras de televisão dos Estados Unidos e Ásia.

Tempo livre, com horas a mais acordado de noite, requerem distração. Uma delas foi jogar jogos de tabuleiro como War e Imagem & Ação. Com um adicional de emoção: no jogo de guerra, algumas alianças são feitas entre nadadores que trocam informações pelo whatsapp. Além de risadas, esta manha gerou broncas de nadadores como Manuella Lyrio, que vigia e denuncia “trapaças”.

Aliás, é dela a citação da frase favorita que pode se aplicar a atletas de alto nível da natação:  “Insanidade é fazer sempre a mesma coisa esperando resultados diferentes”.