Blog do Boleiro

Arquivo : junho 2015

Presidente do Santos explica a permanência de Marcelo Fernandes
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Luciano Borges

Embora o noticiário desta sexta-feira desse como certa a contratação de Oswaldo de Oliveira, ex-Palmeiras, como técnico do Santos, o presidente Modesto Roma Junior desmentiu esta informação em conversa com o Blog do Boleiro. “Decidimos esta manhã que o Marcelo Fernandes continua como técnico”, disse por telefone. E explicou: “Ele tem condições de mudar o desempenho do time”.

No Campeonato Brasileiro, sob o comando de Marcelo, o Santos só conseguiu uma vitória em sete partidas até agora. Foram quatro empates e duas derrotas. O time vem de dois empates por 2 a 2, contra a Ponte Preta e Atlético Mineiro. Foram jogos onde o time chegou a estar em vantagem. O treinador que foi mantido chegou a perder a paciência quando perguntado se estava na corda bamba. Ele agora vai dirigir a equipe contra o Corinthians, no dia 20, sábado, na Vila Belmiro.

A conversa  foi curta e seguiu assim:

Blog do Boleiro – Presidente, o senhor confirma a contratação do Oswaldo de Oliveira para técnico do Santos?
Modesto Roma Junior – |Não, não confirmo. Marcelo Fernandes é o técnico do Santos.

Mas, e as notícias de hoje?
Quem deu, errou. Chegamos à conclusão de que o Marcelo deve continuar. A decisão foi tomada hoje de manhã pelo comitê gestor e foi uma decisão unânime. Nós inclusive já nos reunimos com o Marcelo e ele concordou em continuar dirigindo o time.

Qual o motivo da permanência dele?
A gente acha que ele tem condições de dirigir o time e que os maus resultados vão acabar. Ele é capaz de conduzir esta mudança.

 


Após vencer Del Nero, vice de SC diz estar apto até para governar o Brasil
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Luciano Borges

Delfim Pádua Peixoto Filho, presidente da Federação Catarinense de Futebol, continua sendo o primeiro nome da sucessão a Marco Polo Del Nero, na presidência da CBF. Para isso, ele fez um trabalho político que derrubou a intenção do atual mandatário da Confederação em mudar a regra de sucessão. Foi uma vitória de articulação nos bastidores.

“Esse tema sequer foi colocado em votação. O Marco Polo soube ontem à noite que eu tinha 17 federações a meu favor e ele iria perder”, disse Delfim, 74 anos, que comanda a FCF desde 1985.

Enquanto José Maria Marin, ex-presidente da Confederação, estiver preso na Suíça e afastado da CBF, o dirigente catarinense é o primeiro na linha de sucessão da entidade. O estatuto diz que, em caso de renúncia do presidente, quem assume o cargo é o vice mais velho.

Del Nero queria mudar esta regra. Mas nem tentou colocar o tema em votação. “Ele achou que eu não iria conseguir o apoio dos companheiros”, disse o advogado aposentado. “Eu sempre briguei pelo direito. Essa é a razão da minha vida. Por isso quero a manutenção do artigo que está em vigor. Num próximo mandato, podemos rever, mas não se pode mudar a regra com o jogo andando”, disse Delfim.

Ele repetiu a declaração que deu ao UOL logo depois da prisão de Marin e seis outros dirigentes da Fifa, acusados pelo FBI norte-americano de corrupção.

Delfim Peixoto garante estar preparado para suceder Marco Polo Del Nero, se for preciso. “Não anseio isso. Minha vontade é continuar meu mandato na FCF. Mas estou preparado. Fui político por 20 anos, tenho uma carreira acadêmica. Logicamente que estou preparado. Estou preparado para ser Presidente da República. Se o Lula foi, porque não posso ser?”, disse.

Na reunião desta quinta-feira na CBF, Marco Polo Del Nero voltou a discursar para os presidentes de federações, garantindo que nada tem a ver com as acusações feitas contra Marin. O dirigente da FCF, diz que acredita até que se prove em contrário. “Ele sabe se é inocente. Eu não”, disse. “José Maria Marin também é inocente até que se apresente provas”, completou.


Apesar de assédio, Ponte Preta garante a permanência de Renato Cajá
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Luciano Borges

Apesar do interesse e assédio de Cruzeiro, Flamengo e São Paulo, Renato Cajá vai ficar na Ponte Preta. Quem garante é Giovanni Dimarzio, vice-presidente do time de Campinas. “Cajá não sai da Ponte. Só se for para o exterior com uma proposta muito boa. Ele já estava apalavrado conosco. Ele gosta da Ponte, é ídolo da torcida e vai ficar”, disse ao Blog do Boleiro.

O dirigente confirmou o interesse dos times grandes. Ele conversou com o presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, e ouviu do cruzeirense que o clube mineiro desistiria da tentativa. Carlos Miguel Aidar, do São Paulo, também fez uma consulta. Outras equipes falaram diretamente com o empresário de Cajá, o ex-lateral Claudio Guadagno que, por sua vez avisou à Ponte que havia sido procurado. “Nós tivemos o cuidado de fazer contratos mais longos, com multa alta, que pudessem dificultar a saída dos atletas”, afirmou Dimarzio.

A estratégia da Ponte Preta para 2015 foi manter a base do time que disputou a Série B no ano passado. Contratou alguns reforços para o Campeonato Paulista e outros para o Brasileiro. Dimarzio afirmou que ainda não pode garantir a permanência de todos os atletas até sábado. “Faltam dois dias para que vários jogadores que estão sendo sondados disputem a sétima partida. No futebol tudo pode acontecer”, falou referindo-se a atletas como o atacante Diego Oliveira, o volante Fernando Bob, o lateral Rodinei e o zagueiro Pablo.

Apenas Renato Cajá, de 31 anos, está fora desta lista. “É garantido que ele não vai para outro time”, afirmou o vice-presidente. Aliás, a tevê virtual da Ponte Preta veicula uma chamada para o jogo de domingo contra o Goiás. Nela, Cajá garante que vai jogar. Assim, fará a sétima partida e não poderá mais disputar a Série A por outro time.

 


Rojas sonha em voltar ao São Paulo; ex-goleiro quer reparação do passado
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Luciano Borges

Roberto Rojas vive em São Paulo com a esposa Viviane Bruno Foto: arquivo pessoal

Roberto Rojas vive em São Paulo com a esposa Viviane Bruno Foto: arquivo pessoal

“Eu amo o São Paulo. É minha prioridade número um”. Vinda do ex-goleiro Roberto Rojas, esta frase pode parecer uma simples declaração de amor ao clube onde jogou por três temporadas (1987 a 1989), que o tirou do ostracismo no início dos anos dos anos 90 e que ele dirigiu como treinador em 2003. Mas aos 57 anos, Rojas acha que uma volta ao clube paulista vai reparar uma injustiça cometida contra ele.

Primeiro, a saúde.

O chileno, ídolo em seu país onde é conhecido pelo apelido de El Condor e foi eleito como o melhor goleiro da história do Colo Colo, se recupera de um transplante de fígado. A cirurgia foi feita no final de março deste ano, depois de cinco de espera.

Hoje, ele quase não sai de casa, na zona sul de São Paulo. “Ele não pode encarar aglomerações sob o risco de contrair algum vírus ou bactéria. No momento isso é muito perigoso porque ele está com pouca defesa no organismo”, diz Viviane Bruno, esposa de Rojas.

Roberto ingere 16 comprimidos por dia, alguns deles imuno supressores que tentam fazer com que o fígado transplantado não sofra rejeição do organismo. A coloração da pele já voltou ao normal. Ele está mais magro. Pesava 82 quilos, caiu para 65 e já tem 70 kg.  Segue uma dieta rígida.

O que motiva Rojas a lutar para se recuperar do transplante é uma conversa que teve ainda no Hospital Albert Einstein, logo depois da cirurgia. O ex-árbitro Olten Ayres de Abreu, hoje integrante do Conselho Deliberativo do São Paulo, fez uma visita e levou com ele um cartão e um recado.

O cartão de visitas era do presidente Carlos Miguel Aidar, que pediu para Olten colocar Rojas em contato com ele por telefone. “Eu falei com ele. Ele me desejou pronta melhora e pediu para mantê-lo a par da minha recuperação. Depois que eu estiver bem, e isto deve ocorrer no final do ano, ele me disse que vou exercer alguma atividade dentro do São Paulo”, contou ao Blog do Boleiro.

A função sequer está definida. “Não sei onde nem em que lugar. Vou cuidar da saúde primeiro”, afirmou Roberto.

Foi na gestão de Aidar em 1987 que o São Paulo trouxe Roberto Rojas – então principal atleta da seleção chilena – para ser titular da posição. Ele jogou 40 partidas e manteve uma disputa pela camiseta número um com Gilmar Rinaldi, hoje coordenador de seleções da CBF.

Dois anos depois, Rojas cometeu o maior erro da carreira, ao cortar a própria testa com uma lâmina durante o jogo entre Brasil e Chile, no Maracanã, pelas eliminatórias da Copa do Mundo disputada em 1990 na Itália.

Ele aproveitou que um sinalizador da Marinha, disparado da arquibancada do Maracanã por uma torcedora, caiu perto dele para simular o ferimento. A ideia era suspender a partida e levá-la para campo neutro.

A farsa foi descoberta. Rojas confessou o erro. Foi banido do futebol pela Fifa. Se tornou um pária no Chile, onde antes era ídolo. Só voltou ao trabalho no futebol depois que o técnico Telê Santana, então no São Paulo, conversou com ele em um hotel de Santiago, em 1994. “Ele me convidou para trabalhar no São Paulo e fui ser treinador de goleiros”, lembra Rojas.

Em 2003, depois da demissão de Oswaldo de Oliveira, Rojas e Milton Cruz assumiram o comando do time no Campeonato Brasileiro e, no final deste ano, levaram o São Paulo à vaga da Libertadores de 2004.

Roberto Rojas mostrou o desejo de ser efetivado como técnico. O presidente da época, Marcelo Portugal Gouveia, e o então diretor de futebol Juvenal Juvêncio decidiram contratar Cuca e não devolveram Rojas ao cargo de preparador de goleiros.

A HISTÓRIA DA INJUSTIÇA

A história da injustiça, segundo Roberto Rojas, começa aí.

“Acho até hoje que Cuca pediu minha saída. Não fui consultado para nada. Juvenal me chamou e ordenou que eu cuidasse da base em Barueri”, falou referindo-se a um Centro de Treinamento de propriedade de José Roberto Guimarães, técnico tricampeão olímpico de vôlei.

Na época, ir para Barueri era considerado castigo para qualquer jogador do profissional. Rojas conta que as condições de trabalho eram ruins. “Não havia estrutura para os garotos. Até o gramado do campo de treino era ruim. Segurei por dois anos e aí pedi demissão. Fiquei muito incomodado”, disse.

Na conversa com Carlos Miguel Aidar, Rojas contou esta história. Ouviu então a promessa de ter emprego no clube quando puder trabalhar normalmente.

Desde 2005, Rojas trabalhou na Ponte Preta, Comercial de Ribeirão Preto e no Sport Recife. Teve que abandonar o trabalho por conta dos problemas de saúde.

Se tudo der certo, as desventuras em série do ex-goleiro vão terminar.

Depoimento de Rojas passou no telão na festa dos 100 anos do Colo Colo

Depoimento de Rojas passou no telão na festa dos 100 anos do Colo Colo

DESVENTURAS EM SÉRIE

Há cerca de 20 anos, Rojas foi contaminado com o vírus da hepatite C numa transfusão de sangue. Em 2009, descobriu que o fígado estava condenado.

Ele entrou para a fila de transplante.

Em dezembro de 2014, teve outra surpresa desagradável: durante o sono ele sofreu uma torção do lóbulo medial do pulmão e teve que ser operado no dia de natal. Esta parte foi retirada depois de uma cirurgia invasiva. Até hoje, Rojas sente dores no peito. “Mais até do que no fígado transplantado, que não dói”, diz Viviane.

Por conta desta intervenção cirúrgica, Rojas ficou internado por 45 dias no hospital. Chegou a perder a vaga na fila do transplante, quando apareceu um doador. Tinha que esperar para poder passar por outro procedimento invasivo.

Esta sequência de problemas impediu Rojas de aceitar o convite de uma emissora de televisão do Chile para ser comentarista na Copa América que começa nesta quinta-feira. “Queria muito estar lá, mas não posso. Tenho restrição dos médicos até para falar. Não posso ter complicação com o fígado”, disse.

Além disso, um troféu e uma placa do Colo Colo esperam por ele em Santiago. Rojas foi eleito o melhor goleiro da história centenária do clube mais popular do país. Na festa dos 100 anos, ele gravou uma mensagem que foi vista por outros ex-ídolos.

Rojas dorme cedo. Descanso é fundamental. Ele está motivado a seguir as determinações médicas ao pé da letra. Quer voltar a trabalhar. “Ele sonha com isso: ter uma atividade dentro do futebol. Se for no São Paulo então, será o máximo”, disse Viviane Bruno.

O Blog do Boleiro tentou falar por telefone com Juvenal Juvêncio e Cuca. Não foi atendido.


Torcida cria música de despedida para Ceni e provoca o Corinthians
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Luciano Borges

O ensaio foi feito no saguão do estádio do Morumbi, antes da partida do São Paulo contra o Grêmio. Os torcedores uniformizados já têm uma música para entoar nos estádios a partir do jogo contra o Avaí, no próximo dia 21, quando o time de Juan Carlos Osorio volta a atuar em casa.

Na letra, Rogério é chamado de mito, agradece ao goleiro, lembra os gols inesquecíveis (129 até esta semana) e faz referência ao rival Corinthians, contra quem Ceni marcou o 100º gol da carreira dele.

Esta é a letra da música em homenagem a Rogério Ceni.

“OOOO OBRIGADO MITO ROGÉRIO (2X)

O TRICOLOR DO MORUMBI AGRADECE A VOCÊ

BRASILEIROS, LIBERTADORES E MUNDIAIS QUE EU PUDE VER

MUITOS GOLS INESQUECÍVEIS, MAS ESSE FOI O MAIS BELO

FOI EM CIMA DE QUEM MESMO QUE O MITO FEZ O CENTÉSIMO?

OOOO OBRIGADO MITO ROGÉRIO (2X)

SEMPRE HONROU O MEU SÃO PAULO COMO NUNCA AQUI SE VIU

RECORDISTA E ARTILHEIRO ORGULHO DO BRASIL

POR ISSO CANTO BEM ALTO

AMIGO EU FALO SÉRIO

TODOS TODOS TÊM GOLEIRO, MAS SÓ NÓS TEMOS ROGÉRIO

OOOO OBRIGADO MITO ROGÉRIO (2X)”

 

 


Ida de Del Nero ao Congresso pode esvaziar audiência da MP dos Clubes
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Luciano Borges

A ida de Marco Polo Del Nero ao Congresso Nacional nesta terça-feira deixou parlamentares defensores da MP das Dívidas dos Clubes, de autoria do governo federal, preocupados. Afinal, a estratégia do presidente da CBF para afastar a pressão causada pelos casos de corrupção na Fifa, pode esvaziar a discussão sobre a medida provisória.

Del Nero será sabatinado na Comissão de Esportes da Câmara dos Deputados por volta das 14 horas. No mesmo horário está marcada uma audiência da Comissão Especial da MP dos Clubes. Os parlamentares que fazem parte desta comissão terão na pauta a discussão do parecer do relator Otávio Leite, deputado pelo PSDB-RJ.

O Bom Senso FC, que representa os jogadores de futebol, tem restrição ao texto, especialmente quando ele trata das contrapartidas exigidas para os dirigentes das agremiações que aderirem ao refinanciamento das dívidas com o governo.

O problema é que havia uma vontade de vários deputados em deixarem esta audiência de lado para acompanhar o que Marco Polo Del Nero tem para dizer. Durante a tarde desta segunda-feira, vários deles trocavam mensagens discutindo perguntas que poderão ser feitas para colocar o presidente da CBF em situação incômoda.

O temor que que a ofensiva de Del Nero, que adotou postura agressiva para provar que nada tem a ver com os casos de corrupção investigados pelo FBI nos Estados Unidos. Mesmo que José Maria Marin, seu vice na CBF e amigo de longa data, tenha sido preso por aceitar e cobrar propinas para vender direitos de transmissões de torneios da Concacaf e do futebol brasileiro.

No pacote de vacinas de Del Nero estão medidas que ele chama de “modernizadoras” na CBF. Ele chamou os clubes que disputam a Série A para uma reunião na sede da entidade nesta segunda-feira: mais uma vez deixou claro que não vai renunciar porque entende que não tem culpa de nenhum malfeito, propôs que as agremiações discutam a nova fórmula de disputa do Campeonato Brasileiro, discutiu o parecer do relator da MP dos Clubes e falou em estabelecer de vez o fair play trabalhista a partir do ano que vem.

São medidas que podem mostrar uma gestão dinâmica e reformadora. A pressa se dá por receio de que a crise na Fifa respingue na  CBF. Por isso, a agenda positiva. Afinal, a ida de Del Nero à Comissão de Esportes foi proposta por Walter Feldman, secretario geral da Confederações, que articulou o assunto com os deputados da bancada da bola.

Para o Bom Senso, o momento é o de acender luzes amarelas. Na esteira da crise, a estratégia de Del Nero pode atingir a MP. Otávio leite tem pressa em colocar seu parecer para discussão até se chegar a um texto final. O prazo para que a medida provisória seja votada nas Câmara e no Senado é até 17 de julho.

 

 

 

 


“Não vamos permitir a crise contaminar a seleção”, diz secretario da CBF
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Luciano Borges

O secretário geral da Confederação Brasileira de Futebol, Walter Feldman, deixou claro que a direção da entidade não vai permitir que a crise instalada no futebol mundial e que atinge o Brasil e a CBF, atrapalhe a preparação da seleção brasileira que vai disputar a Copa América no Chile. Junto com o presidente Marco Polo Del Nero, Feldman esteve na Granja Comary, em Teresópolis,  onde a dupla conversou com a comissão técnica e jogadores. Del Nero evitou contato com os repórteres. A ideia é esvaziar o assunto perto e longe do time do Brasil.

Longe, já nos bastidores, a direção da CBF adotou uma “postura de vacina”. No mundo político, trata-se de criar ações positivas que desviem a agenda do problema principal. Político experiente, Feldman acelerou entendimentos com a bancada do esporte no Congresso para que a MP do Refinanciamento da Dívidas dos Clubes de Futebol seja discutida mais rapidamente e com alterações em favor dos clubes. Além disso, nesta segunda-feira em reunião com os presidentes das agremiações, vai colocar em pauta o fair play trabalhista que a CBF quer impor mesmo que o tema faça parte da MP. Para dar uma imagem de modernidade na instituição, Marco Polo vai propor às Federações – na quinta-feira – que mudem o estatuto da CBF e permitam apenas uma reeleição.

Estes movimentos visam mostrar que o presidente quer mudanças e assim tentar descolar a imagem dele junto ao vice José Maria Marin, que está preso na Suíça, por corrupção. Mas o objetivo principal é evitar o que muita gente especulou durante a semana: a renúncia de Del Nero. Ele não quer sair tão cedo.

Blog do Boleiro – O presidente Marco Polo Del Nero vai renunciar?
Walter Feldman –
Possibilidade zero. Não trabalhe com isto. Você vai ser mais um que vai errar. Começaram com esta especulação porque o (Joseph) Blatter renunciou. Não há nenhum motivo para que o presidente renuncie.

A prisão dos dirigentes da Conmebol, Concacaf e do vice da CBF, José Maria Marin, respinga de que maneira no futebol brasileiro e na Confederação?
Foi um abalo no futebol mundial. O brasil, mais por conta do José Maria Marin ter sido atingido, entrou num processo de avaliação. Mas é ilação especular que o Marco será atingido. Não há nada, nenhuma acusação feita diretamente. Seguimos aqui na CBF numa normalidade fazendo o que a gente ia fazer mesmo. Lógico que os fatos ocorridos alimentaram aqueles que têm antipatia e pedem a renúncia do presidente, querem uma CPI etc. Mas vamos fazer tudo dentro do normal e vamos mudar algumas coisas.

Mudar o quê?
Na reunião de segunda-feira com os clubes vamos atualizar o relato do que acontece com a MP (medida provisória do governo que refinancia dívidas dos clubes e cobra contrapartidas) no Congresso. Estamos na reta final, agora que já temos o parecer pronto do relator, deputado Octavio Leite. Também vamos iniciar o processo das normas de licenciamento que vão ser aplicada em todos os clubes do país. Trata-se de aplicar o fair play trabalhista e outras medidas para sanear as finanças dos clubes: normas técnicas, finanças, estrutura. Não pode deixar de pagar os jogadores. Não pode contratar sem ter caixa para isso. Enfim, é preciso ter uma gestão responsável do futebol. Já é uma determinação da Fifa que vai entrar em vigor a partir de 2016. Mas a CBF resolveu antecipar este processo.

E na reunião com os presidentes de Federações?
Aí vamos tratar de mudanças como a redução do mandato do presidente, com um mandato e uma reeleição. Vamos também conversar sobre a “redivisão” territorial da CBf, o que implica em mudanças dos vices presidente. Não há nada sobre sucessão ou renúncia. Nada mesmo.

A seleção brasileira teve menos espaço na mídia do que a crise no futebol e os desdobramentos aqui no Brasil. Qual a preocupação que vocês têm com o time do Dunga?
Veja, com este clima açodado, estamos tentando isolar os jogadores do resto. Mas ontem, na entrevista coletiva do Thiago Silva, ele foi agredido por um repórter.

Agredido?
É, não agressão física. Mas o jornalista, que não sei quem é, perguntou para ele até quando os jogadores ficariam alienados do que está acontecendo e se recusando a falar sobre o tema. Não tem sentido. Eles estão se preparando para a Copa América.

Mas vocês foram à Granja Comary e também não falaram com os jornalistas.
Nós fomos lá para dar um abraço, dar uma força. Ficamos uns 50 minutos e foi ótimo conversar com os jogadores. Não quisemos dar entrevistas porque já sabíamos que as perguntas seriam as mesmas, sobre renúncia, sobre esse tema da Fifa. Não vamos permitir a contaminação na seleção. Não vamos criar zonas de turbulência.


Assis, irmão de Ronaldo Gaúcho, sobre conversa com Vasco: “Deixa de viagem”
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Luciano Borges

Roberto de Assis Moreira, irmão mais velho e empresário de Ronaldinho Gaúcho, está no México. O irmão permanece no Rio de Janeiro. Neste sábado, Gaúcho participa da gravação de um clipe da dupla sertaneja João Lucas e Marcelo. Estaria conversando com dirigentes do Vasco da Gama para discutir o futuro depois da passagem pelo Querétaro, onde foi vice-campeão nacional. O contrato dele termina em 2016. Em uma curta conversa por telefone, Assis disse que é ele quem conversa com interessados.

Blog do Boleiro – Seu irmão Ronaldinho está no Rio. Ele está conversando com o Vasco da Gama?
Assis – Deixa de viagem. Não tem nada. Ele está de férias. Eu estou fora do Brasil. Não tem novidade nenhuma.

Mas ele pretende permanecer no Querétaro?
Ele tem mais um ano de contrato. Esta foi uma temporada super legal, o time foi à final do Campeonato Mexicano.  Ele deve voltar aos treinar daqui uns 25 dias.


São Paulo pede a R.Ceni cessão de imagem para “alavancar” Sócio Torcedor
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Luciano Borges

Na semana passada, o goleiro Rogério Ceni conversou com o presidente do São Paulo Carlos Miguel Aidar, e com o vice de Comunicações e Marketing, Douglas Schwartzmann. Os dois dirigentes explicaram que o clube gostaria de tê-lo até o final do ano e como sua presença seria aproveitada: Ceni se tornará, se quiser, na cara da nova campanha para atrair sócio-torcedores.

“Estamos em via de concluir os entendimentos que motivarão a permanência do Rogério Ceni no São Paulo”, disse Aidar em entrevista ao jornalista Elia Jr. na rádio Bradesco Esportes. “O São Paulo ofereceu ao Rogério, a prerrogativa e o prazer de tê-lo até o final do ano, pedindo em contrapartida a cessão da imagem dele em todas as ações de marketing do clube”, completou.

A forma como a imagem do goleiro será aproveitada ainda não foi definida. Segundo Schwartzmann, em conversa com o Blog do Boleiro, essa estratégia e as ações futuras ainda não foram formatadas. “Vamos conversar sobre isso ainda”, falou.

Desde o início de 2015, a gestão de Aidar decidiu reativar o plano de sócio torcedor, uma iniciativa pioneira do clube anos atrás. A estratégia fez com que o tricolor tenha o terceiro maior crescimento de adesões em 2015. Fica atrás de Palmeiras e Corinthians.

No final de 2014, O São Paulo contava com 36.980 sócios torcedores. Até o final de maio deste ano, essa quantidade subiu para 55.901, cerca de 34 por cento. O Palmeiras cresceu de 64.251 a 109.296. O pico foi de 123 mil, mas esta cifra caiu por conta do aumento do preço das adesões. O Corinthians quase dobrou: foi de 66.719 para 110.742.

No ano passado, os homens de marketing do “Movimento para um Futebol Melhor”, programa de incentivo a sócios-torcedores mantido por 12 empresas, chegaram a propor ao São Paulo a utilização da imagem de Rogério Ceni para atrair mais adeptos tricolores. A campanha tinha até nome: “MiTorcedor”.

“O Rogério é uma figura notável; É a grande figura do São Paulo. É sem dúvida o maior ídolo da história do São Paulo e exatamente por essa razão a gente está alavancando o programa de sócio-torcedor em cima da permanência do Ceni”, afirmou Aidar.

Em tempo: até o início da tarde desta quarta-feira, Rogério Ceni ainda não tinha respondido se aceita estender o contrato.


Torcedor da foto com Osório quer encontrar técnico do São Paulo
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Luciano Borges

A foto original com Juan Carlos Osorio e Cristiano Gaetani Foto: arquivo pessoal

A foto original com Juan Carlos Osorio e Cristiano Gaetani Foto: arquivo pessoal

O securitário Cristiano Gaetani, 40 anos, viu a foto tirada por um de seus parentes em 1987, em Santos, ser exibida na entrevista coletiva de apresentação do técnico Juan Carlos Osorio no São Paulo. “Não lembro quem tirou, se foi minha irmã ou meu primeiro. Faz tempo”, disse o paulistano morador da zona norte de São Paulo que não vê o visitante há 27 anos, desde que ele voltou de um passeio aos Estados Unidos.

A história começou um ano antes, quando o adolescente Cristiano conheceu Juan Carlos.

“Um primo que morava em Connecticut veio de férias ao Brasil e trouxe com ele um amigo da Universidade, o Juan Carlos. Na época, eles cursavam a Universidade de Yale em Connecticut. Em São Paulo, levamos os caras pra passear, shopping, baladas, Mercado Municipal. Não lembro exatamente, mas eles ficaram entre uma e duas semanas no Brasil. Ficamos bons amigos.”

Numa viagem para o litoral, o então estudante de 24 anos comprou duas camisas do São Paulo, as mesmas que aparecem nas fotos.

“Passamos um fim de semana em Santos no apartamento dos meus pais na praia do José Menino. Inclusive jogamos futebol na praia. O Juan tinha uns 24 anos e era muito bom de bola. A foto que mostraram foi tirada em Santos. Ele comprou camisas de alguns clubes e por eu ser São Paulo, fez uma “graça” e usamos a camisa”.

No ano seguinte, Cristiano viajou aos Estados Unidos. “Fiquei 15 dias na casa do meu primo Jerry, em Connecticut, onde encontramos o Juan alguma vezes. Eu estava com minha família, mãe e irmãos e o Juan com a família do meu primo Jerry retribuiu o carinho que tivemos com eles em Sampa. Esse foi o último contato”, contou.

Cristiano ao lado da esposa Flávia e da filha Gabriela Foto: arquivo pessoal

Cristiano ao lado da esposa Flávia e da filha Gabriela Foto: arquivo pessoal

Hoje casado com Flávia e pai da menina Gabriela, Cristiano tem vontade de encontrar o novo treinador do São Paulo. Esta reunião pode acontecer ainda nesta semana.

Mas nesta terça-feira, quando voltava do trabalho para casa, ele recebeu uma mensagem de amigos via mídias sociais com uma foto de Juan Carlos Osorio em um carro, vestindo uma camiseta do Corinthians. O texto diz que ela foi toirada em 2013 e publicada no jornal El Pais da Colômbia.

“Será que não é montagem?”, perguntou Gaetani depois de enviar a imagem por e-mail ao Blog do Boleiro.

osorio corinthians