foto: Blog do Boleiro

No próximo dia 21, no estádio do Pacaembu, Ademir da Guia vai comemorar os 74 anos de vida que completou em abril. ''Será uma partida dos amigos do Ademir, uma com a camisa verde e outra com a camisa amarela que usamos em 1975'', disse o meio ídolo da história do Palmeiras.

Ele continua firme, jogando com a equipe masters palmeirense, atuando cerca de 30 minutos por partida. E contando gols. Em 2015, marcou 33. Neste ano ele fez apenas dois tentos. ''Preciso melhorar e já aviso: quem bate pênalti sou eu. O time é meu'', brincou ao conversar com o Blog do Boleiro.

O Divino, apelido que ganhou depois de ser titular do Palmeiras por mais de 16 anos, se aproximou mais do clube desde que o Allianz Parque foi inaugurado. ''''Tenho participado de vários eventos com a equipe de futebol master, com as lojas do Palmeiras, com as torcidas e em muitas cidades do interior'', contou. ''Aí a gente sente o carinho do torcedor não só comigo, mas com todos os jogadores. Todos sabem de cor no time de 1972: Leão, Eurico, Luis Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir, Edu, Leivinha, César e Ney''.

Jogar numa mesma formação durante quatro temporadas fez, para Ademir da Guia, toda a diferença. ''O time assim precisa ser campeão, conquistar títulos . Aí o técnico é prestigiado e a torcida passa a acreditar nos jogadores. Isso dá confiança'', afirmou.

Por isso, Ademir acha que o título de campeão da Copa do Brasil de 2015 foi importante para manter a nova com uma média alta de público.

Mas há um problema.

Ademir não concorda com a política de contratações que o Palmeiras vem adotando há dois anos.

''O problema não é quantos jogadores são contratados. O problema é contratar e não colocar para jogar. O Palmeiras tem que trazer craques que entrem para se tornarem titulares. Estão trazendo jogadores que jogam igual aos que já estão'', disse durante a conversa ao lado do empresário Luigi Velluto, dirigente nos anos 70.

O ídolo alviverde dá um desconto porque as recentes mudanças foram decidida com o técnico Cuca. ''É importante a opinião do treinador'', falou referindo-se à troca de Lucas e Robinho por Fabrício e Fabiano, do Cruzeiro, contratação de Tchê Tchê e do zagueiro Yerri Mina, do Independiente Santa Fé.

Mas o armador de duas Academias de Futebol lembra: ''O Palmeiras precisa de vitórias. A equipe tem que mostrar resultados. Foi muito bom ser campeão da Copa do Brasil e tem que seguir assim''.