Hyoran, que o Palmeiras deseja, explica origem do nome: homenagem a Cruyff
Luciano Borges
Não é ''iurãn'' nem ''riurãn''. O jogador que, segundo o presidente da Chapecoense – Sandro Pallaoro -, está na mira do Palmeiras tem um nome de grafia complicada, mas que remete a um craque holandês que morreu neste ano: Hyoran foi como o cartório de Chapecó (PR) grafou a homenagem que o pai do meia de 23 anos quis fazer a Johann Cruyff.
''Meu pai, Renato, quis me dar um nome diferente e decidiu dar o nome do Cruyff. Aí saiu assim. Mas é para me chamar de ''Iorrãn'' como o holandês'', explicou o jogador ao Blog do Boleiro no final de tarde desta quarta-feira.
O militar aposentado Renato fez mais do que escolher o nome. Ele incentivou o filho mais velho da família a jogar futebol. ''Ele tinha este sonho e desde criança ele me dava o incentivo'', contou Hyoran.
Hoje, ele é um segundo treinador para o primogênito. ''Ele está sempre vendo os jogos da Chapecoense, às veze no estádio e às vezes em casa porque não gosta muito da muvuca. Mas está sempre cobrando que eu deveria ter jogado assim ou de outro jeito'', disse o filho.
Hyoran vem sendo titular há seis partidas. Estreou contra o Altético Paranaense, na Copa do Brasil, e seguiu como tiitular nos últimos cinco jogo. Contra o Palmeiras, sua atuação atraiu o olhar do técnico Cuca.
Na Chapecoense dirigida por Caio Jr., ele atua no meio, entre as linhas do avdersário, onde pode fazer o que gosta. ''Gosto de atuar ali na zona morta com possibilidade da assistência, do drible e da finalização. Sempore que posso, chuto ao gol'', explicou.
Nesta terça-feira, ele passou a ler notícias do interesse dos palmeirenses e também de outros clubes. Conversou com o empresário Fábio Baitler que confirmou apenas contatos inciais de alguns interessados. ''Ele disse que não há nada de concreto e que vai conversar com a diretoria da Chapecoense para saber o que está acontecendo de verdade'', disse.
O meia tem contrato até agosto do ano que vem, com um pré acordo de renovação.
Mas ele faz questão de avisar que as informações não vão tirar o foco dele: ''Estou deixando na mão do empresário. Saber deste interesse me dá mais segurança para jogar porque mostra que estou no caminho certo. Mas tenho os pés no chão. Tenho que continuar a fazer um bom trabalho'', afirmou.
Casado há um ano com Andressa, Hyoran está sempre perto da família. ''Moro ao lado'', disse. Assim convive também com os irmãos que, como ele, têm nomes sui generis e com desvio do cartório. ''O meu irmão do meio, que já trabalha, é o Braian. Meu pai gostou do filme 'O Resgate do Soldado Ryan' (de Stephen Spielberg) e colocou o ''bê'' na frente'', falou. A troca do ''y'' pelo ''ai'' foi por conta do escrivão.
E o caçula da família, que é estudante, ganhou nome bíblico: Natan Calebe.