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No relatório, juiz implica Dudu. Ceretta ganha nota 9 do chefe do apito
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Luciano Borges

O árbitro Guilherme Ceretta de Lima colocou no relatório do clássico Santos x Palmeiras, deste domingo, que foi atingido pelas costas pelo atacante Dudu, do Palmeiras. A agressão ocorreu logo depois que Ceretta mostrou o cartão vermelho para o palmeirense e para Geuvânio, do Santos, num lance no final do primeiro tempo.

Na súmula, Dudu é acusado de proferir ofensas com palavrões. Com isso, Dudu poderá ser enquadrado em dois artigos da Justiça Desportiva, o que pode lhe render uma pena pesada. No artigo 254a, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, o artigo 3º prevê suspensão de até 180 dias.

Leia abaixo o trecho do relatório:

Eduardo Pereira Rodrigues – (Dudu)

Palmeiras

Cartão Vermelho Direto

Descrição: APÓS TER SOFRIDO UM TRANCO DO SEU ADVERSÁRIO, SR. GEUVANIO SANTOS SILVA, N. 11, ATINGIU COM O ANTE BRAÇO AS COSTAS DO MESMO, QUANDO A PARTIDA SE ENCONTRAVA PARALISADA, SENDO EXPULSO DE IMEDIATO. ATO CONTÍNUO PARTIU EM MINHA DIREÇÃO, E DESFERIU UM GOLPE DE FORMA INTENCIONAL COM SEU ANTE BRAÇO ATINGINDO AS MINHAS COSTAS, PROFERINDO AS SEGUINTES PALAVRAS: – '' VOCÊ É UM SAFADO, SEM VERGONHA, VEIO AQUI ROUBAR A GENTE, SEU FILHO DA PUTA, MAU CARÁTER, LADRÃO'', TENDO QUE SER CONTIDO PELOS SEUS COMPANHEIROS.(VERMELHO DIRETO)

Ceretta e a equipe de arbitragem da final do Campeonato Paulista receberam nota 9 do presidente da comissão de arbitragem da Federação Paulista de Futebol. ''O Ceretta foi bem. Ele passou a responsabilidade do jogo para os atletas'', disse o coronel Marcos Marinho. Ele fez apenas uma ressalva à atuação do juiz: a expulsão de Dudu e Geovânio.

''Ele poderia ter evitado as expulsões. Poderia ter dado cartão amarelo e chamado a atenção dos dois atletas. Mas ele viu os dois se agarrarem muito perto dele e acho que ele quis puxar o jogo para ele, para controlar o jogo'', afirmou o homem forte do apito paulista.

Ceretta expulsou também o zagueiro Víctor Ramos no segundo tempo. ''Ali o Ceretta fez o certo que era expulsar'', disse.

Marinho estava satisfeito com uma atuação em especial, a do assistente Emerson Augusto de Carvalho. ''Os lances dos gols onde poderia haver impedimento foram todos no lado dele. E ele acertou todas as marcações, incluindo a do lance do Palmeiras que terminou nos pés de Amaral, mas ele estava impedido'', avaliou.

Logo depois da conquista do título paulista pelos santistas (2 a 1 no tempo regulamentar e 4 a 2 na decisão por pênaltis), Ceretta escreveu a súmula do jogo. O relatório demorou para sair. Às 21H10, o juiz ainda estava preenchendo o formulário virtual que é fornecido para FPF junto com um laptop. ''Ele tem muitos cartões para citar e explicar'', explicou o Cel. Marinho.

Nesta segunda-feira, ele vai apresentar uma lista de nomes de árbitros que foram melhores avaliados pela comissão de arbitragem da FPF. O presidente Reinaldo Carneiro Bastos vai discutir com o Cel. Marinho quem será escolhido o melhor juiz desta Campeonato Paulista. Ceretta é um dos indicados.

 


Palestras e curso de técnico. As opções de Rogério Ceni quando parar
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Luciano Borges

foto: Blog do Boleiro

foto: Blog do Boleiro

Rogério Ceni tem algumas ideias sobre o que vai fazer quando parar de jogar. ''Eu vou voltar a dar palestras para empresas e talvez um curso de treinador lá fora'', disse ao Blog do Boleiro. O contrato do goleiro com o São Paulo termina no dia 6 de agosto e ele ainda não mostrou disposição de estender este acordo. Numa conversa informal com Mauro Naves, da TV Globo, o repórter provocou: ''Seguir jogado depois desse prazo é pensável?''. A resposta foi esta: ''Eu diria que é dispensável''. E riu.

Ceni, aos 42 anos, enfrenta o mesmo problema que já fez outros arqueiros pararem de jogar: dores. Na última sexta-feira, depois de uma sessão de treinamento no estádio do Morumbi, ele – como sempre – foi o último atleta a deixar o vestiário. E se queixou: ''Estou todo dolorido, quebrado. Quero ir para casa descansar'', disse.

Depois da vitória sobre o Corinthians, o time do São Paulo ganhou duas semanas para treinar e se preparar para enfrentar o Cruzeiro, na partida de ida das oitavas de final da Copa Libertadores da América. Os últimos dias foram desgastastes. ''Treinei duas vezes por dia. Na terça-feira, fiz três sessões porque ainda corri à noite. Mas aí senti uma tendinite pequena e maneirei'', disse. O goleiro está bem, mas sabe que a sequência de treinos com quedas, vôos, tombos fazem mais mal ao corpo do que faziam antes.

Hoje, jogar é menos dolorido do que treinar. ''O cansaço é mais mental. Uma partida como a do Corinthians, eu nem fui muito acionado. Mas aí mora o perigo porque não posso errar nas poucas vezes que ela chega ao gol'', falou. A previsão de Ceni é que a partir de agora, ele terá mais trabalho em campo. ''O Cruzeiro e mesmo os times da Série A do Brasileiro são mais fortes do que as equipes do Campeonato Paulista. Não vai ter mais aqueles jogos em que sou pouco acionado'', falou.

Até o dia 6 de agosto, quando pretende aposentar as luvas, Rogério Ceni corre atrás de mais uma marca: entrar para a lista dos 10 maiores artilheiros da história do São Paulo. Além da Libertadores, ele poderá disputar cerca de 16 partidas, sendo última contra o Atlético Mineiro em Minas Gerais. Até agora, Rogério marcou 127 gols com a camisa de goleiro do São Paulo. Ele tem um gol a menos do que Raí, o número 10 da lista. ''Será que vou conseguir? Não sei'', admitiu.

Uma coisa é certa, Ceni já discute o que vai fazer no futuro. Não descarta a possibilidade de dirigir o São Paulo, no campo (como treinador) ou fora dele (como dirigente). Nesta temporada, ele suspendeu as palestras de motivação que dá em eventos corporativos. ''Não ia dar tempo legal. Preciso me preparar sempre'', disse. Por isso, deve retomar o ciclo o segundo semestre.

Isto se ele realmente parar. Afinal, a diretoria tricolor ainda pensa em propôr mais uma extensão de contrato.

 


Milton Cruz decide sozinho, perde peso e diz que só “está” técnico do SPFC
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Luciano Borges

Milton Cruz posa para foto com torcedores Foto: Blog do Boleiro

Milton Cruz posa para foto com torcedores Foto: Blog do Boleiro

Milton Cruz está quatro quilos mais magro. A única explicação que ele dá para esta perda de peso é ''preocupação''. ''Eu nem durmo direito. Fico pensando o que vou fazer, como vai ser o trabalho do dia seguinte. Além disso, minha vida virou uma correria. Tem sempre algo pendente para fazer'', disse o treinador do São Paulo que continua a dizer que ''está no cargo''.

Nesta sexta-feira, ele levou o time do São Paulo para treinar no estádio do Morumbi. Em casa, Cruz teve uma pequena ideia do que o status de técnico anda fazendo com ele.

Na saída do treinamento – ele foi até em casa para trocar de roupa e voltar a fim de dar uma entrevista à TV Globo – Milton Cruz encontrou cerca de 100 torcedores no portão principal do estádio tricolor. Ele deu autógrafos e posou para fotos, sempre atrás da grade. Passou cerca de dez minutos nesta função. Mais tarde, por volta das 13h00, quando se preparava para entrar ao vivo, Milton ouviu um grupo de torcedores na numerada gritando: ''É Milton Cruz!''.

Este refrão poderia ser outro. ''Está Milton Cruz!''.

Longe do dilema shakesperiano de Macbeth (''to be or not to be''), Milton Cruz aceita estar treinador, mas não quer ser efetivado no cargo. Os quilos a menos são uma lembrança de como é dura a vida de ''professor''. Há 21 anos como assistente técnico, Milton já levou técnicos para o hospital em cinco ocasiões. Duas delas foram com Muricy Ramalho, amigo de trabalho que deixou o clube há pouco mais de 20 dias. ''Uma vez, ele sentiu um formigamento no braço esquerdo. Depois foi quando ele teve a arritmia cardíaca'', lembra o ex-atacante do São Paulo que passou sete temporadas como jogador.

Ricardo Gomes sofreu um AVC, ainda no CT da Barra Funda. Paulo Autuori também teve um problema de coração. E Vadão foi diagnosticado com arritmia cardíaca depois de passar mal no ônibus da delegação em Porto Alegre. Sem falar em Telê Santana, que também teve uma isquemia. '' Eu já trabalhava, mas não diretamente com ele. É um stress danado esta profissão'', afirmou o homem que vai dirigir o São Paulo nas oitavas de final da Copa Libertadores da América. Segundo o vice-presidente da futebol, Ataíde Gil Guerreiro, Milton vai permanecer no cargo mesmo que perca ou seja eliminado pelo Cruzeiro. ''Ele irá trabalhar enquanto procuramos com calma um treinador que seja do perfil que queremos'', disse nesta sexta-feira no Morumbi.

Para complicar a vida do auxiliar que virou técnico, Milton Cruz – acostumado a aconselhar os técnicos – anda meio sozinho. Perguntado sobre com quem discute a escalação e as estratégias da equipe, ele respondeu: ''Por enquanto só eu mesmo''. A comissão técnica, como está no momento, não tem assistente para o treinador.

Os dirigentes tricolores sabem que a disposição de Milton Cruz é a de permanecer como integrante da comissão técnica. ''Eu sei a minha importância para o clube e o clube sabe da minha importância'', disse ao Blog do Boleiro. Neste tempo todo em que trabalha como funcionário do clube, Milton foi sondado para desenvolver o trabalho de observador no Palmeiras, quando o time contava com a parceria da Traffic. Ele chegou a ser cotado para trabalhar na seleção brasileira.

Ele gosta mesmo do São Paulo. Por isso não foi mordido pela ambição de ser treinador. Prefere estar. ''É assim que é'', disse.]

milton 2

 

 


Olhos abertos e ligado. Juiz da final não quer saber de provocações
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Luciano Borges

Sexta-feira, Dia do Trabalho, Sorocaba (SP). Às oito horas da manhã, Guilherme Ceretta de Lima saiu de casa e iniciou uma corrida de dez quilômetros até a casa dos pais dele em uma cidade vizinha, Votorantim. Como sempre faz, ele não deu voltas nem correu em círculos. ''Eu dou uma trotadinha para tirar a adrenalina. Treino todo dia, menos no sábado, quando tem jogo domingo'', disse ao Blog do Boleiro o árbitro que vai apitar a final do Campeonato Paulista entre Santos e Palmeiras, na Vila Belmiro.

Amanhã, ele entra em regime de concentração num hotel em São Paulo, junto com os auxiliares. Neste sábado, eles verão vídeos analisando como jogam os finalistas, se fazem linha de impedimento, se têm jogadores que reclamam ou cavam faltas ou dão trabalho ao juiz. Ceretta diz que absorve as informações, mas vai para o jogo sem nenhum pré-julgamento. ''Entro preparado, mas não fico pensando que vai acontecer isso ou aquilo. Aí não acontece nada, você fica na tensão e não curte o momento do jogo'', afirmou.

Desde 2005, ele apita na primeira divisão do futebol paulista. É aspirante da Fifa. Apitou o clássico São Paulo e Corinthians em que Rogério Ceni marcou o 100º gol da carreira. É intrutor de futebol de um time da cidade de São Roque (SP), comandando o time Sub-20.

Numa conversa por telefone, Ceretta, empresário, professor, pedagogo e modelo de 31 anos, falou sobre como pretende trabalhar na Vila Belmiro e ainda contou detalhes do equipamento que usa em campo.

Blog do Boleiro – Quer dizer que você não corre em círculos?
Guilherme Ceretta de Lima – Eu não gosto de correr em voltas. Não corro em pista, por exemplo. Se vou correr 10 kms, peço para alguém me levar de carro até um ponto e volto correndo. E sempre faço um trajeto diferente. Se não, enjoa.

E o pessoal mexe com você?
Sempre tem alguém que mexe, que fala comigo, mas é de um jeito positivo. Tem aquele que pede para ajudar o time dele. Outros pedem para não roubar. Mas tudo em tom de brincadeira.

A concentração dos juízes é parecida com a dos times. Ajuda?
Ajuda bastante, mas é preciso ir para o jogo sem nenhuma predisposição. Não entro para o jogo achando que jogador A vai fazer isso ou aquilo. Se fizer isso, o árbitro acaba se dando mal. O negócio é ir lá e ver o que vai acontecer, minuto a minuto. A gente não pode errar no aspecto disciplinar.

Como se faz isso?
Eu entro para apitar com muita vontade de acertar. Eu vou pra dentro. O árbitro não pode ficar acuado. Não pode mostrar que tem medo. Se não avançam em cima. Tem que impor respeito para ser respeitado.

Aliás, esta semana nós tivemos um funk do Robinho, brincando com o Palmeiras, e uma resposta do Leandro. Este tipo de brincadeira pode refletir em campo?
Sabe o que acho? Tem muito mi mi mi no futebol. Os caras não podem fazer nada. Juiz de futebol não tem que saber de provocações fora de campo. Tem que entrar isento de tudo. Não pode ficar preocupado se um fez um declaração e outra fez outra. Acho até legal que os atletas façam isso para promover o jogo. Em campo, eles têm que ter respeito e está tudo bem.

Esta é a segunda final que você apita.
Verdade. Em 2013, trabalhei na final do Paulista, na Vila Belmiro também,. Santos e Corinthians empataram em 1 a 1. Não tive nenhum problema, nenhuma polêmica. Foi ótimo. É assim que tem que ser. O juiz tem que apitar o final da partida e ninguém falar dele.

Que material você vai levar para esta final?
O de sempre: apitos, cartões, relógios e o uniforme.

Quem fornece o uniforme?
A empresa que fornece o material para a Federação Paulista de Futebol. Em geral, ganhamos duas camisas, o calção preto e chuteiras. O resto é por nossa conta.

Que tipo de apito você leva?
Eu levo quatro apitos. Entro em campo com dois. Um é mais agudo e outro mais grave. Porque tem sempre aquele torcedor que leva um apito para confundir. Se o apito dele é agudo, eu mudo para o grave. Agora se o cara levar dois apitos, aí é sacanagem (risos).

Eles silvam ou trilam?
Silvam. Quer ouvir? (Ceretta assobia um silvo forte). Eu faço igual assobiando.

Quantos relógios?
Também levo quatro. Eu entro com um em cada pulso. Vai saber se a bateria de um deles acaba no meio do jogo. Em dez anos de arbitragem isso nunca aconteceu. Vai que acontece agora.

CERETTAOK

Cartões?
São de plástico, meio verde e meio vermelho. Eu compro personalizado, com meu nome e os escudos. Os que ainda tenho possuem um escudo da Copa do Mundo de 2014, outro da Conmebol, outro da FPF e da CBF. Atrás, para anotar o nome dos atletas advertidos, tem quadrados para preencher. Para anotar, uso lápis grafite 2.0, que são mais grossos. Meus cartões estão acabando porque sempre dou para quem pede depois dos jogos. O cara que vende para mim sumiu, acho que não faz mais.

Alguma superstição?
Nenhuma.

Para qual time você torce?
Se depender do que escrevem nas mídias sociais, eu torço para vários times grandes. Na verdade, eu gosto mesmo do Grêmio União Sanroquense, que é time amador e espero que nunca se profissionalize.

Como você vai entrar em campo domingo?
Ligado e com olhos bem abertos para ver tudo corretamente. Que cada um cuide do seu que vença o melhor. Fui sorteado. Sobrou para mim. É minha missão. Fiz um bom campeonato e quero passar despercebido. Quero ir para casa sabendo que fiz um bom jogo.


Corinthians planeja quitar dívidas com atletas ainda nesta semana
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Luciano Borges

Ainda nesta semana, o Corinthians pode quitar as dívidas que tem com atletas como Emerson Sheik, Paolo Guerrero, Renato Augusto, Cássio, Elias e Fábio Santos. Esta é a expectativa do diretor de futebol Sérgio Janikian que foi informado pelo departamento financeiro do clube que estas pendência poderão ser acertadas nos próximos dias. ''Não dá para dizer quando o dinheiro vai cair na conta dos atletas, mas a sinalização foi boa'', disse o dirigente ao Blog do Boleiro.

Pagar o que deve aos jogadores, em prêmios e direitos de imagem, é a condição imposta pelo próprio Corinthians antes de tratar da renovação de contrato dos atacantes Paolo Guerrero e Sheik. Janikian revelou que até conversa com Bruno Paiva, empresário de Guerrero, mas não se discutiu termos de um novo contrato. ''Só vamos fazer isso quando tivermos quitado o que que temos para pagar. Todos os jogadores têm a mesma importância'', falou.

O atacante peruano está perto do período em que ele pode assinar pré-contrato com outro clube. O atleta tem dito que não pretende fazer isso, sem antes esgotar as possibilidades de um acordo com o Corinthians. ''Nós também queremos chegar a um entendimento'', disse o dirigente.

Emerson Sheik tem situação parecida. O contrato vai vencer no meio do ano. Ele pretende assinar novo compromisso até o final de 2016. Janikian garantiu: ''Ele tem uma história muito importante no clube. Se depender de mim, ele vai pendurar as chutarias no Corinthians''.

ACORDO COM MALCOM

Nesta terça-feira, o empresário Fernando Garcia mandou um representante pegar a minuta do novo contrato de Malcom. Trata-se do acordo atual que será estendido até dezembro de 2018. O jovem talento terá um aumento. O representante de Malcom prometeu devolver o documento assinado ainda nesta quarta-feira.


Feliz no Ceará, Silas disputa títulos. E, um dia, quer dirigir o São Paulo
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Luciano Borges

Perto de conquistar o título da Copa do Nordeste, Silas garante que está feliz no comando do Ceará, mas não abandonou uma certeza: ''Um dia vou ser técnico do São Paulo''. O treinador nunca escondeu a vontade de retornar ao clube onde foi formado. ''Não sei quando. Só estou esperando a hora'', falou ao Blog do Boleiro.

E este momento pode demorar, segundo a expectativa do próprio Silas. No momento, o nome dele não é ventilado para ser substituto de Muricy Ramalho. Os dirigentes tricolores tentaram trazer Alejandro Sabella, treinador da Argentina vice-campeã mundial em 2014. Agora, falam em fixar o auxiliar Milton Cruz no comando do time. Pelo menos até conseguirem outro técnico de fora. ''Não sei se esta ideia é tão boa assim'', falou.

O técnico calcula que, em duas temporadas, vai completar 10 anos como treinador, com o carimbo de experiência. ''Vou estar com 52, 53 anos, com idade boa para um desafio como o de dirigir o São Paulo. Não vou ser mais o Menudo'', afirmou referindo-se ao time de 1985, do qual fez parte. Dirigidos por Cilinho, jovens como Silas, Muller, Sidney e Nelsinho fizeram parte do time campeão paulista que teve Careca, Falcão, Oscar, Pita e Dario Pereyra. ''Naquela época, a gente não ficava oito anos sem ganhar do Corinthians'', brincou.

Nos altos e baixos da vida de boleiro, Silas está em alta. Dirige um time que considera ''uma maravilha''. O clube o contratou para disputar a Série B e voltar para a primeira divisão do futebol brasileiro. ''O Ceará é muito organizado. Não é à toa que o time vem fazendo bom papel e está chegando nos torneios'', disse.

Os salários do Departamento de Futebol estão em dia. O time está na disputa de dois títulos.

No Campeonato Estadual, o Ceará enfrenta o Fortaleza na decisão. Perdeu o primeiro jogo por 1 a 0. Se devolver o resultado no próximo final de semana, será campeão. Já na Copa do Nordeste, o time dirigido por Silas precisa apenas de um empate diante do Bahia, nesta quarta-feira, e levará o título. ''Estamos trabalhando para ganhar estes torneios. Vai ser duro contra o Bahia, mas vamos buscar o título'', falou.

Quanto ao São Paulo, Silas diz que não está se oferecendo, mas tem certeza de que, mais dia menos dia, vai ser técnico do clube que o ajudou a chegar na seleção brasileira.

 


Eles brigaram em campo e são do mesmo time. Vão ficar sem salário este mês
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Luciano Borges

Uilian (de costas) e Fabio Jr. brigam em campo - Foto: Reprodução - TV Bandeirantes

Uilian (de costas) e Fabio Jr. brigam em campo – Foto: Reprodução – TV Bandeirantes

O lateral-esquerdo Fábio Jr. recebe R$ 1.500 por mês. O meia Uilian fatura um pouco mais: R$ 2 mil. Mas neste mês de abril, os dois jogadores do Plácido de Castro FC não vão receber um centavo. O clube acreano aplicou uma multa de 100% dos vencimentos dos atletas. Motivo: ele brigaram em campo.

“Foi uma medida educativa e os dois jogadores concordaram. Eu poderia ter demitido por justa causa, mas queria dar exemplo para outros atletas de outros clubes. Eles erraram e mereceram a pena”, disse o presidente do PCFC, Nerycildo da Silva.

Fábrio Jr. E Uilian bateram boca e saíram no tapa durante a partida do Plácido contra o Rio Branco, na Arena da Floresta, na capital do Acre. O time visitante perdeu por 5 a 2. Quando saiu o quinto gol do Rio Branco, aos 32 minutos do segundo tempo, o lateral e o meia trocaram socos e pontapés.

Para separar os briguentos foi preciso a intervenção de cinco colegas de time. O árbitro Fábio Santos expulsou os briguentos. Uilian deixou o gramado com a camisa rasgada e ainda levou uma sonora bronca do auxiliar técnico Francisco Pereira, o Lima, que, por sua vez, foi admoestado por dois jogadores que não queriam ver o clima esquentar ainda mais.

Já no vestiário, Uilian e Fábio Junior esfriaram a cabeça e fizeram as pazes. No ônibus, na viagem de cerca de 100 kms até Plácido de Castro, os dois sentaram lado a lado. Nesta segunda-feira, antes do treino da tarde, eles foram informados da multa pesada.

“Eu acato porque poderia ser pior. Eu errei e peço desculpas”, disse Uilian, que é natural da cidade. Fábio Jr. Também aceitou a multa punitiva. “A gente não deveria ter feito o que fez”, falou.

Antes do treino, eles tiveram que conversar com todo o elenco e mais uma vez pedirem perdão pelo que fizeram. Mas o presidente Nerycildo quer mais: “Eles ainda terão que pedir desculpas à imprensa e à sociedade acreana”, falou.

Depois, a dupla ficou correndo em volta do campo e conversou bastante.

Perguntado sobre como Uilian e Fábio Junior vão se virar sem o salário, o dirigente garantiu que o Plácido de Castro vai garantir coisas básicas. “A alimentação é por nossa conta. O Uilian mora na cidade. O Fábio fica no nosso alojamento. Eles não vão passar aperto”, afirmou o presidente.

Nesta terça-feira, o time volta a campo. Vai enfrentar  a Amax. O jogo vale vaga no G-4. A partida será disputada na Arena da Floresta, em Rio Branco, às 18hs.


Bem encaminhado com Santos, R. Oliveira diz que cobiça de rivais é natural
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Luciano Borges

Ricardo Oliveira não assinou um novo contrato com o Santos, nesta segunda-feira, como queria o presidente Modesto Roma Junior. O artilheiro do Campeonato Paulista nem esteve na Vila Belmiro. Aproveitou o dia de folga e ficou com a família em São Paulo. Em conversa com o Blog do Boleiro, ele garantiu não saber se as conversas entre Roma e o empresário Luiz Tavera, um de seus representantes, terminaram em um novo acordo. ''Vou saber a partir desta terça-feira'', disse o atleta que diz ter uma conversa bem encaminhada com os dirigentes santistas.

Sem definir novo contrato com Ricardo Oliveira, o presidente santista decidiu adiar a viagem que faria na noite desta segunda-feira para Milão. Ele iria tentar um acordo para ter Robinho até o final do ano. Ficando em Santos, Modesto Roma vai aproveitar para definir a permanência do centroavante.

Numa rápida conversa por telefone, o atacante falou também sobre o interesse de outras equipes como o Grêmio. ''É meio inevitável com o que estou apresentando'', falou. 

Blog do Boleiro – Como estão as conversas com o Santos? Saiu a renovação?
Ricardo Oliveira – Como estava programado, tivemos o dia livre e eu fiquei em São Paulo. Então não sei o que aconteceu. Se tivesse um dia apropriado nesta semana, seria ontem. Nesta terça-feira eu vou saber como estão as coisas.

Nesta segunda-feira de manhã, o presidente Modesto Roma Junior disse que estava conversando com o empresário Luiz Tavera na sala dele e que pretendia assinar o contrato até o final do dia.
Não estou sabendo se eles conversaram ou não. Até porque o meu empresário é o Augusto Castro. Mas o Tavera esteve presente na minha contratação. Ele nos ajudou lá em Santos. Pode ser, mas eu não sei de nada ainda.

E como estão as coisas? Você foi procurado pelo Grêmio?
Olha, não sei disso não. Nem leio ou me informo a respeito. Até porque isso é desviar o foco. O que eu sei é que a gente está muito bem encaminhado com o Santos e não quero desviar desta linha .

Mas você tem atraído outros clubes.
Se isto acontecer é natural. É meio inevitável com o que eu estou apresentando, Tenho feito gols, estou disputando um título. Se sair campeão, será normal que apareçam interessados. Mas volto a dizer que estou bem encaminhado com o Santos.

Animado com a final na Vila Belmiro?
Muito. É uma oportunidade grande que a gente tem, sabendo que vamos ter dificuldade para ganhar do Palmeiras, um time muito forte. A gente precisa de um gol para igualar tudo. Dá para conseguir, desde que a gente tenha um acerto muito grande.

Com Robinho ao lado, ajuda?
O Robinho estará à disposição para jogar. Ele é um baita reforço.


Santos quer assinar com R. Oliveira hoje e garantir Robinho até 4ª feira
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Luciano Borges

Modesto Roma Junior, presidente do Santos estava na sala dele na Vila Belmiro, quando atendeu o telefonema do Blog do Boleiro. E, ao ser perguntado sobre a renovação de contrato do atacante Ricardo Oliveira, o dirigente respondeu. ''Faz tempo que ele já acertou com a gente. Aliás, estou com o agente dele aqui na minha frente, na sala. Ele tem que assinar hoje'', disse referindo-se ao empresário Luiz Tavera, que estava sentado na cadeira em frente. O anúncio do novo compromisso depende desta assinatura. ''Vamos confirmar assim que ela sair'', reforçou Modesto.

Nesta segunda-feira à noite, o dirigente embarca para Milão. Vai conversar com os homens do futebol do Milan. Quer contratar Robinho. Ou, pelo menos, estender o empréstimo até o final do ano. Já alinhavou alguns pontos para um acordo. ''Eu gosto de conversar na hora. Vamos nos reunir informalmente e ver o que podemos fazer'', disse.

A advogada de Robinho, Marisa Alija Ramos, disse que o encontro entre Santos e Milan deve tratar de outros assuntos, além da negociação de Robinho. ''Eles têm outros interesses'', disse sem especificar quais temas seriam estes. Ela explicou ainda que o empréstimo de Robinho dura até 30 de junho e que o Milan pode negociar o jogador para qualquer outra equipe a qualquer hora.

Marisa afirmou também que já conversou com os dirigentes santistas e deixou claro que, antes de conversar sobre um novo contrato, é preciso que o clube pague o que deve para o jogador. ''Se o Santos estender o empréstimo, um ciclo termina e começa outro. É preciso acertar as pendências'', falou ao Blog do Boleiro.

Modesto Roma quer o novo contrato de Ricardo Oliveira assinado ainda nesta segunda-feira. E quer retornar ao Brasil até setxa-feira com a situação de Robinho já definida.

Aí vai pensar na final entre Santos e Palmeiras. ''Vamos ser campeões. Porque aqui é nossa casa'', afirmou. Ele voltou a criticar a arbitragem do jogo deste domingo no Allianz Parque, mas poupou o juiz Vinicius Furlan. ''Ele só estava muito nervoso. Mas o Palmeiras jogou com dois bandeirinhas abertos nas laterais. O primeiro (Carlos Augusto Nogueira Junior) não marcou impedimento no gol do Palmeiras. E o segundo ( Anderson Coelho ) deu um pênalti que não existiu'', falou.


Chefe da arbitragem da FPF: gol do Palmeiras foi regular e juiz leva nota 7
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Luciano Borges

Não houve impedimento no gol de Leandro Pereira que definiu a vitória do Palmeiras sobre o Santos por 1 a 0, neste domingo no Allianz Parque. E o pênalti perdido por Dudu foi marcado corretamente. A equipe de arbitragem merece nota 8. O juiz Vinicius Furlan nem tanto. Ele recebe 7. O julgamento é do coronel Marcos Marinho, presidente da comissão de arbitragem da Federação Paulista de Futebol. Ele acompanhou a primeira partida da final do Campeonato Paulista pela televisão, em casa, ''é melhor. Dá para julgar com mais tranquilidade'', disse ao Blog do Boleiro.

O Cel. Marinho começou a análise do apito no clássico decisivo chamando a atenção para o trabalho da equipe. Afinal, foi o 4º árbitro, Guilherme Ceretta de Lima, que impediu Furlan de expulsar o jogador errado do Santos, no lance da penalidade máxima aos 10 minutos do segundo tempo. O juiz mostrou o cartão vermelho para David Braz, quando o autor da falta foi Paulo Ricardo. Ceretta comunicou o erro ao árbitro que corrigiu e expulsou o jogador certo.

Além disso, o homem forte do apito paulista achou que o auxiliar Carlos Augusto Nogueira Junior agiu corretamente ao não anotar impedimento de Robinho no lance do gol do Palmeiras, aos 29 minutos do primeiro tempo. ''O Robinho não participou da jogada. Ele não tinha sequer alguém a marcá-lo. Não houve impedimento'', disse o coronel Marinho.

Vinicius Furlan ganhou elogio ao não marcar pênalti de Geovânio em Rafael Marques, aos 45 minutos da primeira etapa. ''Foi uma disputa normal de bola. Não teve sequer um calço do santista. Foi uma decisão divicil. Mas não foi pênalti'', disse Marinho.

Por fim, o Cel. Marinho aprovou a decisão do árbitro em expulsar os treinadores do Palmeiras (Oswaldo de Oliveira) e Santos (Marcelo Fernandes) no intervalo do jogo. ''A regra diz que eles não podem entrar em campo e eles entraram em campo'', falou.

Se a nota de Furlan foi menor do que a equipe no todo, o motivo é disciplinar. ''Acho que ele falhou no controle do jogo. Ele demorou para assumir o controle da partida e precisa agilizar mais o jogo. São coisas que ele vai precisar corrigir'', disse.

Para o jogo de volta na Vila Belmiro, domingo que vem, três juízes entrarão no sorteio: Raphael Klaus, Luiz Flávio de Oliveira e o elogiado Guilherme Ceretta de Lima.