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Goleiro diz que experiência faz do Red Bull um perigo para o Corinthians

Luciano Borges

Saulo já na concentração do Red Bull para o jogo deste sábado contra o Corinthians Foto: Arquivo pessoal

Saulo já na concentração do Red Bull para o jogo deste sábado contra o Corinthians Foto: Arquivo pessoal

Quando era garoto e ainda jogava na base do São Paulo, Saulo teve uma atuação destacada num clássico contra o Corinthians. “Peguei dois pênaltis”, lembra dando uma risada. É assim que ele prefere falar dos confrontos contra o time que vai encarar neste sábado, pelas quartas de final do Campeonato Paulista.

O goleiro do Red Bull diz que sua equipe tem como bater o time que fez a melhor campenha da primeira fase do torneio. “Nos preparamos para neutralizar as qualidades deles”, disse ao Blog do Boleiro.

Aos 30 anos, Saulo é um cara rodado. Passou pelo Criciúma, Santos, Udinese (Itália), São Caetano e outros clubes. Veio para o Red Bull numa temporada em que começou jogando todas as partidas.

O goleiro nascido em Salto (SP) ficou no São Paulo até os 17 anos, quando se transferiu para o Santos. Dois anos depois já era titular da equipe. Em 2005, ele participou da partida em que os santistas foram derrotados por 7 a 1 pelo Corinthians, num jogo pelo Campeonato Brasileiro.

Até hoje, Saulo é perguntado sobre esta partida. E ele garante que não se incomoda. “Eu nem lembro direito dos fatos”, garantiu.

Agora, ele enfrenta o Corinthians numa partida decisiva. Para o Red Bull, eliminar o adversário significa conseguir atingir a meta estabelecida no ano: uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro. Por enquanto, esta possibilidade está perto de  São Bento e Audax, que somaram mais pontos na primeira fase.

Blog do Boleiro – Como é que vocês vão eliminar o Corinthians?
Saulo –
Só será possível se vencermos o jogo. Fizemos uma ótima semana de trabalho e por isso entramos confiantes de que podemos fazer um grande jogo e buscar a classificação. Sabemos as qualidades da equipe adversária, mas nos preparamos para neutralizá-las. Vamos procurar impor nosso ritmo de jogo.

O que o Corinthians tem de mais perigoso?
A equipe do Corinthians é talvez a melhor equipe do futebol brasileiro na atualidade. Se não é a melhor, é uma das mais bem treinadas. Não seria espantoso dizer que o Tite é o grande diferencial da equipe corintiana, pois ele sabe armar a equipe de uma maneira uniforme e isso se torna uma grande arma contra os adversários.

Como goleiro, o que preocupa mais você?
Não tenho como dizer com o que me preocupar mais. Tenho que estar preparado para tudo o que possa acontecer dentro da partida. Há muito com o que estar atento.

O que o Red Bull tem de mais forte?
Nós temos um grande elenco que foi muito bem treinado durante a competição pelo Maurício Barbieri. Ele nos deu um padrão de jogo muito legal, onde as maiores qualidades dos nossos jogadores se destacam. Temos um grupo experiente que já viveu situações similares às que vamos encontrar nessa partida. Isso nos torna uma equipe perigosa. Se conseguirmos suportar a pressão inicial, acredito que teremos grandes chances na partida.

Você passou pela  goleada de 2005, quando estava no Santos. Aquele jogo contra o Corinthians (1 a 7) marcou você?  É um episódio já esquecido?
Sim, eu nem lembro direito dos fatos. Eu lembro do resultado porque vira e mexe as pessoas me recordam. Algo totalmente superado…

Você já participou de partidas decisivas na carreira? Que lembranças tem delas?
Ótimas lembranças. Esses jogos são os melhores para se jogar, é o tipo de jogo que todo mundo almeja jogar um dia.

Lembra de alguma para contar?
Meu primeiro Campeonato Paulista Sub-15. Foi um jogo entre São Paulo e Corinthians. Eu peguei dois pênaltis no tempo normal (risos).

Por falar nisso, você treinou penalidades nesta semana?
Treinamos sim. Nos preparamos para tudo que possa acontecer nessa partida. Neste campeonato eu defendi duas cobranças de penalidades.

Durante a semana, você fez algo diferente ou reforçou algum trabalho específico para o jogo?
A preparação é praticamente a mesma. Claro que devido às características do adversário sempre tem algum ajuste para ser feito. Mas nada de especial, tudo na mesma intensidade e concentração de sempre.

Está feliz com este início de temporada?
Sim, pois não perdi nenhum treinamento durante toda a temporada. Com isso tive a oportunidade de jogar todos os jogos nessa competição.