Blog do Boleiro

Arquivo : julho 2015

Empresário de Valdívia “Poko Lindo”: a hora é de “prospectar” com europeus
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Luciano Borges

valdivia-piada

Jair Peixoto, empresário do meia Valdívia, do Internacional, disse nesta terça-feira que ainda está fazendo “sondagens e contatos” com clubes europeus para ver se consegue negociar o jogador que ajudou a trazer para Porto Alegre. “Ainda estamos na fase de prospecção, mas a janela de meio de ano só termina no final de agosto. Então pode ser que apareça algum negócio”, disse Jair que ajudou a trazer o atleta para o clube gaúcho quando ele ainda atuava pelo Rondonópolis.

No início deste mês surgiu a informação de que o Internacional tinha recebido consultas de times da Itália e Espanha interessados em Valdívia. Os dirigentes colorados não confirmaram a notícia. Ela surgiu por conta de uma viagem feita pelo presidente Vitorio Piffero à Itália. “Se o Internacional recebeu alguma proposta ou mesmo consulta, isso não foi passado para mim. O que sei é que o Valdívia já vem tendo atuações que chamam a atenção”, disse Peixoto.

Aos 20 anos, Valdívia vem se firmando no time titular. É uma das armas do técnico Diego Aguirre para o primeiro jogo semifinal da Copa Libertadores da América contra o Tigres, do México, na próxima quarta-feira às 22h00.

Ele foi descoberto depois de participar da Copa São Paulo de Juniores de 2012, marcando oito gols pelo Rondonópolis ainda na primeira fase do torneio. Veio para o Internacional e se tornou ídolo não apenas pelo que faz em campo, mas também pelos seguidores e seguidores que angaria nas mídias sociais. Se auto intitula “Poko Lindo” e sempre dá entrevistas pouco modestas. “Eu tenho muita qualidade e hoje faço uma coisa que não fazia antes: estou voltando para ajudar na marcação, participando mais do jogo. E tenho feito gols porque estou podendo entrar mais na área adversária”, já disse ao Blog do Boleiro.

 

 


Kleina escala o Avaí com “influência de fora”? O caso pode parar na Justiça
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Luciano Borges

O técnico Gilson Kleina, do Avaí vai conversar com um advogado nesta terça-feira para saber se pode cobrar judicialmente o comentarista  Roberto Alves. Motivo: depois da derrota do time catarinense para o palmeiras, o jornalista cobrou – na coluna que escreve no jornal Diário Catarinense – as mudanças do treinador na formação titular, questionando se não havia influência “de fora” na escalação da equipe. “Não gostei desta insinuação que que eu estaria escalando jogador por influência de empresário. Nunca fiz isso e vou fazer. Quero cobrar judicialmente, mas vou estudar antes”, disse ao Blog do Boleiro.

No dia seguinte da publicação, já na sexta-feira, Alves publicou uma nota onde contou ter sido procurado pelo presidente avaiano, Nilton Macedo Machado, que garantiu a autonomia de Kleina para montar a equipe que andava perto da zona de rebaixamento. Mesmo assim, o técnico não gostou da insinuação.

Para Kleina,as mudanças constantes acontecem porque ele tem em mãos um elenco enxuto com problemas de reposição. No último domingo, diante da Chapecoense, ele não contou com o lateral-direito Nino Paraíba e o atacante André Lima, ambos suspensos. Além deles, o meia Marquinhos está lesionado.

Depois da vitória por 2 a 1, o Avaí subiu para o 13º lugar, mas o treinador não poderá contar com os atacantes Roberto (3º cartão amarelo) e Anderson Lopes (problema muscular). Eles estão fora do confronto contra o Cruzeiro, no próximo domingo às 18h30 em Belo Horizonte.

“O que acontece é que este elenco enxuto tem reposição, mas tecnicamente ela não é a mesma da formação titular. É preciso às vezes alterar o esquema tático”, explicou.

A diretoria avaiana está negociando a vinda do armador Nestor Camacho, 27 anos, que jogava no Libertad, do Paraguai.


O plano do Palmeiras: fugir da pressão do Sport com marcação na frente
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Luciano Borges

O técnico Marcelo Oliveira vai orientar o time do Palmeiras para evitar a pressão do Sport de Recife no jogo deste domingo, às 18h30, na Arena Pernambucano. A solução? Marcar mais adiantado e jogar compactado para quebrar a velocidade do adversário. O jogo reúne duas equipes que tentam se fixar (Sport) ou entrar de vez no G4 (Palmeiras). “É uma partida fundamental”, disse o treinador palmeirense.

Em uma entrevista feita via ‘whatsapp’, Marcelo voltou a observar que o Palmeiras ainda precisa melhorar a parte defensiva. Ele acha que sua equipe deixa o inimigo tocar a bola dentro do campo defensivo alviverde. E não quer isso, mesmo levando em conta que a equipe não sofreu gols desde o clássico contra o São Paulo.

Blog do Boleiro – O time ainda precisa apertar a marcação?
Marcelo Oliveira – Nosso time está com boa intensidade nas ações ofensivas.Por isso fez 11 gols em quatro jogos. Mas precisamos ajustar melhor coletivamente a parte defensiva! Não deixar o adversário tocar muito a bola no nosso campo.

Você acha que este grupo é inteligente e coopera?
É um elenco muito comprometido com o trabalho, obediente taticamente e com bom sentido de cooperação.

Você poderia citar um atleta que já entendeu o que você quer taticamente do time?
Penso que todos já entenderam o que quero. A adaptação em plena competição é que se dá gradativamente.

O Sport tem na marcação forte uma de sua grandes qualidades. Que cuidado tomar num jogo deste?
Cuidar da pressão inicial, quando eles serão empurrados pela torcida. Se possível marcando mais adiantado. E quebrar a velocidade do adversário jogando compactado.

É partida de ‘seis pontos’?
É uma partida fundamental por vários aspectos. O Sport é concorrente direto neste momento , queremos estabelecer cinco vitórias consecutivas e tentar entrar no G4 de vez.


Vice da CBF diz que Marco Polo tem que ir à reunião da Fifa na Suíça
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Luciano Borges

“O presidente tem que ir lá”. A frase é de Delfim Pádua Peixoto, 74, presidente da Federação Catarinense de Futebol. Na condição de vice da CBF, ele acha que Marco Polo Del Nero, mandatário da Confederação, tem que participar da reunião extraordinária da Fifa, marcada para o próximo dia 20, em Zurique (Suíça). “Eu acredito que ele vá. Aliás, ele tem que ir. O presidente da CBF é quem representa a entidade na Fifa”, afirmou ao Blog do Boleiro.

Del Nero ainda não confirmou se vai ou não à reunião. Na última segunda-feira, o dirigente foi cobrado ao vivo pelo narrador e apresentador Galvão Bueno, no programa “Bem Amigos”, do canal Sport TV.

“Se nós não tivermos representatividade na reunião da Fifa no dia 20, se não for ninguém com medo de ir na Suíça, então é hora de zerar a pedra e começar de novo. Não podemos não ter o presidente da CBF na Copa América e não podemos não ter o presidente da CBF na reunião da Fifa que funciona para decidir o destino do futebol mundial. O Brasil é peça importante. Então vai caber a ele ter que entender que não pode mais exercer o cargo”, disse Galvão.

No recado, a desconfiança de que o presidente da CBF pode evitar deixar o Brasil para evitar o risco de ser detido por alguma ordem de prisão como aconteceu com José Maria Marin, antecessor de Marco Polo, que permanece preso em uma cela em Zurique.

Marin fez parte de um grupo de sete dirigentes da Fifa que foram presos quando estavam em um hotel de luxo, antes da assembleia que votou pela reeleição de Joseph Blatter. Eles caíram na investigação feito pelo FBI que tenta desmontar um esquema de corrupção na venda de direitos de TV para jogos da Concacaf e Conmebol.

No dia seguinte, o presidente da CBF, que estava no mesmo hotel, chegou ao Brasil. Daqui não saiu mais, nem para acompanhar a seleção brasileira de perto na Copa América, disputada no Chile. Iniciou uma série de reuniões e ações para passar uma agenda positiva dele no comando do futebol.

Mas sempre no Brasil.

A CBF também não designou alguém para ir à  Suíça. Delfim não foi convidado. Nem acha que seria.

Desde 11 de junho, quando frustrou o movimento de Del Nero para mudar regra de sucessão da CBF, Delfim Pádua Peixoto Filho não apareceu mais na sede da Confederação no Rio de Janeiro.

“Sei que lá está sendo muito visitada, mas desde que não conseguiram dar aquele golpe para cima de mim, não fui mais chamado. Então fico aqui cuidado do que é meu”, disse o presidente da Federação Catarinense de Futebol há 30 anos.

Delfim, por ser o vice mais velho, é o primeiro vice na linha de sucessão da CBF. Se por algum motivo – e a Justiça Americana pode aparecer com um pedido de prisão, se conseguir provas para incriminar Del Nero nos esquemas de propinas e corrupção da Conmebol, Concacaf  e CBF – o atual presidente for afastado do cargo, é ele quem vai comandar o futebol brasileiro.

Marco Polo tentou acabar com a regra do estatuto que dá ao vice mais velho a vaga de sucessor. Na reunião de junho, Delfim articulou com 17 federações e acabou com a proposta antes mesmo dela entrar em votação.

O presidente da FCF  tem evitado falar sobre uma possível saída de Del Nero por conta das investigações da Justiça dos EUA. Já fez isso uma vez, dizendo estar preparado para ser o sucessor.

Por enquanto, ele diz apenas que Marco Polo Del Nero precisa ir à Suíça. “Antes, o José Maria Marin e o Marco Polo Del Nero iam sempre juntos nestes encontros da Fifa. Acredito que o presidente vá”, falou.

 

 

 

 

 


Investidor obriga Valdívia a cumprir contrato e quer reparação do Palmeiras
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Luciano Borges

O empresário Osório Henrique Furlan Junior está consultando advogados para saber se pode exigir uma reparação financeira do Palmeiras, depois de investir cerca de R$ 5,5 milhões na compra de Valdívia e ver o jogador se desligar do clube sem render um tostão em troca porque o contrato vence em 17 de agosto. “Estou buscando uma opinião abalizada de um jurista para quando conversar com o Paulo Nobre poder perguntar: ‘Como fica minha situação’. E depois vou poder saber o que fazer”, disse ao Blog do Boleiro.

Furlan disse que deve se encontrar com o presidente do Palmeiras no início da próxima semana. Foi ele, na condição de dono de 36% dos direitos econômicos de Valdívia – até o final do contrato assinado em 2010 – quem impediu que o clube liberasse o atleta antes de 17 de agosto. E se mostra disposto a não mudar de posição. “Se ele ainda valesse alguma coisa, mas esse cara não vale nada”, afirmou.

Blog do Boleiro – Você não quer liberar o Valdívia?
Osório Henrique Furlan Jr – Eu não libero de jeito nenhum. Acho que ele até deveria jogar enquanto não acaba o contrato. Ele teria que mostrar vontade em campo.

Está parecendo castigo.
E é castigo mesmo. E o Paulo Nobre não vai poder liberar porque eu não quero. Ele vai cumprir o contrato até o final. Quero ver o que acontece se ele faltar.

Você já tinha dito aqui que dava seu investimento como perdido. Vai tentar algum tipo de compensação do Palmeiras?
Estou vendo com meus advogados. Vamos ver o que pode acontecer. Quero ter a opinião abalizada de um jurista. Era para ter uma reunião com o Paulo Nobre na última quarta-feira, mas não deu. Ele deve me chamar na segunda-feira. Estou buscando uma opinião abalizada de um jurista para quando conversar com o Paulo Nobre poder perguntar: ‘Como fica minha situação’. E depois vou poder saber o que fazer.

O Palmeiras não ganha nada com este final de relacionamento com o Valdívia.
E ainda tem que pagar pela compra dele.

E você não fala com o jogador?
Não falo. Ele tem que cumprir o contrato dele até o final. Tem que fazer como foi feito com o Wesley, que ficou no clube até o final e depois foi para o São Paulo. Se o Valdívia ainda valesse alguma coisa, mas esse cara não vale nada. Comigo não tem acerto.


Sem meta de pontos, técnico do Palmeiras usa boa fase para acertar marcação
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Luciano Borges

Ganhar faz bem. Na conta do técnico Marcelo Oliveira, vencer quatro jogos consecutivos tem duas consequências imediatas: além de subir na classificação a ponto de chegar perto dos líderes do Campeonato Brasileiro, o time ganha confiança e segurança para corrigir erros e jogar melhor contra adversários mais fortes. Sem esquecer do Asa de Arapiraca, oponente da próxima quarta-feira na Copa do Brasil.

A comissão técnica nega ter estabelecido metas de pontuação nos confrontos contra São Paulo (4 a 0), Chapecoense (2 a 0), Ponte Preta (2 a 0) e Avaí (3 a 0). Mas os resultados foram acima do esperado.

O treinador Marcelo achava que 10 pontos nestes confrontos seria uma boa meta. O time do Palmeiras conseguiu 12. Não sofreu um gol sequer. E aproveitou o fato de jogar três vezes em casa e sair somente para encarar a Ponte, mas em campo neutro, Cuiabá.

A confiança adquirida com as vitórias será testada a partir deste domingo, quando a equipe alviverde vai encarar o Sport de Recife, em Pernambuco. O adversário é o 3º colocado com 23 pontos, dois a mais do que o Palmeiras e com apenas uma derrota em 12 jogos disputados.

Depois, o time de Marcelo Oliveira terá Santos (no Allianz Parque), Vasco (São Januário) e Atlético Paranaense (em casa). Serão dois times que estão na zona de rebaixamento.

Por isso, o próximo grupo de jogos não tem meta estabelecida de pontos. “Aqui não tem isso. É jogo a jogo. A guerra agora é  contra o Sport”, disse um integrante do departamento de futebol.

Marcelo tem se preocupado em acertar a coordenação no sistema de marcação. Ele acha que o time afrouxa. “Ainda damos muitas oportunidades para os adversários”, afirmou depois da vitória desta quarta-feira sobre o Avaí.

Mais do que metas parciais de pontuação, o Palmeiras está atrás da eficiência em roubar a bola e fazer transição rápida para o ataque. Ganhando fica mais fácil para o técnico chamar a atenção dos atletas.

Até porque, entre o  Sport e o Santos, o Palmeiras terá que encarar o Asa de Arapiraca e tentar passar de fase na Copa do Brasil, ainda o caminho mais curto para uma vaga na Copa Libertadores da América. O jogo de ida terminou empatado sem gols. Agora, empate com gols e vitória classificam o time paulista.

 

 


Dorival Jr nega contato com Santos e mostra mágoa com dirigentes do futebol
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Luciano Borges

Dorival Junior atendeu o telefone em Jurerê Internacional, praia de Florianópolis onde mora com a família. No início da conversa convidou o Blog do Boleiro para um café nesta quinta-feira, na capital catarinense. Ao ser perguntado se não estaria em São Paulo para acertar contrato com o Santos, ele respondeu que “não há nada”. E emendou: “Se tivesse, eu iria convidar para um café aqui em Floripa?”.

O treinador, que dirigiu o Palmeiras no final do ano passado, dá sinal de ainda estar magoado com a maneira como foi tratado pelos dirigentes palestrinos. Ele foi contratado com a missão de evitar o rebaixamento e com a garantia de que continuaria no cargo em 2015. Cumpriu a parte dele a duras penas, escapando da Série B na última rodada. Depois, foi demitido. De casa, ele viu o presidente Paulo Nobre abrir os cofres e contratar 24 jogadores.

Talvez por isso, nem quis comentar sobre a possibilidade de retornar ao Santos, clube onde foi campeão da Copa do Brasil e do Paulista de 2010. Aos 53 anos, ele acha que o futebol, como o Brasil, anda escasso de gente com caráter. E garantiu: “Não há nada com o Santos”.

Blog do Boleiro – Como estão as conversas com o Santos?
Dorival Junior – Eu te garanto que não há nada com o Santos. Neste momento, não tem nada real. Só especulação. Até estranhei hoje quando meu filho me falou que estava tudo acertado comigo. Só se for com outra pessoa. Até agora, duas horas da tarde, não tem nada.

O que você acha de voltar para o Santos?
Não dá para projetar nada no futebol. Hoje, o futebol é imprevisível. Você pensa: ‘Agora encontrei o caminho’. Aí o time sofre dois revezes e você já está balançando. Você se cerca de garantias, mas a verdade é que não há garantia nenhuma. O Santos é um grande clube. Não há dúvida. Mas eu te garanto: não há nada.

Este pensamento é reflexo do que você passou no Palmeiras? Afinal, você foi para lá com a missão de tirar o time do rebaixamento. Conseguiu. E na hora de montar novo time, com dinheiro, a direção trocou de treinador.
Eu fui para o Palmeiras por causa da garantia de que ficava até completar o ano de contrato. Daria para montar a equipe em 2015, treinar o time, coisa que não consegui fazer no tempo em que fiquei no ano passado, pela situação do time e pela tabela de jogos. Não deu para treinar. Mas hoje, no Brasil, está muito difícil. Não é só a bola. Falta caráter para todo mundo.

Você está desanimado?
De maneira alguma. Estamos na batalha, acreditando em fazer bom trabalho.

 

 


Modesto Roma Jr. quer a demissão do chefe do apito: “Quero o escalpo dele”
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Luciano Borges

O presidente do Santos, Modesto Roma Junior, pediu ao presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, a demissão do presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Sérgio Corrêa. “Eu pedi o escalpo dele”, disse o dirigente que não engoliu a expulsão do meia Geuvânio, ainda no primeiro tempo da partida contra o Grêmio. “Ele tem que sair”, repetiu Modesto.

Geuvânio já tinha recebido cartão amarelo por uma falta dura num adversário. Ele sentiu dores no quadril e saiu para ser atendido. Antes de retornar ao campo, o juiz Felipe Gomes da Silva (do Paraná) levantou o braço. O jogador então entrou em campo e desarmou um gremista. O árbitro parou a jogada, disse que não tinha autorizado a entrada do atleta e mostrou o segundo cartão amarelo.

Sérgio Corrêa acredita na versão de Felipe Gomes que garante não ter autorizado a entrada de Geuvânio. “Ele garante que o gesto não foi o de autorizar. Depois, o próprio atleta disse que entrou porque o quarto árbitro liberou, o que  também foi negado. Mas ele não viu o gesto do Felipe”, disse ao Blog do Boleiro.

Mesmo assim, o presidente da Conaf admitiu: “Até agora não entendemos o que ele fez com aquele braço levantado”.

Correa não quis comentar as declarações do presidente santista. “Não vou falar em respeito à idade dele”, afirmou referindo-se a Modesto Roma Jr., de 62 anos.  

O presidente da comissão comemora as mudanças de comportamento dos árbitros que estão advertindo os jogadores por reclamação. Nas onze rodadas já disputadas do Campeonato Brasileiro foram distribuídos 609 cartões amarelo. Destes, 131 foram por reclamação dos atletas. É o triplo da média das edições dos últimos três anos.

“Essa cultura da reclamação, da falta de respeito para com o árbitro está se quebrando. Aos poucos, vamos nos adequando a um novo comportamento e aí estes cartões vão diminuir”, disse. Sérgio lembra que o tempo de bola rolando aumentou nesta temporada e o número de faltas por partida está igual ao do Campeonato Espanhol. “Estamos nos equiparando aos grandes centros do futebol”, falou animado.

Modesto Roma Jr. não perdoa Correa. “Se ele acha que está bom é mais um motivo para ele ser demitido”, afirmou.

O dirigente santista está às voltas com a contratação de um novo técnico. “Está difícil. Estamos falando com alguns nomes e devemos acertar nesta semana”, disse. O Santos é o primeiro time da zona de rebaixamento com 10 pontos ganhos. “Temos que sair dali rapidamente”, falou o dirigente.

Mesmo assim, Modesto acha que a campanha modesta do Santos também se deve a uma sequência de jogos muito dura. “Nós enfrentamos o Atlético Mineiro e empatamos na casa deles. Já pegamos o Fluminense e o Sport. E perdemos agora para o Grêmio. Ou seja, encaramos os quatro times melhores colocados do Brasileiro”, lembrou.

 

 


Assis: R10 tem proposta de clube da Argentina e decide futuro nesta semana
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Luciano Borges

Um clube da Argentina está interessado em contratar Ronaldinho Gaúcho. Esta é uma das revelações que o irmão e empresário do jogador fez em entrevista ao Blog do Boleiro. Assis Moreira, ex-meia canhoto e talentoso, disse ainda que R10 deve definir onde vai jogar ainda nesta semana.

Os irmãos estão no Brasil. Na última sexta-feira participaram de uma audiência na Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro. Ronaldinho move ação contra o Flamengo pedindo direito de imagem e verbas rescisórias do período entre 2011 e 2012. O caso segue em sigilo de justiça, mas sabe-se que as testemunhas do clube carioca – Vanderlei Luxemburgo e Zinho – não apareceram o que motivou o adiamento para setembro.

Antes disso, Ronaldinho deve estar treinando e jogando num novo clube. O Vasco da Gama, cujo presidente Eurico Miranda anunciou que estava 90% acertado com o jogador, saiu da jogada. Assis não confirma este negociação tão avançada.

No entanto, ele diz que o irmão tem proposta do Antalyaspor da Turquia, mas acrescentou equipes do Catar, Arábia Saudita, China, Brasil e até Argentina.

Aos 44 anos, ele se tornou um negociador que arranca críticas de quem acha que já acertou com ele e viu Ronaldinho ir para outra equipe.

Blog do Boleiro – Sua fama de negociador está ficando lendária. É difícil ser empresário do Ronaldinho Gaúcho?
Assis – Cara, vou te dizer. Eu tenho um atleta que é referência mundial. Isso facilita bastante, mas traz muita responsabilidade também.

Você se preparou para este trabalho?
Tenho 44 anos de idade. Desde os 11 estou dentro do mundo do futebol. Desde os 16 como atleta profissional. Isso me deu experiência para avaliar as circunstâncias diferentes de bastidores e o que acontece nesse ambiente. Eu cuido do Ronaldo desde pequeno. Eu era jogador e já olhava a carreira dele. Foi assim até sair de campo quando passei a cuidar dele em tempo integral. A decisão de parar de jogar foi a mais difícil.

Você tinha 32 anos.
Isso. Eu jogava no Montpellier, da França. Um clube maravilhoso numa cidade bacana. Fiz muito amigos lá e sei que gostam muito de mim. Acontece que naquela época coincidiu com o primeiro ano do Ronaldo no Paris Saint Germain e passei a cuidar da carreira dele mais de perto.

Neste tempo todo, doze anos, você cuidou da carreira de outros atletas?
Por conta do Ronaldo, nunca pude ter muitos outros atletas. A demanda dele é muito grande. Tenho que estar sempre consciente do que acontece com ela. Não daria para dar a mesma atenção a outros jogadores. Mas tem sido legal.

Na semana passada vocês foram ao Rio de Janeiro para uma adurência trabalhista na ação contra o Flamengo. Como foi?
A audiência foi legal. Nós estivemos lá, presentes, firmes e fortes. Foi bom (a audiência foi adiada porque as duas testemunhas do Flamengo, Vanderlei Luxemburgo e Zinho, não compareceram).

O Flamengo foi uma aventura que não deu certo?
Eu era contra a ida do Ronaldo para o Flamengo. Sempre fui. Na época (janeiro de 2011), o Adriano Galliani (vice de futebol do Milan, na época) tinha nos garantido que iria liberar o Ronaldo parar jogar em outro clube. No dia daquela conferência de imprensa no Copacabana Palace, ele mudou o discurso. A gente vinha conversando com o Grêmio, Palmeiras e Flamengo. O Galliani soube que havia também o interesse da Internazionale de Milão. Por isso, deu uma declaração dizendo que o clube dele para o Ronaldo no Brasil era o Flamengo, rubro negro como o Milan. E disse isso faltando uns cinco minutos para a gente entrar na coletiva. O Flamengo também foi muito hábil e a porta do hotel estava lotada de torcedores, uns 1.500 com bandeiras gritando o nome do Ronaldo.

Mas você já tinha acertado com o Grêmio?
A gente tinha conversado. Mas não assinamos nada. Não estava nada acertado.Foi uma confusão danada. Agora, aquela coisa das caixas de som (o Grêmio preparou uma recepção no Estádio Olímpico) foi ridícula. Acabamos acertando com o Flamengo. Lembre-se que eu converso com todos interessados, mas quem decide é quem joga.

E a história do projeto com o Vasco. Ele existiu?
Você conhece os meandros do futebol. O Eurico Miranda, de quem gosto bastante, lançou um caso e tirou o foco do problema dele, que era o desempenho do Vasco no Brasileiro. Isso ajudou até estruturar o time outra vez, trocar de técnico e ver a equipe ganhar de novo. Ele fez o que fez porque achou certo para o time dele. Isso faz parte do futebol. Nem tudo que ele fez eu concordo.

Ou seja, ele lançou a história de trazer o Ronaldinho para criar um fato que tirasse o foco da crise do Vasco?
É. Ele é apaixonado pelo clube dele. Eu entendo. Temos uma relação cordial, de amigo.

E o recado do Ronaldinho via Twitter dizendo para o empresário Umit Akbulut que estaria em breve na Turquia?
O Umit é um amigo que recebe as estrelas do mundo na Turquia. Foi uma maldade que fizeram. Pegaram o cumprimento do Ronaldo para vender jornal, fabricaram uma notícia. Não sei porque tem tanta maldade. Ele sempre nos recebeu muito bem na Turquia e nada a ver com contratação. Fiquei triste pelo que aconteceu.

Mas ele recebeu ou não recebeu uma proposta do Antalyaspor?
Tive um compromisso no Japão e, coincidentemente, tinha uma escala em Istambul. Lá encontrei o presidente do Anatalyaspor. Ele me passou as ambições, o projeto deles e coimo o Ronaldo se encaixaria. O Ronaldinho vai descansar o tempo necessário e vai analisar esta proposta.

É a única proposta que ele recebeu?
Não. O Ronaldo tem mercado em muitos lugares: Catar, Arábia Saudita, China, Brasil e Argentina.

Argentina? Qual time?
Não posso dizer, mas é um projeto sério. Porque hoje é preciso saber qual o objetivo do clube interessado em ter o Ronaldo.  E nós precisamos saber porque vamos para lá ou para cá. Não é só grana. Porque o Ronaldo traz resultados.

Traz?
Veja o Querétaro. Pela primeira vez na história, o o time chegou à final do Campeonato Mexicano e não foi campeão por pouco. O Flamengo passou um tempo grande invicto. Foi campeão carioca invicto. No Atlético Mineiro, Ronaldinho foi campeão da Libertadores. Ele tem o poder de agregar o time, fazer um vestiário leve. Ele é um cara que consegue isso. Esse é o poder do Ronaldo. O Querétaro tem um grande elenco? Não tem, mas entrou para a história.

Quando o Ronaldinho vai decidir onde jogar?
Vamos conversar nesta semana. Deve ser por aí. 

O Palmeiras, maior comprador nesta temporada de 2015, não procurou você?
Não. Mas no ano passado – pouca gente sabe – conversamos. Tenho ótimo relacionamento com o presidente Paulo Nobre. O Palmeiras quis fazer negócio, mas não nos convinha. Agora tenho o maior respeito pelo Nobre. Eu digo que, no futebol, negócio que se fala antes, nunca sai. E o Palmeiras foi muito discreto. Agradeço a postura deles.

No final da história, você não se incomoda com a fama de homem mau? O cara que negocia, fala com clubes diferentes, deixa alguns esperançosos e acaba acertando com outro clube.
Se quiser conversar comigo, show de bola. Eu converso, escuto o projeto e as intenções do clube. Mas não se pode esquecer que tenho que discutis com quem vai a campo e jogar. Eu dou minha opinião, mas é o Ronaldo quem decide dentro de “n” propostas. Nunca assinei nada por ele. Ele precisa se sentir bem à vontade.

 

 

 


Os ‘causos’ de Bruno Peres no Torino: chinelos errados, sal no bolo e fama
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Luciano Borges

Fotos: Blog do Boleiro

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Bruno Peres, 25 anos, é titular do Torino, time que terminou a última temporada do Campeonato Italiano em nono lugar. Está no clube desde o ano passado, quando foi contratado por seis milhões de reais. Anda em alta. Passa as férias no Brasil. Ele nasceu em São Paulo e tem casa em Santos. Afinal, jogou no Peixe de 2012 até seguir para a Itália.

Casado com  Camila e pai de Enzo, que nasceu há cerca de duas semanas, Bruno é um jogador brasileiro que precisou de pouco tempo para se adaptar em outro país. Teve que mudar o jeito de se vestir, aprender o idioma para não trocar ingredientes na cozinha, mudar um hábito de comer que vem desde criança. Na maior parte dos casos, ele teve que ceder.

Em outros momentos, o fato dele ser titular ajudou a impor a vontade. Acostumado com o clima descontraído no vestiário do Santos, sempre com música e risos antes da roda de oração e a entrada em campo, Bruno levou bronca quando usou fone de ouvidos e dançou no vestiário. Também foi admoestado porque batucava numa mesa do ônibus onde sempre viaja ao lado do atacante Amauri (brasileiro naturalizado italiano), o avante venezuelano Martinez e o meia marroquino El Kaddouri.

“Mas isso eu não mudei. Mostro que eu não preciso ficar sério, de cara fechada e em silêncio para ir focando no jogo. Eles acham que ouvir rap, pagode, é falta de respeito. Eu mostrei  que não é assim. Eu vou focando no jogo deste jeito, com alegria. Como eu ganhei moral no time, continuo fazendo a batucada, mesmo no jogo depois de uma derrota”, disse.

Bruno Peres se considera um embaixador do futebol brasileiro que, aliás, anda em baixa na opinião dos colegas de Torino. “Eles comentam que o Brasil não está bem. Não é mais o futebol que eles temiam. Ainda acham que o brasileiro é muito bom de bola, mas já não põe medo”, contou.

A seguir, “causos”, tropeços e fama de Bruno Peres na Itália.

CHINELO NO VENTILADOR

Logo nos primeiros dias no Torino, Bruno foi treinar vestido de acordo com o clima.

“Estava um calor de 35 graus. Como a gente faz no Santos, fui treinar vestindo uma camiseta regata, uma bermuda colorida e um par de chinelos de dedo. Eu percebi que os jogadores me olharam estranho, mas não achei que fosse por causa da roupa. Eu estava acostumado assim. Quando voltei do treino, a bermuda, a camiseta e os chinelos estavam pendurados nas pás de um ventilador que fica no teto. Ele ficava girando com a minha roupa. Aí os caras disseram: ‘Você não pode vir aqui assim. Aqui você aparece de tênis ou sapato. Camiseta regata nem pensar. Quando muito uma camiseta fechada. Regata é falta de respeito”.

A partir daí, Bruno passou a caprichar no visual. Neste mês de junho, quando voltou ao Brasil para passar as férias, ele mostrou o novo “look” para os colegas do Santos. “Eu vesti uma calça saco, bota com estilo, enfim, bem vestido. Os caras começaram a cornetar. Alugaram minha roupa. O Lucas Lima foi quem provocou mais. Mas o Alison deu moral”.

Sobre os chinelos de dedo: “Ah não pode aparecer com eles  lá no Torino. Eles avisaram que na próxima vez iriam cortar os chinelos com a tesoura”, disse.

 

SAL NO LUGAR DO FERMENTO

“Fui com minha mulher, Camila,  ao supermercado. A gente queria comprar fermento para fazer um bolo. Como a gente não sabia a palavra em italiano, coloquei no dicionário do celular. Lá, bolo se chama torta. Aí mostrei a palavra para fermento e uma moça do mercado indicou que ele estava numa fila de prateleiras. A gente foi lá e achou. Era um pacote pequeno, parecia mesmo com fermento. Levamos para casa e ainda minha mulher comentou: ‘Fácil né?”. Depois fizemos o bolo e ela colocou o fermento. Nada do bolo crescer. Ainda perguntei se ela tinha certeza que tinha colocado o fermento e ela garantiu que foram duas colheres. O bolo ficou achatado. Eu tive que experimentar porque minha mulher estava grávida do Enzo. O bolo estava salgado pra caramba! A gente tinha comprado sal“.

 

TRÊS PRATOS NUM SÓ

Bruno Peres levou um tempo para se acostumar com o costume dos italianos em fazer refeições com etapas separadas. “Lá, o primeiro prato é o da salada. O segundo vem com a massa e o terceiro tem a carne. E eles comem assim, na sequência, sem misturar. No primeiro dia no CT do Torino, eu cheguei na mesa de comida e fui enchendo o prato: salada, massa, carne, tudo junto. Os caras arregalavam os olhos. Aí o Amauri deu o toque: ‘Não pode comer tudo junto assim. Aqui é falta de respeito’. Eu disfarcei, peguei dois pratos vazios e passei o macarrão para um e a carne para outro”.

Mas este cuidado durou só até o lateral brasileiro ganhar moral no time. “Hoje não quero nem saber. Encho o prato mesmo”.

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O GOSTO PELO MOLHO NA MASSA

“Uma coisa que aconteceu no começo foi minha dificuldade em comer macarrão com molho. Eu não comia nada com molho. Isso vem desde criança. Eu era muito mimado. Lembro que depois do primeiro treino no Torino, tinha espaguete com molho vermelho. Eu nem ia comer, mas pensei que se não colocasse energia, ia acabar desmaiando de tarde. Então, cada vez que eu dava uma garfada e ia pôr na boca, eu tapava o nariz com uma mão, meio no migué. Imagina a cara dos outros jogadores me vendo fazendo isso. Mas era para não ter vontade de vomitar. Hoje como tudo com molho. Mudei. Mas sempre levo um pacotinho de bolacha comigo”.

PREGO É DE NADA

“Eu fui ao restaurante com o Bernardo (ex-jogador e empresário) e ele tinha me ensinado a agradecer sempre. Então, cada vez que o garçom trazia alguma coisa eu fala ‘Grazie’, que significa muito obrigado. O problema é que para cada ‘grazie’ que eu falava, os caras respondiam ‘prego’. Eu fui ficando invocado porque prego para mim é aquele cara meio bobão, que no surfe não consegue nem pegar onda. Aí ficou aquilo:’grazie’ e ‘prego’. Eu pensando: ‘O cara está me tirando. Já me chamou de prego três vezes’. Comentei com o Bernardoi que deu risada e explicou que ‘prego’ é ‘de nada’ em italiano. Eu já ia dar uma gravata no garçom”.

RESTAURANTE BRASILEIRO COM STRIPPERS

“Então, eu levei a Camila para jantar num restaurante brasileiro em Turim. A gente foi naquela expectativa de comer uma comezinha daqui do Brasil. Estava indo bem. De repente, começou um show de strippers. Você acredita? Eu levo a mulher para jantar e aparecem umas brasileiras tirando a roupa. Aí a Camila só disse: ‘Pede a conta’. Eu ainda quis maneirar: ‘Amor, eu nem estou olhando’. Aí ela falou: ‘Qual parte do vamos embora você não entendeu?’. Aí pedi a conta”.
TREINOS E TÁTICA: “É DIFERENTE”

Bruno Peres é titular do Torino. Tem o apoio do técnico Giampiero Ventura. Na temporada 2014-2015 disputou 34 partidas e marcou três gols.

“Lá, assim que começa a semana de um jogo, você já recebe um vídeo e uma análise de como joga o time adversário e, no meu caso, como atua o lateral ou o ala esquerdo. Como ele sai para o jogo, para que lado dribla, se chuta, todos estes detalhes. E todo dia tem conversa sobre estas coisas. Tem também opções do que posso fazer em campo para surpreender o adversário. A gente pode perder um jogo porque o time adversário é mais forte, mas não porque a gente não sabia como ele joga“.

No Brasil, Bruno lembra que este tipo de informação era passado pára os jogadores, mas mais perto dos jogos. “No Santos, o Muricy Ramalho fazia isso na sexta e no sábado”, falou.

A diferença é a intensidade de trabalho. “Tática é muito trabalhada. Existe uma preocupação muito grande de como fazer a diagonal na defesa, como voltar rápido e recompor as linhas de quatro. Eles nos fazem aprender a ler o jogo para saber fazer cobertura, entender as ações dos adversários”, explicou.
UM GOLAÇO E A FAMA

No dia 30 de novembro do ano passado, o Torino foi derrotado pela Juventus por 2 a 1, no clássico de Turim. Nesta partida, Bruno Peres marcou um golaço aos 23 minutos. Roubou a bola no campo de defesa, disparou até a área adversária e acertou um chute indefensável. Foi o suficiente para deixar o jogador brasileiro com novo status no clube e na cidade.

“Ficou difícil andar na cidade. No dia seguinte, eu e a Camila fomos passear num shopping center, como a gente faz no Brasil. Eu fiquei 20 minutos atendendo os torcedores, tirando fotos, dando autógrafos. E lá não é como aqui. O brasileiro ainda deixa você comer antes de abordar você. Lá, o cara não está nem aí. Tivemos que voltar para casa”.

 

Bruno não reclama da fama. Pelo contrário. Ele descobriu que ela tem suas vantagens.

“Este gol abriu meu horizonte, Faltavam quatro rodadas para o final do primeiro turno. Eu vinha bem, mas este gol deu uma pancada. Até descobri que presente em italiano é regalo (na verdade, tem o sentido de agrado). Vou jantar e, na hora de pedir a conta, o dono vem e diz que é ‘regalo’. A gente foi comprar roupa para bebê, pouco antes do Enzo nascer, e os vendedores nos deram três peças de ‘regalo’. Está ficando bom”.