Blog do Boleiro

Arquivo : maio 2016

Libertadores: Bauza segura empolgação e diz que meta do SPFC é a final
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Luciano Borges

O jogo contra o Atlético Mineiro e a festa no gramado do estádio Independência já tinham terminado. Classificado para a semifinal da Copa Libertadores da América, o time do São Paulo já estava no refeitório do hotel, comendo o lanche da madrugada de quinta-feira em Belo Horizonte. Numa mesa estava a comissão técnica e integrantes da diretoria do clube. Foi aberta uma garrafa de vinho. Todos estavam animados.

O presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, ficou em pé ao lado de Edgardo “Patón” Bauza e o cumprimentou pela vaga conquistada, mesmo com a derrota para o Galo por 2 a 1. Ele disse: “Caro Bauza, Já estamos entre os quatro melhores da América. Mas podemos chegar mais”.

O treinador argentino respondeu: “Podemos presidente. Podemos chegar entre os dois melhores da América”.

Todo mundo riu e percebeu que Patón é duro na queda. Ele é o técnico duas vezes campeão da Libertadores (LDU e San Lorenzo) e semifinalista em quatro ocasiões. Em todas, ele dirigiu times considerados bons, mas não poderosos.

Este, aliás, foi o motivo pelo qual Bauza foi contratado pelo presidente Leco. “Queríamos um treinador que tivesse o perfil dele, que sabe os caminhos da Libertadores e sabe levar adiante times que não são necessariamente muito fortes”, disse o dirigente em programa da Fox Sports.

E o dirigente anda feliz com o que fez. “Ele saiu melhor do que imaginávamos”, disse ao Blog do Boleiro nesta sexta-feira.

Bauza ficou emocionado com o que o time fez em Belo Horizonte. Ele é um cara que parece durão, mas deixou escapar, em alguns gestos, o que sentia. Primeiro, ao caminhar para o vestiário, ele se virou para a tribuna onde estavam os integrantes da comissão técnica e apontou na direção dos colegas como se estivesse agradecendo. “Aquilo foi um gesto que nos aproximou dele”, disse um dos profissionais.

Leco contou que Patón demonstrou a emoção já no vestiário: “O abraço que ele me deu foi muito simbólico. Assim como foi um gesto significativo ele ter voltado com a gente, quando fomos ao campo para cumprimentar os são paulinos que estavam no estádio. Estar ali do meu lado foi simbólico”. 

Mas Edgardo é um cara calejado na Libertadores. Sabe os riscos que correrá até chegar ao primeiro confronto contra o Atlético Nacional, da Colômbia, no dia 6 de julho, no estádio do Morumbi. Para começar, o próximo adversário tem sido apontado pelo técnico tricolor como o time mais forte desta edição do torneio sul-americano. “Está jogando em muito alto nível”, disse ao Blog do Boleiro há cerca de um mês.    

Os jogadores sabem disso. A comissão técnica está preparando o dossiê da equipe colombiana para que os atletas tenham informações. A diretoria está tentando manter o elenco. Nesta sexta-feira, durante a gravação do programa Bola da Vez da ESPN (que vai ao ar na próxima terça-feira), o presidente Leco garantiu que o zagueiro Maicon vai permanecer no São Paulo. “Quem está cuidando desta negociação é o Gustavo (Vieira, executivo de futebol) e eu”, disse o dirigente ao sair do estúdio.

Patón, em uma rádio argentina, fala em repatriar um jogador de peso que está fora do Brasil.

Até julho, o São Paulo vai viver expectativas fora de campo. Dentro dele, o time vai tentar manter o espírito de competição que mostrou nas última partidas da Libertadores.

                                                            


MP apura denúncia: Mancha estaria forçando rua a mudar cores das casas
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Luciano Borges

Quarteirão onde se encontra a sede da uniformizada do Palmeiras Imagem: Google Earth

Quarteirão onde se encontra a sede da uniformizada do Palmeiras Imagem: Google Earth

O Ministério Público de São Paulo está apurando uma denúncia anônima contra a Mancha Alviverde, recebida pela Ouvidoria. Nela, a uniformizada do Palmeiras estaria pressionando os moradores do quarteirão da Rua Caraíbas, onde fica a sede da entidade na zona oeste de São Paulo, a pintarem a fachada das casas de verde ou vermelho. São duas das três cores da bandeira da Itália. Os advogados da organizada foram avisados pelo MP da acusação.

O presidente da Mancha, Nando Nigro, confirmou que há o projeto de pintar as fachadas das casas do quarteirão que fica entre a rua Palestra Itália (na frente ao Allianz Parque) até a rua Venâncio Aires. Mas nega que os moradores tenham sido pressionados ou ameaçados a “colaborarem”.

“Nós ganhamos vários litros de tinta, através de nosso trabalho social. Aí pensamos em transformar o quarteirão em um reduto com as cores da Itália, as mesmas do Palmeiras: verde, branco e vermelho. Nós pedimos autorização para os moradores, explicando que eles não precisam pagar nada. Será nossa tinta com nossa mão de obra”, falou.

Segundo o líder da torcida, ela recebeu 40 galões de 18 litros de tinta cada. A ideia é pintar as fachadas, alternando as cores da bandeira da Itália, país de origem dos primeiros fundadores, dirigentes e torcedores do Palmeiras.

Os trabalhos deveriam ter começado nesta semana, mas as chuvas atrapalharam. “Vamos começar a pintar na semana que vem”, disse Nigro. A denúncia no MP fez com que os integrantes da Mancha voltem a falar com os vizinhos para pedir que assinem um documento onde dizem concordar com as novas cores nas casas.

Nigro argumenta que as novas cores darão um atrativo a mais na vizinhança do estádio, do mesmo jeito que ocorre no bairro La Boca, em Buenos Aires, onde as lojas e casa puxam a pintura para o azul e amarelo nas ruas perto do estádio La Bombonera, do Boca Juniors.

“Além disso, você pode ver como a frente das casas aqui estão pichadas, feias”, disse o presidente da organizada. “Essa mudança pode trazer um ar mais familiar”, falou.

Apesar das declaradas boas intenções, o Ministério Público está encaminhando a denúncia para que a polícia civil apure o caso.

 

 

 

 

 


Viola, 47, anuncia aposentadoria, mas com boa proposta topa até enterro
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Luciano Borges

Fotos: Arquivo Pessoal

Fotos: Arquivo Pessoal

No dia 1 de janeiro de 2016, Viola completou 47 anos de idade. Ele decidiu pendurar as chuteiras. Só nos últimos onze anos, ele jogou por – em média, dois clubes em cada temporada. O atacante formado na base do Corinthians vai se aposentar.  Isso se não aparecer nenhum bom negócio.

“Se aparecem com uma boa proposta até para um enterro, eu vou. Vou chorar, pular na cova, gritar ‘me levem,  me levem’, dou show”, disse ao Blog do Boleiro dando uma sonora gargalhada.

Não é preciso tanto. No ano passado, por exemplo, foi necessária apenas uma oferta do Taboão da Serra para Viola disputar a Segunda Divisão do Campeonato Paulista. Estreou contra o Ecus e fez um dos gols da vitória por 2 a 1. No total, foram nove partidas disputadas e nove tentos marcados. “Eu gosto assim, jogando no meio de garotos. Eu fico lá na frente e a molecada corre. Eu faço os meus gols”, afirmou.

O que pode tirar o tetracampeão mundial Viola de mais uma aposentadoria anunciada?

“Se vier uma grana boa por um pacote de dois, três meses, eu topo. Eu gosto de jogar e estou sempre bem preparado”, afirmou vendendo o peixe que ele garante não querer mais vender.

Todos os dias, o atacante treina fisicamente com um preparador pessoal. Ele se orgulha do preparo que tem. “Meu corpo é perfeito. Não fumo, não uso drogas e não bebo. Não engordei e treino pra caramba”,falou.

Para quem associa Viola aos jogadores boêmios que, mesmo depois de aposentados, continuam com os hábitos boêmios, Viola diz que há muito tempo deixou de ir para baladas.

“Não sou de sair para caçar. Não fico rebolando a bundinha em pagode ou show sertanejo, perdendo noites e sem comer ninguém. Não sou cara que fica bebendo até duas da madrugada e depois não aguenta correr 30, 20 minutos”, contou.

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Nem é homem de frequentar programas de televisão. Já recusou mais de um convite do apresentador Neto, ex-Corinthians como ele. Não gosta de dar entrevistas ao vivo. Aliás, nem gravadas.

Mais sério, Viola garante: “Eu não jogo mais”.

Ele diz que não precisa de nada. Mora em um condomínio nos arredores de São Paulo, pilota uma motocicleta alemã de grande potência, faz trabalho físico nas manhãs, ajuda a família (“estou levando um fogão para minha filha”, contou na última sexta-feira) e garante que está levando a vida que gosta.

“Precisar do quê? Eu sou rico de saúde. Não preciso de nada, só de paz, amor, alegrias, felicidade. Nada mais. O resto  a gente não fala. Quem tem, mostra. Quem não tem, corre atrás. O trabalho é o melhor caminho”.

Enfim, Viola continua disposto a viver uma vida com viagens pelo mundo. “Gosto de viver e curtir a vida”, disse. Precisar jogar, ele não precisa.

Mas como é o Viola, é melhor não bater o martelo.

Hoje ele está aposentado.

Mas amanhã, ele pode jogar só mais um pouquinho.

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São-paulino que gravou a própria queda: “Grade estava firme. Voltarei lá”
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Luciano Borges

A noite de Luis Fernando Aguiar foi curta. “Olha, foi difícil pra dormir. Cheguei em casa às duas da madrugada, mas só dormi às quatro. Vi a reprise do jogo. Fiquei pensando em tudo que aconteceu”, disse o analista de TI de 27 anos, no início da tarde desta quinta-feira (12), já no trabalho. Ele foi um dos 16 torcedores que caíram no fosso do estádio do Morumbi, depois que as grades protetoras do anel inferior cederam.

O acidente aconteceu logo depois do gol do São Paulo, marcado por Michel Bastos, aos 34 minutos do segundo tempo. O jogador correu na direção do camarote de um banco, lotado de são-paulinos que ganharam uma promoção nas mídias sociais. Luis Fernando e o amigo do trabalho, Lucas, estavam juntos, agarrados na grade.

Luis estava com o telefone celular. Ele gravou o lance do tento do São Paulo e veio acompanhando Michel. Até que ele desabou junto com Lucas. “Foi tudo muito rápido. Quando vi, nós dois estávamos lá embaixo. Não deu nem para perceber o que aconteceu”, contou o autor do vídeo que está sendo exibido por emissoras de tevê e sites da internet desde a madrugada desta quinta-feira.

Detalhe: Luis Fernando não sentiu em nenhum instante que a grade estava instável.

“Não achei que houvesse perigo. A grade estava firme, os cabos de aço que fixam estavam esticados. Não vi nada como ferrugem, por exemplo. Na hora do gol, eu estava abraçado na grade para gravar. Acontece que o Wesley e o Michel Bastos vieram na nossa direção e a turma de cima desceu toda ao mesmo tempo para ver os jogadores de perto. Acho que a grade não aguentou o peso”, contou.

Lucas (esq) e Luis Fernando antes do jogo e já no Morumbi Foto: arquivo pessoal

Lucas (esq) e Luis Fernando antes do jogo e já no Morumbi. Foto: arquivo pessoal

A primeira imagem que Luis guarda depois da queda é ver o atacante Calleri chegando perto dele. “Ele chegou perguntando ‘estás bien, estás bien’. Eu vi que não tinha nada quebrado. Vi depois o Wesley ajudando uma menina, o Hudson também. Foi bacana a atitude dos jogadores”, disse.

Luis Fernando diz que ainda está com o corpo dolorido. “Estou bem. Com algumas dores. mas nada grave. Machuquei o dedo, mas não é nada. Eu bati o braço e as pernas, que estão pouco doloridos”, afirmou.

A preocupação depois que foi andando até a enfermaria do estádio e saiu de lá com pequenas escoriações era a de avisar a esposa Ediely, grávida de quase nove meses e perto de dar à luz ao primeiro filho do casal. “Ainda bem que ela mudou de canal antes do gol e foi ver novela”, disse mais aliviado.

A possibilidade de ser pai em, no máximo, vinte dias, é o argumento usado pelo são-paulino para contar que não sentiu nada errado na grade. “Se tivesse um balanço, alguma coisa menos firme, eu sairia dali”, garante.

Neste ano, com a gravidez de Ediely, Luis andava afastado dos jogos do São Paulo. Mas a campanha na Libertadores o levou ao Morumbi para ver o confronto contra o Toluca e esta partida diante do Atlético Mineiro. “Contra o Toluca eu fiquei no mesmo camarote”, contou.

E se o São Paulo avançar na Copa Libertadores da América, Luis já avisa: vai de novo ao Morumbi. E se tiver promoção no local do acidente, vai de novo. “Com certeza. Vou voltar sim. Foi uma fatalidade. Não vou deixar de frequentar”.

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Jogadores ajudaram no ambulatório: o relato de mais vítimas da queda no Morumbi

São Paulo investiga se grade que caiu no Morumbi foi afetada por causa de shows

Luis Fernando (esq) e Lucas nesta quinta-feira na empresa onde trabalham Foto: arquivo pessoal

Luis Fernando (esq) e Lucas nesta quinta-feira na empresa onde trabalham. Foto: arquivo pessoal


Área do acidente no Morumbi pode ser interditada; SPFC acompanha feridos
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Luciano Borges

Reforçar ou trocar o material das grades de proteção e até mesmo interditar o setor do estádio do Morumbi onde 16 torcedores caíram no fosso quando comemoravam o gol de Michel Bastos, na vitória do São Paulo sobre o Atlético Mineiro (1 a 0) no final da noite desta quarta-feira. Sete deles foram hospitalizados, quatro permanecem em observação.

Segundo o coronel Marcos Marinho, responsável pelo Departamento de Segurança e Prevenção da Federação Paulista de Futebol, estas são as medidas mais imediatas que o São Paulo deverá tomar antes de utilizar o Morumbi para um novo jogo, dia 22, contra o Internacional de Porto Alegre, pelo Campeonato Brasileiro. “Vamos fazer uma vistoria ainda nesta quinta-feira para ver a situação naquela parte do anel inferior”, disse ao Blog do Boleiro.

Wesley ajuda torcedora após queda de grade no Morumbi (Crédito: Ronny Santos/Folhapress)

Wesley ajuda torcedora após queda de grade no Morumbi (Crédito: Ronny Santos/Folhapress)

O São Paulo já foi avisado da vistoria. O vice-presidente de marketing, José Francisco Mansur, disse que a prioridade é acompanhar os feridos que ainda se encontram nos hospitais ou que precisem de alguma assistência. “Meu pessoal virou a noite e permanece ao lado dos torcedores feridos. Não vou tratar do estádio enquanto houver alguma pessoa no hospital”, afirmou na manhã de hoje. 

Logo depois da partida, dois peritos da Polícia Civil examinaram o local onde as grades cederam e concluíram que o material estava corroído. “Não fizeram um trabalho bem feito. É evidente que há corrosão. Falo dessa grade que rompeu e ela é igual em toda extensão”, afirmou o perito Edwar Folli. “A gente não sabe qual é o tipo de corrosão, iremos mandar para o laboratório, mas é evidente que é corrosão”, completou.

Segundo o coronel Marinho, o material colhido para análise vai fazer parte do inquérito policial instaurado para apurar responsabilidades. “Houve vítimas com lesão corporal”, falou.

O dirigente da FPF afirmou que o estádio do Morumbi tem alavrá de funcionamento e está dentro do que a legislação exige em termos de segurança: “Todos os laudos estão em dia. Está tudo em ordem”.

Quase.

Afinal o próprio São Paulo quer saber o que causou o acidente. O estádio tem seguro. Os feridos poderão ser indenizados também porque há um seguro embutido no preço do ingresso.


Capitão Hudson tem o melhor desempenho de um jogador na história do Morumbi
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Luciano Borges

foto: Érico Leonan / saopaulofc.net

foto: Érico Leonan / saopaulofc.net

 

Hudson é um recordista no Morumbi. Um levantamento feito pelo São Paulo mostra que nenhum outro atleta tem desempenho tão bom quanto o do volante quando joga em seu estádio: 89% de aproveitamento. Foram até agora 36 confrontos, com 30 vitórias, cinco empates e apenas uma derrota (Goiás, 0 x 3).

É o caso de chamar o capitão da equipe dirigida por Edgardo Bauza de “Rei do Morumbi”?

“Rei do Morumbi não. Calma. Eu soube que tenho o melhor retrospecto entre os jogadores que disputaram mais de 30 partidas. Mas não chega a tanto”, disse Hudson, um jogador que diz se sentir muito bem em casa. “O clima no Morumbi é extremamente propício para o São Paulo. A torcida empurra a gente o tempo todo”, falou ao Blog do Boleiro.

Nesta semana, Hudson chamou os torcedores para que apoiem o São Paulo na noite desta quarta-feira, quando o Tricolor enfrenta o Atlético Mineiro no jogo de ida das quartas de final. “Vamos quebrar o recorde de público numa partida em 2016”, incitiou. Hoje, esta marca pertence à final do Campeonato Cearense, entre Fortaleza e Uniclinic que reuniu 54.124 pagantes.

Torcida traz dinheiro, mas ganha jogo?

“Não ganha jogo, mas motiva nossa equipe. Às vezes, o time não está num bom momento e aquele barulho faz o jogador buscar forças”, falou Hudson. Além disso, o efeito “casa cheia” atinge o adversário: “O importante é que o time de fora vê este ambiante e respeita o São Paulo”. 

Desde os dois jogos contra o Toluca, nas oitavas de final da Copa Libertadores da América, Hudson está usando a tarja de capitão. Ele leva o ofício a sério. Tem estudado os árbitros dos jogos para saber como se comportar em campo. “A comissão técnica passa para a gente o perfil do juiz, se ele permite conversa, se é mais duro ou não. Não podemos tomar cartões por reclamação”, afirmou.

O árbitro do jogo desta noite é Wilmar Rondán, da Colômbia. É linha dura. Já apitou partidas do São Paulo e expulsou, em jogos diferentes, Juan e Luis Fabiano.

 


Time reserva do Santos afasta torcida do Acre no jogo dos sonhos do Galvez
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Luciano Borges

O major da polícia militar do Acre, Edener Franco, é diretor de futebol do Galvez, adversário do Santos nesta quarta-feira em Rio Branco. Ele define este confronto como histórico: “É o grande jogo da vida do clube. É o grande campeonato. É o primeiro em tudo”, disse.

Mesmo assim, a torcida do Galvez não vai lotar a Arena da Floresta, que tem capacidade para 20 mil pessoas. Na verdade, foram colocados apenas 10 mil entradas à venda, mas a procura é pequena. Motivo: “Como o Santos vem com o time reserva, a turma aqui desanimou”, disse o major que é dirigente do time desde a fundação há cinco anos.

O objetivo do Galvez neste confronto é 1) provocar a partida de volta na Vila Belmiro e 2) disputar o segundo jogo para dar trabalho. “Temos a nossa realidade. Sabemos que vai ser muito difícil. Estamos empolgados porque fizemos um bom estadual, ficamos em terceiro lugar”, contou.

O confronto entre Santos e Galvez é desigual nos números. A folha salarial do time acreano é de 45 mil reais, menor do que os vencimentos do meia Elano. Os craques Douglas (está machucado) e Careca (jovem de Rio Branco) faturam por mês entre R$ 2 e 2,5 mil mensais.

Há um motivo para a remuneração modesta. “Como somos militares, não vamos prometer 10, 15 mil de salários se não vamos pagar”, falou o major.

O Galvez foi fundado e está sob os cuidados da polícia militar. Já teve um time em campo só de PMs. Hoje, apenas dois militares estão no elenco. “Os PMs têm rondas noturnas, trabalham dobrado. Não conseguem se alimentar direito, malhar como é exigido nem acompanhar bem os trabalhos tático e técnico”, disse o diretor de futebol.

O treinador é o Zé Marcos, que veio para a Copa do Brasil e estadual.

Para encarar o Santos, o Galvez precisou eliminar o Rio Branco, time mais tradicional e forte do estado.

O nome é uma homenagem a  Dom Luiz Galvez Rodrigues de Aria, espanhol que proclamou a República do Acre em 1899 e governou em duas ocasiões.


Fox Sports diz: selo “vivo” é praxe nos programas, mesmo com vts gravados
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Luciano Borges

Na mesma hora, ESPN e Fox colocaram Jorginho no ar Foto: Blog do Boleiro

Na mesma hora, ESPN e Fox colocaram Jorginho no ar Foto: Blog do Boleiro

A Fox Sports, através de sua assessoria de imprensa, procurou o Blog do Boleiro para explicar que é uma política da emissora manter o selo “vivo” durante todos os programas que estão no ar ao vivo, mesmo quando reportagens ou entrevistas que estão no vídeo tenham sido gravadas previamente.

A nota enviada por e- mail diz:

“Os canais FOX Sports têm como prática habitual a utilização do selo “AO VIVO” em todos os programas exibidos ao vivo ao longo de toda a sua programação”.

No mesmo e-mail. a emissora admite que, neste domingo, exibiu a entrevista com o técnico Jorginho, gravada minutos antes de ir ao ar.

“Em virtude da matéria publicada “ESPN e Fox colocam Jorginho no ar ao mesmo tempo e só uma estava ao vivo” e em respeito aos nossos telespectadores, esclarecemos que a entrevista com o técnico Jorginho, do Vasco, de fato era gravada, mas o programa “A Última Palavra” estava ao vivo, por isso a utilização do selo”.

O Blog do Boleiro publicou neste domingo uma nota (http://blogdoboleiro.blogosfera.uol.com.br/2016/05/08/espn-e-fox-colocam-jorginho-no-ar-ao-mesmo-tempo-e-so-uma-estava-ao-vivo) onde mostrou foto tirada no momento exato em que duas emissoras, ESPN e Fox Sports colocaram no ar entrevistas com Jorginho, técnico do Vasco da Gama, na porta de um restaurante na Barra da Tijuca (RJ). Amabas foram feitas por só um repórter, com apenas um microfone nas duas telas estava o selo “vivo”.

 


ESPN e Fox colocam Jorginho no ar ao mesmo tempo e só uma estava ao vivo
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Luciano Borges

Na mesma hora, ESPN e Fox colocaram Jorginho no ar Foto: Blog do Boleiro

Na mesma hora, ESPN e Fox colocaram Jorginho no ar Foto: Blog do Boleiro

Uma cena no mínimo intrigante rolou em duas emissoras de televisão a cabo na noite deste domingo: ao mesmo tempo, a ESPN e a Fox Sports colocaram no ar entrevistas com Jorginho, o técnico do Vasco da Gama, com o selo “ao vivo” estampado no alto da tela de cada canal.

A esntranheza aumentou porque estas conversas com o treinador campeão carioca foram individuais, com somente um microfone e um repórter. Ambas aconteceram na porta do restaurante na Barra da Tijuca (Rio de Janeiro), onde os vascaínos comemoram o título conquistado na final diante do Botafogo.

A entrevista da Fox terminou antes e só então foi possível entender o que houve. Depois de dar tchau ao repórter, que entrou no ar no programa A Última Palavra, deu para ver o repórter Cícero Mello chamando Jorginho para entrar no ar.

A Fox gravou a entrevista e a exibiu. esquecendo de tirar o selo “vivo” do ar. A ESPN entrou realmente ao vivo.


Alisson, depois do momento na trave: “Não tem tristeza. Vou sentir saudade’
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Luciano Borges

Foto de Alisson dando adeus ao Beira Rio

Foto de Alisson dando adeus ao Beira Rio

“É um misto de sentimentos. Não tem tristeza, vou sentir saudade… não dá para falar.” Foi assim que Allison, 23, definiu o momento em que resolveu dar adeus ao Beira Rio, depois de conquistar mais um título de campeão estadual no Rio Grande do Sul. Ele já estava viajando para o interior do estado, onde vai passar alguns dias de folga.

A foto dele correu rápido na internet. O goleiro do Internacional sentado, encostado na trave esquerda de um dos gols do estádio Beira Rio, em Porto Alegre. Allison, 23, deixou a festa do time no vestiário, depois da entrega da taça e das medalhas de campeão gaúcho de 2016. Era o adeus de um jogador que começou a vida de atleta aos oito anos de idade, na escolinha do clube.

Na cena do adeus, a presença do irmão mais velho Muriel e os dois sobrinhos. Uma vez, ele resumiu a relação dele com o Internacional como um caso de amor à primeira vista: “Sou colorado. Cresci aqui dentro. Entrei na escolinha e o meu irmão já estava na base. Vinha assistir aos treinos com meus pais. Com sete anos já estava no Beira-Rio. A maior parte da minha vida passei aqui dentro. É algo gratificante para minha família e a mim representar o Inter, a torcida”.

Ele agora vai jogar na Roma, Itália.