A chance do atacante Ricardo Oliveira ganhar um salário de quase dois milhões de reais por mês, jogando no futebol chinês, passou de certa para pouco provável. Os próprios representantes do jogador admitem que, até a próxima janela, o interesse do Beijing Gouan pode esfriar. “A janela vai abrir em junho e futebol é momento. Hoje, por exemplo o William Pottker (Linense) está fazendo gols e chama a atenção”, disse um dos empresários.

O estrago do negócio frustrado na última hora foi grande. O estafe de R.O. teme que os chineses fujam de novas negociações com o Santos.

Aliás, o certo é dizer que foi um “estrago da última meia hora”.

O presidente Modesto Roma Junior tirou do sério os chineses do Guoan ao enviar para eles um e-mail pedindo mais dois milhões de euros (cerca de R$ 8,6 milhões) para vender os direitos econômicos do atacante. Isso faltando 30 minutos para o fechamento da janela de transferência na China.

Nas primeiras conversas, Ricardo Oliveira e seu estafe tinham entendido que o dirigente santista topava liberar o jogador por seis milhões de euros (R$ 26 milhões) pagos em duas parcelas, uma de dois milhões agora e outra de quatro em novembro. O “empréstimo” era, na verdade, um eufemismo. Estaria acordado que depois do final do ano, Ricardo Oliveira permaneceria no Beijing.

O artilheiro do último Campeonato Brasileiro acreditou que estava tudo certo. Ficou chateado com a mudança de rumo de Modesto Roma Junior.

Os chineses admitiam dividir o pagamento em duas parcelas de três milhões de euros. Foi quando o presidente santista pediu duas de quatro milhões.

Não houve tempo sequer para que os dirigentes do Beijing lidassem com esta reviravolta. Resultado: o negócio foi frustrado, os homens da China se irritaram e Ricardo Oliveira precisou contar até dez para não criar um atrito.

O jogador sabe que, aos 36 anos, terá que continuar jogando em alto nível, no Santos e na seleção brasileira, para manter o interesse milionário chinês.

E terá também que lidar com a desconfiança do torcedor que espera uma retaliação dele. Neste domingo, contra o Red Bull, Ricardo Oliveira sentiu um desconforto no joelho. Não voltou para a segunda etapa. Na manhã desta segunda-feira (29), o atleta compareceu ao CT para fazer fisioterapia e realizou exame de imagem para constatar se houve alguma lesão. O resultado do exame sairá na manhã desta terça-feira, quando o elenco santista volta a treinar.

foto: Blog do Boleiro

Os jogadores do Palmeiras podem e precisam ajudar o técnico Marcelo Oliveira a sair de uma situação de stress que prejudica o desempenho. Esta é a opinião do neurocientista Miguel Nicolelis, 54 anos, um palmeirense fanático. “Os jogadores do Palmeiras precisam colaborar com o Marcelo para tirar este peso todo. A gente faz melhor quando tem calma”, disse ao Blog do Boleiro.

Nascido no bairro da Bela Vista, antigo reduto de imigrantes italianos de São Paulo, Miguel Nicolelis lidera hoje um grupo de pesquisa na área de Neurociências da Universidade de Duck (EUA), que atua no campo de fisiologia de órgãos e sistemas. O objetivo é integrar o cérebro com máquinas.

O grupo já consegue fazer com que sinais cerebrais comandem movimentos de braços robóticos.

Na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, Nicolellis e sua equipe – incluindo aí os cientistas com quem trabalha no Instituto Internacional de Neurociências de Natal (RN)  colocaram em campo um paciente paraplégico que, montado em um exoesqueleto controlado pelo cérebro, participou da cerimônia oficial de abertura, dando o pontapé inicial.

As imagens da Fifa mostradas no telão da Arena Corinthians acabaram “esquecendo” de acompanhar o movimento todo, o que deixou a sensação para muitos de um fracasso. “Enquanto recebíamos todo o apoio de revistas de ciência de fora, de jornais como Guardian, New York Times, aqui nós sofremos uma pressão impressionante. Mas está feito e é reconhecido no mundo inteiro”, disse ao Blog do Boleiro.

Pressão que, segundo o cientista, anda fazendo estragos no desempenho do treinador do time do coração. “O Marcelo Oliveira enfrenta uma situação terrível. A pressão é tremenda. Ninguém trabalha direito assim, com este tipo de estímulo”, disse.

Nicolelis é palmeirense desde criancinha. Acompanha o time nos estádios quando está em São Paulo. Relata os jogos quando se encontra fora do Brasil ou de São Paulo. Aí ele coloca no ar a Rádio Big Bang, quer vai ao ar em tempo real com postagens no perfil do cientista no Twitter. Aí, os jogadores são os “homenzinhos verdes”, a galáxia é palestrina e o cosmos interage com cada lance dos atletas ou erros dos árbitros.

O cientista está lançando o livro “Made In Macaíba”, onde relata a experiência que está sendo desenvolvida em Natal, no Instituto de Neurociências.

“Esse é o primeiro de uma série de quatro livros com a editora Planeta, é uma coleção que eles chamaram de “Biblioteca Miguel Nicolelis”. Teremos a segunda edição do “Muito Além do Nosso Eu”, o “O Chute”, que é exatamente toda a parte científica da história na Copa do Mundo. E o último dessa série é um novo livro que estou escrevendo nos EUA, que é a continuação do “Beyond Boundaries”, que é a continuidade da minha teoria expandida sobre o cérebro, uma visão bem mais abrangente que não envolve só biologia, mas ciências humanas e arte, uma visão do cérebro que eu acredito que vai levar as pessoas a pararem para começar a sentir que a neurociência pode ser o que a física foi para o século 20. Acho que a neurociência tem o potencial de se transformar no grande movimento científico desse século”, afirmou.

O cientista com reconhecimento mundial e torcedor apaixonado pelo Palmeiras, Miguel acha que a equipe alviverde incorre em outro erro: dispersão. Para ele, é preciso tratar o Campeonato Paulista com o mesmo foco da Libertadores. Isso mantém o time esperto. Por enquanto, ele tem um receio:

“Está demorando para esquentar. Acho que com o decorrer da temporada, vai melhorar. Mas é preciso perceber que não se pode largar o Campeonato Paulista. É perigoso. Como caem seis times neste ano, este pode ser outro ponto de tensão”, falou.

Nicolelis é defensor da permanência de Marcelo no comando do time do Palmeiras. “De 1976 para cá, com o Dudu, o Palmeiras foi campeão com o Wanderlei Luxemburgo e Felipão. O Marcelo chegou e já ganhou uma Copa do Brasil. Ele é qualificado”, justificou.

Reprodução da Rádio Big Bang de Nicolellis

Por volta das 16h30 desta quarta-feira (24), o atacante Ricardo Oliveira deixou a Vila Belmiro feliz. Afinal, segundo o UOL Esporte apurou com o estafe do jogador, ele saiu do encontro com o presidente Modesto Roma Jr. com o aperto de mão e a promessa de que o Santos aceitou liberá-lo para o Beijing Guoan, por um empréstimo de um ano. Mas o motivo principal para a felicidade do artilheiro do último Campeonato Brasileiro tem número: R$ 2 milhões por mês. Esse é o salário que ele receberá na primeira temporada no clube chinês, caso confirmada a transação.

Não há a informação de quanto o Santos receberia pela negociação.

Ricardo voltou para São Paulo já pensando na mudança. O estafe do empresário dele, Oldergard Filho, está em Pequim, na China, há uma semana tratando da documentação do negócio. Assim que conseguirem o documento liberando o jogador, ele estará inscrito no Campeonato Chinês. A janela de transferência na China se encerra à 0h do dia 27 de fevereiro.

Porém, nesta quarta-feira (24), em entrevista coletiva, o presidente do Santos, Modesto Roma Jr., fez um discurso totalmente oposto ao que informou o estafe do jogador ao sair da reunião. O dirigente declarou estar incomodado com o clube chinês e afirmou ter aberto um processo contra o Beijing Guoian por aliciamento na Fifa.

“Nós estamos notificando a Fifa por aliciamento ao jogador. Se quiser falar, pague 12 milhões de euros. É um valor, entendemos que dá espaço para o Santos encontrar um substituto para ele”.

Com a renovação do contrato no início desde ano, Ricardo Oliveira passou a receber um salário de R$ 150 mil mensais no Santos, valor bem abaixo do que receberá na China.

“Eu acho que os chineses precisam aprender que os clubes do Brasil não são mercado chinês. Não é chegar e levar e pronto. Por isso estamos fazendo uma notificação contra o clube pelo assédio e vamos encaminhar ao clube”, acrescentou o mandatário santista.

Ricardo Oliveira chegou ao Santos no ano passado com salário de R$ 50 mil. Artilheiro do Campeonato Paulista, teve seu contrato renovado com aumento e repetiu a dose no Brasileirão, mais uma vez se sagrando artilheiro.

Com a camisa do Santos, nesta passagem, Ricardo atuou em 67 partidas, marcando 39 gols.

Combos promocionais, com direito a ingresso, lanche e refrigerante entregues no estádio, como já acontece nas salas de cinema. Os responsáveis pela comercialização de ingressos via internet nos jogos do Palmeiras planejam novas ações para chegar o mais perto possível de 100%.de venda.

“Imagino que o futuro será todo online. Com planejamento, o retorno financeiro e econômico será cada vez maior. E a tendência é acontecer um aperfeiçoamento desse serviço”, disse Robson de Oliveira, presidente da empresa que administra e faz toda a gestão de acesso no estádio palmeirense e também do programa de sócio-torcedor Avanti.

Ele anda otimista. No clássico do último domingo, entre Palmeiras e Santos, 78% dos 23.180 ingressos vendidos foram através da internet. Desde que a temporada começou, o índice é superior a 70%.

A venda de ingressos somente via internet é uma das propostas do Juizado do Torcedor como forma de diminuir a presença e ação de torcidas uniformizadas nos estádios. A ideia é a de que cada comprador só adquira uma entrada por vez, com o nome identificado.

O índice de 78% deste domingo perde para a final da Copa do Brasil do ano passado, quando Palmeiras e Santos decidiram o título no Allianz Parque. Para esta partida, todos os ingressos foram vendidos pela internet e para sócios-torcedores.

Para Oliveira, da FutebolCard, a tendência é chegar aos cem por cento. “No Palmeiras, isso virou regra e os clubes tendem a acompanhar esse crescimento”, disse.

Desde a semana passada, o Departamento Jurídico do Palmeiras estuda o que fazer depois de receber a citação da Justiça Comum referente à ação movida pelo empresário Osório Furlan Junior. O caso corre em segredo. Furlan quer ser ressarcido pelo clube. Alega ter sido prejudicado pela atual diretoria nas últimas negociações com o meia Valdívia, antes que o atleta assinasse contrato com o Al Wahda, dos Emirados Árabes.

“O Palmeiras foi notificado na semana passada e tem até o dia 8 de março para se manifestar”, disse Furlan, que ajudou a então gestão de Luiz Gonzaga Belluzzo a contratar Valdívia. Ele adquiriu 36% dos direitos econômicos do jogador, investindo R$ 5,4  milhões. O clube pode apresentar a defesa como também existe a possibilidade da tentativa de acordo entre as duas partes.

Para acionar o Palmeiras, o empresário alega que não foi consultado para participar da negociação pela renovação do contrato de Valdívia na metade de 2015.  O chileno deixou o  clube dizendo que os dirigentes alviverdes mostraram pouca vontade de mantê-lo. Acontece que Osório tentou convencer o presidente Paulo Nobre a permitir que ele mantivesse o meia por mais tempo. “Eu cheguei a oferecer a pagar um complemento de salário ou mesmo comprar os 54% do Palmeiras”, contou ao Blog do Boleiro.

O Palmeiras, através da assessoria de imprensa, disse que não vai comentar o assunto enquanto o processo estiver em andamento. O clube confirma que foi notificado. Em conversas anteriores, advogados palmeirenses chegaram a dizer a Furlan que o contrato feito com ele na compra de Valdívia não prevê que o investidor teria que ser consultado ou acionado para discutir reformas de contrato. 

Furlan lembra que, ao se oferecer em completar o salário de Valdívia para esperar por um bom negócio mais à frente, um diretor de futebol teria duvidado que o atleta conseguisse atrair interessados. “Ele perguntou: quem vai comprar o Valdívia”, contou.

No final, Valdívia saiu e os envolvidos na sua aquisição não receberam um tostão. “Ele chantageou o Palmeiras, enrolou até chegar o período de seis meses em que podia assinar pré-contrato”, reclama Furlan. “Vê se ele se machucou até agora no Al Wahda. Ele não se machucou mais. E já estava assim na seleção chilena”, disse. 

Esta foi a primeira vez que Furlan investiu na contratação de um jogador de futebol. E, garante, será a ultima. “Não dá para confiar em ninguém neste negócio de futebol”, afirmou.

“Sou sincero: não o conheço”. O técnico Dorival Junior admite que o novo reforço do Santos, o argentino Maxi Rolón, de 21 anos, é um quase desconhecido para ele. “Eu o vi depois por DVD, mas vai ser tratado com igualdade de condições.Vamos dar toda a atenção possível a ele”.

Máxi, nasceu em Rosario, jogou na base do Barcelona e estava no time B da equipe catalã. Foi contratado pela diretoria santistas, sem que Dorival fosse consultado. Mesmo assim, Dorival Jr. Garantiu ao Blog do Boleiro que o novo reforço só precisa mostrar serviço.

“Não tenho este tipo de vaidade não. Se o menino chegar e jogar bem, enfim, pedir uma oportunidade no time por aquilo que ele produza, independe se eu tenha indicado ou não. Para mim não tem este tipo de problema não”.

Maximiliano Brian Rolón foi formado na base do Barcelona, onde chegou em 2009. Antes, começou garoto no Barcelona Atlético Luján (Argentina). Nas duas últimas temporadas, ele atuou no Barcelona B, por onde disputou 17 partidas e fez apenas dois gols.

A direção do Santos recebeu também a oferta para trazer o irmão do atacante Maxi, Leonardo, que está no Brasil. Ele é lateral direito do Arsenal da Argentina.

Dorival também só conheceu Leonardo por DVD.

O Blog do Boleiro perguntou a Diego Lugano, nesta segunda-feira: “Tudo bem você não ter sido o capitão do São Paulo?”. O zagueiro uruguaio que estreou pela segunda vez no time paulista  enfrentando o Rio Claro neste domingo e viu o goleiro Denis usar a traja que andava no braço de Michel Bastos, respondeu: “Ótimo”.

Lugano, ídolo da torcida que o aplaudiu até quando recebeu cartão amarelo no segundo tempo, voltou a jogar  no São Paulo depois de 10 anos. Estava ansioso. Saiu de campo em bom astral. “Estou contente e tranquilo agora. Foi muito tempo esperando por isso”, disse.

O zagueiro será avaliado nesta terça-feira para saber se enfrenta o Novorizontino, nesta quarta-feira.

O técnico Edgardo Bauza explicou porque decidiu eleger Denis como o capitão do time na partida deste domingo. “Acho que o capitão deve ser titular em todas as partidas. Não pode ser alguém que jogue jogo sim, jogo não. É provável que Lugano não possa jogar quarta. Então, escolhi o Denis, que é experiente e titular sempre”, disse.

Diego Lugano gostaria de jogar. Mas não força a barra. “Nunca peço nada. Nem para jogar nem para não jogar. Nem para ser ou não ser capitão”, falou. 

O jogador uruguaio sabe que terá um papel de liderança no elenco e que voltou para um clube que passa por turbulência. Já teve que encarar o grupo e alguns líderes para explicar que a “greve de silêncio”, adotada no jogo contra o The Strongest, no meio da semana (derrota por 1 a 0), só serve para aumentar a temperatura da crise. “Temos que vir a público e falar coisas boas. O resto a gente trata internamente”, explicou.

Diego Lugano vai ao Pacaembu torcer pelo São Paulo na partida diante do The Strongest, estreia dos dois clubes na fase de grupos da Copa Libertadores da América. “Vou ao jogo, lógico”, respondeu ao Blog do Boleiro.

O zagueiro, que vem trabalhando fisicamente para poder estrear, foi perguntado sobre qual conselho daria para o companheiro de defesa, Lucão, que volta a jogar depois da falha cometida diante do Corinthians, no último domingo. “Se eu tivesse que falar alguma coisa que já não disse, eu o convidaria para sonhar grande”, disse o zagueiro uruguaio que foi campeão mundial com o São Paulo em 2005.

Lugano pediu para a torcida do São Paulo que apoie Lucão no jogo desta quarta-feira. “Ele é um menino de coragem. Segue em frente e está jogando porque tem caráter. Ele precisa do apoio da torcida”, falou.

E se quiser, Lucão pode seguir o conselho de Ronaldo, outro defensor campeão do Mundo pelo São Paulo, em 1992 e 1993. A fórmula do ex-zagueiro é “simplificar o jogo”.

“Se tiver que mandar a bola para a lateral, manda para a lateral. Se precisar dar chutão, dê chutão. Agora é hora de simplificar o máximo possível. O conselho que posso dar é este: não complique”, afirmou.

Ronaldão, como Fabão, defende que Lucão jogue “arroz com feijão” até a pressão da torcida passe e ele comece a ganhar confiança. “Ela vai voltar”, aposta.

Ele lembra que o jogador também não pode se incomodar com vaias. “Tem que ignorar e jogar focado no campo”, falou.

Fabão aposta no talento de Lucão Foto: arquivo pessoal

De Goiânia, onde vive e trabalha como construtor, o ex-zagueiro Fabão mandou o recado para o jovem Lucão, que anda sob pressão da torcida do São Paulo e vai jogar como titular na partida desta quarta-feira à noite contra o time do The Strongest. “Tem que jogar pensando na família dele e esquecer o resto”, disse ao Blog do Boleiro.

O raciocínio do atleta que atuou pelo time paulista de 2004 a 2006 e foi campeão Paulista, da Libertadores e Mundial de 2005, além do Brasileiro na temporada seguinte, é este: “Nesta hora, você tem que focar nas pessoas que torcem por você na vida toda”.

Fabão, 39, saiu em defesa de Lucão nos perfis que mantém nas mídias sociais. “Não podem pegar no pé dele deste jeito. Ele é da base, é atleta feito no São Paulo. E o moleque é bom demais. Tem qualidade”, afirmou.

Ele lembra que enfrentou fases assim, sob críticas e até vaias dos torcedores. “O nosso trabalho lá atrás é de risco mesmo. Você pode jogar bem os 90 minutos, mas se errar nos acréscimos , você não presta”, falou.

Fabão fez parte de uma defesa que teve também André Dias, Edcarlos, Alex, Miranda e Diego Lugano e ganhou a Libertadores e o Mundial. “O que a gente tinha de bom é que o time todo pegava muito. Até o Amoroso e o Luizão marcavam lá na frente. A gente batia, mas o que tinha de melhor era a confiança em campo”, disse.

Por isso, o recado de Fabão para o jovem zagueiro do São Paulo é o de se apegar a quem não muda de comportamento, errando ou não em campo. “Ele precisa pensar em quem dá confiança e não desestabiliza. Futebol, ele tem”, cravou.

O Juizado do Torcedor vai pedir à empresa que administra o Anel Viário Magalhães Teixeira o vídeo contendo as imagens da tentativa de emboscada feita por torcedores do São Paulo contra dois ônibus que transportavam corintianos neste domingo, por volta das 12h30, para a Arena Corinthians.

Outros dois coletivos traziam os tricolores. Quando os veículos se cruzaram na altura do quilometro 12 da estrada, os são paulinos desceram e avançaram sobre os rivais. Mais de 150 pessoas se envolveram na briga, muitos utilizando armas brancas. Quinze torcedores foram detidos e levados à delegacia de Valinhos, onde foram fichados e liberados. O caso agora está na Promotoria da Comarca de Valinhos.

O promotor do Juizado do Torcedor de São Paulo, Paulo Castilho, disse ao Blog do Boleiro que vai pedir as imagens em vídeo do conflito, gravadas pelas câmeras da Rota das Bandeiras, empresa do grupo Odebrecht que administra o corredor Dom Pedro e Anel Viário. “Vamos levantar quem participou deste ato. Aqueles que forem reconhecidos serão administrativamente afastados dos estádios”, afirmou.

Além disso, Castilho aponta que a promotoria de Valinhos pode pedir o enquadramento os quinze torcedores no crime previsto no Estatuto do Torcedor por formação de quadrilha, crime de lesão e porte de armas no trajeto para um jogo. “É crime previsto no Estatuto. Daria até para o delegado fazer o flagrante e manter estes caras presos por um ou dois meses”, falou Castilho.

No Rio de Janeiro, a ex-chefe da polícia civil Marta Rocha (ex-delegada e hoje na vida política) optou por esta política de dar o flagrante em torcedores presos em conflitos de uniformizadas. “É o que tem que ser feito. Torcida que vira gang tem que ser punida”, falou.