Blog do Boleiro

Diretor corintiano sobre Pato: “Se tudo caminhar bem, ele não volta mais”
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Luciano Borges

Edurado Ferreira durante entrevista de manhã Foto: Reprodução

Edurado Ferreira durante entrevista de manhã Foto: Reprodução

O treino da manhã no CT Joaquim Grava, na zona leste de São Paulo, e o diretor de futebol Eduardo Ferreira conversou com os repórteres à beira de um dos campos. Assunto: venda de Alexandre Pato para o Villareal. Na conversa, o dirigente fez um comentário que mostra como ele encarava a presença do atacante no clube.

Primeiro, um repórter perguntou se o negócio entre Corinthians e Villareal já estava fechado. Ferreira respondeu: ''Pode demorar uma hora, quatro ou cinco, mas está para encerrar'',

A próxima pergunta: ''O Pato já está dispensado?''

A resposta de Eduardo Ferreira: ''Ontem foi o último dia dele aqui. Se tudo caminhar bem, ele não volta mais''. 

Duas horas depois, o Corinthians publicou em seu site oficial a nota confirmando a venda de Pato para o clube espanhol. ''O Sport Club Corinthians Paulista comunica que na manhã desta terça feira, 26 de julho, foram acertados os detalhes burocráticos da negociação em definitivo do atleta Alexandre Pato com o Villarreal da Espanha. Por acordo entre as partes não serão oficialmente declarados valores da negociação''

Pelo menos, oficialmente, o Corinthians não desejou que Pato não volte mais.


Presidente da Câmara já foi gandula e levou bronca de goleiro da seleção
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Luciano Borges

Rodrigo Mais comemora eleição para presdeinte da Câmara Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Rodrigo Mais comemora eleição para presidente da Câmara Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

O deputado federal Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara dos Deputados, já correu muito atrás da bola. O homem que hoje ameaça multar o colega que se ausentar das sessões depois do recesso parlamentar e aguarda quórum alto para colocar em pauta a votação da cassação de Eduardo Cunha, foi gandula no Rio de Janeiro.

Maia, 46 anos, é fanático por futebol e apaixonado pelo Botafogo. Quando era adolescente ele arrumou um jeito de ser “pegador de bola” nos jogos do time do coração. Mas também participou de partidas decisivas no Maracanã.

Em 1984, quando tinha 14 anos, o filho do ex-prefeito César Maia foi gandula na segunda partida final do Campeonato Brasileiro, envolvendo Fluminense e Vasco da Gama. Na ida, o tricolor carioca venceu por um a zero.

Na volta, empate em zero a zero. Neste jogo, o gandula Rodrigo Maia teve que encarar cara feia do goleiro Paulo Vitor, tricampeão carioca pelo Flu, com oito jogos pela seleção brasileira e reserva de Carlos no Mundial do México, em 1986.

Maia conta que em um ataque do Vasco, a bola saiu pela linha de fundo, atrás do gol do Fluminense. O gandula que se tornou deputado federal enrolou para devolver a bola. O goleiro olhou para ele com cara feia e ia dar a bronca, quando o garoto devolveu o balão.

O presidente da Câmara dos Deputados conta este episódio como um grande susto que levou na carreira de gandula que terminou pouco depois. E a cena se passou diante de 128.781 torcedores que foram ao Maracanã ver o Flu conquistar o segundo título brasileiro

A paixão pelo Botafogo não diminuiu. Ele acompanha os jogos do time do coração até em meio às atividades parlamentares. Já foi visto dando uma olhada no celular que estava mostrando um jogo da equipe da estrela solitária.


Comissão técnica controla ansiedade de Tite: 300 ideias e muito trabalho
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Luciano Borges

Uma usina de ideias, uma ansiedade de quem não pode fazer o que mais gosta. O técnico Tite, há pouco mais de um mês no comando da seleção brasileira, ainda está se adaptando ao ritmo do novo trabalho. Nele, não há treino de campo. Ele só vai começar em setembro. Enquanto isso, os integrantes mais próximos da comissão técnica convivem com um ritmo acelerado imposto pelo treinador.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, o auxiliar e braço direito de Adenor – Cléber Xavier – contou como é trabalhar com Tite neste momento: ''Ele, cada vez mais, é um cara de 24 horas de trabalho, sempre exigente. Está muito ansioso pela questão que muda a rotina. Ele é um cara de campo, de dar treinamento e tem muito prazer nisso. A gente tem que segurar um pouquinho ele para que acalme um pouquinho neste momento. Se não ele fica trazendo 300 ideias. Se der ele trabalha sem parar'', disse.

Tite não esconde esta ansiedade. Nesta semana, na quarta-feira, ele foi à Granja Comary. Acompanhou o trabalho de Rogério Micale com a seleção olímpica. Depois falou em entrevista coletiva. A comissão desceu a serra e já no hotel, Tite armou uma reunião de trabalho.

Esta intensidade já provocou reclamação das esposas que vão ao Rio de Janeiro e, às vezes, têm que conviver com o trabalho. “A esposas têm vindo aqui. Às vezes, elas dizem: ‘Não vou vir mais porque a gente vem aqui, fica só um pouquinho com vocês e não tem atenção’. E se bobear o assunto é futebol'', comentou Xavier.

Até para dar um tempo ao chefe e a eles mesmos, os auxiliares e o coordenador de seleções, Edu Gaspar, tentam um respiro. “Domingo passado a gente conseguiu dar uma folga para ele.  Neste sábado agora a gente está indo para Porto Alegre vai assistir o jogo do no domingo Grêmio com o São Paulo.  A gente aproveita um pouquinho para ver se passa em casa também”, falou.

 


Federação da Jordânia decide se obriga Al-Faisaly pagar o que deve a Kleyr
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Luciano Borges

Kleyr ainda está em Amã Foto: arquivo pessoal

Kleyr ainda está em Amã Foto: arquivo pessoal

A Federação Jordaniana de Futebol decide nesta quinta-feira se o atacante brasileiro Kleyr tem ou não razão na disputa com o Al-Faisaly, clube que deixou de pagar cerca de 30 mil dólares ao jogador brasileiro, que se recusa a deixar o país enquanto não for pago. Ele já gastou cerca de 10 mil dólares para se manter e teve que sair correndo do apartamento onde morava para não ser preso. Está morando na residência do embaixador do Brasil em Amã, Francisco Luz.

Kleyr recuperou o passaporte que estava nas mãos do dono do apartamento onde morava. O clube não pagou o aluguel. A esperança do brasileiro é ter uma data definida para receber e assim quitar o débito do aluguel.

“Hoje foi julgado internamente a questão do meu contrato com o Al-Faisaly. Disseram que amanhã vão dar uma posição ao embaixador. Eles tem que definir o dia do clube pagar, de meu nome ficar limpo”, escreveu o atacante de 35 anos.

Os dirigentes jordanianos mostraram intenção de resolver a questão o mais rapidamente possível. O país está tentando trazer a seleção brasileira para um amistoso e ter um jogador do Brasil morando na casa do embaixador Francisco Luz, para fugir do risco de ser preso, chega perto de um incidente diplomático.

O Al-Faisaly contratou Kleyr – jogador com mais de 34 times de vários países no currículo – em outubro do ano passado para a disputa do campeonato nacional. O time terminou em segundo lugar. O jogador ficou sem receber nos últimos seis meses. Nos cálculos dele, a dívida com o clube de Amã chega a 30 mil dólares.

Além disso, o Al-Faisaly deixou de pagar os últimos seis meses de aluguel do apartamento onde o atleta morava. O proprietário do imóvel chegou a reter o passaporte de Kleyr. “Não fiz nada errado. Só joguei e cumpri com tudo à risca. Aliás, se estivesse com um por cento de dúvida sobre minha inocência, eu seria o primeiro a sair daqui”, falou.

No domingo passado, o embaixador Luz enviou uma carta ao dono do imóvel, alertando sobre a ilegalidade de segurar um documento emitido pelo governo brasileiro. O passaporte já está nas mão de Kleyr. “O embaixador está fazendo a diferença , só tenho a agradecer”, disse ao Blog do Boleiro.


Sylvinho, auxiliar de Tite na seleção: “É um espetáculo vê-lo trabalhar”
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Luciano Borges

“Ele é uma referência para mim. É um espetáculo vê-lo trabalhar e gerir tudo”. É desta maneira que  o ex-lateral Sylvinho falou sobre a experiência de trabalhar com Tite, de quem será assistente técnico na seleção brasileira principal.

O anúncio da participação de Sylvinho foi feito nesta quarta-feira pelo coordenador técnico Edu Gaspar. Ao lado do escudeiro-mor de Tite, Cléber Xavier, Sylvinho será um conselheiro e observador nos jogos do Brasil, além de ajudar nos treinamentos.

Não é uma experiência nova. Antes de se tornar assistente técnico na Internazionale de Milão, Sylvinho trabalhou na comissão técnica do Corinthians. Tite gostou muito do que viu. O atual treinador do time brasileiro acha Sylvinho firme nas orientações e na maneira de tratar os atletas.

“Já temos entrosamento que possa permitir confronto de ideias, com experiência. Não quero ter dois cordeirinhos do lado que só dizem sim “, disse Tite em entrevista coletiva.

Sylvinho riu quando soube desta declaração. “Estou muito feliz. É uma grande oportunidade”, disse ao Blog do Boleiro via “whatsapp”.

O ex-jogador, que faz curso da UEFA para ser técnico de futebol, ressaltou que o convite da CBF não vai impedi-lo de continuar estudando e trabalhando na Inter. “Sigo no clube e na minha graduação. Não muda nada meu roteiro profissional”, afirmou.

Para cumprir estas metas, Sylvinho recusou o convite do Corinthians para se tornar treinador na vaga deixada pelo próprio Tite, quando aceitou ser o substituto de Dunga.


Venda de ingressos ‘online’ para Palmeiras e Atlético-MG bate novo recorde
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Luciano Borges

Dos 38 mil ingressos vendidos em quatro dias para a partida entre Palmeiras e Atlético Mineiro, neste domingo às 11h00, 80% deles foram comprados pela internet. A diferença representa o que foi colocado à disposição da torcida atleticana, camarotes, cadeiras cativas,  patrocinadores e parceiros do clube.

Esta é a terceira vez em que a venda virtual chega a praticamente dispensar a compra em locais determinados pelo Palmeiras. Em 2015, o fenômeno aconteceu no jogo entre Palmeiras e Atlético/PR, pelo Campeonato Brasileiro, e também na decisão da Copa do Brasil, envolvendo o Santos.

Segundo a empresa FutebolCard, responsável tanto pela gestão das catracas quanto pelo programa Avanti, a comercialização dos ingressos através do site para este jogo aponta para o final dos pontos físicos de venda.

''Não tenho dúvida que o futuro será todo online, e o fim das bilheterias acontecerá de forma gradativa. Hoje, todas as arenas brasileiras estão se modernizando, e os torcedores estão cada vez mais acompanhando essa nova filosofia de consumo'', disse o sócio diretor Robson de Oliveira.

Nesta temporada, a média de venda de entradas nas bilheterias no Allianz Parque é de apenas 14%. Contra o Corinthians, no Campeonato Brasileiro deste ano, disputado em 12 de junho, apenas 2% da carga total foi vendida fisicamente. Contra o Santos, no empate em 1×1 da última semana, esse número subiu muito pouco: 5%.

O argumento mais forte é a possibilidade de se combater a ação dos cambistas e mesmo até das torcidas uniformizadas, que revendiam os ingressos.

Segundo o levantamento da FutebolCard, eis os 10 jogos onde os ingressos foram adquiridos em grande parte na venda virtual:

36.000 (carga destinada à torcida do Palmeiras) – Palmeiras x Atlético-MG (Brasileiro 2016)

34.000 (carga destinada à torcida do Palmeiras) – Palmeiras 1 x 0 Santos (Copa do Brasil 2015/Final)

34.000 (carga destinada à torcida do Palmeiras) – Palmeiras 0 x 1 Atlético-PR (Brasileiro 2015)

33.076 – Palmeiras 1 x 0 Corinthians (Brasileiro 2016)

30.899 – Palmeiras 1 x 0 Santos (Brasileiro 2015)

30.707 – Palmeiras 0 x 1 Goiás (Brasileiro 2015)

30.421 – Palmeiras 2 x 1 Fluminense (Copa do Brasil 2015)

30.414 – Palmeiras 1 x 2 Nacional-URU (Libertadores 2016)

30.183 – Palmeiras 3 x 0 Avaí (Brasileiro 2015)

29.593 – Palmeiras 4 x 2 Flamengo (Brasileiro 2015)

29.202 – Palmeiras 1 x 0 Botafogo-SP (Paulista 2015)

29.023 – Palmeiras 1 x 0 Santos (Paulista 2015/Final)

 

 

 

 


Desculpas, ameaças, silêncio: estafe de Riascos arma “operação abafa”
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Luciano Borges

Riascos falou o que sentia na hora e do jeito errado. Com isso, o atacante do Cruzeiro criou um fato quase inédito, foi punido imediatamente pelo clube mineiro e despertou a ira da torcida. O estafe do colombiano entrou em campo já no próprio domingo. Iniciou uma ''operação abafa'' para acalmar os ânimos e achar uma saída que seja mais amena para o jogador.

Mauro Bousquet, empresário italiano que cuida de Riascos, e o assessor de imprensa do atleta elaboraram a nota publicada nos perfis do atacante nas mídias sociais. Nela, há um pedido de desculpa e o esclarecimento de que o jogador não teve a intenção de ofender o clube e seus companheiros.

Depois, o silêncio. Riascos permanece no Rio de Janeiro. Ir agora para Belo Horizonte poderia ser perigoso para a integridade física do colombiano. Ele recebeu sérias ameaças de agressão por parte de cruzeirenses. Também na capital carioca, o presidente Gilvan de Pinho Tavares, criticou a forma como o caso foi conduzido por seus diretores, que anunciaram o desligamento de Riascos.

A partir daí, o trabalho será de acalmar os ânimos. O Cruzeiro precisa preservar o atleta porque pode desvalorizá-lo. O próprio atacante precisa ficar em silêncio para não acirrar ânimos.

''Ele é um cara do bem. Mas não foi feliz ao falar o que falou. O primeiro passo, ele deu: pediu desculpas publicamente. Reconheceu que errou. Mas tudo ainda está muito fresco. É preciso esperar'', disse Magrão, ex-atacante e empresário que também cuida da carreira de Riascos.

O tempo pode acalmar, embora haja o risco do Cruzeiro precipitar alguma punição.

Segundo um dirigente do Vasco, o clube carioca tem muito interesse em contar com Riascos ou tra vez. As condições é que não são favoráveis para os cruzeirense: o jogador virira de graça, por empréstimo, e o time mineiro arcaria com a maior parte do salário.

Daí a necessidade de ver se é possível manter a calma tanto de Riascos quanto do Cruzeiro.

Porque, pelo que avaliam os homens que cuidam da carreira do jogador, é preciso sentir se os torcedores vão ou não continuar no clima bélico mostrado na internet.


Atacante brasileiro se refugia na embaixada do Brasil para não ser preso
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Luciano Borges

Selfie de Kleyr ainda no apartamento onde morava em Amã

Selfie de Kleyr ainda no apartamento onde morava em Amã

Neste domingo, o atacante Kleyr Vieira do Santos entrou em contato com o Blog do Boleiro para contar que está abrigado na embaixada do Brasil em Amã. O jogador teve a prisão decretada por atraso no pagamento de seis meses de aluguel. Quem deveria arcar com esta despesa é o Al-Faisaly, clube da Jordania, que deve ainda cerca de 30 mil dólares de salários ao jogador.

''Estou na casa do embaixador Francisco Luz. Ele está me protegendo da polícia que está autorizada a me prender. Graças ao embaixador, não estou preso. Estou na residência da embaixada com ele e a embaixatriz. Ele é meu único apoio que tenho aqui'', afirmou o atleta de 35 anos que nasceu no Acre e passou por mais de trinta clubes no Brasil e no exterior.

Na sexta-feira, Kleyr e um advogado conversaram com os representantes dos donos do edifício onde morou desde outubro do ano passado, quando aceitou a proposta do Al-Faisaly. Com o brasileiro em campo, a equipe terminou o campeonato jordaniano em segundo lugar. Mas desde o início do ano, o clube parou de pagar os salários e o aluguel.

''Nós pedimos para o dono do imóvel esperar até quarta-feira, quando a Federação Jordaniana disse que vai julgar meu caso. Depois do julgamento, com o clube sendo obrigado a me pagar, eu quitaria o aluguel. Mas ele não quis ajudar. Ainda disse que a polícia iria me buscar na manhã de domingo'', contou.

Kleyr procurou o embaixador Luz que o aconselhou a deixar o apartamento e ir para a embaixada. ''Ele disse que sou responsabilidade dele agora e que ninguém vai me prender'', escreveu via ''whatsapp''.

O diplomata já conversou com os dirigentes do clube e com a FJF.

A HISTÓRIA

O atacante acreano continua sem receber seis meses de salários atrasados, o passaporte retido e prestes a ser despejado. Agora, recebeu a notícia de que pode ser preso ainda nesta semana.

Kleyr foi avisado pelo dono do imóvel que acionou a polícia para fazer o despejo. “Eu posso ser preso. A polícia vai fazer busca e apreensão no apartamento”, disse ao Blog do Boleiro.

O clube que contratou o brasileiro em outubro do ano passado, Al-Faisaly, não pagou nem os seis meses de salários atrasados e continua sem acertar a conta do aluguel do apartamento onde colocou o atleta.

A ameaça tirou do sério o jogador brasileiro que jogou a temporada e ajudou a levar o time ao segundo lugar na classificação geral do Campeonato Jordaniano. “As coisas negativas estão começando a me transformar. Ainda faço uma loucura”, disse.

Um dos dirigentes do Al-Faisaly, o diretor Samer Alhourany, é o alvo da raiva do jogador acreano de 35 anos. O dirigente já mandou Kleyr procurar a Fifa para poder receber cerca de 30 mil dólares que o clube deve.

 

O embaixador do Brasil na Jordânia, Francisco Luz, está ajudando Kleyr no caso. O diplomata já conversou com o clube e com a Federação Jordaniana de Futebol. Na próxima quinta-feira, a FJF vai julgar a queixa de Kleyr. O problema é que a ameaça do proprietário do apartamento fala na presença da polícia na quarta-feira.

“Eu já gastei 11 mil dólares para me manter aqui. Eles não me pagam. Estou comendo uma vez só por dia, para economizar. Pedi para o dono do apartamento falar com os sócios e segurar a queixa até quinta. Assim que eu receber do Al-Faisaly, pago tudo e vou embora. Tenho mulher e filhos para cuidar”, afirmou.

Kleyr é um destes atletas brasileiros que rodam o mundo para fazer a vida. No caso de Kleyr, já são 34 equipes no currículo dentro e fora do Brasil. . No ano passado, ele atuou no Peru e no Equador. É um profissional experiente, acostumado com esta vida nômade internacional. Uma das passagens dele foi em Israel. “Acho que tem um preconceito aqui porque joguei lá”, afirmou.

Beatriz dos Santos, A esposa de Kleyr mora na China com as filhas. Lá, trabalha num projeto criado pelo volante Paulinho, ex-Corinthians. O atacante que está na Jordânia é padrinho de casamento do volante que atua no Guangzhou Evergrande.

Pelo combinado, Kleyr já estaria na China depois de jogar o Nacional pelo Al-Faisaly.


Brasileiros do futebol turco já pensam em voltar com atentado e golpe
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Luciano Borges

Logo que foi avisado por um colega de time, o volante Souza ficou no apartamento onde vive em Istambul, vendo imagens do movimento de tanques de guerra nas ruas da maior cidade da Turquia. ''Ver tanques assim, assusta. O pessoal do Fenerbahce pediu para ficar em casa. É preocupante'', disse o brasileiro.

Há quem esteja mais do que preocupado. O meia Márcio Mossoró, atleta do Istambul, já fala em voltar para o Brasil. ''Se continuar este clima tenso, não vamos voltar a jogar aqui. Já falei para os dirigentes'', disse ao Blog do Boleiro por telefone. Mossoró nem está em território turco. Ele faz a pré-temporada em Salsburgo, na Áustria. ''A gente vai ficar aqui mais uma semana, mas todo mundo anda preocupado'', afirmou.

Assim que as tropas militares começaram a movimentação na capital Ancara (com vôos rasantes de jatos da aeronáutica) e em Istambul, os parentes do atletas turcos do Istambul receberam a notícia de que o governo acusou o golpe em movimento.

''No começo, achamos que era mais um ato terrorista, mas era esta coisa aí'', disse Mossoró.

Mossoró já andava preocupado depois do atentado no aeroporto de Istambul, que causou mais de 40 mortes no final do mês passado. ''Eu moro muito perto. Aliás, um dia antes (28) eu e um amigo decidimos adiar um vôo que iríamos tomar no dia 29. Ainda bem. Mas quando embarcamos para a Áustria, só de passar pela ala de embarque me senti tenso'', contou.

Tanto Souza quanto Mossoró não têm familiares vivendo na Turquia. ''Minha mulher e meus filhos estão no Rio. Isso é mais tranquilo'', disse Souza que, como Mossoró, se mostra preocupado. ''Vamos ver como as coisas vão andar. Olhei agora na janela e as ruas estão vazias. Nem sei se vamos treinar neste sábado'', falou.


Lateral brasileiro do Nice diz estar “nada confortável” depois de atentado
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Luciano Borges

Fotos de Dalbert quando assinou contrato com Nive Foto: página de Dalbert no Facebook

Fotos de Dalbert quando assinou contrato com Nive Foto: página de Dalbert no Facebook

O lateral-esquerdo Dalbert está em Genebra, na Suíça. Está assustado. “Não me sinto nada confortável com esta situação”, disse o jovem carioca de 22 anos que foi contratado pela equipe francesa do Nice há três dias e já convive com o clima de medo que se instalou na França depois de três atentados.  

Ele está trabalhando na pré-temporada do Nice, da França, que vai enfrentar o Servette Geneva num amistoso neste sábado. Foi na concentração onde os jogadores dirigidos por Lucien Favre ficaram sabendo da tragédia na cidade onde fica o clube na Costa Azul.

Na noite desta quinta-feira, depois da festa de queima de fogos que comemora a queda da Bastilha, o tunisiano Mohamed Bouhlel, dirigndo um caminhão, atropelou mais de uma centena de pessoas que estavam na avenida Promenade des Anglais, deixando pelo menos 84 mortos e dezenas de feridos. A polícia francesa considera o ato como terrorismo.

 

Os jogadores do Nice souberam da notícia pela televisão e através de telefonemas de parentes e amigos. “Muitos jogadores franceses ficaram abatidos com essa notícia. Muitos ficaram espantados com o acontecido. Ninguém esperava tamanha brutalidade…quase cem metros!”, Dalbert escreveu ao Blog do Boleiro.

 

Dalbert jogou as últimas três temporadas em Portugal. Estava no Vitória de Guimarães que o negociou com o Nice. O clube francês está investindo numa equipe formada por atletas jovens, até 25 anos.

Ele foi apresentado na última quarta-feira na estação termnal de Divonne-Les-Bains. De lá seguiu com o time para a Suíça. Mas percebeu logo o tamanho da tragédia que atingiu a cidade de Nice. “Os franceses estão abatidos. Isso, com certeza, gera medo”, afirmou.

O brasileiro garantiu que não está assustado a ponto de deixar o clube. Pelo contrário. Ele garantiu que fica e quer ajudar a levar alegria aos torcedores do time que vai disputar a Liga Europa.

Nesta sexta-feira, o Nice publicou uma nota na capa do site oficial, que estava em tom preto.

“Uma tragédia se abateu sobre nossa cidade na quinta-feira, logo depois dos fogos de artifício de 14 de Julho, que trouxe milhares de turistas a Nice, na Promenade des Anglais. O que aconteceu deixa todos nós em estado de choque, horrorizados e indignados. Sentido profundamente na carne, o OGC Nice lamenta as vítimas desta infâmia e demonstra seu total apoio às famílias, amigos e todos aqueles afetados de alguma forma por esta tragédia”.