Irritado, presidente do Goiás ouve promessa dos atletas: “O time não cairá”
Luciano Borges
O presidente do Goiás, Sérgio Rassi, convocou os jogadores para uma reunião extraordinária no final da tarde desta segunda-feira. O time estava de folga depois da derrota por 3 a 2 para o Figueirense, neste domingo no estádio Serra Dourada. O dirigente estava irritado e quis saber dos atletas o motivo do desempenho “tão abaixo da crítica”.
O confronto era “jogo de seis pontos”, como disse o próprio presidente. Os dois times estão no Z-4, tentando fugir do descenso. O Goiás chegou a estar na frente do Figueirense no primeiro tempo e jogou a maior parte da partida com um jogador a mais em campo, por causa da expulsão de Carlos Alberto. No final, o time catarinense venceu o jogo por 3 a 2 e encostou no Goiás que é o primeiro time da zona de rebaixamento com 31 pontos.
Rassi detonou o elenco depois da derrota.
“Isso é inadmissível, não pode acontecer! E era uma partida contra um adversário direto na nossa luta contra o rebaixamento além de tudo. Foi vergonhoso sob todos os aspectos. Futebol não tem lugar para seriedade, honestidade, correção. Futebol é coisa pra malandro, pra quem vive às custas da infelicidade dos outros. Coisa séria não prevalece no futebol. Fiz tudo por esses atletas, mas o que se viu foi uma partida sem doação, sem vontade de ganhar. Sem a mínima vontade de fazer o resultado. Eles não merecem o meu respeito”, disse.
Na reunião de hoje, o presidente quis saber qual o motivo de uma performance tão ruim. Ele perguntou também se havia alguma razão extra-campo que estaria interferindo no desempenho deles. “Quis saber se havia algum problema com alguém da comissão técnica ou com alguma outra coisa. Só não falei da parte financeira porque estamos totalmente atualizados com as obrigações tanto de salários como premiações”, disse Rassi.
Os jogadores apontaram um motivo.
“Eles me disseram que o Goiás tem atletas jovens que oscilam muito tanto tecnicamente quanto emocionalmente. Eles garantiram que isso não vai mais acontecer e que, no que depender deles, não seremos rebaixados”, contou o dirigente ao Blog do Boleiro.
Depois do encontro, o presidente deixou o clube e afirmou que estava menos irritado, mas não contente. “Estou menos bravo, mas mais decepcionado”, afirmou.
Sérgio Rassi esperava uma melhor colocação do Goiás a esta altura do campeonato. “Chegamos a ficar entre os quatro melhores nas primeiras rodadas. Fizemos partidas muito boas como contra o São Paulo e o Palmeiras, mas acabamos sofrendo gols absurdos em falhas pessoais e mesmo no final das partidas. Se somarmos estes pontos perdidos teríamos hoje uma pontuação em torno de 40 ou 41, sem passar por este dissabor de lutar contra o rebaixamento”, falou o presidente.
O próximo jogo do Goiás está marcado para o dia 15, quinta-feira, contra o Corinthians, líder do Brasileiro, na Arena de Itaquera.