Torcedor que quebrar cadeira no Derby pode parar na delegacia
Luciano Borges
''O torcedor que quebrar cadeiras ou destruir o patrimônio do estádio, vai ser levado para a delegacia e autuado''. A ameaça é do promotor Paulo Castilho que hoje está à frente do Juizado do Torcedor, órgão fortalecido recentemente pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo para combater a violência no futebol. Ele está de olho nas torcidas uniformizadas. Neste domingo, o clássico entre Corinthians e Palmeiras na arena em Itaquera será palco da primeira demonstração de força do JT. E o torcedor detido por quebradeira e vandalismo poderá ser afastado dos estádios por, no mínimo, seis meses. ''Podemos puni-lo por até um ano'', afirmou Castilho,
Duas delegacias serão montadas na Arena Corinthians, uma dentro e outra fora do estádio. A Polícia Militar terá gente nos monitores do circuito interno de vigilância que poderão flagrar que andar fora da linha. Haverá soldados perto do setor onde os palmeirenses irão ficar. ''A tolerância será zero. Ninguém vai quebrar cadeira e dar risada da justiça. Este torcedor não vai sair pela porta da frente'', disse Castilho.
Para esta partida, a cúpula da segurança paulista estará perto. O secretario Alexandre de Moraes, o Presidente do Tribunal de Justiça de, Renato Nalini, o Procurador Geral de Justiça do estado, Márcio Fernando Elias Rosa, e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Fernando Capez vão estar nas tribunas da Arena Corinthians.
Segundo Castilho, as ações do Juizado do Torcedor serão ampliadas a partir do clássico de domingo. ''O trabalho está engatinhando. Temos muitos inquéritos pela frente, muitos processos para abrir por lavagem de dinheiro, comércio ilícito de ingressos que permite a sonegação de impostos. Não estamos só atrás das torcidas violentas'', falou ao Blog do Boleiro.