Blog do Boleiro

Arquivo : março 2015

Líder do Bom Senso diz que FairPlay da CBF é “história para boi dormir”
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Luciano Borges

O zagueiro Paulo André, do Cruzeiro, criticou duramente a regra do “FairPlay” financeiro adotada pela CBF, já valendo para o Campeonato Brasileiro das Séries A, B e C de 2015. Fundador e líder do Bom Senso FC, ele definiu a regra – chamada pelos clubes de “FairPlay trabalhista – como “uma da maiores enrolações da história do futebol brasileiro”.

“É uma historinha para boi dormir e segue o jogo. É mais uma decisão política da CBF para não desagradar os 47 membros (clubes e federações) do colégio eleitoral. Para continuar tudo do jeito que está.”, disse em entrevista à Rádio Bandeirantes.

Paulo André acha que esta regra, copiada do modelo utilizado no futebol paulista há três temporadas, aponta para um retrocesso. “Fica um pouco complicado acreditar que esta nova gestão que assume em abril será uma gestão moderna, uma gestão que fará uma transição na renovação da entidade”, afirmou.

Ele se refere a Marco Polo Del Nero, futuro presidente da Confederação e ainda comandante nominal da Federação Paulista. O dirigente adotou o “FairPlay ” em São Paulo e levou o modelo para a CBF numa tentativa de esvaziar o texto da MP do refinanciamento das dívidas dos clubes de futebol, emitida na semana passada pelo governo federal. Ela já está em vigor e o Congresso ainda vai votar o texto final num prazo de 120 dias.

Na regra da CBF um clube que atrasar salários dos jogadores poderá ser punido com perda de três pontos de cada partida disputada durante o período em que ele não quita os débitos. Para isso, é preciso que um ou mais atletas denunciem. Eles podem notificar o STJD individualmente, ou através de advogado ou mesmo sindicato. O caso será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva.

Esta medida foi anunciada há cerca de 20 dias, quando o Bom Senso FC ainda discutia o tema com a CBF e os clubes. Por isso, Paulo André se mostrou irritado com a decisão unilateral. “A gente esteve com a CBF nos últimos meses, apontou para eles as dificuldades e os defeitos deste tipo de “FairPlay” que é praticado no futebol de São Paulo nos últimos os três anos. Infelizmente, eles não acrescentaram uma vírgula de tudo o que sugerimos, tudo que questionamos. É uma perda irrecuperável de tempo”, falou.

Um dos pontos discutidos entre Bom Senso, clubes e a Confederação é o pagamento atrasado dos direitos de imagem. Hoje, o maior componente dos vencimentos de um atleta está na cessão destes direitos. Ele abre uma empresa de publicidade e assina contrato com a agremiação. No “FairPlay ” da CBF, este item não entra. “O que agrava mais é a exclusão do direito de imagem. dentro deste regulamento. A maioria dos clubes paga ainda os direitos de imagem como grande parte do salário. E o atraso do direito de imagem não pode ser denunciado”.

Do jeito que está no regulamento da disputa do Campeonato Brasileiro, o “FairPlay” da CBF está fadado ao fracasso, garante o líder dos atletas.

“É impossível isso dar certo. A gente está tentando correr contra o tempo para levantar números, mas o que posso dizer já é que menos de dez por cento dos casos de inadimplência no futebol paulista nos últimos três anos foram denunciados. A Federação, o Sindicato (dos Atletas) e outros que criaram este regulamento comemoram o fato de que das 4 denúncias – apenas quatro – que foram feitas terem sido pagas. Os clubes pagaram e não perderam pontos. Mas a gente tem números de que mais de 40 clubes estavam inadimplentes durante estes três anos de competição e não perderam pontos”, argumentou Paulo André ao Blog do Boleiro.

“Este modelo não obteve sucesso. Por que ele teria sucesso em âmbito nacional? Por que repetiríamos algo que não deu certo?”, perguntou o zagueiro cruzeirense.

Paulo André aponta um outro problema: é mais difícil para um atleta das Séries A, B e C denunciaram o clube mau pagador.

“Um agravante é que clubes da Série A, B e C  costumam fazer contratos mais longos do que os clubes de campeonatos estaduais. Normalmente, os clubes estaduais fazem contratos de três meses e o atleta já sem vínculo teria chances de denunciar o clube, coisa que não aconteceu. Agora imagina um jogador de time da Série A,B ou C que tem contrato de dois, três, quatro anos com o clube e o no meio deste contrato ainda sem a condição de liberação, que é o terceiro mês de salário atrasado, ele tem que denunciar o clube. Como fica o convívio dele diário lá dentro?”

No pacote, nesta situação, fica completo com o risco de que os clubes marginalizem o jogador que denuncia. “Ele não pode ser liberado, não vai estar livre para trabalhar em outro lugar. A gente sabe que a retaliação e o corporativismo são gigantescos dentro do futebol”, argumentou.

 

 

 

 

 

 

 


“Passei do limite”, diz jovem que imitou porco e provocou palmeirenses
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Luciano Borges

Anderson recebia R$ 40 por jogo para vestir o Tigre foto: São Bernardo

Anderson recebia R$ 40 por jogo para vestir o Tigre foto: São Bernardo

A vaga de mascote do São Bernardo está aberta. Desde este domingo, quando o time perdeu para o Palmeiras por 1 a 0, no estádio Primeiro de Maio, o clube do ABC avisou que não conta mais com os serviços do rapaz autônomo que vestia a fantasia do Tigre para animar a torcida. Tudo porque, num momento de empolgação, ele chegou perto da torcida palmeirense e imitou o porco. Imediatamente, foi retirado de campo pelos fiscais e pelo delegado da Federação Paulista de Futebol.

Anderson Carvalho, 22 anos, está desempregado. Era ele o “rapaz autônomo” que foi expulso e vetado para trabalhar nesta função temporária que vinha exercendo há três jogos, faturando R$ 40 reais por vez. Informado pelo Blog do Boleiro que estava “demitido”, ele comentou: “Não vão mesmo deixar eu trabalhar de novo. Se pudesse voltar no tempo, não faria aquilo de novo. Foi errado”, disse.

Ameaçado de rebaixamento, o São Bernardo é o lanterna do Grupo 1 – que tem o São Paulo –  com oito pontos ganhos. Naderrota para o Palmeiras, o clube teve prejuízo: o borderô mostra um balanço negativo de R$ 24.477,87. O público foi pequeno, 6.149 ingressos vendidos. E a turma não andava muito animada. E este foi um dos motivos que motivaram Anderson a imitar o porco: “A torcida estava calada, quis fazer uma graça”.

Ou quase uma desgraça, de acordo com o diretor de marketing Matheus Ferreira, 22 anos. Ele avisou que o clube já está atrás de outra pessoa para encarnar o mascote: “O que ele fez foi totalmente desprovido de noção. É coisa que não se faz. Imagine se a torcida do Palmeiras resolve invadir o gramado”, afirmou.

Por causa da provocação de Anderson, os dirigentes temem que a FPF dê uma punição, provavelmente uma multa. O árbitro Vinicius Furlan não relatou o fato na súmula, o que pode livrar o Tigre de problemas no tribunal.

Anderson concorda com Matheus, mas argumenta que não fez nada com a intenção de provocar os adversários. “Foi no calor do jogo. Achei que seria uma brincadeira saudável e acabei passando do limite”, admitiu. “Imaginei que era uma coisa para brincar. Afinal, os próprios torcedores do Palmeiras gritam ‘Poorco’ durante o jogo. Em momento algum quis provocar. Meus irmãos torcem para o Palmeiras”, falou.

O ex-mascote é torcedor do São Bernardo. “Frequento o estádio. É o time da minha cidade”, reforça. Ele é casado, tem uma filha de cinco anos de idade que se chama Nathaly. Está no terceiro ano do ensino médio. “Tiver que parar quando minha filha nasceu para tentar arrumar dinheiro trabalhando”, disse.

Anderson e Matheus concordam em uma coisa: “Ele não é funcionário do São Bernardo”, afirmou o diretor. “Eu não sou funcionário”, concordou o “rapaz autônomo”.

Por isso, Anderson está disposto a ir ao Tribunal de Justiça Desportiva da FPF se o São Bernardo for denunciado. “O culpado de tudo isso fui eu. Eu tenho que ser julgado, não o clube”.


Sócio de Del Nero, deputado diz que MP não sairá do Congresso como entrou
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Luciano Borges

A Medida Provisória que define o refinanciamento da dívida fiscal dos clubes de futebol já está em vigência. Enquanto isso, a Câmara Federal e o Senado terão 120 dias para estudar, aprovar ou emendar o texto elaborado pela Casa Civil com ajuda de uma comissão que contou com representantes dos clubes, jogadores (Bom Senso FC), sociedade civil e parlamentares. É no mundo dos gabinetes do Congresso que a MP pode sair modificada, atendendo aos interesses dos clubes e da CBF. “O projeto jamais sairá como entrou no parlamento”, disse o deputado federal Vicente Cândido, do PT de São Paulo, que é sócio de um escritório de advocacia de Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol que assumirá a presidência da CBF no próximo mês.

Para os executivos do Bom Senso, o deputado lidera a Bancada da Bola e pressiona para livrar a Confederação Brasileira de Futebol das mãos do governo. Além disso, as contrapartidas previstas na MP, mais duras do que querem os clubes, também serão alvo de tentativas de mudanças.

O Blog do Boleiro conversou com Vicente Cândido. Ele confirmou a disposição de preservar a CBF e de aliviar algumas exigências para os clubes que aderirem ao refinanciamento. Entre elas, a determinação do fim da reeleição indefinida. Cada dirigente só poderá cumprir dois mandatos se quiser receber verba pública. A exigência de que os clubes utilizem até 70 por cento de suas receitas, no máximo, para o pagamento de salários, também será alvo da Bancada da Bola.

Veja abaixo a conversa com o deputado federal Vicente Cândido:

Blog do Boleiro – A MP já está valendo e o Congresso tem 120 dias para aprová-la. O senhor acha que o texto do governo será mantido?
Dep. Vincente Cândido – O projeto jamais sairá como entrou no parlamento. Temos várias ideias e gente nova com sugestões para enriquecer a MP. Na discussão do Pró-Forte (projeto de lei 2501-2013) já tínhamos colocado uma emenda global que deverá ser adicionado ao texto da Medida Provisória. Essa emenda global é fruto de dois anos de debates entre parlamentares, dirigentes de clubes e representantes dos jogadores.

O que esta emenda traz de diferente da MP?
Um item é a criação de novas fontes de renda, como uma nova loteria. Esses recursos podem ajudar o Ministério do Esporte na política de fomento e formação de atletas. Para os clubes, esses recursos ajudariam no investimento na base e também no futebol feminino. Outro ponto da emenda é que ela está rescrevendo o conceito de Desporto Educacional. Temos um caso envolvendo o Cruzeiro que ilustra este tema. O clube tinha um garoto de 12 anos que, depois das aulas, treinava na base do futebol. O ministério Público do Trabalho multou o clube por utilização de mão de obra infantil. Ou seja, se um garoto não estiver no Sesi ou outra escola com curso de esporte estruturado, ele não vai poder desenvolver o talento dele.

O que a emenda global propõe?
Os clubes brasileiros já tem um papel de extensão do sistema educacional brasileiro. O texto diz que a partir dos oito anos de idade, a criança poderá ter vínculo esportivo – repito, esportivo – com os clubes. No geral, um adolescente só vai definir o que quer ser ou estudar depois dos 16 anos. No futebol, o talento nasce com a pessoa. É preciso que o Ministério Público do Trabalho tenha outra interpretação e veja que o esporte pode fazer parte da educação deste talento do futuro. E temos ainda um terceiro dispositivo que limita o papel dos empresários de jogadores.

O que está previsto?
O papel destes empresários será limitado. Ele não terá mais domínio do jogador. O que acontece hoje? O clube forma o jogador e não pode ter contrato com ele até os 16 anos. O aprendiz pode trabalhar dos 14 aos 16, mas esta lei não se aplica no caso do futebol. Hoje, os empresários monitoram as crianças, de olho nos talentos. Aí ele faz um contrato informal com os pais. Ele ajuda a montar a casa, dá a mobília e outros favores aos familiares. Quando o menino chega aos 16 anos e o clube vai assinar o primeiro contrato, o empresário já vendeu os direitos econômicos dele para clubes da Europa, ganhando em euros, ou mesmo no mundo asiático, faturando em dólares. Coma criação de novas fontes de renda, com já citei, será possível ajudar o clube formador.

Em dezembro do ano passado, o senhor apresentou uma emenda ao PL 2501, onde exclui a CFB do artigo 18-A da Lei Pelé. Nele, uma entidade do Sistema Nacional do Desporto só recebe recursos federais se seu presidente ou dirigente máximo tenha o mandato máximo de quatro anos, sem reeleição. Esta é uma das mudanças que os parlamentares podem fazer na MP?
Sim. Eu entendo que o 18A serve para os clubes que vão aderir ao refinanciamento. Vale para quem vai se beneficiar da MP e não para quem não se enquadra porque não tem dívida nem fiscal, nem trabalhista nem do FGTS. A CBF não tem dívidas, portanto não se enquadra. O Bom Senso FC quer porque quer enquadrar a CBF no 18A. Cheira quase a perseguição do futebol. O Estado não está exigindo mandato máximo de quatro anos de órgãos da mídia, de igrejas, sindicatos, das Santa Casa. Inclusive, o orçamento aprovado para 2015 destina R$ 800 milhões para fomento dos partidos políticos que podem ter o mesmo presidente vários anos.

O senhor concorda com esta continuidade?
Acho estranho porque esta exigência só no futebol. Que eu saiba, não existem clubes com mandatos indefinidos. A própria CBF vai acabar aprovando a limitação de mandatos. Aliás, a própria Fifa deve caminhar neste sentido nos próximos dias. Acho esta medida descabida. Mas veja: eu sou fundador do Partido dos Trabalhadores e participei da elaboração do estatuto que limita o número de reeleições. Sou conselheiro do Corinthians e lá também não temos reeleição. Eu sou a favor, mas não gosto desta intervenção do Governo.

Por quê?
Porque contraria o artigo 217 da Constituição Federal que determina a autonomia das instituições. Depois, a nível de esporte mundial, esta intervenção nos clubes e associações pode trazer problemas. Isto aconteceu na Índia e o país foi excluído de eventos do Comitê Olímpico Internacional. A Fifa também não aceita qualquer tipo de intervenção governamental nas entidades filiadas e pode punir também.

O que mais pode ser alterado no texto da Medida Provisória?
Acho exagerada a exigência de que os clubes publiquem mensalmente um balanço. Eles já fazem balanços trimestrais e contratam auditorias externas. Esta é uma das regras de contrapartida que, no novo projeto, poderão ser mais amplas, com inclusão de outras. A emenda global é fruto de dois anos de discussão e maturação de ideias. Mas há controvérsias e muita coisa feita de acordo com o Bom Senso.


Jogadores aprovam MP do governo e criticam Fairplay trabalhista da CBF
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Luciano Borges

A MP do governo para refinanciamento das dívidas dos clubes de futebol foi bem recebida pelos jogadores. Embora ainda tenha que ser votado na Câmara dos Deputados e no Senado, o texto atende às reivindicações do Bom Senso FC quando obriga as agremiações a apresentarem auditorias regulares onde terão que provar que estão em dia com as obrigações trabalhista, contratuais e previdenciárias. Assim, os atletas não terão que denunciar os mau pagadores.

O problema é que, para o Campeonato Brasileiro deste ano, fica valendo o “FairPlay trabalhista”, adotado pela CBF.

No artigo 18 do Regulamento da Competição na Série A (valendo para a B e C), o clube que atrasar salários poderá perder pontos (três) por partida enquanto perdurar a inadimplência. No primeiro parágrafo, está determinado que caberá ao atleta prejudicado comunicar o STJD que não está recebendo. Ele pode fazer fazer a denúncia pessoalmente, através de um advogado ou via sindicato.

É este item que incomoda os atletas.

“Fica uma situação ruim para o jogador. A chance dele denunciar é quase nula. Ele vai reclamar, o time perderá três pontos e ele vai ter que correr para recuperar estes pontos. Sem falar que pode ficar visado pela torcida”, diz o goleiro Fernando Prass, 36, do Palmeiras. “O certo é a CBF obrigar os clubes a apresentarem um documento em que prova que está em dia todos os meses”, propõe.

O atacante Luis Fabiano, 34, do São Paulo, é mais incisivo. “Essa regra foi feita para não ser usada”, cravou. Ele prevê várias situações onde o atleta viveria dilemas. “Imagine que o time dele está numa final e não paga salários. Ele vai denunciar e correr o risco de prejudicar o time? E se ele estiver emprestado a uma equipe, recebendo parte do salário de outro clube. Este dono dos direitos atrasa o pagamento, ele vai denunciar?”, pergunta.

Em conversa com o Blog do Boleiro, o atacante tricolor lembrou do período em que jogou no Sevilha, Espanha, de 2005 a 2011. “Lá, a Federação Espanhola e o sindicato dos atletas monitoram os clubes e tem punição prevista. Luis Fabiano recebia o salário anual da seguinte forma: todo mês, o Sevilha depositava uma ajuda de custo de 15 mil euros. Nos primeiros seis meses, o clube pagava 25% do total. E ao final da temporada, em maio, ele recebia um cheque com os 75% que faltavam. Do total combinado, era descontada a ajuda de custo. O cheque só poderia ser descontado 60 dias depois, em julho. “Você até poderia sacar o cheque no banco que tem a conta do clube, mas aí você pagaria 5% do valor para o banco”, disse.

Na França, onde o meia Michel Bastos jogou de 2006 a 2013, pelo Lille e pelo Lyon, o atleta não precisa denunciar o clube porque a Federação Francesa de Futebol fiscaliza se as equipes estão em dia. “Eles têm que apresentar o orçamento da temporada e se tiver irregularidade, o clube pode ser rebaixado”, falou o autor do gol da vitória do São Paulo sobre o San Lorenzo, na noite desta quarta-feira.

Michel acha “complicado” determinar que o jogador denuncie o atraso de salários. “Ela vai ficar com uma imagem ruim”, disse.

Valdomiro, 35, é zagueiro da Portuguesa desde 2012. Em 2015, ele já recebeu salários de janeiro e fevereiro. Mas o clube lhe deve sete meses do ano passado, incluindo aí os direitos de imagem. Ele não deixou a Lusa, como outros atletas que estão na mesma situação. “Não deixei porque a torcida gosta de mim. Eu ainda tenho como viver mesmo sem estes salários, porque guardei alguma coisa”, disse lembrando dos seis anos em que jogou pela Europa e mundo árabe. Por outro lado, ele critica a CBF pelo texto do “FairPlay trabalhista”: “Ela está passando para o jogador uma tarefa que seria dela. É só obrigar os clubes a mandarem um papel provando que estão pagando em dia todo mês”, falou referindo-se ao que está previsto na MP do governo.

“Do jeito que a CBF quer, vai expor o jogador. Imagine um garoto de 20 anos que vai lá e denuncia. Ele fica queimado no clube, com a torcida e corre o risco de nenhum outro clube querer contratá-lo”, disse. “A CBF não quer ter trabalho”, completou.

Mas há quem concorde com a regra do jogo da CBF.

O lateral corintiano Fábio Santos, 29, comemorou o texto da MP assinado nesta quinta-feira pela presidente Dilma Rousseff. “Valeu a pena a gente ter brigado por isso”, disse. Quando perguntado sobre a versão CBF de FairPlay, ele disse: “Tem que fazer a denúncia. Só assim vamos mudar alguma coisa. Ainda falta coragem dos jogadores para a gente ver na prática como isso vai ficar. Acho que o torcedor tem que saber e entender isso. Mas também não deve ser por um só salário”.

Isto vale para quase todos os atletas ouvidos pelo Blog do Boleiro. O volante Gabriel, do Palmeiras, ainda está tentando receber o que o Botafogo deve. “Esta pendência ainda está rolando. Meus empresários estão negociando com o clube. Mas até agora, o Botafogo não quis acordo. Jogador é trabalhador como vocês da imprensa ou como qualquer outro. É muito ruim ficar sem receber. Por isso acho que tem que denunciar mesmo. Só assim a administração dos clubes vai melhorar”,falou.

No elenco atual do Palmeiras, alguns atletas estão cobrando os atrasados de clubes por onde passaram. Além de Gabriel, o lateral Lucas jogou no Botafogo que atrasou salários em quase um ano. O volante Arouca deixou o Santos porque não recebia. E foi recebido por torcedores santistas, no clássico entre Palmeiras e Santos na Vila Belmiro, com vaias, moedas e o grito de “mercenário”. Robinho também teve dificuldades para ganhar em dia no Coritiba.

O próprio Fernando Prass começou a receber a dívida trabalhista do Vasco da Gama depois que Eurico Miranda assumiu a presidência do clube carioca. “Ele propôs o acordo e está pagando”, disse. O São Paulo ainda está quitando os atrasados com o elenco que tem Luis Fabiano e Michel Bastos entre os titulares.

Até a aprovação da MP e ela se tornar lei, fica valendo o regulamento da CBF. Ele é igual ao adotado pela Federação Paulista de Futebol há dois anos. Neste tempo, poucas denúncias. Nenhuma partiu de um só jogador. A maior ação foi movida pelo Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo, representando 18 atletas.

Leia abaixo o texto do FairPlay trabalhista da CBF:

Regulamento Específico da Série A (a ser utilizado também nas séries B e C)

“Artigo 18 – O Clube que, por período igual ou superior a 30 (trinta) dias, estiver em atraso com o pagamento de remuneração, devida única e exclusivamente durante a competição, conforme pactuado em Contrato Especial de Trabalho Desportivo, a atleta profissional registrado, ficará sujeito à perda de 3 (três) pontos por partida a ser disputada, depois de reconhecida a mora e o inadimplemento por decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Parágrafo 1º – Ocorrendo atraso, caberá ao atleta prejudicado, pessoalmente ou representado por advogado constituído com poderes específicos ou, ainda, por entidade sindical representativa de categoria profissional, formalizar comunicação escrita ao STJD, a partir do início até 30 (trinta) dias contados do encerramento da competição, sem prejuízo da possibilidade de ajuizamento de reclamação trabalhista, caso a medida desportiva não surta efeito e o clube permaneça inadimplente.

Parágrafo 2º – Comprovado ser o Clube devedor, conforme previsto no caput deste artigo, cabe ao STJD conceder um prazo mínimo de 15 (quinze) dias para que o Clube inadimplente cumpra suas obrigações financeiras em atraso, de modo a evitar a aplicação da sanção de perda de pontos por partida.

Parágrafo 3º – A sanção a que se refere o caput deste artigo será sucessiva e cumulativamente aplicada em todas as partidas da competição que venham a ser realizadas enquanto perdurar a inadimplência.

Parágrafo 4º – Caso inexista partida a ser disputada pelo Clube inadimplente quando da imposição da sanção, a medida punitiva consistirá na dedução de três (3) pontos dentre os já conquistados na competição.

Parágrafo 5º – Caso não haja Lei específica sobre este tema, a regra aprovada à unanimidade pelos 20 clubes da série A, em reunião do Conselho Técnico datada de 2 de março de 2015, valerá a partir do início da competição até 30 (trinta) dias após o seu término, não se considerando débitos trabalhistas anteriores e posteriores.

Parágrafo 6º – Esta norma é aplicável sem prejuízo do disposto no artigo 66A do RNRTAF – Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas de Futebol, resultante de regra vinculante e obrigatória da FIFA, conforme circular nº 1468/2015, de 23/02/15.”


Empresário quer reunião definitiva para decidir futuro de Guerrero no Timão
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Luciano Borges

O empresário Bruno Paiva retornou da Europa nesta terça-feira. Depois de duas semanas em férias e a negócios no Velho Continente, o representante de Paolo Guerrero vai marcar reunião com o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, para definir a renovação de contrato do atacante peruano. Detalhe: se depender do estafe do jogador, esta conversa será uma só e definitiva. A ideia é evitar desgaste da imagem de Guerrero, que está em alta e se tornou o maior artilheiro estrangeiro a passar pelo time do Parque São Jorge.

A questão é financeira.

Paolo quer luvas e salários considerados proibitivos pelos dirigentes corintianos. Roberto de Andrade tem dito que, na verdade, os valores discutidos na gestão anterior de Mário Gobbi não valem mais. “Vamos partir da estaca zero”, disse. O problema previsto pelo próprio Paiva é o momento financeiro do clube considerado “difícil”. Há uma garantia: ninguém da OTB Sports sondou clubes de fora recentemente. 

O lado de Guerrero conta com o interesse anterior de clubes da Alemanha e Itália. O atacante já descartou sondagens e uma proposta de um time dos Emirados Árabes e outro da China. O momento de mercado é favorável. A demanda pelos gols do peruano anda em alta. E não vale dizer que a cada gol marcado, como o primeiro de Paolo na vitória sobre o Danubio (2 a 1), no Uruguai, na noite desta terça. A avaliação de Paiva é de que ele já é parte da história corintiana, especialmente pelos tentos decisivos no Mundial de Clubes de 2012.

Mas a cada boa apresentação do artilheiro da equipe do técnico Tite, a pressão sobre a diretoria aumenta. O Corinthians é líder do Grupo 2 da Copa Libertadores da América com 100% de aproveitamentoÇ três jogos e três vitórias. O grupo está jogando bem. Perder Guerrero mais à frente, nas fases decisivas do torneio, será uma situação difícil.

O que pode ajudar na negociação é o bom relacionamento de Roberto de Andrade e de Andrés Sanchez, superintendente do Departamento de Futebol, com Bruno Paiva. E também o desejo de Paolo Guerrero em continuar jogando pelo Corinthians.

Com Gobbi no poder, as relações com a OTB Sports – empresa de Bruno Paiva, Fernando Paiva, Marcelo Goldfarb e Marcelo Robalinho – entraram em rota de colisão. Depois de estar tudo acertado entre o gerente de futebol Edu Gaspar e Paiva para a contratação do atacante Dudu, o então presidente vetou o negócio. Os empresários emitiram uma nota garantindo que não falariam mais com a gestão de Mário Gobbi. O jogador foi parar no Palmeiras.

Agora chegou a hora de negociar com Roberto de Andrade. Este encontro será na semana que vem. 


Palmeiras: Gabriel Jesus segue Messi e diz que “até” gosta de apanhar
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Luciano Borges

Há dez anos, Gabriel Jesus já apanhava dos adversários. A grande promessa de craque do Palmeiras garante que está se acostumando com as entradas violentas quando parte para o drible ou se livra dos marcadores. “Eu tinha sete anos e jogava na rua com os marmanjos mais velhos e eles já batiam duro”, disse o atacante revelado na base palmeirense e que está entrando aos poucos no time titular.

Nesta temporada, o técnico Oswaldo de Oliveira colocou Gabriel durante as partidas contra Bragantino, Santos e XV de Piracicaba. No primeiro, ele entrou aos 26 minutos do segundo tempo, deu um chute perigoso e um passe que deixou Victor Luis em condições de fazer o gol.

Na Vila Belmiro, o jovem jogador entrou no segundo tempo, quando o time  santista vencia por 2 a 1. Logo na primeira jogada, ele se livrou de dois adversários e já levou o tranco do experiente Elano.

No Allianz Parque, no último domingo, Jesus escapou com habilidade e velocidade do lateral Edinei e foi derrubado pelo zagueiro Leonardo. Minutos depois, o armador Toni acertou uma entrada por baixo em Gabriel Jesus. O jogador do S+XV foi expulso. Não gostou, deixou o campo olhando para câmera de televisão dizendo “vergonha, vergonha, vergonha”. “O menino caiu. Eu fui na bola. Mas o cara tem a torcida toda a favor e juiz marca. Se ele deu o cartão naquele lance, deveria dar para todo mundo”, reclamou.

O saldo de Gabriel Jesus nos 37 minutos em que ficou em campo foi: dois chutes a gol, um de fora da área e outro perto da pequena área. “Ali, se eu estivesse na base, eu tentava driblar o zagueiro antes de chutar. Mas como estou começando no time principal eu chutei”, admitiu.

O atacante também correu pelos dois lados do campo, como gosta de fazer. Nas duas partidas em que jogou, ele se apresentou para receber bolas, fazendo gestos com a mão. “Eu gosto de jogar. Eu procuro o jogo. Sempre foi assim. No Sub-17, se fizemos 50 jogos, eu participei de 45”, falou.

Na conta, Gabriel sofreu duas faltas em jogadas individuais. Ele está preparado para encarar marcadores duros e sabe que será um alvo. Afinal, quando entra em campo, é saudado pela torcida como um ídolo pronto. “Eles estão me apoiando. Mas sei que jogador de futebol tem altos e baixos. Por enquanto estou por cima, mas preciso continuar jogando bem”, afirmou ao Blog do Boleiro.

Oswaldo de Oliveira tem elogiado Gabriel pela personalidade do menino. Ela se revela até na hora de escolher o “nome artístico”. “Queriam que eu fosse Gabriel Fernandes, mas eu queria o Jesus”, explicou o atleta que acatou uma sugestão da assessoria de imprensa do Palmeiras e escolheu o número 33 (“a idade de Cristo”) para a camisa.

Perguntado se prevê mais trancos e pontapés pela frente, Gabriel Jesus respondeu que sim. E contou um segredo. “Eu me inspiro no Lionel Messi. Vejo ele jogando na tevê e fico impressionado como ele apanha e levanta indo para o jogo. Eu também quero fazer assim. Estou até gostando de apanhar”, disse em tom de brincadeira.

 


Palmeiras: Chile responde nesta terça-feira se libera ou não Valdívia
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Luciano Borges

Ficou para esta terça-feira a resposta da Associação Nacional de Futebol Profissional do Chile ao documento enviado pelo Palmeiras pedindo a liberação de Valdívia dos amistosos da seleção chilena contra contra Irã e Brasil, na Áustria e em Londres.

Alexandre Matos, diretor de futebol palmeirense, confirmou ao Blog do Boleiro que a carta foi enviada na meio da tarde desta segunda-feira, depois do anúncio dos jogadores convocados pelo técnico Jorge Sampaoli para estas partidas. Como Valdívia estava na lista, o Palmeiras tenta agora a dispensa do meia que precisa, segundo disse o treinador Oswaldo de Oliveira, de mais 15 dias para voltar a jogar sem maiores riscos de lesão.

Se o Chile não quiser, Valdívia terá que se apresentar na semana que vem. “É data Fifa. Não há nada que possamos fazer”, admitiu Mattos. Ele explicou também que, se houver algum dano físico a Valdívia por conta destes jogos, a Associação terá que ressarcir o Palmeiras, caso o atleta fique parado mais de 28 dias. “Este é o prazo da Fifa. Se passar, os custos ficam a cargo da Federação do país”, falou.

Desde dezembro do ano passado, Valdívia não joga pelo Palmeiras. Ele se recupera de uma lesão na coxa esquerda e já está prestes a trabalhar com o time nos treinos desta semana. Mesmo assim, demonstra cansaço e falta de ritmo. Em forma, o chileno é tratado como o “maestro” da seleção chilena montada por Sampaoli. Oswaldo de Oliveira já sabe que Valdívia é o cara diferente que pode dar criatividade ao ataque palmeirense.

Enquanto isso, as negociações para reforma de contratou andam sem maior urgência. “Não tem pressa. Estamos tratando deste assunto com muita tranquilidade”, disse o diretor de futebol.


Grêmio anuncia parceira com empresa que mapeou seleção alemã em 2014
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Luciano Borges

O Grêmio vai utilizar a mesma tecnologia que a seleção da Alemanha fez uso na Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Nesta terça-feira, o clube gaúcho anuncia em São Paulo a parceria estabelecida com a SAP Brasil, subsidiária da empresa alemã cuja matriz fica em Walldorf e é líder mundial no mercado de aplicação de software empresarial. Uma das áreas da empresa é dedicada a aplicativos e inovações no esporte. “O Luiz Felipe Scolari vai ter um mapeamento de cada atleta e do time com detalhes que vão da capacidade orgânica até a parte técnica de cada atleta”, disse o presidente gremista Romildo Bolzan Jr.

Durante o Mundial no Brasil, a SAP mostrou o que fazia para ajudar a comissão técnica comandada pelo treinador Joachim Low. Os jogadores foram mapeados nos treinamentos, através de sensores que determinavam a movimentação, as mudanças de direção e dezenas de outros detalhes que ajudavam na formação da equipe. O acordo com a Federação Alemã foi firmado em 2013. O nome do recurso, chamado de solução, é o SAP Match Insights.

“Imagine que em apenas 10 minutos, 10 jogadores com três bolas geram mais de sete milhões de dados. A plataforma SAP HANA processa tudo isso em tempo real. Nossa equipe consegue analisar esse volume imenso de dados e personalizar o treinamento para melhor preparar a seleção para o seu próximo jogo”, disse Oliver Biehoff, gerente da equipe que conquistou o título mundial.

Além da comissão técnica, os atletas terão acessos às informações de cada um.

O contrato entre Grêmio e SAP vai além do futebol. O clube decidiu adotar outras soluções para a parte administrativa-financeira. “Vamos ter o controle de tudo: estoque, contratos, andamento dos departamentos. Já temos um vice-presidente indicado para cuidar deste projeto, Antonio Dutra, e um CEI que é o Gustavo Zanchi”, explicou o presidente gremista.

Esta mudança faz parte do projeto de quatro anos que a atual diretoria quer instalar no clube para sanear as dívidas e montar times forte e competitivos, mas de custo mais baixo do que o atual. “Para você ter uma ideia, paguei, desde que assumi, cerca de R$ 30 milhões de dívidas. É muita coisa”, falou Bolzan.

O Grêmio negociou vários atletas com salários altos, como os atacantes Hernán Barcos e Marcelo Moreno, e promoveram garotos da base. “E no ano que vem vamos diminuir ainda mais as despesas. Não teremos mais salários de 600, 700 mil reais. Vamos trabalhar numa faixa até R$ 150 mil. Queremos um time guerreiro, competitivo, mais em conta, mais barato”, disse o presidente.

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Presidente do São Paulo garante Muricy Ramalho até final do contrato
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Luciano Borges

O presidente do São paulo, Carlos Miguel Aidar, escreveu na manhã desta sexta-feira uma nota oficial publicada no site do clube. Nela. o dirigente garante que o técnico Muricy Ramalho permanece no cargo até o final de seu contrato. O texto ainda manda recado interno para acalmar quem é contra o treinador.

“O São Paulo Futebol Clube, por meio de sua Presidência e da unanimidade de sua Diretoria, diante de informações, entrevistas, notícias e interpretações distorcidas e contraditórias, provenientes de diversas fontes, vem comunicar que o Sr. Muricy Ramalho é e continuará sendo o treinador da equipe principal de futebol profissional até o término de seu contrato de trabalho e, se o desejar, terá o vínculo profissional renovado oportunamente.

Muricy tem relevantes serviços prestados ao Clube, sendo desnecessário estar a todo instante repetindo-os, e certamente ainda haverá de produzir muito mais em benefício da Nação Tricolor.

Que cessem, pois e definitivamente, especulações de desentendimentos, dúvidas, controvérsias e mesmo de eventuais divergências “interna corporais”.”


Muricy Ramalho lê nota do presidente e diz: “Só quero trabalhar. Só isso”
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Luciano Borges

O técnico Muricy Ramalho leu a nota oficial escrita pelo presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, em que o dirigente garante a permanência do treinador até o final do contrato e até acena com renovação. O treinador, consultado por meio de torpedos do Blog do Boleiro, comentou de forma curta e direta: “Para mim, tudo bem. Só quero trabalhar. Só isso”, escreveu.

O texto de Aidar foi uma reação às declarações  de Muricy Ramalho depois da vitória do São Paulo sobre o São Bento (1 a 0), no estádio do Morumbi. Ele revelou que há um racha entre o Morumbi (sede do clube e da diretoria) e o CT da Barra Funda (onde trabalha o time profissional). A equipe vem enfrentando protestos da torcida até nos treinos. O vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro tem blindado o elenco, evitando até encontros face a face com torcedores organizados.

O clima anda conturbado porque o São Paulo não tem apresentado grandes atuações e, para complicar, perdeu dois clássicos contra o Corinthians, um pela Copa Libertadores da América e outro pelo Campeonato Paulista. Muricy Ramalho pediu mais uma vez o apoio da torcida. Foi até sentimental, falando em abraço ao time. Na próxima quarta-feira, o São Paulo faz jogo decisivo contra o San Lorenzo. Os dois times têm apenas três pontos e estão no encalço do Corinthians, líder com seis pontos.

Leia abaixo a nota do presidente Carlos Miguel Aidar:

“O São Paulo Futebol Clube, por meio de sua Presidência e da unanimidade de sua Diretoria, diante de informações, entrevistas, notícias e interpretações distorcidas e contraditórias, provenientes de diversas fontes, vem comunicar que o Sr. Muricy Ramalho é e continuará sendo o treinador da equipe principal de futebol profissional até o término de seu contrato de trabalho e, se o desejar, terá o vínculo profissional renovado oportunamente.

Muricy tem relevantes serviços prestados ao Clube, sendo desnecessário estar a todo instante repetindo-os, e certamente ainda haverá de produzir muito mais em benefício da Nação Tricolor.

Que cessem, pois e definitivamente, especulações de desentendimentos, dúvidas, controvérsias e mesmo de eventuais divergências “interna corporais”.”