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SPFC: Vice assume erro por ingresso caro e espera 60 mil contra o Cruzeiro

Luciano Borges

O vice presidente de marketing do São Paulo, Douglas Schwartzmann, admitiu que errou na política de preços de ingressos adotada na fase de grupos da Copa Libertadores da América. O dirigente assumiu a responsabilidade de outro diretor, que já não está mais no cargo e tinha definido os ingressos em R$ 120 cada, em pacotes para os três jogos no estádio do Morumbi. ''O esforço do torcedor comum teria que ser muito grande'', disse ao Blog do Boleiro.

Para atrair mais torcedores, a diretoria do São Paulo decidiu baixar os preços dos ingressos para o confronto contra o Cruzeiro, dia 6 de maio. Cada entrada custará R$ 60. Não haverá a promoção do acompanhante (um ingresso para duas pessoas). Segundo Schwartzmann, a expectativa da diretoria é de atrair 60 mil pagantes. Ele não garantiu ações como show de música antes da partida. E acha que o desempenho do time contra o Corinthians, na última quarta-feira, vai atrair mais fanáticos.

Blog do Boleiro – Por que vocês baixaram o preço dos ingressos?
Douglas Schwartzmann – A gente entendeu que a torcida quer pagar 60 reais. Com a promoção do acompanhante do último jogo, que estendemos para todos os teores, tivemos um preço médio do ingresso de R$ 70. A gente entendeu que a torcida quer pagar menos. Esperamos agora que a torcida mostre o apoio que o time do São Paula precisa.

Foi um erro cobrar R$ 120,00 reais na fase de grupo?
Foi um erro. Eu assumo. Nem estava no Brasil quando o diretor da época (Ruy Maurício Barbosa) tomou esta decisão. Eu estava fora, mas deleguei poderes. Quando voltei, como já haviam sido vendidos pacotes com os jogos todos, tive que respeitar. Agora sabemos que para o torcedor comum, o esforço para pagar R$ 120 era muito grande.

Quanto vocês pretendem arrecadar no jogo contra o Cruzeiro?
Espero que tenha 60 mil torcedores. Aliás, prefiro que tenhamos 60 mil torcedores pagando 60 reais do que 30 mil pagando 120. O preço de R$ 60 é esse, está fixado. Se a torcida corresponder, vamos manter até a final da Copa Libertadores da América.

O time se sente melhor com estádio cheio?
Jogador gosta de casa cheia. E nós da diretoria também. Eu gosto de ir para o estádio lotado, com clima de festa. Festa vazia ninguém quer. A gente vai corrigindo os erros. A gente quer acertar ao máximo e quer que a torcida esteja feliz. Às vezes a gente erra. No último jogo, contra o Corinthians, tivemos 39 mil pessoas. Foi uma demonstração de que o preço teria que cair pela metade. Além disso tivemos um evento bacana, com a turma do rock tocando uma nova versão do hino do São Paulo. Ela está sendo um sucesso nas redes sociais. Tudo isso ajudou.

Vocês planejam outras ações deste tipo?
Estas ações são feitas com custo alto. Desta vez, o São Paulo não gastou nada. Os músicos tocaram de graça. O palco foi bancado por um parceiro, um torcedor são paulino que quis ajudar. Além disso tem um trâmite para se fazer um evento antes e no intervalo do jogo. O Carlos Miguel Aidar precisou pedir licença para a Conmebol, que normalmente não autoriza estas ações. Para o próximo jogo, vamos ter as mesmas dificuldades. Em 10 dias, não se faz um evento assim. Se tiver uma oportunidade legal que dê para fazer, vamos fazer. Não temos nada previsto. Mas não vou enganar ninguém.

O erro do preço dos ingressos na fase de grupos fez com que o São Paulo deixasse de faturar quanto?
Faturamos metade do que teríamos faturado com o ingresso no preço que o torcedor quer. Mas não foi só o preço da entrada que fez com que tivéssemos poucos torcedores no Morumbi. A mudança da empresa que cuidou da bilheteria causou alguns transtornos na primeira partida. E o momento da equipe do São Paulo, que perdeu alguns jogos, veio somar a esta série de coisas. Mas depois do jogo contra o Corinthians, com a apresentação brilhante do time, acho que a gente terá 60 mil torcedores. A gente corrige e ganha. No São Paulo, a gente está sempre aprendendo.diretoria reduziu o preço dos ingressos para a próxima fase.