Palmeiras e investidor discutem compensação com saída grátis de Valdívia
Luciano Borges
Valdívia disse adeus nesta segunda-feira, último dia de contrato com o Palmeiras. O chileno deve viajar para os Emirados Árabes na próxima quinta-feira. Vai fazer exames médicos e, se nada mudar, deverá assinar contrato com o Al Wahda. O meia deixa para trás um problema. Nesta terça-feira, o investidor Osório Henrique Furlan Junior vai se reunir com o comando palmeirense para saber como pode ser ressarcido. Dependendo desta conversa, ele poderá entrar na justiça contra o clube.
Em 2010, ele participou como parceiro do Palmeiras na compra dos direitos econômicos do jogador. Contribuiu com cerca de R$ 5,5 milhões na época (pouco mais de R$ 8 milhões no câmbio do dólar atual). Ficou dono de 36% do valor de qualquer venda de Valdívia para outra equipe. Isto acabou não acontecendo. O Palmeiras não acertou a renovação do contrato do jogador e não encontrou quem quisesse comprar. Resultado: Valdívia vai embora com o clube devendo ainda cerca de R$ 7 milhões a um banco e com Furlan tendo de amargar prejuízo.
Daí o encontro desta terça-feira à noite. Osório reclama da postura do clube que discutiu a renovação de contrato de Valdívia sem ter pedido sua participação. ''Fui marginalizado. Não me chamaram para participar de qualquer tipo de proposta. Não vieram e disse que estava difícil a renovação e se eu, como investidor, gostaria de contribuir. Resultado: o Valdívia foi embora de graça. O Palmeiras quis perder dinheiro e me fez perder também'', afirmou ao Blog do Boleiro.
Se ouvir do presidente ou de um representante que o Palmeiras não pretende lhe dar um compensação pelo adeus do investimento, Osório vai consultar advogados para saber como poderá acionar o Palmeiras. ''Espero que tudo termine em bom termo'', disse.