Ceretta avisa: no Brasileiro, jogo duro para quem reclama e pede cartão
Luciano Borges
O árbitro Guilherme Ceretta de Lima, que apitou a final do Campeonato Paulista entre Santos e Palmeiras, manda avisar: “A maneira como os árbitros vão tratar as reclamações vai mudar no Campeonato Brasileiro”. E será mais dura. “Não vamos tolerar nenhuma reclamação acintosa”, disse o juiz que expulsou Dudu e Geuvânio porque eles se agarraram na área, perto dele.
A nova postura foi determinada pela CBF para acabar com uma mania brasileira: jogador que sofre falta e cai acaba levantando o braço com a mão balançando um cartão amarelo ou vermelho imaginário. “Quem gesticular, reclamar, jogar a torcida contra o árbitro não será tolerado”, disse Ceretta.
Na decisão deste domingo, Ceretta mostrou três cartões vermelhos (Dudu, Geuvânio e Victor Ramos) e sete cartões amarelos, cinco deles por entradas mais duras e dois por atitude inconveniente (Valdívia e Dudu). Os dois reclamaram de marcações do árbitro.
A ordem da Comissão Nacional de Arbitragem foi dada já a partir da Copa do Brasil. A ideia é acabar com um costume que tornou os jogadores brasileiros famosos entre os juízes internacionais: cai-cai e reclamação pedindo cartões.
“Na última Copa do Mundo, ficou visível que os jogadores brasileiros pegavam árbitros europeus pela frente e acabam tendo mais dificuldade. Os juízes não acreditam no jogador brasileiro”, disse Ceretta.