Blog do Boleiro

Atleta olímpica, Michelle Fratus defende marido no episódio “estou felizão”
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Luciano Borges

Bruno e Michelle posam para selfie na casa em Auburn, Alabama (EUA)

Bruno e Michelle posam para selfie na casa em Auburn, Alabama (EUA)

Michelle Lenhardt Fratus, ex-nadadora olímpica, saiu em defesa do velocista Bruno Fratus, de quem é esposa.
Atleta de fitness, ela lembrou que o nadador, que viu frustrada a tentativa de ganhar medalha na prova dos 50 metros nado livre nos Jogos do Rio, se nega ''a representar um personagem como muitos esperam''.

Michelle se referiu ao modo como o nadador, respondeu à repórter Karin Duarte, da Sportv, ao vivo, logo depois da prova na noite desta sexta-feira. Fratusta terminou em sexto lugar. Ouviu: ''Sai chateado?''. E respondeu: ''Não, estou felizão, né? Fiquei em sexto. Desculpa, né, mas…tô, bastante''.

Depois, Bruno conversou com a repórter e se desculpou pela resposta.

Neste sábado, nas mídias sociais, o nadador recebeu elogios e críticas. E Michelle saiu em defesa de Fratus:

Poucos são os que conhecem a rotina de um atleta.

Poucos sabem das abdicações, das dores, dos sofrimentos diários. É a doação de uma vida em prol de resultado almejado, ainda mais em nível olímpico, que sim é para POUCOS no mundo.

Há quatro anos a medalha não veio por apenas dois centésimos. Vocês já mediram isso num cronômetro?

Tentem!

O treino de um atleta olímpico de natação na prova dos 50m livre que dura apenas 21 segundos (se ele conseguir nadar pra 21″ pois TAMBÉM É PARA POUCOS no mundo) começa em 4 anos.

São 4 anos de dedicação em 21″.

Tenho muito orgulho de ti @brunofratus por ser meu ídolo e modelo de excelência no que faz.

E mesmo sendo tão espontâneo e áspero para algumas pessoas por nunca perder teu caráter e se negar a representar um personagem como muitos esperam, eu conheço muito bem teu coração nobre e a vontade de ser alguém melhor do que tu foi ontem.

Aliás, esse é o propósito da vida, não? Evoluir sempre!

🙏🏼❤️ EU TE AMO!


Após vitória histórica, Marta agradece companheiras: “Vocês me reergueram”
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Luciano Borges

Estádio do Mineirão, madrugada deste sábado, vestiário da seleção brasileira. O time ainda comemorava a classificação para a semifinal do torneio de futebol feminino dos Jogos Olímpicos do Rio. A atacante Marta, cinco vezes eleita a melhor do mundo, deixou as companheiras e a comissão técnica emocionadas. Poucas pessoas resistiram ao choro ao ouvir o que a estrela da companhia disse, com voz embargada.

E foi mais ou menos assim, como o Blog do Boleiro apurou:

''Quero agradecer a todas vocês. Quando perdi aquele pênalti, meu mundo acabou. Porque sei que era o fim de um sonho e o fim para uma geração que vem lutando e abrindo caminho para gente nova. E foram as meninas mais novas, as primeiras a me confortarem quando eu voltava lá da área do pênalti. Vocês me reergueram, me consolaram e lembraram que a Bárbara ia defender o último pênalti. Eu que sou velha, estava morta. Desabei. As mais novas e o time me trouxeram pra cima. Por isso muito obrigado''.

Assim terminou a aventura das meninas brasileiras nas quartas de final. Depois de mais de duas horas correndo em grande intensidade, as seleções de Brasil e Austrália terminaram empatadas sem gols. A decisão foi para as penalidades. Até a quinta cobrança ninguém errou. Marta foi a última da primeira série. E viu a bola que chutou no canto direito ser desviado pela goleira Williams.

Com a camisa sobre o rosto, a principal jogadora do país voltou para o meio de campo. No caminho, ela foi consoladas por Debinha e Andressinha, jogadoras da nova geração do futebol feminino. No gol, enquanto se preparava para a última tentativa australiana, a goleira Bárbara rezou. ''Pedi a Deus para me ajudar a defender o pênalti. Não seria justo a gente ser eliminada com um erro da Marta. Ela não merecia'', contou depois.

Antes, Bárbara defendeu a cobrança de Gorry. Depois, nas penalidades alternadas, garantiu a vitória brasileira ao desviar a bola chutada por Kennedy.

A seleção deixou Belo Horizonte neste sábado, ainda comentando como a torcida no Mineirão foi importante. ''Teve aquele canto dos atleticanos (''ah, eu acredito''), a apoio que deram à Marta e os gritos o tempo todo. Foi do cacete'', disse Marco Aurélio Cunha, coordenador do futebol feminino da CBF.

TESTE COM CRISTIANE

Já no Rio de Janeiro e na Vila Olímpica, as jogadoras ganharam descanso. Cristiane continua fazendo tratamento para se recuperar de lesão no músculo posterior da coxa direita. A atacante e maior artilheira do futebol feminino em Jogos Olímpicos, será avaliada nesta segunda-feira. O técnico Vadão espera para saber se poderá escalar a jogadora diante da Suécia, na terça no Maracanã.

''Acredito que já volto sim'', disse Cris que já não é mais o único problema do time brasileiro. Ainda neste domingo, a lateral Fabiana será examinada. Ela sofreu uma torção no tornozelo direito. Só um exame de imagem poderá definir o grau de gravidade. ''Ela precisa estar bem. É uma jogadora de explosão e velocidade'', disse Cunha.


Flamengo: Fernandinho, agora na direita, elogia decisão de Zé Ricardo
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Luciano Borges

Selfie do Fernandinho

Selfie do Fernandinho

Aos 30 anos de idade, doze deles como jogador de futebol, Fernandinho está aprendendo a jogar numa posição diferente. A ideia é do técnico Zé Ricardo, que decidiu montar o ataque do Flamengo com dois jogadores e aproveitar Everton pelo lado esquerdo. ''Ele está voando por lá'', admitiu Fernandinho que, apesar de canhoto, está jogando mais pelo lado direito.stá dando certo'', completou.

Acostumado a entrar pela esquerda, ir à linha de fundo e cruzar, Fernandinho agora está aprendendo a trabalhar com o corpo invertido. Ele é canhoto. ''É uma nova adaptação na minha vida. Quando estive no Atlético Mineiro, eu cheguei a cair pela direita do campo, mas era mais numa troca de posições do ataque em alguns lances. Agora estou mais fixo'', explicou ao Blog do Boleiro.

Neste sábado, o Flamengo enfrenta o Sport na Arena Pernambuco (Recife). Com 34 pontos, o time carioca inicia a rodada em quarto lugar e já acumula 10 vitórias. Isso levando em conta que o time ainda não jogou em casa, no Maracanã, que está a serviço dos Jogos Olímpicos do Rio. Jogar fora mostrou a Fernandinho o tamanho da torcida rubro-negra.

''Ela comparece em todos os jogos que disputamos. É impressionante. A gente precisa até manter os pés no chão para não entrar na empolgação da torcida, que é grande'', falou.

Acostuma a ser garçom, com muitas assistências e poucos gols, Fernandinho está jogando ao lado de Guerrero que vai completer 50 jogos pelo Flamengo. ''É um centroavante de muita qualidade. Ele facilita a gente porque se coloca muito bem na area'', disse Fernandinho, que virou ponta-direta.


Presidente do Botafogo: “Se Ricardo Gomes sair, não foi porque dispensamos”
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Luciano Borges

 ''De nossa parte, se houver alguma saída do Ricardo Gomes, não será o Botafogo que está dispensando. Isso mostra como encaramos o trabalho dele aqui''. Foi assim que o presidente do clube carioca, Carlos Eduardo Pereira, respondeu à pergunta do Blog do Boleiro se ele estaria chateado com a saída do treinador, que -segundo informações desta sexta-feira, teria acertado a ida para o São Paulo.

Esta não foi a primeira vez em que o treinador recebeu convite de outra equipe. Em maio deste ano, o Cruzeiro dispensou Deivid e ofereceu um salário três vezes maior para trazer Ricardo Gomes. O Botafogo entrou em ação e segurou o técnico. ''Ali, com certeza tivemos um ajuste salarial para manter o Ricardo''.

Agora não.

Segundo o presidente, a postura desta vez foi a de aguardar pelas conversas entre Ricardo e os dirigentes são paulinos. ''O Botafogo vem acompanhando, num diálogo normal com o Ricardo e aguardando o desfecho do caso'', falou por às 17h35, quando já se noticiava a saída do treinador. Nesta sexta, Ricardo Gomes evitou a rotineira entrevista coletiva pré-jogo.

Mas neste sábado, antes do treino da manhã marcado para às 10h00 em General Severiano, Carlos Eduardo e Ricardo Gomes vão falar com os jornalistas. ''Vamos dar os esclarecimentos sobre este caso'', disse o presidente.

Ele não quis admitir que Ricardo está deixando o clube. ''Se eu falar alguma coisa, vou estragar a coletiva'', disse.

Mas, perguntado se já estaria telefonando para outro técnico, a resposta de Pereira foi esta: ''Não precisamos ligar para ninguém''.

No dia 22 de julho de 2015, depois da liberação dos médicos, Ricardo Gomes assinou contrato com o Botafogo. O técnico vinha de um período de recuperação de um AVC hemorrágico que durou quatro anos. No comando da equipe carioca, ele foi campeão da Série B do Campeonato Brasileiro. A aposta da direção botafoguense deu certo e o relacionamento com Ricardo Gomes tem sido dos melhores.

 


Depois do susto, ex-santista diz: fumaça de incêndio atrapalha respiração
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Luciano Borges

Breitner tirou esta foto da janela do apartamento

Breitner tirou esta foto da janela do apartamento

Da janela do apartamento onde mora em Funchal, na Ilha da Madeira, Breitner consegue ver o Oceano Atlântico com um céu cinza. “É uma mistura de céu nublado com a fumaça”, disse o meia formado na base do Santos e que hoje atua no União da Madeira, time da 2ª Liga de Portugal.

A tarde desta quinta-feira estava ensolarada, mas a fumaça do incêndio florestal criminoso que começou na última terça-feira e deixou pelo menos três mortos, cerca de 200 casas e prédios destruídos ainda está no ar. “Fica complicado pra respirar”, contou o jogador ao Blog do Boleiro.

A boa notícia do dia é que o bombeiros conseguiram controlar o incêndio. Existe apenas um fosso ativo na freguesia de Calheta. Os turistas – cerca de mil deles – que haviam sido evacuados de Funchal, receberam sinal verde para voltarem aos hotéis.

Com isso, o jogo entre o União e o Braga B foi mantido para este domingo à tarde no Centro Desportivo da Madeira, em Funchal, capital da ilha que é região autônoma de Portugal.

É a segunda partida do time de Breitner na temporada. Na estreia, o União venceu o Freamunde por um a zero, na casa do adversário.

Depois do treino da manhã, o meia conversou com o Blog do Boleiro e contou como ficou assustado na terça-feira, quando o incêndio chegou muito perto de Funchal  e o impediu por quatro horas de chegar em casa onde a mulher dele, Lina, se encontrava.

Blog do Boleiro: Conte como foi o sufoco com o incêndio?
Breitner:
Depois do treino da tarde. Eu saí em direção a minha casa e não conseguia atravessar o centro da cidade. Havia uma grande nuvem de fumaça e alguns focos de incêndio no centro.  Só depois de umas quatro horas de espera, consegui chegar. Minha esposa, Lina, estava em casa, assistindo tudo aquilo pela televisão, muito preocupada comigo pois estava preso no trânsito muito perto de onde estava acontecendo tudo.

Como você fez para manter a calma?
Eu e minha mulher ficamos  falando o tempo todo no celular.

Como está a situação agora?
Graças a Deus, na terça à noite e com muito custo, os bombeiros conseguiram aliviar a situação. E ela estava muito complicada também pelo forte vento que fazia na ilha. Ainda tem alguns focos de incêndio, mas agora estão mais longe do centro e em algumas freguesias da ilha.

Os jogadores comentaram do incêndio? Os caras da Madeira já tinha visto isso antes?
Tem alguns jogadores aqui que são da ilha. Ontem, inclusive, o atacante Nuno Viveiros não foi ao treino, porque  a casa dele estava muito perto de um forte foco de incêndio.

Os jogadores da Ilha da Madeira comentaram alguma coisa de outro incêndio como este no passado?
Aqui teve uma situação bem parecida e assustadora há uns 11 anos. Mas foi uma forte ressaca do mar.

Este incêndio deixou marcas por aí onde você mora?
Deixou muita poeira. A cidade está com aquela longa nuvem de fumaça. A poluição do ar está muito forte.

Atrapalha a respiração?
Atrapalha bastante. A umidade está muito baixa e junto com esta poluição, fica complicado pra respirar.

Como está sendo esta experiência na Ilha da Madeira, terra de Ronaldo?
Pessoalmente, está sendo muito boa. Estou ganhando a experiência de jogar na Europa. Vou para minha segunda temporada. Espero que esta seja melhor do que a passada, para dar um salto novamente na minha carreira.

E a Ilha da Madeira, você gosta? Como é a comida? Como os locais tratam você?
Aqui é muito bom, muito seguro. Nota mil em termos de beleza. O tratamento dos madeirenses com a gente é muito bom. Fomos muito bem recebidos. Não temos nada a reclamar. Aqui se come muito frutos do mar. E encontramos aqui tudo o que comemos no Brasil.

O União é um clube bem estruturado?
É um ótimo clube. Tem tudo que um jogador precisa pra realizar seu trabalho. A estrutura é ótima.

Como você tem jogado aí?
Jogo na posição que sempre joguei,meia com a camisa 10. Graças a Deus estou indo bem. Fizemos uma excelente pré temporada e começamos muito bem o campeonato.

Na terça-feira, Breitner registrou a fumaça do incêndio que chegou a Funchal

Na terça-feira, Breitner registrou a fumaça do incêndio que chegou a Funchal

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Brasil x Argentina: no basquete, capitães podem trocar bandeiras pela paz
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Luciano Borges

O secretário de Esporte de Alto Rendimento do Brasil, Luiz Lima, e o subsecretário de Esporte e Alto Rendimento da Argentina, Orlando ''Tato'' Moccagatta, anunciaram nesta quarta-feira o início de uma campanha para acalmar os ânimos de torcedores brasileiros e argentinos durante os Jogos Olímpicos do Rio/2016.

Os dois dirigentes conversaram e iniciaram uma campanha para que, de acordo com o ex-nadador Lima, ''o brasileiro abrace o argentino e o argentino abrace o brasileiro''.

Para isso, ''Tato'' contou que o Chancelaria da Argentina já foi procurada para que elabore mensagens de paz para os torcedores que estão em terras cariocas. Além disso, haverá uma conversa com os chefes de modalidades e os capitães das equipes. ''Queremos que cada um deles aproveite as entrevistas ou conferências de imprensa para pedir um bom comportamento de todos'', disse. Além disso, os atletas dos dois países serão estimulados a passarem recados via mídias sociais.

Depois do confronto entre Brasil e Argentina no torneio de rugby masculino, os jogadores das duas equipes se reuniram e se abraçaram. Foi o primeiro gesto do dia que mostra a disposição dos atletas olímpicos em conter o ímpeto de torcedores do futebol. Os argentinos venceram por 31 a 0. Na guerra de torcidas, vaias e até o gesto com sete dedos, lembrança da goleada que a seleção brasileira de futebol sofreu para a Alemanha no Mundial de 2014.

Neste sábado, Brasil e Argentina disputam um clássico do basquete masculino sul-americano. Os dirigentes estudam a possibilidade das equipes entrarem em quadra juntas, com cada capitão carregando a bandeira do outros país.

''É preciso neste momento a gente não trazer este mundo do futebol, onde esta rivalidade é extrema, para a Olimpíada. Temos que ter uma rivalidade positiva'', afirmou Lima. 

Desde a cerimônia de abertura da Olímpiada, os brasileiros mostram uma disposição de tornar os rivais argentinos em alvos preferenciais. Quando os atletas argentinos entraram no desfile das delegações no Maracanã, a vaia foi forte. Depois, o tenista Juan Martin Del Potro foi hostilizado no jogo em que venceu Novak Djokovic. Em outra partida de tênis reunindo Juan Martin Del Potro e o português João Sousa, dois torcedores, um brasileiro e outro argentino, brigaram e foram levados para fora da arena. A temperatura vem aumentando.

O jornal La Nación, de Buenos Aires tratou do assunto e afirmou que a história rivalidade esportiva entre Brasil e Argentina esá passando de ''festiva para perigosa''.

O clime mais ácido vem desde a Copa do Mundo no Brasil em 2014, quando o Rio de Janeiro e outras cidades conviveram com invasões argentinas e o canto provocador dos adversários, aquele ''Brasil, decime qué se siente'' (Brasil, diga-me como se sente).

A atitude hostil dos cariocas está se espalhando pelas ruas, longe dos eventos olímpicos. No texto do La Nacion, há o relato de um caso em que argentinos foram ofendidos enquanto tiravam uma foto com a bandeira do país.

Luiz Lima lembra que esta animosidade não tem sentido de existir. ''Brasileiro e argentinos têm muita coisa em comum. São dois países cercados de enormes desafios na política, economia e na estrutura esportiva. Mas sempre tive amigos atletas da Argentina que torceram por mim em Jogos Olímpicos.

Além disso, Lima chamou a atenção para um fato: em 2018, Buenos Aires será sede dos Jogos Mundiais da Juventude. ''Temos que tratar os argentinos muito bem aqui e que em Buenos Aires eles nos tratem bem''.

 


Gaviões da Fiel responde a Elias e Corinthians estuda como aliviar tensão
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Luciano Borges

A diretoria de futebol do Corinthians calcula que o episódio envolvendo Elias e a torcida organizada Gaviões da Fiel não é um grande problema. Mesmo assim, os dirigentes conversam para encontrar uma ação de amenize a tensão provocada pelo meia.

Depois do empate em 1 a 1 com o Cruzeiro, o jogador se mostrou insatisfeito com as vaias e cobranças vindas da arquibancada. E cometeu o ''sacrilégio'': ''Foi um jogo difícil, não conseguimos a vitória nesse final. Mas, pô, nesse final, a nossa torcida parece que virou a torcida do São Paulo, reclamando, vaiando'', disse.

A Gaviões esperou um dia para responder publicamente. E mandar recado: ''Nossa diretoria rechaça toda e qualquer comparação – tenha ela o intuito que for – com qualquer torcida que seja. Comparar-nos é um desrespeito para com a única torcida publicamente reconhecida por uma fidelidade inigualável.''

Duvidar da fidelidade e criticar o comportamento dos organizados já é terreno perigoso, mas comparar com a torcida do São Paulo foi o suficiente para Elias se tornar alvo dos torcedores.

''Pelo que entendi, a torcida achou que o Elias falou o correto sobre as vaias. O que não gostaram foi por ele ter comparado com a torcida do São Paulo'', disse o diretor de futebol Eduardo Ferreira ao Blog do Boleiro. Homem ligado à uniformizada, ele garantiu que os ânimos estão calmos: ''Tudo certo já. Vamos em frente''.

Leia a nota oficial da Gaviões:

NOTA OFICIAL SOBRE DECLARAÇÃO DO JOGADOR ELIASEm 1969, jovens amigos idealizaram o que viria a ser a maior torcida organizada do País e decidiram reforçar no nome da entidade a fama que há tempos a torcida já havia conquistado: a de ser Fiel.Desde então, os Gaviões levam a sério tal fidelidade, tendo não apenas como um orgulho, mas acima de tudo como um compromisso. Onde quer que o Corinthians jogue, fazemo-nos presentes, até mesmo quando tentam nos proibir e/ou censurar (vide jogos recentes).Tendo esse princípio em mente, nossa diretoria rechaça toda e qualquer comparação – tenha ela o intuito que for – com qualquer torcida que seja. Comparar-nos é um desrespeito para com a única torcida publicamente reconhecida por uma fidelidade inigualável.E, nesse sentido, o jogador Elias errou feio. Não aceitamos o que foi dito de jeito nenhum!

Em compensação, estamos de acordo com o restante do discurso.

Nós, dos Gaviões da Fiel, que tanto lutamos pelas festas populares e apaixonadas nos estádios, lamentamos que, ano após ano, dirigentes, emissoras e federações estejam mercantilizando nossa paixão e criando uma espécie de neo-torcida.

Nunca fomos adeptos das vaias e críticas durante o jogo, pois consideramos que o papel fundamental e indispensável da nossa torcida é apoiar e incentivar o Corinthians. Dentro da nossa fidelidade pública, sempre houve a unânime opinião de que nossa torcida era capaz de ganhar jogos com a forma que inflamamos os jogadores dentro do campo.

Em relação a isso, a ordem natural das coisas sempre foi (e deveria continuar sendo) uma só: quem está dentro de campo, se inflama por quem está fora. Jamais o contrário, como vem acontecendo nos últimos anos.

Sabemos da importância da cobrança e temos vasto histórico como órgão fiscalizador e uma força independente, seja para os assuntos futebolísticos ou administrativos. Sendo assim, respeitamos a insatisfação de todos, mas acreditamos que a postura de parte da torcida Corinthiana nos últimos jogos colocam à prova o título de Fiel que sempre tivemos como indiscutível.

Não há fidelidade parcial. Apoiamos incondicionalmente. Jamais optaremos por não apoiar.

Durante os 90 minutos de partida, os Gaviões da Fiel continuarão – como sempre – cantando, apoiando, incentivando e fazendo de tudo para que dentro de campo os jogadores ouçam nosso apelo, se motivem e joguem por nós. Com nós.

Em contrapartida, no extra campo, persistiremos na luta contra a modernização do futebol, processo este que culmina não apenas no afastamento do povo preto e pobre das arquibancadas, como em novos padrões e preceitos de jogadores, administradores e até mesmo torcedores, como os que infelizmente hoje motivam esta nota.

Como sempre, reforçamos: somos absolutamente contrários ao futebol moderno e todos seus frutos malditos.

// GAVIÕES DA FIEL TORCIDA \\


Rafaela Silva: quadro e moldura para medalha de ouro foi comprada em 2013
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Luciano Borges

Há pouco mais de três anos, Rafaela Silva comprou o quadro com moldura, encaixe e até o prego onde vai colocar a medalha de ouro olímpica que conquistou nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro. Ele está guardado no apartamento onde a judoca mora no bairro do Méier. O gesto fez parte do trabalho de mentalização que Rafaela vinha fazendo desde os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.

Depois de ser eliminada naquela competição por ter feito um golpe irregular diante da húngara Hedvig Karakas, na categoria até 57 quilos, Rafaela inciou um trabalho para retomar a confiança e esquecer as críticas e ofensas – algumas racistas – que a deixaram abalada.

No ano seguinte, no Rio de Janeiro, ela se sagrou campeã mundial. Agora, se tornou na segunda mulher a ganhar ouro olímpico no judô e é o primeiro atleta da delegação brasileiro a subir no alto do pódio nestes Jogos do Rio/2016.

Comprar o quadro onde vai colocar uma medalha de ouro está se tornando um hábito. Rafaela fez isso antes do Mundial de 2013. Deu certo.

Para a judoca da Cidade de Deus, revelada no judô pelo Instituto Reação, ONG criada por Flávio Canto, um dos motivos do desempenho de ouro foi o trabalho que fez com a coach Nell Salgado. ''Ela trabalhou na minha concentração e confiança'', disse depois da luta final.

A última conversa entre a judoca e sua ''coach'' esportiva foi neste domingo. ''A Rafaela não conversa no dia de lutar. Ela é muito focada e funciona muito bem sob pressão'', disse Nell.

Ela revelou que durante o trabalho ''de visualização e mentalização'', um dos temas abordados era se Rafaela iria se perdoar se não conseguisse ganhar uma medalha. Mas o principal estava em outro lugar: ''O foco está nos ganhos que ela vai ter com esta conquista''.

Blog do Boleiro – A Rafa vinha de um erro (mão errada) em Londres. Esta falha saiu do Já é uma coisa do passado?
Nell Salgado – Com certeza! A Rafa é uma atleta especial. Além da força mental nata, ela cresce muito sob pressão, principalmente em casa. Competir no Rio de Janeiro só traz boas lembranças e a fez crescer em confiança e motivação.

Qual foi a estratégia para melhorar o desempenho dela?
Meu trabalho como coach é dar ferramentas para que qualquer emoção das atletas seja transformada em combustível. Nesse caso é trazer ao consciente de cada uma delas o que as trouxe até esse momento, o que elas estão indo ''buscar'' na verdade, o que ''uma medalha olímpica'' vai trazer pra vida e para a história de cada uma delas.

Esta é a ideia principal?
A idéia é sempre a motivação e a confiança. O foco está nos ganhos.

 

 

 

 

 


Depois de fracasso no Cruzeiro, Paulo Bento assume Olympiakos, da Grécia
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Luciano Borges

Depois da mal sucedida passagem pelo Cruzeiro, o português Paulo Bento vai dirigir a equipe do Olympiakos, da Grécia. Ele acertou contrato por duas temporadas e será apresentado oficialmente nesta quarta-feira, quando já vai dar o primeiro treino. Ele leva junto quatro assistentes, os mesmos que estavam no time mineiro.

O treinador português vai ser o sucessor do espanhol Víctor Sanchez. E já ganhou o primeiro reforço: o armador André Martins que está disputando pela seleção de Portugal o torneio de futebol dos Jogos Olímpicos do Rio/2016.


FJF não paga dívida e atacante brasileiro continua “asilado” na Jordânia
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Luciano Borges

Foto selfie de Kleyr ainda na residência do embaixador do Brasil na Jordânia

Foto selfie de Kleyr ainda na residência do embaixador do Brasil na Jordânia

Kleyr ainda não deixou a Jordânia. O atacante continua abrigado na residência oficial do embaixador do Brasil, Francisco Luz, sob o risco de ser preso por não ter pago mais de seis meses de aluguel de um apartamento. Na verdade, esta despesa deveria ter sido quitada pelo Al-Faisaly, clube da primeira divisão, que contratou o brasileiro no ano passado e deve ao atleta mais de 30 mil dólares em salários atrasados.

O jogador  reclama agora da Federação Jordaniana de Futebol que, em reunião há três semanas, anunciou ter decidido ressarcir Kleyr e, ao repassar verbas para o Al-Faisaly, descontaria o montante da dívida e daria para Kleyr.

Isso não aconteceu até agora. Kleyr foi informado que toda a verba da FJF destinada ao Al-Faisaly já foi paga. O brasileiro não recebeu um tostão.

Segundo Kleyr contou ao Blog do Boleiro, o embaixador brasileiro vai tentar conversar agora com o príncipe Ali Hussein, dirigente da Fifa e homem forte do futebol na Jordânia. Enquanto isso, Kleyr teme que, se tentar deixar o país, seja preso.

Blog do Boleiro: Sua situação já está resolvida?
Kleyr:
 É, as coisas não estão andando bem . Os responsáveis da Federação Iraquiana mentiram  para o embaixador Francisco Luz. E ele deve tomar outra medida e falar com o príncipe Ali Hussein, que é jordaniano e vice-presidente da Fifa.

De que maneira a Federação enganou vocês?
Eles falaram que iriam me pagar, mas foi mais para evitar um escândalo. Disseram que iriam pagar meu salário e verba que tenho direito seria passada para o clube. Aí fiquei sabendo que a verba foi repassada, não cumpriram com nada. Não recebi do clube nem da Federação Fiquei num círculo de mentiras.

Você continua na casa do embaixador?
Continuo. Dentro da casa do embaixador não podem me prender.

Você reclamou na Federação?
Fui ontem lá, com um motorista do embaixador. Ele escutou tudo e me disse que eles não têm mais grana pra esse ano . Então eu falei: “Como faço pra sair do país?  Não posso viajar porque meu nome está numa lista da Justiça”.  Eles tipo deram risada. É uma loucura o que está acontecendo. O clube já recebeu o repasse. Mas o correto era a Federação repassar a verba para o clube, descontando o que eles me devem de salário e dar essa quantia pra mim.

Como você está  se sentindo?
Estou decepcionado com tudo isso. Não posso trabalhar, já perdi dois clubes que queriam que me apresentasse dois meses atrás. Estou aqui preso, sem poder fazer nada. Como vou sair daqui? Ainda tenho esperança que tudo se resolva na paz, como gente civilizada. Já estou aqui perdendo muito tempo da minha vida. Quero sair daqui e ir pra minha casa, meu quarto, minha vida e relaxar longe dessa merda toda que passou em minha vida. Amanhã vou lá na federação e vamos ver o que eles vão fazer.