Blog do Boleiro

Kalil diz que assembleia da CBF é ‘ilegal’; CEO da Liga conversa com tevês
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Luciano Borges

Alexandre Kalil, CEO da Liga Rio-Sul-Minas (Primeira Liga), vai acelerar as negociações com emissoras de televisão, operadoras de internet, provedores e patrocinadores em potencial que estejam interessados em investir no torneio marcado para começar no dia 27 de janeiro de 2016. ''Agora a bola está com ele'', disse Delfim Peixoto Filho, presidente da Federação Catarinense, um dos dirigentes que apoia a iniciativa dos clubes envolvidos na nova competição do futebol brasileiro.

Nesta terça-feira, a CBF avalizou a realização do evento, depois de uma Assembleia Geral que contou apenas com as federações estaduais. Este aval, que Kalil diz ser inútil, dá o caráter oficial da Liga. O presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares afirmou ao Blog do Boleiro que agora Kalil pode ir ao mercado captar recursos com um evento oficial. ''Vamos atrás dos patrocinadores'', disse o dirigente cruzeirense.

Kalil revelou que vai se reunir com uma emissora de televisão interessada ainda na noite desta quarta-feira. Disse também que duas empresas estão engatilhadas para patrocinar as placas (publicidade estática) nos estádios onde serão disputados os jogos da Primeira Liga.

Em entrevista ao Blog do Boleiro, Kalil falou sobre as próximas ações e criticou a CBF por organizar uma assembleia taxada por ele de ''irregular e ilegal''.

Blog do Boleiro – Hoje, os dirigentes dos clubes da Primeira Liga disseram que 'agora é com o Kalil'.
Alexandre Kalil – Exatamente. Já estamos agendando reuniões até o final desta semana com parceiros em potencial. Estamos trabalhando para atrair recursos.

Como estão as conversas com as emissoras de televisão?
Hoje à noite vou jantar com uma delas para conversar. Desde que divulgamos a tabela dos jogos e o regulamento, agora podemos falar com mais detalhes, inclusive financeiros.

Quais emissoras mostraram interesse?
A Globo, a ESPN. o Esporte Interativo e a Record.

A Globo fez proposta?
Quando formalizamos a criação da Primeira Liga, o Marcelo (Campos Pinto, da Globo Esportes) telefonou para me cumprimentar e disse que a Globo sempre está interessa num evento esportivo. Nada mais do que isso. Não falamos nada comercialmente.

Quais plataformas vocês estão vendendo?
Estamos conversando e marcando reuniões para várias possibilidades: internet, internet internacional, publicidade nas placas nos estádios, tevê aberta e tevê fechada. Estamos trabalhando. Não vamos enriquecer. Estamos vendendo o torneio no ´primeiro ano com apenas cinco datas. Queremos fazer um ótimo evento em 2016 e um muito melhor em 2017.

As condições impostas ontem na Assembleia Geral da CBF, com a presença das federações estaduais, atrapalha ou não atrapalha a realização da Primeira Liga? Afinal, a CBF deu o aval ao torneio.
Aquilo não foi um aval, foi um ''desaval''. A CBF foi ao contrário do que queremos. Se atendermos as condições, a Liga vai para o chão. Agora, esta assembleia é irregular e ilegal. Ela tem o crivo da ilegalidade. Só participaram as federações, quando os 40 clubes das Séries A e B tinham que ter sido chamados. Esta reunião foi juridicamente irregular. Fere a lei, o Profut que acabou de ser aprovado pela presidente Dilma Rousseff. Quem está ancorada na lei é a Liga. O que fazemos é legal, moral e construtivo.

Mas vamos falar destas condições. A exigência do intervalo de 60 horas entre uma partida e outra é uma delas.
É possível jogar num prazo menor. Ou a CBF vai dar este prazo para os jogadores do Corinthians que estão na seleção brasileira? Dá para jogar numa diferença menor, desde que o jogador seja consultado.

E a exigência de só iniciar a Liga a partir de 1 de fevereiro?
Não existe isso. A pré-temporada pertence ao clube. O Corinthians e o Fluminense estão acertando amistosos nos Estados Unidos, não estão? e É em janeiro. Por que não jogar pela Liga?

Resta ainda o problema entre a Federação Carioca e a dupla Fla-Flu que avisou que vai jogar o Estadual com times de jovens.
A Liga está abraçada e apoia Flamengo e Fluminense. Não há nada que os obrigue a não colocar time com jovens no torneio. Não é obrigatório jogar com o time principal. Eles vão disputar o Carioca, portanto não há problema.

 

 


1ª Liga diz que condições impostas por CBF não vão alterar torneio de 2016
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Luciano Borges

As condições impostas pela Assembleia Geral da CBF, realizada nesta terça-feira na sede da confederação, não vão afetar o que já foi planejado e decidido para a Primeira Liga (Liga Rio-Sul-Minas). Os dirigentes dos clubes envolvidos acham que alguns itens são até desnecessários. ''A informação que temos é que não haverá problemas. Vamos seguir normalmente o regulamento e a tabela que projetamos'', afirmou Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo. E mais uma vez, o dirigente garantiu que o Fla vai disputar o Campeonato Cariosa de 2016 com atletas jovens. ''Não vamos jogar o Carioca com a equipe principal'', garantiu.

Esta posição vai contra a intenção da Federação Carioca que vê a ameaça de ter seu Estadual esvaziado por Flamengo e Fluminense. Rubens Lopes, presidente da Ferj, disse que as duas agremiações precisam da autorização da entidade para que disputem outro torneio.

As outras demandas não assustam os dirigentes da Superliga.

''A questão da pré-temporada não nos afeta. Estão confundindo férias com pré-temporada. Os times jogam amistosos neste período de preparação. Então a Liga pode ser disputada neste período. Não daria para fazer jogos nas férias dos atletas.'', disse Gilvan de Pinho Tavares, presidente do Cruzeiro. Por isso, não existe a intenção da Liga em adiar as duas primeiras rodadas, previstas para os dias 27 e 28 de janeiro.

Outra condição imposta na reunião da CBF, composta pelas federações estaduais, foi a de que os clubes respeitam o prazo de 60 horas entre uma partida e outra. Aliado da ideia da Primeira Liga, o presidente da federação catarinense – Delfim Peixoto Filho – disse ao Blog do Boleiro que esta exigência pode ser quebrada. ''Já tivemos vários casos de jogadores que atuaram num período menor e dentro do Campeonato Brasileiro, por causa da seleção brasileira que é administrada pela CBF'', lembrou.

Gilvan Tavares acha que, se for necessário, os clubes poderão conversar com os atletas para que eles aceitem jogar numa diferença de horas menor. ''Os jogadores serão consultados'', garantiu.

Delfim acha que o problema entre a dupla Fla-Flu e a Ferj é uma questão resolvida. ''Os times podem colocar equipe sub-23, sub-50, sub-38, qualquer equipe desde que os jogadores estejam inscritos. A decisão é do clube'', afirmou o presidente da Catarinense. A Primeira Liga já se posicionou a favor dos dois times fundadores. ''Flamengo e Fluminense estão abraçados e protegidos pela Liga. E eles estão protegidos pela lei. Não abrimos mão da presença deles na Liga'', falou o CEO Alexandre Kalil.

 


Goiás: Zé Love muda rotina de casa depois de ameaça à esposa grávida
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Luciano Borges

Zé Love garante que está tranquilo, mas anda tomando precauções depois que discutiu com torcedores no último domingo, na saída do estádio Serra Dourada. O Goiás tinha acabado de perder por um a zero para o Cruzeiro. O time está na zona de rebaixamento. E ao seguir para o ônibus da delegação, Zé Love tentou conversar comn torcedores exaltados. Ouviu de um deles a ameaça: ''Vou estuprar sua mulher''. Aí ele perdeu a linha e passou a discutir asperamente com o torcedor. ''O cara é bandido. Vou tentar reconhecer para acionar na Justiça'', disse.

Por causa deste ''torcedor'', Zé Love decidiu mudar a rotina em casa. A esposa vai ficar mais em casa. ''Eu vou fazer compras, ir à farmácia'', falou. Ele não quer, no entanto, pedir proteção ao Goiás. E ameaça: ''Se sentir perceber que minha família corre risco sério, vou embora''.

Blog do Boleiro – Este incidente provoca uma rpeocupação com a família?
Zé Love –
Claro que estou preocupado. Não conheço o bandido, porque o cara não é torcedor, que ameaçou minha mulher. Não sei do que ele é capaz. Vamos tomar algumas precauções. Minha esposa sempre sai para fazer compras, ir a uma farmácia, ela tem os afazeres dela. Vamos tomar alguns cuidados. Eu vou sair para estas tarefas. Se tiver que acontecer alguma coisa, que aconteça comigo.

Você vai pedir algum tipo de proteção para o Goiás?
Não vou. Não sou bandido para ter que ser escoltado. Se perceber que minha família passa por um sério risco, eu não vou pedir proteção. Pego as minhas coisas e vou para minha casa. Não roubei ninguém, não matei ninguém. O que acontece é que os resultados não estão acontecendo para o time. Como o grupo tem muitos jogadores jovens, é natural que a cobrança caia em cima dos mais experientes.

No início da semana passada, você pediu paz para os torcedores no seu perfil no Instagram.
É. O futebol brasileiro precisa ser revisto. Os verdadeiros bandidos fazem o que querem e ninguém é punido. O jogador brasileiro é tratado como verdadeiro bandido. Eu disse e repito: com terrorismo, as coisas só pioram. Se o torcedor não quer ajudar o time, poderia não atrapalhar. Tem os torcedores que acreditam na equipe e que vão ao estádio para nos empurrar.

Você está tranquilo?
Estou. Sou um cara tranquilo. Nunca discuti com torcedor, muito menos briguei. Mas o que o cara disse, ameaçando estuprar minha esposa que está grávida, é para deixar qualquer um de cabeça quente. Hoje tem treino à tarde. Vou treinar e vou trabalhar como sempre, com dedicação.

O Goiás terá duas pedreiras pela frente: Internacional e Flamengo.
Duas não. Serão seis jogos muito difíceis. Vamos lutar para escapar desta situação.

Este é o pior momento de sua carreira?
É o mais complicado mesmo. Até por causa desta situação extra campo. Nunca passei por isso. Como eu já disse: nunca discuti com torcedor. Jamais briguei.

 

 


SPFC: de terno e gravata, Newton do Chapéu torce pelo adiamento da eleição
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Luciano Borges

''Estou pronto, vestido de terno e gravata''. A frase é de Newton Luiz Ferreira, o Newton do Chapéu, candidato a presidente do São Paulo em oposição a Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco. Na manhã desta terça-feira, com a liminar proibindo a eleição à noite, estar trajado para o pleito é apenas para o caso de uma mudança na Justiça. ''Espero que o Leco não entre com um recurso para derrubar nossa liminar'', disse industrial dono de uma fábrica de ventiladores industriais.

Se Carlos Augusto conseguir uma decisão favorável que mantenha a eleição para esta terça-feira, a primeira chamada será às 19h00 e a segunda, trinta minutos depois. Quem receber metade dos votos mais um dirigirá o São Paulo até abril de 2017. Quem vai eleger o sucessor de Carlos Miguel Aidar – que renunciou em meio à denúncias de irregularidades e corrupção – são os conselheiros do clube. No total são 240.

Newton alega que não teve tempo de conversar com a maioria destes eleitores. Motivo: Leco marcou o pleito de forma rápida. Ele tinha até 30 dias para uma nova data. ''Ele tem a máquina do clube na mão, porque é presidente do Conselho Deliberativo. Para ele, quanto mais cedo for a eleição, menos chance eu tenho de articular alianças'', disse o opositor.

Mas se a eleição não for realizada nesta terça-feira, o próprio Newton fala até em apoiar Leco como candidato único. Ele está propondo uma convenção das forças políticas tricolores na quarta-feira, dia 4 de novembro, para discutir um processo eleitoral que busque o entendimento. ''Será um encontro com os grupos políticos para saber se vamos lançar um candidato de oposição ao Leco ou mesmo se o apoiamos como candidato único. Se essa decisão for aprovado, eu apoiarei. O importante agora é união'', afirmou Newton do Chapéu.

Por precaução, ele fez campanha no domingo e nesta segunda-feira. ''Nem deu tempo direito para conversar com os conselheiros. Consegui trocar ideias com 40, 50 deles. Porque só pude comunicar aos conselheiros minha candidatura no domingo. Parace que não, mas preparar a plataforma administrativa e da gestão tomou um tempo grande'', explicou.

Newton é integrante do grupo São Paulo Forte, que concorreu contra Carlos Miguel Aidar na última eleição. O candidato de oposição a Leco conta com o apoio dos integrantes deste grupo. ''Com os votos do São Paulo Forte que reuniu mais de 100 conselheiros em torno do Kalil Rocha Abdalla eu tenho condições de vencer mesmo que a eleição ocorra de noite'', falou.


Polícia de SP investiga ataque de palmeirenses à sede de torcida tricolor
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Luciano Borges

As polícias civil e militar estão investigando, desde o início da tarde desta segunda-feira, a invasão de torcedores na sede da uniformizada  são-paulina Dragões da Real, ocorrida na manhã do último sábado. Os policiais receberam a informação de que integrantes de uma organizada do Palmeiras foram responsáveis pelo ataque seguido de agressão. E que o ato foi uma vingança de uma emboscada ocorrida no dia 12 de julho em Recife.

Naquela data, torcedores do Sport Recife – de uma facção co-irmã da Dragões – cercaram e agrediram sócios da Mancha. A represália foi planejada porque os agressores de Recife estariam na sede da uniformizada tricolor.

O presidente da Dragões, André Azevedo, tentou desmentir a informação da invasão. ''Não é verdade. Tem muito boato rolando'', disse ao Blog do Boleiro. Porém, na sequência, ele completou: ''Não dá para acusar a Mancha''.

Para o promotor Paulo Castilho, do Jecrim (Juizado Especial Criminal), o dirigente da Dragões está tentando ''baixar a poeira'' do caso. ''Está confirmada a invasão'', afirmou.

A história da invasão à sede da Dragões começou a vazar nas mídias sociais, com sócios da uniformizada tricolor contando o que aconteceu e, em dois casos, dizendo terem sido agredidos com pauladas na cabeça.

André Azevedo confirmou ter ouvido estes depoimentos, mas insinuou que se trata de boatos espalhados para criar um clima de guerra. ''Eu ouvi as gravações. Até dei risada. Não teve nada disso'', repetiu.

Não é o que a Delegacia do Torcedor, da qual Paulo Castilho também faz parte, acha. ''Estou esperando pelo relatório da polícia civil e também da militar. Se houver indícios suficientes vamos pedir o afastamento da Mancha Alviverde que será proibida de frequentar os estádios como tal'', falou o promotor.

Desde que a Secretaria de Segurança Pública deu poderes e recursos para a Delegacia do Torcedor, ficou estabelecida uma política de tolerância zero com as organizadas.

Em quatro meses, 98 torcedores uniformizados já foram presos, afastados dos estádio ou processados. ''É linha dura mesmo''. disse Castilho.

 


Gaviões vetam moedas no campo e música para provocar Guerrero no Itaquerão
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Luciano Borges

Reprodução da internet

Reprodução da internet

O recado nas mídias sociais saiu por volta do meio dia deste sábado. A Gaviões da Fiel, maior organizada do Corinthians, desistiu da ideia de provocar ou mesmo xingar o atacante Paolo Guerrero durante a partida de domingo contra o Flamengo, no Itaquerão.

O comunicado foi este:

''Boa tarde Fiel! ÚLTIMO RECADO ANTES DO JOGO. Está proibido jogar objetos dentro do campo, não estamos indo para ver um ex-jogador do Corinthians! E sim empurrar o Coringão os 90 min. Sem ''musiquinha''! Aqui é Corinthians, se tiver alguém perto de você querendo cantar esta música escrita, dê um aviso a ele: que o Corinthians é maior que qualquer coisa. Vida que segue. O cara honrou a camisa do timão, fez uma escolha errada. Agora ele irá conhecer o outro lado da Fiel. Vai sentir a pressão!!! Compartilhem para a geral ficar sabendo!!! Aqui é Corinthians! Até amanhã, bom fim de semana! Vai Corinthians''

Na mensagem, duas constatações:

1) A Gaviões vetou a ideia de se jogar moedas no campo quando o Flamengo entrar, indicando que Guerrero é considerado mercenário. Os objetos no campo podem provocar punição no STJD num momento em que o time está muito próximo da conquista do título do Campeonato Brasileiro.

2) Foi proibida a musiquinha que vinha rolando na Internet desde o início da semana, tirada do canto dos argentinos na Copa do Mundo disputada no Brasil.

Assim, a uniformizada vai de encontro ao que pediu o técnico Tite, quando disse – em entrevista coletiva – que não quer vaias nem provocações a Guerrero. O treinador pediu foco tanto do time quanto da torcida. ''Agora é hora de pensar em vencer o jogo contra o Flamengo'', afirmou.

Abaixo, a música que os corintianos andaram decorando para cantar neste domingo e que, agora, está vetada pela Gaviões.

 


Paciente impaciente, Pelé celebra 75 anos e quer jogar na Olimpíada
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Luciano Borges

Pelé manteve a rotina dos últimos anos e vai passar o dia do 75º aniversário no sítio em Juquiá, na região do Vale do Ribeira. Já virou tradição. Edson Arantes do Nascimento reúne a família: a mãe Celeste, os irmãos, a namorada Marta Cibele Aoki, os filhos, netos e sobrinhos. Como disse Pepito, assessor do Rei do Futebol, ''a prole toda se reúne lá''.

No aniversário, Pelé trocou a fisioterapia por uma pescaria. Ele ainda se recupera da cirurgia na coluna lombar, em julho deste ano. Os médicos decidiram pela intervenção depois do ex-jogador reclamar de dores ao caminhar. Foi feita uma descompressão de raiz nervosa.

Pelé ainda manca ao caminhar, como se pode comprovar na chegada dele no Aeroporto Internacional de Guarulhos no início da semana. Entre fotos com fãs, autógrafos e ''selfies'', ele foi do desembarque até o carro, empurrando um carrinho e mostrando que ainda precisa passar por mais sessões de fisioterapia. 

Desde que deixou o Albert Einstein no dia 20 de julho, ele tem feito tratamento três vezes por semana no hospital. Quando está cheio de compromissos, o fisioterapeuta vai até o apartamento na Alameda Jaú, onde Pelé mora.

Ele é um paciente impaciente. Faz tudo o que lhe mandam fazer para se recuperar, mas tem pressa. E brinca: ''Quero jogar na Olimpíada'', costuma dizer nas sessões de fisioterapia. A previsão de voltar a andar sem sequelas é de mais três meses.

Nesta sexta-feira, Pepito recebeu mensagens em profusão cumprimentando Pelé pelo aniversário. ''O pessoal do escritório está recebendo parabéns de todo o mundo. É impressionante'', disse Pepito que citou os recados de Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, e do camaronês Issa Hayatou, presidente interino da Fifa.


Técnico pontual, Careca avisa: “Para encarar a Argentina não pode ter medo”
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Luciano Borges

Auxiliar-técnico pontual da hora, Careca não sabe ainda se vai precisar fazer discurso para os jogadores convocados por Dunga para os jogos eliminatórios diante da Argentina e Peru, em novembro. ''Vai ser legal. Ainda não sei como posso contribuir, mas quero ajudar'', disse ao Blog do Boleiro o atacante que, aos 55 anos, participa de jogos de veteranos e ainda sofre com dores nos dois joelhos. ''Eu corri uns 40 minutos ontem em Sorocaba, junto com o Muller, e vou passar a semana com gelo nos joelhos. A artrose judia demais'', disse o titular da seleção brasileira nos Copas do Mundo de 86 e 90.

Companheiro de Diego Maradona no Napoli, onde jogou de 1987 a 1993, Careca tem um compromisso marcado com o argentino no início de dezembro, quando será lançado um livro sobre o time que teve Diego, Careca, Alemão e outros e foi campeão da Itália e da UEFA.

Hoje, Antônio de Oliveira Filho vive uma vida de avô. O neto David Lucas (''Ele tem o mesmo nome do filho do Neymar'', comentou) é filho de Aline, a mais velha da família de Careca que vive toda na mesma casa em Campinas. ''Moram todos comigo. É uma festa: jogo bola, solto pipa, rodo pião. Tudo com o neto'', contou.

Por telefone, ele contou como foi convidado e avisa: para vencer a Argentina não pode ter medo.

Blog do Boleiro – Quando você foi chamado?
Careca –
O Gilmar já tinha me convidado em outras oportunidades, mas tinha alguns compromissos e viagens para fazer. Agora sou avô, minha vida anda corrida. Mas na segunda-feira, o Gilmar me ligou e coincidiu de só ter um evento em Nápoles no dia três de dezembro. Então encaixou legal. Vamos ver como posso contribuir. Tenho 55 anos, a artrose prejudica os dois joelhos. Jogar não vai dar (risos).

Deve ser legal ser convocado outra vez depois de 22 anos.
Sabe que hoje de manhã, teve gente me ligando e dando os parabéns. 'Você foi convocado', disseram. É legal. Vamos ver como posso contribuir. Eu deixei a seleção em 1993, depois do jogo contra a Bolívia nas eliminatórias. Pedi para não me chamarem mais. Já tinha dado minha contribuição. Acho que vou poder passar alguma coisa para o time.

Bom, você já encarou a Argentina algumas vezes.
Já. Inclusive, em 1985, eu fiz um gol de bicicleta. Era o time do Evaristo de Macedo antes da Copa do Mundo do México. Sempre são jogos pegados. Eu encarei a marcação do Ruggeri, aquele zagueiro filho de uma égua. Era maldoso, batia mesmo. Encontrei com ele fora do campo e o cara é uma moça de delicadeza. Joguei contra outros zagueiros assim. Dentro do campo batiam sem dó. Fora eram uns cavalheiros.

Em Copas do Mundo você só encarou a Argentina uma vez.
Foi. Em 1982 fiquei com a seleção do Telê Santana até dois dias antes da estreia contra a União Soviética. Fui cortado por lesão e pedi para voltar porque meu coração não iria aguentar ver a seleção jogando e eu não poder ajudar. Em 1990, na Copa do Mundo da Itália, nós jogamos e perdemos para a Argentina. Eu e o Alemão, que jogamos com o Maradona no Napoli, recomendamos marcação homem a homem no Diego. Ele estava até meio acima do peso e machucado, mas era a fim de ganhar do Brasil, mesmo que não fosse para ser campeão. Falamos: ''Vamos marcar homem a homem''. Mas o treinador (Sebastião Lazaroni) mandou marcar por zona. No único lance que ele teve liberdade, deu naquilo. Gol da Argentina e fomos eliminados.

Você curtia jogar na seleção?
Muito. Eu gostava. O ambiente era sempre legal. Tivemos alguns problemas em 1990 pro conta de patrocínios, mas o grupo era muito legal. Você está com os melhores com a possibilidade de representar o Brasil. E a gente jogava e joga não só para o Brasil ver. O mundo fica atento. E isso ainda valoriza muito o jogador. O tempo passou, muita cosia mudou. Hoje, o jogador pode fazer carreira na Europa sem a seleção. Mas jogar pelo Brasil é uma baita exposição.

Você espera encontrar o Maradona em Buenos Aires?
Podia ser não é. Ele está em Dubai, mas quem sabe ele volta para ver esse jogo.

Brasil e Argentina é o duelo mais difícil da América do Sul?
São jogos difíceis. Mas ontem mesmo estava conversando com amigos. Muita gente fala que o Brasil está numa draga danada, que não tem mais talentos. E eu pergunto: quem tem na Argentina que é f…..? E o Uruguai? E o Chile? Tem uns dois ou três. Está tudo equilibrado. Mas eu vi o jogo do Brasil contra a Venezuela. Viu o Willian jogando? Rapaz do céu, ele é incrível. Joga muito. Agora, tem que ter consistência. Não pode jogar bem hoje e amanhã não.

O que é preciso para vencer a Argentina?
É preciso iniciativa. Não pode ter medo. Tem que jogar pra cima. Uma coisa que anda faltando é um xerife no time, aquele cara que, se um argentino bate no Neymar, ele vai lá e mostra que vamos para cima. É preciso impor respeito. Eles não estão numa fase boa. Só têm um ponto ganho. Se a gente ganha ainda provoca crise por lá.

Para você, hoje quem é o melhor atacante do Brasil?
Ele é segundo atacante, mas o Neymar é gênio, um fenômeno. Outro que é talentoso demais é esse menino que vi ontem no Morumbi (Santos 3 x 1 São Paulo) . O Gabriel, Gabigol do Santos, é forte, corre muito, ajuda no combate mesmo naquela chuva toda, finaliza bem como os bons canhotos. Acho que ele pode ter lugar no time principal do Brasil. Ele tem uma personalidade f….. O Lucas Lima também joga fácil. Ele tem momentos que lembra o Messi. Joga fácil. No Palmeiras tem aquele menino, Gabriel Jesus, é outro que já, já vai subir para a seleção principal.

 


Chefe da arbitragem diz que não renuncia e elogia lance de Vuaden
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Luciano Borges

Sérgio Côrrea não tem a menor intenção de deixar de ser presidente da Comissão de Arbitragem da CBF. ''É um cargo de confiança do presidente da CBF. Quem pode dizer para eu sair é Marco Polo Del Nero. Não vou renunciar. Eu não trabalho com um jogo, mas com 1.400, 1.500 jogos. Aponte alguém que terá 100% de acertos'', disse ao Blog do Boleiro.

Esta é a resposta de Côrrea ao presidente do Fluminense, Peter Siemsen, que reclamou e muito da atuação do árbitro Leandro Vuaden no jogo contra o Palmeiras. O juiz relatou na súmula que foi abordado e ofendido  pelo dirigente.

Em entrevista coletiva, Siemsen disparou: ''Isso não está certo, é um absurdo. O Sérgio deveria renunciar. Se não renunciar, é uma vergonha. Acabou, Sérgio, desculpa. Hoje, foi escandaloso. Não tem solução. Você colocou o Fluminense com os brios lá em cima. Nós vamos dar a vida em São Paulo, mas que você, árbitro, prejudicou demais o Fluminense, você prejudicou demais. Mata-mata não pode ter árbitro ruim que favorece o adversário. Espero que ele renuncie, porque a cota dele acabou'', bradou.

Na manhã desta quinta-feira, Sérgio Côrrea disse que tomou conhecimento das declarações do presidente do Fluminense. ''O momento é de cabeça no lugar e tranquilidade'', disse. O homem forte do apito na CBF lembrou que Vuaden acertou ao marcar impedimento em um gol  do Palmeiras: ''Foi um lance milimétrico, muito ajustado. O juiz acertou e foi em favor do Fluminense'', completou.

Sobre o pênalti marcado por Vuades de Gum sobre Zé Roberto,  Côrrea evitou dizer claramente que discordou do árbitro. ''O jogador do Fluminense deu um encostão nas costas do atleta do Palmeiras. Pode ter ocorrido disputa de bola normal. Mas nem na televisão dá para se ter uma conclusão. Mesmo com vídeo, o lance seria polêmico'', falou.

 


Portuguesa tenta evitar o desmanche e colocar o time para jogar
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Luciano Borges

Manter a base montada nesta temporada, trazer reforços que fortaleçam o time, continuar com o mesmo treinador e melhorar ainda mais o relacionamento com a torcida, que se aproximou nas últimas semanas.

Estas são metas que, se a situação financeira permitir, o presidente da Portuguesa de Desportos – Jorge Manuel Marques Gonçalves – pretende alcançar nos próximos dias. Nesta quarta-feira à noite, o dirigente vai se reunir com a diretoria para estudar maneiras de manter a equipe em ação até o início de dezembro. A Lusa foi eliminada nas quartas de final da Série C do Campeonato Brasileiro. Adiou o objetivo de subir para a segunda divisão. Em 2016, vai disputar de novo a ''terceirona'' e a Série A2 do Campeonato Paulista.

Com a permanência na Série C, o clube vai deixar de faturar entre seis a oito milhões, cota paga aos times da ''B''. A falta de receita vinda de direitos de transmissão de televisão vai continuar. Por isso, o Departamento de Marketing terá que encontrar saídas criativas para continuar captando parceiros e dinheiro. Até o último sábado, quando a Portuguesa foi derrotada pelo Vila Nova diante de 17 mil torcedores no Canindé, ela tinha conseguido atrair 78 empresas parceiras.

''Nosa ideia é nãop deissolver o time. Queremos continar com este elenco para iniciarmos 2016 mais fortes na Série A2 e na Série B. Vamos ver como poderemos fazer isso. É a nossa intenção, mas vamos ver como podemor obter recursos na realidade'', afirmou o presidente Gonçalves.

Para conseguir segurar o elenco, será preciso por o time para jogar ainda em outubro e novembro. A possibilidade de organizar amistosos ou torneios com outras equipes para mídia e torcedores está sendo estudada. Não está descartada a tentativa de trazer times de Portugal para partidas amistosas.

Gonçalves quer também manter o técnico Estevam Soares no comando da equipe. Mas ainda precisa conversar com ele. ''Estamos satisfeitos com o trabalho dele. Ele apresentou boa dinâmica de trabalho. Mas precisamos saber o que ele vai querer'', disse.

Enquanto os projetos não ganham forma, o elenco continua de folga.