Blog do Boleiro

Convertido, Jô vai aos Emirados “com a cabeça no lugar”, diz pai

Luciano Borges

Um novo Jô, mais focado, é o jogador que o time do Al Shabab, dos Emirados Árabes contratou. Segundo o pai do  atacante formado na base do Corinthians, a religião ajudou a ''colocar a cabeça no lugar''. Dario de Assis, 60, disse ao Blog do Boleiro que a ajuda de dois colegas do Atlético Mineiro mudaram a vida do filho: ''O Pierre e o Leonardo Silva levaram meu filho a uma igreja em Belo Horizonte. Ele se converteu e se tornou evangélico. Até o linguajar dele mudou. Ele está mais claro com as coisas''.

Depois da Copa do Mundo do ano passado, o jogador de 28 anos enfrentou problemas de ordem pessoal. Faltou em treino do Atlético Mineiro. Chegou a ser afastado do time pelo então presidente Alexandre Kalil. Em outubro, Dario chegou a dizer que temia que a carreira do filho terminasse como a do centroavante Adriano Imperador, que colecionou problemas disciplinares. ''Ele teve um probleminha na vida que já foi superado. Errar é humano e este episódio já está superado'', afirmou.

A mudança de comportamento de Jô, por causa da postura religiosa, garantiu a ele o retorno aos treinos e, aos  poucos, ao time. Jô foi autor do gol do título estadual do Galo e vinha tentando ganhar espaço entre os titulares. Depois de 127 jogos e 38 gols, o atacante reserva da seleção brasileira de 2014 foi negociado pelo clube mineiro com o Al Shabab, dos Emirados Árabes. Ele foi indicado pelo técnico Caio Junior, que comanda a equipe de Dubai.

A contratação só será oficializada depois dos exames médicos, mas o pai do jogador está otimista. ''Ele está muito bem. As coisas vão se acertar de vez'', disse. Ex-taxista, Dario lembra que acompanhou e morou com o filho quando ele deixou o Corinthians com 18 anos de idade e se transferiu para o CSKA, de Moscou. ''Ele foi muito bem lá'', contou 10 anos depois.

Desta vez, Jô não vai morar com os pais Dario e Tania. Casado com Cláudia, que conheceu na Rússia, ele viajará com a mulher e o filho. Deverá ter também a ajuda de um secretário particular que trabalha com ele no Brasil.