Blog do Boleiro

Crise na Fifa e CBF faz Bom Senso apostar na aprovação integral da MP
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Luciano Borges

A partir da semana que vem, o Bom Senso FC vai voltar ao corpo a corpo no Congresso Nacional. A crise desencadeada na CBF, depois da detenção de onze dirigentes da Fifa, Conmebol e Concacaf – incluindo aí o vice da Confederação Brasileira, José Maria Marin – criou ventos favoráveis para quem luta pela aprovação da Medida Provisória do Refinanciamento das Dívidas dos Clubes do jeito que ela foi enviada pelo governo federal. ''O momento favorece a mudança da opinião e postura dos parlamentares que costumam apoiar a CBF'', disse o diretor executivo do BS, Ricardo Borges Martins.

Nos últimos dois dias, Ricardo tem falado com deputados por telefone. Percebeu que as denúncias de corrupção feitas pelo FBI e as ramificações que o caso pode ter no futebol brasileiro tem criado um constrangimento na defesa dos interesses da Confederação que, ao lado dos clubes, tem trabalhado a bancada da bola para alterar o texto da MP na parte em que falam das contrapartidas ao novo financiamento das dívidas fiscais e criam punições aos dirigentes que não seguirem à risca regras como a do fairplay financeiro.

Entre os presidentes de federações, o sentimento é o mesmo. Até oposicionistas do atual comando da CBF, com o presidente Marco Polo Del Nero, preferem o silêncio. ''Não sei exatamente quais são as denúncias. Não vi o processo e prefiro esperar sem fazer nenhum comentário'', disse o presidente da Federação Gaúcha de Futebol.  No em tanto, ele mesmo conta que vem trocando telefonemas com colegas e os dirigentes ainda tentam entender o tamanho do problema.

Além disso, pegou mal entre os dirigentes, a entrevista dada por Delfim Pádua Peixoto Filho, de Santa Catarina, que disse estar pronto para assumir a presidência da CBF, caso Marco Polo Del Nero seja tirado do cargo por um suposto envolvimento nas acusações da polícia dos EUA. Há dois motivos: 1) Marco Polo Del Nero está no poder e não foi arrolado, além de ter avisado nesta sexta-feira que não pretende deixar a CBF tão cedo e 2) se Del Nero e Marin fosse afastados do poder, terá que ser organizada uma assembleia geral para votar um quinto vice-presidente que poderia tomar o lugar de Delfim no quesito idade.

O clima na CBF chegou ao Congresso. Na Câmara Federal, deputados que se mostravam favoráveis aos pleitos dos clubes e da CBF, estão falando em esperar para ver o que acontece antes de brigarem por alterações na MP.

''No momento atual, ficou clara a necessidade de mudança da estrutura do futebol brasileiro'', insiste Ricardo. A comissão que estuda a medida provisória tem mais 15 dias até enviar o tema para plenário. O prazo final para votação é 17 de julho.


Em 1990, CBF e Traffic fizeram 1° negócio e ele corroeu a seleção de 90
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Luciano Borges

A crise que culminou com o indigitamento ou prisão de 11 dirigentes ligados à Fifa, Conmebol e Concacaf acontece no ano das bodas de prata da relação de negócios entre o empresário J. Hawilla e o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Há 25 anos, a Traffic intermediou o patrocínio de uma marca de refrigerante para a seleção brasileira que ia disputar a Copa do Mundo de 1990.

E o primeiro negócio da dupla Teixeira-Hawilla causou uma crise que culminou com a pífia campanha do Brasil na Copa do Mundo na Itália, no mesmo ano. Motivo: falta de transparência no negócio.

A CBF teria vendido por US$ 3 milhões o direito do patrocinador colocar sua marca nas camisetas de treino do grupo convocado pelo técnico Sebastião Lazaroni. Além disso, foram instaladas placas ao redor dos campos da Granja Comary, em Teresópolis (RJ), onde fica o CT da Confederação Brasileira. A quantia estava no contrato que, no inicio da preparação, não foi mostrado aos atletas.

Os jogadores, liderados por quem já atuava no futebol europeu e tinha noção do valor dos direitos de arena (Careca, Alemão, Ricardo Gomes e Renato Gaúcho, entre outros), viram o tamanho da exposição na mídia que a Pepsi teria. Eles questionaram o valor estipulado pela CBF para cada atleta. Achavam muito pequena a fatia destinada aos artistas da bola.

O elenco brasileiro pediu a presença do presidente da entidade, Ricardo Teixeira, que se recusou a subir a serra num primeiro instante.

Como represália, os convocados boicotaram a marca do refrigerante na hora da foto oficial da delegação que seguiria para a Itália. Ela foi tirada perto dos alojamentos, no alto de um morro, apenas com a presença de fotógrafos e cinegrafistas. Depois de todo mundo ficar no seu lugar, dois atletas gritaram: ''Agora vamos fazer a foto patriótica''. Todos colocaram a mão direita no lado esquerdo do peito, tapando a marca estampada na camisa.

A foto do boicote saiu nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo do dia seguinte. Na hora do almoço, Teixeira seguiu para Teresópolis e conversou com os jogadores. O clima aliviou depois de um novo acerto de grana para os direitos de arena. Uma parte foi paga no Rio de Janeiro. A outra seria quitada já na Itália.

Mas, dias depois, pouco antes do embarque da delegação para Madrid, onde o selecionado iria enfrentar um combinado de Real e Atlético de Madrid, alguns atletas ouviram de dois funcionários da CBF que o valor do patrocínio era o dobro do que estava no documento apresentado para eles.

Esta foi a grande saia justa que perdurou até a eliminação da seleção brasileira já na segunda fase do Mundial, quando o time foi derrotado pela Argentina de Diego Maradona e Caniggia por um a zero, no estádio Delle Alpi, em Turim.

A desconfiança de que foram enganados por Teixeira corroeu a unidade do grupo. Para se ter uma ideia, já em Asti, onde o Brasil se hospedou em um hotel, os atletas mandaram avisar que o dinheiro do direito de arena seria dividido entre eles e o treinador. E mais ninguém. Parte dos integrantes da comissão técnica não gostou e brigou para que todos recebessem sua fatia. Lazaroni saiu em defesa dos companheiros. Foi hostilizado.

Alguns atletas sabiam que a Copa do Mundo de 1990 seria a última chance deles serem campeões. Eles tentaram fazer um acordo. Mas o clima já estava acirrado e o problema se arrastou até à volta ao Brasil.

O primeiro negócio entre CBF e Traffic começou assim: os números do patrocínio nebulosos, um contrato que já tinha ''dinheiro por fora'' e gente ganhando para realizar a transação. De lá para cá foram 25 anos de negócios que se realizaram fora das fronteiras do Brasil. Jota Hawilla, mediante o acordo de delação premiada, tem muito a contar daqui para frente. A Justiça Americana começou investigando como foi feita a negociação para que os EUA organizassem a Copa América de 2016.

Os investigadores toparam com uma rede de corrupção, caixa 2, propina e outras irregularidades. Elas não param nos onze homens presos.

 

 

 


Muricy recusa sondagens e vai à Itália: “Não vou fazer p… nenhuma”
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Luciano Borges

Muricy Ramalho vai passear na Itália. O treinador, que decidiu não trabalhar até o final do ano, viaja nesta semana com a família. E garante que não vai visitar centros de treinamentos de clubes europeus nem conversar com treinadores. ''Não vou fazer porra nenhuma'', falou ao Blog do Boleiro que o procurou para comentar sobre as recentes demissões de Vandelrei Luxemburgo (ex-Flamengo) e Luiz Felipe Scolari (ex-Grêmio).

Mais magro e feliz, o técnico que deixou o São Paulo disse que o futebol brasileiro ainda está nas mãos de dirigentes que não entendem o esporte. ''As pessoas não têm consciência do que estão fazendo'', afirmou referindo-se às trocas de treinadores logo no início do Campeonato Brasileiro. Ele revelou que já foi procurado por alguns clubes grandes do país e que se recusou a passar das sondagens.

Blog do Boleiro – Muricy, estas demissões de treinadores de ponta é uma tendência? A vida vai ficar mais dura daqui para a frente?
Muricy Ramalho – Eu tive que parar por causa da minha saúde. Não tinha mais como continuar trabalhando no limite da dor. Mas acho que estas demissões fazem parte desta loucura do futebol brasileiro.

Loucura?
As pessoas não têm consciência do que estão fazendo. Demitir na segunda, terceira rodada, não dá para entender. Não há planejamento. Tem muita gente no comando que não entende de futebol. Não tem justificativa. Não se dá valor nem sem tem uma medida de quem trabalha no Brasil. Se perde um jogo é por falta de treinador.

O técnico do Palmeiras, Oswaldo de Oliveira diz que os 7 a 1 da Copa do Mundo causaram esta depreciação dos treinadores brasileiros.
É por isso que torcemos muito para que a seleção brasileira fosse bem na Copa do Mundo. Tudo o que acontece de ruim é culpa dos treinadores. Está tudo muito difícil porque os clubes não honram os compromissos. Sem dúvida, os 7 a 1 tiveram um efeito neste sentido.

Agora a concorrência aumentou. Você vai estar no mercado com o Luxemburgo, Felipão, Mano Menezes e, se não der certo o acerto no mundo árabe, o Abel Braga.
Eu não estou nessa concorrência. Já recebi sondagens, ou convites de clubes. Mas já disse que vou descansar até o final do ano. E acho que eles também receberam sondagens deste mesmos clubes.

Você está bem mais magro. Essa parada está fazendo bem?
Está. Tenho feito ginástica e me alimentado bem. Não tem jeito, para você ficar bem é uma combinação de comer menos e se exercitar mais. E as dores sumiram. É um alívio, uma beleza.

Não quer voltar agora?
Não tenho saudade nenhuma do futebol. Tenho saudade dos amigos, mas do dia a dia não. Estou super feliz. Faz muito bem conviver com a família. Tenho ido ao sítio e à praia. Agora vou viajar para a Itália.

Vai fazer curso ou aprender alguma coisa com outros treinadores?
Não vou fazer porra nenhuma. Vou lá passear.

 


Chefe do apito defende cartões no Brasileiro, mas pede “ternura” nos gestos
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Luciano Borges

Dos 20 clubes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro, apenas um pediu à Comissão Nacional de Arbitragem da CBF que enviasse um instrutor para explicar aos jogadores e comissão técnica as orientações que os árbitros tiveram na parte disciplinar em 2015.

Nesta terça-feira, o time do São Paulo ouviu explicações e tirou dúvidas com o general Nilson Monção (da CNC) e do instrutor Roberto Perassi (da FPF). ''Os treinadores foram informados das mudanças no encontro que tivemos na CBF, mas só recebemos este pedido até agora'', disse o presidente da comissão, Sérgio Corrêa.

Na última rodada do Brasileiro, a terceira da competição, atletas e treinadores reclamaram muito da quantidade de cartões que foram distribuídos pelos juízes. Os homens do apito estão seguindo à risca o que foram mandados fazer: advertem quem reclama, o jogador que gesticula na hora de interpelar o árbitro, o treinador que entra no campo para falar e o jogador que vai até a escada das arenas para comemorar com a torcida. Todos foram punidos com cartões amarelos ou vermelhos.

Nos primeiros 30 jogos da Série A foram distribuídos 165 amarelos, 37 deles por reclamação. Dos nove cartões vermelhos, só um para jogador que discutiu com o juiz (Valter, do Atlético Paranaense). Outros dois foram dados para quem foi comemorar com a galera naquelas escadas que dão acesso à torcida nas novas arenas, construídas para a Copa do Mundo de 2014.

Nada que os boleiros não tivessem sido avisados.

Nas primeiras rodadas, antes dos jogos e ainda no vestiário, os árbitros levaram uma cópia da Circular 18, que esclarece o que não pode mais acontecer em campo, especialmente no item ''Respeito ao Árbitro''. No próximo final de semana, os trios de arbitragem vão entregar este documento mais uma vez.

Depois, vai mudar.

''A partir da quinta rodada, vamos enviar nova circular, a número 26, onde resumimos todas as alterações na parte disciplinar. São três tópicos básicos: a aplicação dos cartões, a proibição de pessoas estranhas no vestiário dos árbitros e a criação da pré-súmula. A partir da quinta rodada, os clubes vão preencher as escalões na súmula eletrônica antes das partidas. Hoje isso é feito pelos trios de arbitragem. Agora, será online'', disse Sérgio Corrêa. 

A preocupação em punir quem acha legal ir até à arquibancada torcer tem como fundo a segurança. O presidente da Comissão tem em mãos fotos de jogadores vibrando no alto da escada e crianças, do outro lado do portão sendo prensadas por adultos. ''É uma situação horrível. Se acontece algo pior vão dizer que a CBF não fez nada para evitar. Nós consultamos a Fifa e ir até aquelas escadinhas e subir para abraçar torcedores é o mesmo que ir até o alambrado, o que é proibido e passível de cartão'', falou.

Os árbitros cumprem as ordens à risca até porque estão avisados que, quem amolecer será punido e afastado dos jogos. Até aqui, Sérgio Corrêa acha que seus comandados estão trabalhando direito no aspecto técnico e disciplinar. Mas notou um exagero que vai ser cortado: ''A maneira como alguns árbitros estão mostrando o cartão está muito exagerada. Cartão não é arma que fuzila jogador. O gestual tem que ser mais discreto, dado com tranquilidade. O árbitro pode ser duro, mas não pode perder a ternura'', disse.

Leia a circular 26 que esclarece aos jogadores, técnicos e dirigentes quais as orientações na área disciplinar que os árbitros vão seguir.

 

Prezados Senhores,

Considerando a existência de algumas dúvidas sobre as circulares 17 e 18, como, também, sobre possíveis restrições atualizamos como segue:

1 – RESPEITO AOS ÁRBITROS, JOGADORES, INTEGRANTES DE COMISSÕES E, PRINCIPALMENTE, TORCEDORES:

Todos os árbitros designados para as competições coordenadas pela CBF não devem tolerar desrespeito e atos de indisciplina de qualquer natureza às regras do futebol, aos árbitros, jogadores, integrantes das comissões técnicas e, consequentemente que tais atos inflamem aos torcedores.

 

As recorrentes e acintosas reclamações, individuais ou em grupo de jogadores, contra as decisões do árbitro e de qualquer oficial da arbitragem, tanto durante como após o encerramento das partidas, exigem adoção de medida disciplinar adequada, pois as regras do jogo o permitem e exigem.

 

A proximidade dos lances, critérios iguais para lances semelhantes, postura firme e destemida, o correto uso do apito e palavras firmes, mas respeitosas – nunca desafiando – são os meios mais eficazes para evitar atos dessa natureza.

 

Sendo assim, os árbitros que não atuem de acordo com as regras e que permitam, sem adoção das medidas disciplinares comportáveis, transgressões dessa natureza serão sumariamente afastados das programações, pois o futebol não pode ser vítima nem de árbitros fracos, nem de jogadores, treinadores ou dirigentes indisciplinados, que atentam contra a boa conduta esportiva, cujas condutas inflamem torcedores nas arquibancadas, além de uma conduta indisciplinada de verdadeiros ídolos do esporte contribuir para que jovens adquiram hábitos desrespeitosos contra autoridades de qualquer natureza. “É certo que as palavras movem e os exemplos arrastam!”

 

Tal fenômeno, que não é privilegio do futebol brasileiro, precisa ser freado imediatamente e com firmeza, tanto que a UEFA adotou, recentemente, punição semelhante a esta.


Qualquer pessoa, jogador ou substituto que, ao término do primeiro tempo ou ao final da partida, se dirija à equipe de arbitragem, ofendendo, ou aplaudindo de forma irônica, ou qualquer outra marcação deverá ser EXPULSO imediatamente.

Se for oficial de equipe, treinador, auxiliar, preparador físico, e etc utilizando a mesma conduta, deverá ser EXCLUIDO e citado pela INVASÃO DE CAMPO e/ou OFENSAS proferidas ou sinalizadas.

 

Em ambos os casos, os fatos devem ser registrados fielmente e em linguagem clara e objetiva no relatório da partida.

 

Se os exemplos citados ocorrerem fora do campo, no trajeto aos vestiários e, inclusive, na saída do estádio também devem ser registrados nos relatórios.

 

As entrevistas, acaso ouvidas pessoalmente, por qualquer dos integrantes da equipe de arbitragem, se ofensivas, devem ser encaminhadas à análise do STJD.

 

2 – VEDADA A PRESENÇA DE ESTRANHOS NOS VESTIÁRIOS

 

É terminantemente proibido que qualquer pessoa que não esteja relacionada na escala oficial acompanhe ou visite a equipe de arbitragem no vestiário da arbitragem.

Caso ocorra, o árbitro deverá registrar o fato no relatório da partida, indicando os motivos da visita.

OBS.: O EXPOSTO ACIMA VALE PARA QUALQUER DIRIGENTE DE CLUBES, FEDERAÇÃO E/OU DA CBF A não observância ensejará a inatividade da equipe de arbitragem até análise da Corregedoria.

Exceção: Delegados locais designados pelas Federações estaduais (item IV, do Art. 6o do RGC) estão autorizadas, não havendo a necessidade de registro, a não ser que sua conduta seja incompatível com os padrões esperados.

3 – RESTRIÇÕES DE JOGADORES


Reiteramos aos oficiais de arbitragem extrato do RGC sobre responsabilidade de controle de suspensão e condições de jogo:

 

Art. 62 – Se ao final de uma competição restar pendente penalidade de suspensão por partida aplicada ao atleta pelo STJD, seu cumprimento dar-se-á, obrigatoriamente, na primeira partida de competição subsequente coordenada pela CBF, dentre aquelas que estejam em andamento.

§1o-(…)

§ 2o – O controle de penalidades impostas ao atleta para fins de cumprimento é de responsabilidade única e exclusiva dos clubes disputantes da competição. (grifo nosso)

Art. 34 – A DRT publicará o Boletim Informativo Diário, disponível no site da CBF, no qual constarão os nomes dos atletas profissionais cujos Contratos Especiais de Trabalho Desportivo tenham sidos registrados pelo clube contratante e os atletas não profissionais devidamente registrados junto às suas respectivas federações.

Parágrafo único – É de responsabilidade das partes interessadas a observância dos prazos e condições de registro definidos no REC e os procedimentos e condições de registro e publicação contidos no Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas de Futebol. (grifo nosso)

Art. 51 – Perderá a condição de jogo para a partida oficial subsequente da mesma competição, o atleta advertido pelo árbitro a cada série de três (3) advertências com cartões amarelos, independentemente da sequência das partidas previstas na tabela da competição.

§ 1o – O controle do número de cartões amarelos e vermelhos é de responsabilidade única e exclusiva dos clubes disputantes da competição. (grifo nosso)

Em resumo, O ÁRBITRO DA PARTIDA NÃO TEM RESPONSABILIDADE DE AVISAR AS EQUIPES SOBRE QUALQUER RESTRIÇÃO.

Obs.: Caso surja uma restrição, a única orientação é que o árbitro, ou quem ele determinar da equipe de arbitragem, deverá INFORMAR ao Diretor de Registro e Transferências, Sr. Reynaldo Buzzoni – Celular (21) 99614-0659.

Ficam revogadas as Circulares nos 17 e 18, e os textos acima inseridos na Circular no 08 – Orientações para Arbitragem 2015 – Revisão 3.


Sheik se reúne com empresário para discutir onde vai jogar depois de julho
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Luciano Borges

Emerson Sheik vai se reunir na noite desta segunda-feira com o empresário Reinaldo Pita. Os dois vão traçar os próximos passos da carreira do atacante que não terá o contrato renovado pelo Corinthians. ''Uma coisa é certa: não temos pressa. Ele vai cumprir o contrato dele até o final de julho. Temos tempo'', disse o representante do jogador.

Reinaldo garantiu do Blog do Boleiro, ''com toda sinceridade'', que não está falando com interessados: ''Não conversamos com nenhum clube. Vamos passar a falar a partir de agora. Uma coisa eu garanto: todo bom clube interessa''.

Quanto à decisão do Corinthians de não cumprir o que falou há cerca de três meses ao próprio empresário, Pita falou que os dirigentes corintianos foram corretos. ''Futebol não é matemática. Não é uma ciência exata. Nada é definitivo'', afirmou.

Quanto a um possível interesse do Vasco da Gama, ventilado no final de semana, o empresário de Emerson Sheik disse que não foi procurado.

 

 


De olho em Guerrero, Palmeiras garante que não assediou jogador
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Luciano Borges

Mesmo depois do anúncio do presidente Roberto de Andrade, do Corinthians, de que está desistindo da renovação de contrato de Paolo Guerrero, o Palmeiras mantém a posição de que o atleta ainda pertence ao rival e não vai falar com ele ou mesmo o empresário dele. Mas os dirigentes não negam o interesse no jogador.

Ao Blog do Boleiro, um dos homens do futebol chegou a afirmar que o clube preferia fazer uma proposta ao Corinthians do que assediar Guerrero enquanto ele ainda é jogador do alvinegro. Não houve, segundo esta fonte, nenhuma conversa. Assim, a informação dada por um amigo do jogador peruano, de que ele já estaria falando com o Palmeiras, foi tratada como boato.

O Palmeiras quer um atacante de ofício. Está esperto e de olho no mercado. Paolo Guerrero é uma opção forte. As relações entre o presidente palmeirense, Paulo Nobre, e a diretoria corintiana é dos mais cordiais. Daí o cuidado em não ferir suscetibilidades. Mas que há interesse em ter Guerrero, isso há.

O cuidado em reforçar que não houve nenhum contato com Guerrero também se justifica porque, embora Roberto de Andrade tenha praticamente anunciado o fim do relacionamento entre Corinthians e o jogador, ainda há uma pequena margem de manobra para um acordo.


TRT nega recurso da Portuguesa que pode ter o estádio do Canindé leiloado
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Luciano Borges

A Portuguesa de Desportos ainda corre o risco de ter o estádio do Canindé leiloado. Uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo negou o pedido do clube de retirar a penhora determinada pelo juiz Maurício Marchetti, da 59ª Vara da Justiça do Trabalho, numa ação movida pelo ex-jogador Tiago Barcellos, um meia que atuou pela Lusa de 2000 a 2003.

Os advogados da Lusa dizem que o caso ainda vai ter novos capítulos. Segundo o José Eduardo Dias Yunes, da Yunes Advogados Associados, o clube ganhou sobrevida na luta para evitar este fim. “Sabe quando um time faz um gol aos 48 minutos do segundo tempo e leva a partida para a prorrogação? É como estamos”, disse o Dr. Yunes.

A decisão do TRT foi tomada no dia 12 de maio, mas o acórdão só foi publicado no início desta semana.

Segundo ele, os juízes acolheram um agravo de instrumento que permite que o clube possa recorrer no Tribunal Superior do Trabalho. “Foi uma vitória parcial da Portuguesa”, afirmou Yunes cujo escritório foi contratado pelo presidente Jorge Manuel Marques Gonçalves para cuidar dos cerca de 200 processos da área trabalhista que a Portuguesa enfrenta.

Os dois lados cantam vitória.

Para a advogada Gislaine Nunes que representa o Tiago, a sentença do TRT foi clara. “Ganhamos o recurso por 3 a 0. A decisão foi unânime. Agora o juiz da 59ª Vara irá determinar a data do leilão assim que o processo voltar do TRT até a Vara”, falou a advogada que é professora titular de Direito Esportivo de um curso de formação de executivos (CEOs) em Gestão de Esporte.

Segundo a avaliação de um perito judicial, o Canindé vale R$ 128 milhões, incluindo aí a parte social do clube e o estádio. Yunes vê erros nesta avaliação. “Ele coloca no documento que não foram feitas benfeitorias no terreno. As piscinas não são benfeitorias? O ginásio de esportes não é benfeitoria?”, perguntou o advogado.

Tiago Barcellos pede salários atrasados, FGTS, férias e outros direitos trabalhistas, numa ação que já beira os R$ 5 milhões. A Portuguesa acha um evidente exagero. “Não passa de dois milhões e meio”, disse Yunes. Só o escritório da doutora Nunes tem outros cinco processos, entre eles o do atacante Ricardo Oliveira, Rogério Pinheiro e Marcus Vinicius, que – juntos – chegam até R$ 50 milhões.

A Portuguesa não nega que deve e fala em pagar quando puder. A penhora do Canindé impede que o clube coloque o imóvel como garantia em caso de empréstimos bancários ou mesmo que tente negociar alguma parceria.


“Trazer técnico do exterior é transferir responsabilidade”, diz Leão
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Luciano Borges

''Eles estão transferindo a responsabilidade. Se o cara vem e deu certo, eles inovaram. Se der errado, eles tentaram''. A frase é do técnico Emerson Leão que, aos 65 anos, está no mercado da bola e nunca escondeu o desejo de assumir um cargo de executivo de futebol. Nesta quinta-feira, ele conversou com o Blog do Boleiro sobre a decisão do comando do São Paulo de substituir Muricy Ramalho por um treinador de outro país.

O presidente Carlos Miguel Aidar e o vice de futebol Ataíde Gil Guerreiro estiveram na Colômbia e conversaram com Juan Carlos Osório, que comanda o time do Atlético Nacional.

Como informou o repórter do UOL, Guilherme Palenzuela, Osório aceita comandar o time brasileiro, deixando de lado a proposta que recebeu do Cruz Azul, do México. O técnico ficou de acertar a situação dele com o Nacional e ligar de volta.

Leão defende que, antes de pensar em um treinador estrangeiro, os clubes deveriam contratar  gerentes ou executivos de futebol que tenham sido jogadores. ''Está na hora de aproveitarem os caras que realmente entendem de futebol. Esquece de mim, não estou falando em causa própria, mas em qualquer profissão, o cara experiente que conhece o jogo pode contribuir com muito mais qualidade'', afirmou.

Desde 2012, Leão vem cuidando exclusivamente dos negócios que mantém, como uma fazenda no centro-oeste do país. O São Paulo foi um dos últimos clubes que ele dirigiu entre 2011 e 2012. Como treinador, Leão nunca escondeu uma certa rejeição a atletas estrangeiros.


Presidente do São Paulo diz que Osório “é um nome da lista de treinadores”
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Luciano Borges

Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo não confirmou que o São Paulo tenha feito qualquer proposta para o técnico colombiano Juan Carlos Osório, que dirige atualmente o Atlético Nacional da Colômbia. O dirigente conversou com o Blog do Boleiro e admitiu que o treinador faz parte de uma lista de nomes de estrangeiros que foi elaborada assim que Muricy Ramalho deixou o time. ''Ele é um treinador de ponta'', disse.

Mas deixou no ar se realmente está negociando com Osório. ''Não estamos atrás de ninguém que tenha contrato com outro clube''.

Em outras ocasiões, a diretoria do São Paulo usou de contra-informação para não revelar alguma negociação em curso. O exemplo é a negociação com o argentino Alejandro Sabella, técnico que dirigiu a Argentina na última Copa do Mundo. Além dele, outros nomes foram procurados pelo São Paulo que, a princípio, negou o grato e depois confirmou. O caso do técnico Vanderlei Luxemburgo se encaixa nesta situação.

Blog do Boleiro – Como vocês chegaram ao nome de Juan Carlos Osório?
Carlos Miguel Aidar – Como assim? Como chegamos ao nome?

Quais as qualidades que ele tem e vocês se interessaram?
Veja bem. Lá atrás, quando o Muricy (Ramalho, treinador) saiu, nós elaboramos uma lista com vários nomes de treinadores estrangeiros. Ele é um destes nomes. É um treinador de ponta, como outros argentino, chilenos e até portugueses. Mas ainda não tem nada.

Nada?
Estamos avaliando nomes. E não estamos atrás de ninguém que tenha contrato vigente com um clube. Anote aí: Milton Cruz é o nome do técnico do São Paulo.

Mas o Atlético Nacional de Medelin confirmou que o Osorio foi contatado pelo São Paulo. Vocês ou alguém em nome do São Paulo fizeram este contato?
Isso eu não sei. Estou muito longe da Colômbia. É o que eu disse: estamos avaliando. Por enquanto é só especulação. A imprensa, e você também está no meio, gosta de especular. Milton Cruz é o nome do treinador São Paulo.

 


Ex-camisa 10 do Milan pede 4 milhões de euros para jogar no Flamengo
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Luciano Borges

Que tal Kevin-Prince Boateng no Flamengo?

A ideia pode ser mais viável do que parece. O meia atacante de 28 anos, de nacionalidade alemã/ganesa, já foi até consultado e fez o preço: 4 milhões de euros por um ano de contrato.

 A quantia é proibitiva. O Flamengo não quer gastar tanto. Por isso, a empresa RE Sports Marketing, de Goiânia, está atrás de uma empresa disposta a pagar parte do salário, além de tentar convencer Boateng a baixar este preço pela metade.

Kevin-Prince está sem clube, depois de ter jogado a última temporada pelo Schalke 04, vestindo a camisa nove. Ex-número dez do Milan, ele tem tido uma carreira com altos e baixos. O time alemão o dispensou depois da derrota para o Colônia por  2 a 0. Foi acusado de falta de comprometimento.

O empresário Ronaldo Goiano decidiu investir na ideia e está tentando viabilizar a vinda do jogador que passou por todas as divisões de base da seleção de Gana e esteve no Brasil para a Copa do Mundo de 2014. Ele foi desligado da delegação depois de dois jogos por ter brigado com Sulley Muntari, também afastado.

Recentemente, os jornais italianos publicaram notícias de que o New York Red Bulls (EUA) e o Galatasaray (Turquia) estavam interessados no jogador.